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História The Model And The Photographer - Jikook - Perdão?


Escrita por: NamieK

Notas do Autor


Um Feliz Ano Novoooooo <3
Gente, eu to no chão com a apresentação dos meninos :3
Jimin e Jungkook arrasaram nos solos <3 <3 <3 Todos maravilhosos
Bad Boyyy - sério, A M E I <3 Vai ser meu amorzinho eterno essa apresentação :3
E Taehyung com aquela bandana no cabelo? GZuis... morri
Bom, agora... boa leitura
Bjkas

- Alguns erros já foram revisados e arrumados -

Capítulo 17 - Perdão?


- Quem é ele, mãe?

- J-Jungkook - Ela olhou-me preocupada.

- O que foi, mãe? Está me assustando.

O homem se aproximou mais, e tocou em meus ombros.

- Eu sou o seu pai, Jungkook.

---

- Você está zoando com a minha cara? - Ri, em desgosto - Mãe, quem é esse palhaço?

- Não deve falar assim com seu pai - Ele continuou com essa idiotice.

- Eu não tenho um pai - Rosnei para ele, querendo fechar a porta, mas sendo interrompido pelo seu pé, que não me deixou fechar.

- E acha que nasceu como? - Irritou-se.

- Eu não sei, me diga você - Continuei tentando fechar a porta.

Kwan e tia Yangi Mi já haviam se aproximado, devido ao alvoroço.

- Shin Hye, diga à ele - Suspirou - Diga a verdade.

- Não, minha mãe não vai me dizer nada - Soquei a porta - E você irá sair daqui agora.

Percebi que ele estava determinado em não sair dali, e conforme o tempo passava, mais estressado eu ficava.

- Jungkook, querido - Tia Yangi Mi tocou meu ombro - Deixe-o se explicar, será mais fácil.

- Eu não quero saber, já estou farto de confusão em minha vida - Suspirei - Eu não quero mais saber de nada. Ele foi embora, largou minha mãe, agora não tem o direito de voltar assim do nada.

- Kookie... - Minha mãe também não parecia contente, mas já parecia ter aceitado a ideia de que aquele homem estava ali.

- Eu estou cansado - Fechei os olhos, com certa força, que chegou a doer - Eu fujo de um problema e aparece outro. Eu não... - Desisti de falar.

Me afastei da porta, liberando a entrada. Com isso o homem que se diz meu pai, entrou e continuou a me encarar.

- Vamos sentar, por favor - Pediu, e com isso eu apenas me joguei em um dos sofás e cruzei os braços, rendido.

Kwan e sua mãe saíram pela porta, e prometeram voltar mais tarde.

Eu não sabia se conseguiria lidar com isso.

- Já está um rapaz - Comentou - Ou melhor... Um homem.

- Pare com isso, você só veio se explicar, não puxar meu saco.

Minha mãe apenas sentou-se ao meu lado, enquanto "meu pai" sentava-se em nossa frente, na poltrona.

- Por onde começo? - Ele parecia tão cansado quanto eu, só que muito mais velho. Ele devia ter em torno de uns quarenta anos. Podia-se ver as olheiras em seus olhos, e os pés de galinha querendo aparecer.

- Que tal pelo começo? - Sugeri, sem qualquer pingo de sarcasmo.

- Está bem - Suspirou, e curvou seu corpo na poltrona - Eu não quis ter deixado sua mãe... Mas naquela época éramos apenas jovens adultos de dezenove anos, não sabíamos o que fazer naquela época. Queríamos apenas nos divertir e curtir a vida.

- E isso é motivo para largá-la? - Interrompi, já começando a me exaltar novamente.

- Não, é claro que não - Parou, e olhou para baixo, como se estivesse envergonhado. Talvez fosse só encenação - A culpa foi de meu pai...

- A culpa é sempre dos pais, certo - Ri, irônico - Por que sempre culpam os pais?

- Me escute, por favor - Suplicou com o olhar - Meu pai era muito controlador, e queria que eu me casasse com uma mulher. A mulher que ele escolheria. E isso seria muito bom para os negócios dele, ele não quis me ouvir.

Hum, meio familiar isso, certo?

- Por que não lutou por ela, então? - Segurei-me para não avançar nele, e socá-lo até que não pudesse mais falar. 

Minhas mãos agarraram os braços do sofá, como se fosse a ultima esperança de me controlar e manter a calma.

- Não adiantaria...

- CALE ESSA SUA BOCA - Pronto, meu auto-controle foi para o ralo - Não adiantaria? Como pode saber se ao menos tentou? Seu inútil.

- Filho, se acalme - Pediu minha mãe, assustada com o caminho da discussão.

- Mamãe, por favor, entenda... Pessoas como ele não valem a pena - Apertei sua mão, com carinho - Percebi isso da pior maneira possível. Sabe qual é o pior? Você se sente como alguém descartável, sem valor algum. E ninguém merece sentir isso.

- Nunca quis que sua mãe se sentisse assim - Afirmou ele.

- Mas isso nunca se espera, certo? Afinal você nem chegou a pensar nela, só pensou em quanto era necessário seguir o seu pai. 

- Tem certeza de que é para mim que gostaria de estar falando isso? - Falou um pouco mais ríspido - Não está jogando suas mágoas para cima de mim? Deveria estar falando isso para a pessoa que te machucou.

Encarei-o perplexo. 

- Ji Soo, não... - Minha mãe percebeu o clima, e tentou interromper.

- Tem razão - Suspirei pesadamente, mas sem tirar a carranca de meu rosto. Eu ainda queria matá-lo, ainda mais depois dessas palavras - Eu não deveria estar direcionando essas palavras à você, já que esse assunto se diz respeito à você e minha mãe. Mas sua decisão me fez crescer sem um pai, acha que eu não mereço estar bravo?

- Eu nunca soube que sua mãe estava grávida - Se levantou - Se eu soubesse eu teri...

- Não se engane, não pense que eu me importo com você - Cortei-o - Nunca precisei de um pai e não será agora que precisarei. E você pode ter sido covarde e não ter lutado por nós, mas suas decisões têm consequências, e uma delas é não interromper a felicidade de quem está bem sem você.

- Eu me arrependo muito das decisões que eu tomei anos atrás, mas eu não sou o mesmo. Eu percebi o quão 'filho da puta' eu fui.

- Quem tem que ouvir isso é a minha mãe.

- Eu já passei anos me desculpando com sua mãe, ainda preciso de seu perdão.

- É isso o que você quer? Perdão? - Soltei a mão de minha mãe, e me levantei também, ficando de frente com ele - E por que quer perdão? Para poder dormir tranquilamente sem ter o peso da consciência estragando o seu precioso sono?

- Eu quero perdão, porque eu nunca deixei de amar sua mãe - Vi que seus olhos lacrimejavam - E você é fruto nosso, eu me importo com você também.

Eu estava com tanta raiva que chegava a ficar vermelho, com as narinas tremendo, mas ao ouvir essas palavras, eu me espantei. Se ele estivesse fingindo, então ele era muito bom, porque conseguiu me desarmar completamente.

- Eu quero mais uma chance.

Acho que ele percebeu que se quisesse algo, teria que ser agora, porque minha cara devia estar um tanto anormal. Eu estava espantando, surpreso e até arrependido pelas minhas palavras. 

Ouvir que um pai se importa comigo... Não pensei que seria tão avassalador assim.

Minha boca tremia, e eu não sabia o que dizer. Meus olhos já estavam arregalados por um tempo, olhando-o com incredulidade e surpresa, enquanto meus pulsos já estavam caídos para baixo, sem força alguma para demonstrar raiva.

- Eu quero consertar tudo - Continuou e se aproximou um pouco mais - Eu quero saber tudo sobre o meu filho, e a mulher que eu tanto amei a vida inteira.

Eu não conseguia me mover, estava estático, sem qualquer ação.

Essas simples palavras me pegaram de surpresa. Essas simples palavras me desarmaram.

- Eu não sei o que fizeram para você estar assim, tão machucado e triste, mas eu quero mudar isso. Eu quero fazer meu filho se sentir bem, pelo menos uma vez na vida. Eu quero ser seu pai enquanto ainda posso.

Pude sentir seus braços me envolvendo em um abraço, mas eu não consegui retribuir. Eu não sei por que estava assim, mas as lágrimas já caíam tão rápido que eu mal percebi. Apenas olhei de canto para minha mãe, e vi um pequeno sorriso em seus lábios, junto com pequenas lágrimas, fazendo com que seus olhos ficassem avermelhados.

Não consegui resistir e logo já estava soluçando, e enterrando meu rosto no ombro do homem, que agora descobri ser meu pai. Droga, depois de ter dito que não me importava... Aqui estou eu, chorando feito um bebê, no ombro do homem que eu nunca quis saber nada sobre.

- Acha que eu ainda posso ser seu pai? - Afagou minha cabeça, como se realmente se importasse. Isso fez apenas com que eu chorasse mais. Fez apenas com que meu soluço aumentasse.

E principalmente... Fez com que eu começasse a me importar mais.

Eu apenas apertei meus braços em sua cintura, como se afirmasse todas as suas dúvidas.

***

- Quer me contar sobre o rapaz que lhe magoou? - Minha mãe me perguntou.

Meu pai havia ido embora, e agora estávamos em minha cama, deitados abraçados, apenas aproveitando o momento mãe e filho.

- Como sabe que é um rapaz? - Perguntei, olhando em seus olhos.

Aproveitei para acariciar seu rosto, já não tão jovem assim.

- Eu sou sua mãe, querido - Essa sempre foi sua explicação.

Ri, e lhe apertei mais em meus braços.

- Onde eu trabalho, tem um cara que... simplesmente é maravilhoso - Sorri, mas suspirei em seguida - Eu demorei um pouco para perceber que estava atraído por ele. Eu sempre o afastava, e ele sempre persistia.

- Era assim comigo e seu pai - Riu - Ele roubou seu coração?

- Ele... Ele insistia tanto. E como sempre eu o decepcionei, e ele se afastou. Nunca tinha sentido um vazio tão imenso como daquela vez, eu percebi que sentia falta de suas provocações, e seus toques. Então eu o aceitei por inteiro.

- E o que aconteceu para estar aqui agora, choramingando? - Eu podia sentir a sua voz brincalhona, como se não quisesse deixar o clima pesado.

- Nós começamos a sair, íamos sempre para minha casa, e as noites eram todas maravilhosas, só que... Park Jimin tem um pai bem filho da puta, e quando ele descobriu fez com que ele se afastasse de mim.

- Sinto muito por isso.

- Eu imaginei que ele lutaria por mim, que estivesse sempre ao meu lado, mas... não foi bem assim. Eu sei que ele tem uma família complicada que não lhe deu atenção e amor... mas eu lhe dei tudo o que eu tinha. Não era para ele supostamente estar ao lado de quem lhe suporta e cuida?

- Querido, já lhe perguntou os seus motivos? - Tocou meu peito e acariciou, me consolando.

- Não, eu não o deixei... Se explicar - Suspirei - Eu fugi para cá antes que eu encontrasse ele novamente. Ele... Ele beijou outra pessoa na minha frente, e ficou se agarrando com a outra modelo... Da forma que ele apenas fez comigo.

Senti seu dedo em meu rosto, secando a pequena lágrima que caiu, solitária.

- Eu não suportei vê-lo com outra pessoa - Continuei - Doeu de uma forma que nunca aconteceu, eu pensei que iria explodir.

- Eu te entendo, meu bem - Sorriu - Entendo perfeitamente.

- E ainda dói, mamãe - Enterrei meu rosto em seus colo - Eu sinto como se meu coração fosse parar de bater, tamanha a dor.

- Você o ama, é por isso que dói tanto - Cantarolou - Se não amasse, não estaria doendo. Essa é a maior comprovação de que o ama.

- Mas ele me ama? Eu não sei - Funguei - Eu não sei mais.

- Estou contente que esteja aqui, porém, não gosto que esteja aqui para se esconder.

- Mamãe, eu preciso de consolo... A senhora é a única que eu consegui pensar.

- Fico lisonjeada - Começou um cafuné em meus cabelos - Mas se você ama ele, deve ir atrás dele. Deve confrontá-lo e expor tudo o que está te incomodando. 

- Está bem, irei fazer isso - Limpei minhas lágrimas - Mas deixe-me aproveitar mais um tempinho aqui.

- Quanto tempo quiser, lindinho.

- Mãe?

- O que foi, querido?

- Sim, ele roubou meu coração - Ri.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, e Bjkas


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