História The moon said - Larry Stylinson - Itália

Pov Harry

Abri os olhos lentamente e pisquei algumas vezes quando senti uma claridade incômoda sobre minhas órbitas. Respirei fundo sentindo minha cabeça latejar um pouco. Sentei na cama e coloquei minha mão ao lado direito da cabeça, fiz um carinho rápido em mim mesmo na intenção de aliviar a dor leve porém ruim. Olhei para baixo notando que não estava de calça, sem o terno e apenas com a minha camisa social azul clara que ia até as minhas coxas e minha cueca box. Levantei da cama um pouco zonzo, bebi tanto assim que não lembro?

Olhei em volta não tendo uma nítida noção de onde estava, esse quarto não era no qual estive antes do casamento, por que estou sem roupa mesmo? Algo aconteceu entre mim e o Louis e não lembro?

Neguei com a cabeça procurando minha mala no canto do grande quarto rústico.

- Oi -fitei a porta notando Louis parado na mesma, até em um terno preto é bonito, ele me olhou rapidamente de cima para baixo e sorriu. - Sua mala está no banheiro, se eu fosse você não a desfaria afinal nossa lua de mel é daqui três dias -ele olhou para baixo e sorriu saindo do quarto e fechando a porta.

Fiz o mesmo que ele e tentei tapar minhas pernas mesmo que Louis não esteja aqui, que abusado. Caminhei até o banheiro e encontrei minha mala preta ali, nossa lua de mel é em três dias...

Peguei uma calça skinny preta e um moletom azul escuro e uma box preta deixei em cima da pia e decidi tomar um banho rápido, depois de feito vesti minhas roupas e passei alguns produtos que manteriam meu corpo cheiroso. Só preferi não passar o perfume.

Penteei o cabelo e sai do banheiro e do quarto, não reconhecendo direito a onde estava, andei um pouco pelo corredor até que encontrei a escada e desci por ela, fiquei um pouco perdido de novo até que achei uma sala que tem apenas uma grande mesa no meio repleta de comida e minha família estava lá, junto com a nova família quer dizer a família toda.

- Harry querido está se sentindo bem? -minha mãe perguntou se levantando e andei até ela recebendo um abraço e um olhar preocupado.
- Sim, a minha cabeça doí um pouco, e você como está? -perguntei enquanto sentava ao lado de Gemma que apenas mandou um beijo e continuou a comer.
- Bem querido -ela sorriu se sentando também.
- Bom dia -falei bocejando e Jay colocou um comprimido sobre meu prato.
- Bom dia anjo, isso vai ajudar com a dor de cabeça -ela beijou meus cabelos e se sentou ao lado de Mark.
- Bom dia -ouvi um couro baixinho.

E olhei para frente, é uma ótima visão ver o Louis sentado de lado lendo algo concentrado em seu jornal. Ele tirou a atenção do jornal e olhou para mim.

- Tome o seu remédio, vou trabalhar. -ele se levantou e simplesmente saiu da sala.

Peguei o remédio e Gem colocou água em um copo que estava perto de mim, tomei o remédio e depois sorri. Estranho.

Depois do café minha mãe me abraçou apertado e ficou triste de ter que ir embora, Desmond fez sua melhor cara de sério e Gems ameaçou chorar... vou sentir falta deles, porém que eu saiba os Tomlinson moram na casa em que ocorreu o jantar , então vamos para lá. O almoço chegou e nem Mark e Louis participaram, conversei com Charlotte boa parte da tarde, e brinquei um pouco com os gêmeos antes de anoitecer, tomei outro banho, jantei e fui para o quarto que estou com o Louis. Ele não voltou para casa, quem é que trabalha um dia depois do casamento? Oh, claro, Louis.

Depois de responder várias mensagens eu já estava entediado de fazer somente isso, coloquei o celular sobre o queixo e deitei no meio da cama e na mesma hora a porta foi aperta.

- Oi, achei que estaria dormindo -louis falou entrando no quarto e afrouxando a gravata.
- É -disse sem saber o que falar, afinal ele não merecia uma conversa, simplesmente sumiu o dia todo.

Ele porém pareceu não se importar já que apenas rumou para o banheiro e tomou um banho longo, voltou secando o cabelo com uma toalha pequena que jogou na poltrona bege do quarto, fala sério.

- Você pode dar espaço na cama pra mim? Valeu -movi meu corpo para o lado esquerdo da cama e deixei um bom espaço para ele que se deitou. Fiquei o observando. - O que foi Harry? -perguntou.
- Nada -disse simples e ele olhou para mim como se não acreditasse no que eu falei.
- Diga -falou autoritário.
- Você não voltou para almoçar ou jantar, você comeu? -louis pareceu procurar algo em mim enquanto me encarava.
- Sério? Eu comi na empresa, inacreditável, vá dormir não estava com dor de cabeça? - ele se virou na cama de uma maneira que não podia ver mais seu rosto apenas sua costas.

Sorri, no final ele não estava perguntando mesmo, você é meio desagradável marido, é estranho eu achar legal essa quase preocupação?
Virei do mesmo jeito que ele e fechei os olhos, dormir na mesma cama que ele diferente do que eu imaginei... Não é tão ruim. O cheiro dele de qualquer ajuda, é, que confuso.

(...)

Três dias depois.

- Prometa que vai tomar cuidado -jay falou enquanto me abraçava.
- Pode deixar eu irei -sorri para ela e entrei no carro no banco de trás dando um tempo para Louis se despedir da sua mãe.

Em falar nele, notei ser uma pessoa complicada, se ele falou duas ou três palavras comigo esses dias que se passaram foi muito.

Louis entrou no carro se sentando do outro lado deixando o acento do meio vazio, coloquei o cinto de segurança e olhei para a janela em que Jay balançava a mão em um ato de despedida, sorri para ela enquanto fazia o mesmo e o motorista ligou o carro. O tempo em que ficamos no carro foi silencioso e o incômodo. Louis parecia não enxergar que estava ali. O carro parou e pude observar o Aeroporto internacional de Londres, desci do carro assim que Louis o fez, o motorista também desceu e entregou minha mala maior e de rodinhas, a de Louis era marrom escuro e também era de rodinhas, o mesmo olhou para mim e caminhei até ele. E lá se foi outro percurso em silêncio.

Meu marido comprou nossas passagens e fomos revistados o que não gostei, outro ômega tocar no meu corpo inteiro foi estranho. Sentei em um dos vários assentos da ala de embarque.

- Louis -o chamei já que ele estava em pé e o mesmo me fitou e depois caminhou até mim e sentou no banco ao meu lado.
- O que foi Harry? -perguntou vendo pela parte de vidro da estrutura do aeroporto um avião decolar.
- Para onde vamos? -mordi os lábios.
- Itália -respondeu e sorri para ele.
- Sério? -tentei conter minha empolgação.
- Sim, não gosta desse país? -ele passou a me observar agora. Como não posso gostar de um país sendo que eu nem fui nele.
- nunca fui nele -disse mordendo o interior da minha bochecha de leve.
- Oh, você vai gostar -louis deu um pequeno sorriso depois de falar.

Ele deveria sorrir mais...

Fiquei quieto o resto do tempo se Louis parecia de bom humor eu que não queria estragar isso. Aquela voz de aeroporto soou nos avisando que a hora do nosso voo tinha chegado e apenas andamos, revistaram a nossa bagagem e passamos por uma máquina de metal ou ferro, não sei direito e embarcamos no avião. Ah, lógico, na classe A. As vezes ainda pergunto a mim o quão ricos os Tomlinson são. Respirei fundo assim que notei que já tínhamos decolado e estamos no céu.

- Você tem medo de altura? -louis perguntou e só devia ser por educação porque o rosto dele indicava que ele queria rir.
- Eu nunca entrei em um avião -fiz uma expressão zangada.
- Oh, relaxa o avião não vai cair, eu acho -as duas últimas palavras saíram em um tom brincalhão demais pro meu gosto.
- Para -virei para o outro lado e a paisagem da janela assustava um pouco mas era melhor que o Louis zoando comigo.

E mesmo não sabendo o porquê, viajar de avião cansa, dormi praticamente a viagem inteira e agradeço por isso, sabe se lá como, quando dizem que adolescentes dormem muito é mais pura verdade, no final eu não estava mais com medo do avião cair ou algo assim. Saímos do aeroporto e já estava cansado, não sei quantas horas de voo foram, não prestei atenção quando falaram. E enfim já era noite na Itália. Fomos de táxi até um hotel típico do lugar, com vários andares e tinha a cor vermelha, essa cidade até que tem cores chamativas. Entramos no nosso quarto e alguns segundos depois apareceu um funcionário trazendo as malas. Louis o deu uma gorjeta e fechou a porta.

Observei um pouco a decoração, tinha uma cama muito grande e com o lençol vermelho, caminhei até a janela e notei que haviam muitos lugares largos onde uma água quase azulada passava. Estranho.

- Em que cidade estamos? -perguntei virando para olhar Louis.
- Veneza -falou abrindo sua mala. - Está com fome? -questionou.
- Um pouco -disse aproximando dele.
- Quer ir a algum restaurante ou comer no hotel? -sorri mesmo que ele não pudesse ver. Perguntar é um ato gentil, e ele costuma questionar bastante...
- Eu estou cansado, podemos comer aqui? -indaguei soltando um suspiro e finalmente ele olhou para mim com aqueles lindos olhos azuis.
- Vá tomar um banho enquanto eu peço algo da culinária italiana para comermos -assenti com a cabeça e caminhei até a minha mala.

Acho que ele gosta de mandar nas pessoas...

Peguei uma calça jeans azul clara justa e uma blusa de frio preta e um box. Fui para o banheiro e talvez o dono do hotel goste muito da cor vermelha, desde ao azulejo aos detalhes na borda do grande espelho dourado tem vermelho. Não preciso citar as cores da banheira, do vaso e da pia eu acho. Tirei minha roupa e a dobrei colocando no canto da pia como sempre faço, tomei um banho rápido no chuveiro dourado e vesti minhas peças de roupa limpas, passei desodorante e observei meu reflexo no espelho, coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha a deixando a vista e sai do banheiro, coloquei as peças sujas de volta na mala em um saco transparente. Ouvi a porta ser fechada e soube que ele tinha ido tomar seu banho também.

Alguns minutos depois ele saiu e alguém bateu na porta, Louis foi até ela e abriu e um garçom entrou com um carinho colocando a comida em uma mesa no canto do quarto que tinha um grande janela. Ele saiu quarto do empurrando seu carrinho depois de ganhou uma gorjeta.

- Vem -louis chamou depois de se sentar na cadeira e abrir a tampa de seu prato. Quer dizer, não parece muito um convite.

Sentei de frente para ele e abri meu prato, bem simples a propósito.

- Fegato alla veneziana -ele disse pegando os seus talheres.
- O que significa? -fiz uma careta confusa.
- O prato que estamos comendo, é só fígado e cebola -ele deu de ombros cortando a carne.

Peguei meu copo com água e beberiquei antes de começar a comer.

- É bom -falei depois de engolir a primeira garfada.
- Achei que não ia gostar -falou olhando para mim.
- Por que achou isso?
- Você tem cara de vegetariano -louis.

Se eu tenho cara de vegetariano qual é a razão por ele ter pedido carne?

- Qual o motivo pra você ter pensado nisso? -disse enquanto revirava a cebola com o garfo do meu prato. Concentrado no olhar penetrante de Louis.
- No casamento você teve um diálogo sobre as batatas de um dos pratos -oh ele notou, sorri para ele.
- Carne de cordeiro tem um gosto forte e sempre imagino o animal -parti outro pedaço da minha carne e levei a boca.
- Isso não faz sentido, você está comendo outra parte de um animal agora -ele bufou depois de falar.
- Louis não me faça ter nojo de carne saborosas -revirei os olhos e fiz minha melhor cara de zangado. Louis deu leve sorriso de lado sem mostrar os dentes.
- Desculpa, aproveita a carne de algum animal que morreu provavelmente de forma brutal -ele continuou a comer enquanto somente soltei o garfo com um pouco de nojo, não sei se essa é a palavra certa.

Antes que pudesse pensar em uma boa resposta o celular de Louis tocou e ele se levantou atendendo. Continuei a comer e alguns minutos depois ele voltou e dessa vez não parecia bem humorado. Comemos em silêncio, escovei meus dentes e depois deitamos na cama. Acho que nunca vou acostumar com o quanto silencioso Louis é.

- Boa noite Louis -falei baixinho virando para outro lado, não podia o ver desse jeito.
- Boa Harry -pelo seu tom de voz ele está irritado.

Tomlinson...Tomlinson, você é o alfa mais esquisito que conheço. E parando de pensar nele e sim nos lugares que conheceria amanhã que dormi.

(...)