História The moon said - Larry Stylinson - Pregnant

Uma semana depois.

Pov Harry

A textura de certos lábios macios me despertaram assim que estes tocaram com sutileza em minha marca. Deixei minhas pálpebras se abrirem como as mesmas acharam melhor pois a claridade do dia as atingiram com certa brutalidade. Assim que minha visão parou de embaçar deparei com olhos azuis adoráveis.

- Bom dia lindo -ele disse colocando seu queixo em meu ombro e apertando a minha cintura.
- Bom dia amor -respondi sonolento.
- Vamos levantar -ele disse soltando meu corpo e se preparando para sair da cama, segurei em seu pulso e o puxei de volta.

Deitei praticamente em cima dele colocando minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração, esse som pode ser considerado um calmante.

- O que deu em você? -o olhei e beijei a pontinha de seu queixo. - Quanta preguiça - proferiu passando as mãos pela minha cintura e em um impulso se sentou na cama me levando junto com ele.
- Só quero dormir -disse passando minhas mãos pelo seus ombros.

Louis riu baixo enquanto levantava da cama comigo em seus braços, caminhou com calma até o banheiro, ele sentou meu corpo no mármore escuro e frio do banheiro e balbuciei que estava gelado.

- Não seja tão fresco -o fitei com o semblante sério. - Desculpe, você acordou tão estranho hoje -louis disse puxando minha blusa para cima a tirando.
- Estranho? -disse o vendo tirar sua calça e depois a cueca.

Desci do mármore com lentidão e acabei por fazer o mesmo.

- Seu cheiro está diferente e acordou manhoso -ele deu um peleco na minha testa e coloquei minha mão no lugar.
- Ei -disse bravo. - Meu cheiro?
- Chocolate, morango e tangerina -ele pegou em minha mão para entrarmos no box juntos.
- Tangerina? Será que é por causa da marca? -disse sentindo o vidro gelado do box trazer a sensação de frio para as minhas costas.
- Não sei mas pode ser isso -louis se  encostou em mim passando a lamber meu pescoço já molhado pelas gotas de água.
- L-louis -disse segurando sua cintura.
- Diga -ele olhou para mim.

Minhas bochechas esquentaram e olhei para o chão vendo água transparente descer pelo ralo.

- Por que tão tímido? -ele riu me puxando para mais perto de si.
- Talvez você que é assanhado -mordi seu lábio inferior e o suguei.
- Discordo -soltei uma risada curta.
- Vamos fazer amor depois discutimos sobre isso -respondi enquanto Louis colocava suas mãos sobre a minha bunda as apertando.
- Não seja tão eu -ele brincou e iniciou um beijo preguiçoso.

E lá se foi o nosso banho rápido...

(...)

Sentei á mesa para tomar o café da manhã e sorri envergonhado para Louis que tinha a aparência cansada, não é pra menos...

- Bom dia -sussurrei procurando algo doce na mesa.
- Bom dia -ouvi um coro de vozes e a do Mark sobressaiu.

Peguei uma tigela pequena que tinha pedacinhos de melancia e sorri satisfeito.

- Daisy pode me passar a manteiga? -rapidamente a mesma atendeu o meu pedido.
- Harry isso não é pão -fizz falou olhando para a minha faca com manteiga indo em direção a um pedaço de melancia.
- Eu sei -disse antes de colocar o pedaço na boca, deixei um som de satisfação sair da minha boca.
- Você tá bem? -phoebe perguntou com o semblante confuso.
- Estou ótimo e você? -coloquei outro pedaço na minha boca.
- Que tipo de pessoa come melancia com manteiga? -lottie perguntou semicerrando os olhos.

Somente dei de ombros e Louis tirou o pote de manteiga de perto de mim o substituindo por uma geleia vermelha.

- Ei -protestei e recebi um beijo na testa.
- Vai passar mal se continuar comendo isso -ele disse.
- Mas estou com vontade -realmente estou.
- É melhor devolver o pote para ele -jay disse com um sorriso diferente no rosto.
- Mãe não incentive as esquisitices dele -se meus olhos tivessem poderes Louis tinha pegado fogo com o olhar que lancei a ele.
- É só um desejo, não é esquisitice -johannah devolveu meu pote de manteiga e sorri contente por alguém entender.

Espera, desejo?

Quando terminei de tomar meu café da manhã, acabei lembrando que marquei de ir a casa da Melanie.

- Louis por favor sei descer uma escada sozinho -respirei fundo tentando entender o porquê dele estar tão grudento.
- Não seja tão chato, não estou fazendo nada demais -desisti de tentar tirar as mãos de Louis da minha cintura o que resultou em demorar mais de cinco minutos para descer as escadas.

- Tchau beijinhos amor -o dei um selinho e afastei meu corpo do seu.

Louis ficou olhando para mim de uma forma diferente. Bufei e voltei para perto do mesmo para o abraçar apertado.

- Se divirta -ele disse e sorri para ele o dando um selinho.
- Vou tentar, até mais tarde -beijei sua bochecha mas não movi.
- Que foi? -respirei fundo.
- Seu cheiro.
- O que tem ele? -louis segurou meu rosto.
- Ando ficando mais calmo que o normal quando o sinto -ele sorriu parecendo envergonhado e isso é raro.

Meu marido pousou sua mão na minha cintura e pressionou seus lábios na minha testa.

- Até mais tarde -assenti com a cabeça.

(...)

Melanie parece tão pensativa e parece que não posso fazer nada para a ajudar.

- O que aconteceu com você? -disse deitando na cama ao seu lado e coloquei minhas mãos sobre minha barriga.
- Nada, só... -ela olhou para mim e depois para baixo. - Ainda vai ter tempo para mim quando o bebê nascer?
- Não entendi.
- Vai ter um bebê, não quero perder um amigo ainda preciso dos seus conselhos e de ter você por perto -por qual razão a Mel está tão dramática?
- Não estou grávido e mesmo se tivesse não se abandona os amigos -sorri para ela e baguncei os seus cabelos.
- Você está grávido não é possível que seja tão lerdo que não notou -melanie se sentou na cama.

Olhei para baixo e pensei um pouco sobre o assunto, não pode ser.

- Não -disse baixo em tom de surpresa.
- Mal cheguei e já mandam um "não"? Tudo bem, nem queria ficar mesmo -niall disse escorando na batente da porta.
- Niall -a minha voz se misturou com a da minha amiga  por gritarmos ao mesmo tempo.
- Que foi? -ele perguntou parecendo assustado.
- Acho que estou grávido -disse balançando as mãos no ar.

Niall sorriu de lado como se não fosse uma novidade.

- Tangerina não é -ele disse depois de se sentar em um dos puff do quarto. Somente fiquei olhando para ele.
- Tem que contar para o Louis e fazer aquele teste de farmácia -niall assentiu com a cabeça após ouvir Melanie.
- Deixa só eu digerir essa possibilidade tá -respirei fundo.
- Tudo no seu tempo -mel fez carinho nos meus cabelos.

Não é tão fácil ficar calmo depois de perceber que tem uma possibilidade de estar grávido. Acabei de ser pego de surpresa.

- Já passou horas vai continuar olhando para o nada com essa cara de assustado? -niall perguntou e levantei da cama.
- Harry?
- Tenho que comprar um teste de gravidez -disse e sorri de leve. Não posso só ficar imaginando que estou, tenho que ter certeza.
- Quer companhia? -niall se levantou e jogou um pacote de salgadinhos no lixo que a propósito tinham um cheiro terrivelmente enjoativo.
- Não precisa -dei de ombros.
- Então nós vamos -melanie disse e sorri.

É bom conseguir ser compreendido sem ter que falar.

Saímos do apartamento em que Melanie mora e passamos a caminhar pela cidade a procura de uma farmácia que Niall sempre compra remédios para o estômago já que esse passa do limites quando o assunto é comer.

- Sejam bem-vindos -um rapaz atrás do balcão falou.

Somente assenti com a cabeça e procurei junto com os meus amigos o bendito teste. E achamos dois tipos.

- Qual é indicado para homens? -questionei sem graça para o atendente.
- O rosa -o atendente tinha um sorriso empolgado no rosto.
- Vou levar ele -disse e o rapaz fez o processo de colocar a caixa em uma sacola.
- São quinze libras -entrei a quantia certa para ele e o rapaz me entregou a sacola de papel azul.
- Obrigado -disse simples.
- Se não souber como usar tem uma instrução, pergunte a alguém mais velho menino -minhas bochechas esquentaram e só agora notei que ele é um alfa.
- Valeu mesmo tio -niall o respondeu segurando meu pulso e me puxando para fora da farmácia junto com a Melanie.
- Que embaraçoso -melanie disse tapando o rosto com as mãos.
- Nem diga -respirei fundo. - Obrigado pela ajuda -agradeci balançando a sacola.
- Espero que de positivo -melanie deu um pequeno salto.
- Ei -niall chamou á atenção dela.
- Tá tudo bem, preciso ir -lancei uma sorriso para os meus amigos.
- Boa sorte -melanie gritou.
- Não é bem isso que se deve falar nesses momentos -o irlandês falou em um tom neutro.

Sorri com direito a covinhas para eles.

Acabei por vir de táxi e nesse minúsculo tempo pensei bastante. Abri a porta de casa e entrei determinado a achar Jay.

- Ei -louis me abraçou por trás e tomei um susto.
- Ai minha Lua -virei para o observar com a mão no peito. Meu marido tinha o rosto caído em divertimento.
- Se assustou? Sabem o que dizem sobre pessoas que se assustam por qualquer coisa -desviei o meu olhar do dele já que podia entregar o que não quero e sorri negando com a cabeça.
- Cadê a sua mãe? -troquei de assunto rapidamente.
- Se não saiu deve estar no quarto dos gêmeos.
- Vou ir lá -beijei seus lábios com carinho.
- O que tem nessa sacola? -louis perguntou e petrifiquei.
- Louis -parei para o olhar. - Não é nada importante -acho não é o momento de o contar, subi a escada da direita rumando para o quarto dos gêmeos.

Johannah estava perto da cama dupla, uma parte do carinho é roxo cor preferida de Ernest e a outra parte do carinho é amarelo com um adesivo imenso de arco-íris, sempre achei essa cama diferente. Mas é bem bonita e foram os meus dois bebês que escolheram, é o suficiente.

- Jay -chamei baixinho com receio de acordar as crianças.
- Oi anjo -ela sorriu.
- Preciso da sua ajuda -minha sogra se virou, resolvendo dar atenção total para mim.
- Do quê precisa? -peguei o pacote pequeno e o mostrei para Jay que levantou suas sobrancelhas e sorriu sem mostrar os dentes. Não parecia novidade para ela.
- Então finalmente comprou o teste? -ela riu parecendo aliviada.
- S-sabia? -fui incapaz de montar uma pergunta concreta.
- Desconfiava querido.
- Pode me ajudar?
- Não quer perguntar a sua mãe? Existe meios para você poder fazer isso -seu semblante estava sereno.
- Não Jay, você é como uma segunda mãe para mim e bom quero poder contar para Anne quando tiver certeza -ela sorriu e envolveu meu corpo em um abraço agradável e quente.
- Entendo, vamos para o meu quarto, tenho certeza que não deseja ser incomodado em um momento como esse -assenti o mínimo com a cabeça.

O caminho até o quarto da minha sogra não é muito longo mas para mim, passos curtos e lentos pareciam obrigatórios, senti estar caminhando em direção ao inusitado.

- Harry não sangrou depois do seu cio?

Como em uma menstruação feminina, também temos dias de sangramento o que muda é que são após os cios e raramente eles vem todos os meses, não tanto como as das meninas pois são apenas algumas gotas mas é bastante incômodo. Ainda bem que não é muito comum ômegas homens sentirem cólicas.

As vezes passa pela minha cabeça que seria injusto se não sangrássemos.

- Não notei -disse quando ela fechou a porta do quarto.
- Aconteceu tanta coisa nesse curto tempo que não fico surpresa com sua resposta anjo -sorri sem jeito. - Dentro desse pacote tem um pequeno copinho descartável, tem que por um pouco de urina dentro dele e mergulhar essa parte branca, o teste fica pronto em três ou quatro minutos, se der uma linha não está grávido agora se der duas vai receber um lindo parabéns -ela sorriu - É bastante simples.
- Entendi, eu vou -respirei fundo. - Bom, vou fazer o teste.
- Fique tranquilo -jay exclamou depois que fechei a porta do banheiro.

Fiz tudo direitinho como escutei e sentei na tampa do vaso que tem uma capa de veludo rosa escuro, é bem Johannah. Olhei para o teste rosa inquieto.

O que devo fazer se der duas linhas? Achei que seria mais difícil de engravidar, não usamos camisinha isso foi tão imprudente. Nem ao menos sei se Louis quer ter um filho, não importa mais. Fechei os olhos com força, em nome da Lua suplico que seja duas linhas.

E quando finalmente abri minhas pálpebras, jamais esperaria soltar o suspiro mais alto e aliviado que estava bem guardado dentro de mim, sorri recuperando o fôlego e levantei, abri a porta e Jay olhou para mim espantada, entreguei o teste para si.

Deixei meus olhos se encherem da mais pura felicidade, sim ainda são lágrimas mas são algumas das mais felizes que deixarei escorrer pelo meu rosto.

- Está tudo bem chorar, é uma grande notícia -jay se aproximou e iniciou um abraço.
- Estou tão feliz e assutado ao mesmo tempo -contei embolado, ouvi a risada da minha sogra.
- É normal, você precisa se acalmar meu amor -jay disse depois me conduzir até a cama de casal e me fazer sentar ali.
- Tem razão -respirei fundo e limpei as lágrimas que caíram.
- Em pensar que o meu primeiro netinho ou netinha está aí dentro, bem protegido, me sinto muito feliz -sorri colocando as minhas mãos sobre a minha barriga.
- Eu também, preciso contar ao Louis -um pequeno choque para a realidade.
- O que está esperando? -olhei para minha sogra.
- Ele tem todo o direito de não querer um filho agora e isso é assustar -revelei baixo.
- Sim o Louis tem, mas foi concebido com amor querido, tenho certeza que ele ficará feliz quando souber -assenti com a cabeça sem muita coragem. - Mas se puder esperar alguns dias -jay sorriu do mesmo jeito que o Louis.

Arregalei meus olhos e abri a boca.

- Posso esperar -sorri sentindo minhas bochechas esquentarem.
- Espertinho, parece que alguém irá receber um presente importante, vem vamos comer torta de amora, seus olhos acabaram de brilhar -ela brincou.
- Sou um homem grávido ouvindo a palavra torta.
- Ei é um segredo ainda -ela fez sinal de silêncio.
- Oops -rimos juntos.

Caminhamos para a cozinha onde Louis estava.

- Oi -ele disse e o abracei com um grande sorriso no rosto. - Sei que está feliz mas gostaria de saber o motivo -minha atenção foram para os seus lábios.
- Quero te beijar -murmurei e ele olhou para mim semicerrando os olhos.
- Vamos fazer isso então -ele falou enquanto me pegava no colo e ri alto.
- Devolve ele -jay gritou no tom brincalhão. - Cuidado com o anjo -ela gritou e Louis bufou.

Subiu as escadas olhando diretamente nos meus olhos, fazendo uma conexão bem direta. Quando chegamos ao quarto, Louis não me jogou na cama, deitou meu corpo com total cuidado sobre o colchão forrado com um lençol macio e felpudo, e acabou por ficar por aqui, passando a mão pelos meus cachos bagunçados e grandes.
- O que tanto olha? -sorri depois da sua pergunta e o puxei para mais perto de mim.
- Só estou te admirando -louis sorriu fechando os olhos e como amo esse sorriso.
- Realmente acordou diferente hoje -assenti com a cabeça, logo você entenderá o porquê.
- Quer ter f-filhos? -senti um frio na barriga depois que essa pergunta simplesmente saiu.

Louis ficou quieto por segundos e depois sorriu sem mostrar os dentes.

- Todo alfa quer -meu coração batia rápido e de felicidade. - Por que perguntou sobre isso? Já quer ter filhos comigo?
- Somos muito jovens para isso? -saiu mais afoito do que esperava.
- Não curly, porém só vamos ter um bebê quando estiver preparado e querendo isso.
- E se eu não estiver preparado mais querer?
- Ai nós vamos fazer amor até dar certo -sorri tímido.

"Não precisamos mais fazer amor para isso." É o que quis responder. Posso muito bem te contar agora mas sinceramente, também posso esperar.

Fechei os olhos na espera dos lábios do Louis se encontrarem com os meus, senti meu corpo se arrepiar com o seu toque. Por que nossas línguas estão sempre com movimentos tão tranquilos? E por que é perfeito assim?

O beijo finalizou e Louis deitou ao meu lado, entrelaçamos os nossos dedos e ficamos ali em silêncio, aproveitando a presença, o barulho quase oculto da nossa respiração. É mais que suficiente.

Coloquei a minha outra mão sobre a barriga, mal consigo acreditar que vou ser pai, ainda mais depois do que aquele médico falou. Mas estou feliz, verdadeiramente muito feliz e quero dividir essa felicidade com Louis. Estou surpreso por pelo lobo interior dele ainda não saber...

Pela primeira vez, não estou com medo.