História The Model And The Photographer - Jikook - Admita

- E já há alguma pessoa especial em sua vida?

Park Jimin parou um pouco para pensar antes de tornar a olhar para a câmera. exprimiu um sorriu arrebatador, e antes de responder, molhou seus lábios.

- Quem sabe - Deu de ombros - Sempre há uma possibilidade.

Desliguei a televisão assim que ouvi sua risada debochadora. Park Jimin não estaria interessado em minha pessoa, estaria? Por mais que eu quisesse me iludir que sim, eu não conseguia. Ele era perfeito demais para um simples fotógrafo que cedeu aos seus desejos e foi para a cama com ele. Talvez não tenha sido nada de demais. Certo?

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- Kookie - Resmungou Hoseok - Vamos logo!

- Para que a pressa? - Arqueei a sobrancelha - Quer tanto assim encontrar Taehyung?

- Eu estou curioso - Sorriu ladino - E você está me atrasando.

Ri de seu bico e taquei-lhe uma toalha em sua cara, que foi recebida com xingamentos. Simplesmente o ignorei e entrei em meu banheiro, afim de tomar um banho relaxante antes de passar a maior vergonha de minha vida.

Talvez por nervosismo ou apenas para zoar Hoseok, demorei um pouquinho mais no banho, o que acarretou em um ser estressado esmurrando a porta de meu banheiro e ameaçando a derrubá-la e tirar-me de casa, nu. 

- Eu não estou brincando - Esmurrou mais uma vez a porta - Irei expô-lo ao mundo, como se tivesse acabado de nascer e pode crer que você irá chorar também.

Rindo, desliguei o chuveiro e enrolei-me em uma toalha. Hoseok já havia parado com o piti e, provavelmente, estava impacientemente me esperando em meu sofá. 

- Desse jeito nunca irei mostrar-lhe quem é o menino - Terminei de colocar minha camisa.

- Glória a Deus, finalmente saiu do banho - Ajoelhou-se no chão - Vamos logo que eu não quero me atrasar em meu primeiro dia.

Sua mão foi de encontro com meu pulso, e logo fui arrastado para fora de meu apartamento as pressas. Hoseok praticamente jogou-me em seu carro, e nem se importou se eu estava confortável e acelerou o veiculo em direção a empresa.

- Você vai receber uma multa - Agarrei o banco com força, temendo pela minha vida.

- Não vou não, você que está querendo botar azar em meu dia - Buzinou para o cara da frente - E esses lerdos, estão querendo tirar minha paciência.

- Já é a décima vez que você buzina, tenho certeza que o apressado aqui é você - Ri - Nem todos precisam colaborar com o seu fogo no cu.

- Ah, cale a boca - Acelerou ainda mais.

***

Depois de muita imploração, finalmente apontei para o garoto, vulgo Taehyung, que Hoseok tanto queria conhecer. Não quis ficar para ver o que o sem vergonha iria fazer, mas Taehyung provavelmente teria que me agradecer muito. 

Fui direto para o estúdio e encontrei Jin, arrumando suas lentes da câmera.

- Jin, chegou cedo - Cumprimentei-o.

- Kookie - Sorriu e guardou a câmera - Você viu o Taehyung? Preciso dele para me ajudar com algumas coisas.

- Ãn... Desculpe, eu não sei - Desviei o olhar, nervoso. Eu não sabia mentir, e provavelmente gaguejaria em algum momento - Você viu o Jimin?

- Ele está de folga hoje, por que? - Sorriu malicioso.

- Por nada, nada mesmo - Esfreguei nervosamente minhas palmas da mãos - Eu só não quero encontrá-lo hoje.

Jin arrumou sua postura ao olhar para porta, e segui seu olhar. Taehyung estava entrando no estúdio, com uma expressão feliz de criança e com o cabelo todo bagunçado. 

- O que aconteceu com você? - Preocupou-se Jin - Seu cabelo está horrível, tem certeza que penteou-o hoje?

- Jin Hyung - Sorriu envergonhado - Eu... cai, isso, eu cai e meu cabelo acabou sendo despenteado.

- Despenteado por quem? - Provoquei e recebi um olhar mortal.

- Mas e a sua roupa? Um tombo não faria essa bagunça - Jin estava desconfiado - Taehyung, o que você aprontou?

- Nada, Jin - Olhou para os lados, desesperado - Tenho que ir, depois falo com vocês.

Taehyung correu até o camarim e ficou por lá, antes de Hoseok aparecer e piscar em minha direção e entrar no mesmo lugar que Taehyung.

- Aish - Resmungo - Hoseok, seu pervertido.

- O que disse? - Perguntou-me Jin.

- Ah, nada... eu disse que precisava ir para o outro estúdio.

- Você está trabalhando em outro estúdio?

- Sim, me pediram para cobrir outro funcionário que está doente.

- Estranho, ninguém está doente - Disse baixinho, franzindo o cenho - Tem certeza sobre isso?

- Sim, a recepcionista me avisou quando cheguei.

- Bom, se ela disse, tudo bem - Seu cenho ainda estava franzido - Só que eu achava que os outros estúdios estavam parados.

Jin se afastou e se despediu, e eu fui em direção ao outro estúdio. O corredor do andar de cima estava escuro. O que eu estranhei, já que deveria estar ocorrendo uma sessão de fotos.

Abri a porta, cuidadosamente, e percebi não ter ninguém lá. 

Talvez eu tenha errado o caminho, ou algo assim. Eu não estava com medo de ser morto como em filmes de terror. Eu estava perfeitamente bem, preparando-me para sair do salão e ir procurar pelo certo e continuar meu trabalho alegre. Eu NÃO estava com medo.

Uma pressão rodeou meu pulso, e meu instinto foi gritar. Meu pulso foi puxado e minha boca coberta para abafar os gritos. Eu me desesperei na hora e temi ser morto sem ao menos me despedir de Hoseok e sua infantilidade. 

- Fique quieto, não irei matá-lo - Sussurrou em meu ouvido.

Fiquei imóvel no mesmo segundo. Eu não conseguia ver seu rosto, mas reconhecia sua voz. Sua boca deslizava pelo meu pescoço, enquanto um de seus braço me prendia ao seu corpo e sua mão cobria minha boca. 

- Vou soltá-lo, não grite - Sua mão se afastou lentamente de minha boca e seu braço me largou minimamente.

Virei meu corpo em sua direção e gritei:

- Você quer me matar de susto? - Soquei seu ombro, forte.

- Você é surdo? O que eu disse sobre não gritar - Me olhou indignado - Meu deus, garoto!

- Por que fez isso? - Afastei-me, ajeitando minha roupa - Não pretendo morrer tão cedo, e isso parece cena de filme.

- Eu queria te surpreender, mas você não colabora - Resmungou, formando um bico em seus lábios - Fiz toda questão de fazer você vir até aqui.

- Então... eu não vou cobrir nenhum funcionário doente? - Franzi o cenho.

- Dur... Obviamente que não - Rolou os olhos - A não ser que queria, lógico.

- Muito engraçado você - Bufo.

- Eu bolei um plano para nós dois, tão maravilhoso - Sorriu galanteador - Kookie... você irá colaborar para esse plano?

Ofeguei quando seu corpo ficou rente ao meu, e suas mãos tocaram meu tronco, empurrando, levemente, meu corpo até a parede mais próxima. Seus lábios esboçavam um sorriso descarado, e seu olhar esbanjava um brilho incomum. 

- Por que quer tanto isso? - Perguntei, sentindo sua respiração roçar minha boca.

- Eu já não lhe disse, Jeon? - Riu, pretensioso - Eu tenho esse interesse por você, que me deixa louco. Cada segundo desejando seu corpo, chega a tirar minha concentração.

Sua língua tocou meu queixo, e suas mãos agarraram minha camisa, levemente. Inclinei minha cabeça até a parede, perdendo-me na pequena chama de prazer. Park Jimin aproveitou para deslizar seus dedos por meu pescoço, causando-me arrepios.

- Eu sei que você também quer isso - Sussurrou - Não torne as coisas mais difíceis.

Pousei minhas mãos em seu peito e o empurrei minimamente, para olhar em seus olhos.

- Eu não quero ser apenas mais um em sua lista, está bem? - Suspirei - É melhor pararmos com isso, eu não quero me iludir.

- Você só irá iludir-se se estiver confuso - Alisou meu ombro - Qual é, sabemos que é apenas carnal, por que não aproveitar?

- Eu já não disse? Não quero ser apenas mais um.

Sua perna pressionou minha virilha, e meus olhos fecharam-se prendendo um gemido. 

- Nunca se sabe o que acontecerá no futuro, quem disse que você será apenas mais um?

- Os fatos dizem isso.

Sua boca avançou em meus lábios e sua língua, sem pedir permissão, adentrou em minha boca. A pressão causou-me leves choques pelo corpo, e acordou meus instintos. Nossas línguas entrelaçavam-se, a cada segundo almejando dominar um ao outro. Sem conseguir me conter, puxei sua nuca e agarrei seus fios de cabelo. O beijo foi quebrado com um estalo, e um suspiro derrotado por minha parte.

- Admita que não consegue se conter, e que me deseja assim como te desejo - Mordeu minha bochecha, e a puxou levemente - Admita que adora quando eu te provoco. 

- Que se dane - Puxei-o novamente para um beijo.

Suas mãos bobas foram para minha bunda, apertando-as com vontade. E eu não podia negar que aquilo era gostoso. Sim, era totalmente delicioso sentir seus dedos firmes em minhas nádegas. 

Abri os primeiros botões de sua camisa e alisei minha mão em seu peito exposto. Separei nossos lábios e passei a beijar seu maxilar, pescoço e clavícula. Senti meu membro ser tocado, e senti sua mão entrar em minha calça e provocar-me. Não pude deixar de gemer. 

- Jimin-shi - Sussurrei - Não me provoque.

Sua boca abriu-se em um pequeno sorriso, como se tivesse ganhado o dia. Seus olhos encararam-me de tal forma, que me fez perder o fôlego. 

- Não espere se livrar tão cedo de mim - Lambeu os lábios, faminto. 

Ai de mim, cutuquei a onça com a vara curta, agora terei de lidar com a sua fome.

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 - Onde você esteve o dia todo? - Questionou-me Hoseok, impaciente.

- Como percebeu minha falta? -Provoquei - Não estava se divertindo com Taehyung?

- Ah, mocinho, que maravilha de amigo você tem - Riu, esquecendo-se totalmente de sua irritação - Ele é incrível, e totalmente sexy.

Sua expressão era de um bobo apaixonado, e seu rosto, não desmanchava nem por um segundo, o sorriso que Taehyung conseguirá botar em seus lábios.

- Parece que sua vida de solteiro acaba aqui - Ri, e destravei meu carro.

- Ah, está sonhando muito - Deu tapinhas em meu ombro - Quem sabe em outra vida.

Hoseok se aproximou de meu corpo, assim que virei-me pra ele. Seus olhos espreitaram-se e ele passou a observar meu pescoço.

- To vendo porque sumiu, seu safado! - Alterou-se - Reclama de mim, mas faz o mesmo, né.

- Que isso? Tá louco? - Puxei minha camisa mais pra cima - Eu não sou safado.

- Kookie, não me engane, você nunca foi um santo - Distanciou-se rapidamente para seu carro - Você está louquinho pra transar com o senhor gostoso Park Jimin.

- HOSEOK - Gritei assim que sua porta bateu, e ele apressou-se em acelerar seu carro, para fugir de meus gritos.

Maldição.

- Até o seu amigo sabe que você me deseja - Sussurrou em meu ouvido.

Eu, obviamente, dei um pulo de susto. Esse maldito estava nos ouvindo? Mas que porra, cadê a privacidade?

Fechei a cara, e abri a porta de meu carro.

- Não ouse dizer nada - Apontei para ele, e em seguida entrei no veiculo. 

Liguei o motor no mesmo momento em que sua risada saiu de sua boca, e acelerei até meu apartamento. Totalmente envergonhado.