História The moon said - Larry Stylinson - Presente

Dias depois, vinte quatro de dezembro

Pov Harry

Coloquei minhas mãos em volta do pescoço de Louis para beijar a pontinha do seu nariz.

- Não sabia que você tinha uma casa afastada da cidade -disse com tranquilidade.
- Nós, nós temos Harry, temos muitas casas espalhadas por aí -ele me corrigiu, abri a minha boca surpreso.
- Riquinho.
- Como se você também não fosse -o olhei tristonho. Não posso nem te provocar mais?
- Harry vem aqui querido -jay exclamou alto já que não estava no cômodo. Louis bufou e o dei um tapinha no braço.
Desvencilhei do mesmo lhe lançando um sorriso pequeno, caminhei com calma até a cozinha pois sei que Johannh está naquele cômodo.
- Oi querido, seus pais avisaram que logo irão chegar e você tem que pedir uma mãozinha para a Lottie -sorri sem mostrar os dentes. A minha sogra é uma mulher incrível até nos planos.
Que podem ser julgados tolos ou cheios de muito amor, prefiro a segunda opção.
- Obrigado por avisar, vou na Lottie.
- Suba as escadas devagar.
- Tudo bem -falei contente por ter uma sogra que parece mais uma mãe.
Subi as escadas de fato devagar e com uma mão no corrimão. Rumei para o quarto que Charlotte pegou para si e bati na porta.
- Pode entrar -toquei na maçaneta e a girei para adentrar no quarto amarelo pastel.
- Pois não? -ela suspendeu uma sobrancelha para questionar.
- Preciso que faça uma pintura em mim.
- Agora? -pareceu estar surpresa. - Harry não se chama pintura é maquiagem mas gosta do batom vermelho certo? Vai ficar lindo em você, tenho uma paleta de sombras sem brilho que vai ficar maravilhoso no seu tom de pele -respirei fundo e fiz sinal de pare com a mão.
- Não é isso, é uma pintura mesmo Lottie -tentei explicar sem estragar a surpresa.
- Entendi criei expectativas de te maquiar à toa, onde quer a pintura? -ela perguntou em um tom desanimado.
- Na minha barriga -disse em um tom neutro querendo parecer natural ao máximo.
Por alguns segundos Lottie olhou para mim como se pensasse em uma possibilidade. É provável que foi descartada ou guardada para si mesma.
- E o devo pintar o quê?
- Algo pequeno, frágil, delicado como um bebê -ela fechou os olhos, jogou seus cabelos platinados para trás e abri as pálpebras exibindo seus lindos olhos.
-  Delicado e pequeno -ela bateu o dedo indicador no queixo como se estivesse refletindo.
- Com espírito natalino também -tentei a fazer refletir. Droga só desenhe um bebê é fácil.
- Já sei o que devo pintar -ela levantou para ir pegar algo.
- E o que é? -questionei absolutamente curioso.
- Só vou te mostrar quando terminar -ela deu um sorriso sapeca e levantei um pouco o suéter lilás.

Que a propósito ganhei de Louis na nossa lua de mel, nunca tinha o usado e como está gélido, sendo um bom presente e útil também, porquê não.

Fazem minutos que estou em pé com Lottie olhando concentrada para a minha barriga, se ela soubesse que têm um bebê aqui dentro pegaria mais leve com essas pinceladas.

- Harry seus pais chegaram -ouvi Jay gritar.
- Vai demorar muito Lottie?
- Eu já acabei, só estou admirando minha obra de arte nessa barriga branquela -ela sorriu emocionada.
- Deixa eu ver, tenho que abraçar os meus pais.
- Abraça eles que depois te mostro -a mandei um olhar desconfiado.
- Que foi?
- Pintou alguma coisa estranha em mim?
- Jamais faria isso com você, pode abaixar seu suéter essa tinta seca rápido, vai lá abraçar seus pais sei que quer muito fazer isso -ela sorriu enquanto caminhava com alguns pincéis sujos para o banheiro do quarto.
- Obrigado cunhadinha.
Sai do seu quarto e caminhei empolgado para a sala de estar.
- Gemma -disse após ser abraçado com força por ela.
- Ficou mais bonito maninho -ela disse ainda no abraço.
- Você também, seu cabelo tá um arraso preto -disse feliz.
- Sei disso -ela falou olhando para mim.

Não precisei dar mais de um passo para ser abraçado pela minha mãe e meu pai juntinhos, a fragrância que eles exalam faz com que me sinta uma criança acolhida pelo amor materno e paterno.

Será que vou conseguir passar essa sensação a este que carrego em meu ventre? Espero que sim.
- Agora que família está toda reunida -jay apareceu carregando Doris com seus cabelos ainda mais ruivos que o normal.
Avistei Louis entrando em uma conversa com meu pai e Mark. Que bom que eles combinam.
- Quando ia contar para mim que está grávido? -minha mãe sussurrou no meu ouvido e arregalei meus olhos .
- Como sabe que estou? Era uma surpresa -suspirei tristonho.
- Acha mesmo que pode esconder algo de mim?
- Não mesmo -a abracei de lado.
- Como se sente?
- Feliz, completo e confuso -soltei uma risada na palavra final.
- Então está tudo certo, é bom se sentir assim -ela falou serena com a voz calma enquanto suas mãos brincavam com lentidão em meus cachos arrumados porém soltos.
- Obrigado mamãe.
- Já parou para pensar que daqui um tempo vai ouvir obrigado papai? -neguei com a cabeça e notei que era a realidade.
- Parece ser duas palavras ótimas de se ouvir -murmurei.
- E elas são meu anjo -anne finalizou o carinho com um beijo no topo de minha cabeça e se afastou indo até a cozinha.

E conhecendo as duas peças sei que irão falar sobre isso, gosto quando elas falam.
Caminhei até Gemma e acabei entrando no assunto inusitado sobre como Taylor Lautner é gostoso e o porquê da Phoebe achar ele sem muita beleza enquanto Daisy é maluca por ele.

- Está na hora de trocar os presentes -jay deu um pulo de felicidade.
- Mãe nos nem jantamos ainda -johannah mandou um olhar severo para Felicite.
- Querida senta aí que com certeza você vai amar esse presente -olhei para o chão e sorri envergonhado. - Louis senta no sofá e respira fundo filhote.
- Desmond é melhor você sentar também -anne disse com um lindo sorriso no rosto.
- Pra quê tudo isso? -louis perguntou.
Me aproximei do meu marido e sorri para o mesmo, mantendo meu foco somente nele.
- Estava planejando chegar e contar mas Jay não concordou -respirei fundo. - Estou muito feliz por poder dividir esse momento com você.
Segurei as mãos de Louis e as levei para a minha barriga.
- É o que estou pensando? -ele sussurrou e assenti com a cabeça enquanto levantava o suéter. Ele olhou para a minha barriga de forma confusa. - Por qual razão tem um veado pintado na sua barriga?
Fitei Charlotte que estava sentada na poltrona toda jogada.
- Lottie você pintou um veado na minha barriga?
- É uma rena do papai Noel -ela disse provavelmente terminando de enviar uma mensagem alguém.
Lottie olhou para mim e depois para a minha barriga.
- Puta que pariu -ela começou a rir e todos no cômodo acabaram fazendo o mesmo. - Desculpa mas foi você que pediu algo delicado.
- E na sua cabeça um veado é delicado? -louis me conduziu para sentar na sua perna com cuidado.
- É uma rena natalina -ela bufou mas depois sorriu.
- Continua o que ia falar? -louis falou sorrindo e mordendo o lábio.
- Estou esperando um filho teu -disse com as mãos tremendo.
Louis assentiu com a cabeça e fechou os olhos, colocou suas mãos na minha barriga e abriu suas pálpebras em um puro exibicionismo de suas safiras.
- Não sei o que falar -seus olhos marejaram. - Estou muito contente e nervoso -ri por entender perfeitamente sua situação.
- Não sabe o quão ótimo é ouvir isso -contei aliviado.
- Nós vamos ter um bebê -ele sorriu daquele jeitinho. - Isso é magnífico -assenti com tranquilidade.
- É sim -coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha.
- Vou ser tia? -felicite perguntou piscando várias vezes.
- Vai sim.
- A quanto tempo sabe? -louis.
- A alguns dias apenas -ele envolveu suas mãos na minha na minha cintura.
- Posso te abraçar? -lottie perguntou se levantando.
- Também quero, abraço em grupo -um coro de vozes se formou.
- Não cuidado com o bebê -minha mãe e Jay gritaram ao mesmo tempo.
- Como se a gente fosse machucar ele -lottie disse ofendida e sorri.
- Venham logo -levantei, abri meus braços e com agilidade elas me abraçaram.
- Mal consigo acreditar nisso -fizz disse olhando para a minha barriga.
- Ainda não tem nenhum relevo Felicite -ela sorriu sem graça e observei meu pai abraçado a Anne.
Pedi com os olhos que ele dissesse algo.
- Já sabia -abri minha boca surpreso e olhei para Anne.
- Não falei nada não -ela mostrou sua fase mais inocente.
- E eu tentei fazer surpresa para vocês -sentei no sofá frustado e meu pai caminhou até mim. E com extrema facilidade me levantou e abraçou meu corpo. Sinto que sou tão pequeno no aconchego de seus braços.
- Estou muito feliz por vocês e mal posso esperar para ver o rosto do meu primeiro neto -ele sorriu de uma forma tão bela que fiquei emocionado.
- Eu também mal posso esperar -mark exclamou contente.
- Meu primeiro sobrinho -gemma comemorou.
- Vocês podiam ter usado camisinha -desmond.
- Amor -anne o advertiu.
- Eles são muitos jovens para ter um filho -papai debateu seu argumento.
- Concordo e da próxima vez vamos usar camisinha com total certeza -louis falou assim que se aproximou de mim e passou sua mão pela minha cintura.
- Poderia ter ocultado a última parte -desmond deixou sua voz em um tom sério mas acabou rindo como todos no ambiente.
- Agora que a melhor coisa do noite foi relevada nos podemos jantar e depois entregar os presentes sem graça -johannah falou animada.
- Realmente nem se cair um unicórnio aqui vou ficar tão feliz -daisy disse e ri sem fazer nenhum som.
- Um celular novo não chega nem perto também -lottie.

Somente caminhamos para a sala de jantar debatendo assuntos paralelos e a cada passo acaba escutando para eu caminhar com calma, tudo bem que estou grávido, estou ótimo não estou doente. Sinto que minha gravidez inteira será assim.
Como imaginava, não é só uma ceia de natal, é mais um banquete, há uma diversidade de comidas típicas britânicas e outras que não tenho conhecimento. Sentamos á mesa e começamos a nos servir.

- Harry você precisa provar essa pato assado ao molho madeira, tá maravilhoso -gemma colocou um prato pequeno na minha mesa e olhei a carne dei de ombros.

Cortei um pedaço da mesma e com o garfo a conduzi até a minha minha boca porém parei no meio do caminho e encarei um pedaço da carne que estava mais avermelhada. Voltei o garfo para o prato e coloquei minha mão sobre minha boca.

- O que foi? -louis perguntou com o semblante preocupado.
- Só fiquei enjoado -meu marido entendeu rapidamente e pegou o prato para o afastar de mim mas infelizmente senti o cheiro. - Pelo amor da Lua -peguei um copo com água e o beberiquei.
- Enjoos são normais, logo passa -minha mãe disse com um sorriso nostálgico, ao menos é o que parece.
- Nada de pato na mesa para evitar -mark assentiu com a cabeça e pegou a bandeja de prata em que o mesmo estava para o levar provavelmente para a cozinha.
- Obrigado -disse baixinho. Louis pegou minha mão e beijou a palma dela, como é bom poder dividir até os meus enjoos.

O resto do jantar pode ser dizer que seguiu bem, com piadas padrões dessa época e comidas saborosas que de fato não incluem o pato...
Depois tivemos presentes inesperados e divertidos, Gemma ganhou duas botas iguais vindas de mim e Lottie. Ao menos temos bom gosto, peço desculpas também.

E finalmente a meia-noite veio com total calma, querendo chamar atenção pela o que a mesma simboliza mas mesmo assim agradando e sendo tão conveniente que apenas restou saldar a madrugada e cantar músicas que dizem sobre bons velhinhos em vestes vermelhas e estrelas que brilham em noites frias.

Respirei fundo depois de sentar na cama, peguei minha escova que deixei no pequeno criado-mudo e passei o mesmo em meus fios castanho enrolados.
Louis saiu do banheiro esfregando uma toalha bege no seu cabelo, ele sorriu e se sentou ao meu lado, olhou para o criado-mudo e pegou o elástico que vou usar para prender meus fios, Louis levou suas mãos para os meus cachos arrumados e os prendeu em um coque. Obrigado por adiantar meu trabalho, sorri sentindo minhas bochechas esquentarem.

- Gosto quando você está de coque -ele disse me puxando para um abraço.
- Por quê? -ele beijou minha nuca e depois a mordeu o que causou um arrepio pelo meu corpo inteiro.
Sua risada alta e totalmente agradável ecoou pelo quarto.
- Não vou te contar -bufei baixinho. Esse é o Louis que conheço...
- Não queria saber mesmo -meus lábios encontraram com os deles e iniciamos um beijo barulhento porém curto.
- Oh, queria sim -ele beijou minha marca arrancando um gemido baixo vindo de mim.
Coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço.
Louis olhou para baixo e suas mãos foram para a minha barriga.
- Mal consigo acreditar que vou ser pai -sorri sem mostrar os dentes.
- Está feliz com a notícia? -por que questionei se sei a resposta?
- Estou -ele riu e meus olhos lacrimejaram. - Ei, não chora, o que aconteceu? Falei besteira? -louis se concentrou em olhar para mim com total atenção.
- Só estou f-feliz -falei começando a chorar e me aconchegar no seu colo.
Senti a mão de Louis começar a fazer carinho em minha cabeça, um tempo curto depois acabei ficando calmo.
- Parece que vai ser uma gravidez turbulenta -dei um soco fraco em seu braço.
- São os hormônios -proferi bocejando.
- Já vai dormir? -levantei a cabeça para o olhar.
- Planeja fazer alguma coisa que incluí a minha pessoa? -disse fechando os olhos.
- Sexo -gargalhei com preguiça.
- Tão safado -beijei sua clavícula e o mesmo deitou meu corpo na cama.
- Tão inocente.

Sua boca se juntou a minha, Louis sugou meu lábio superior, subi minhas mãos para o seu cabelo e encaixei alguns fios em meus dedos, entreabri os lábios para dar espaço para que ele pudesse explorar minha boca, e o mesmo entendeu que era isso que queria. Seu cheiro amadeirado invadindo meu olfato e deixando meu corpo mole. Finalizamos o toque e fechei os olhos só aproveitando o seu calor.
Louis mudou de posição e acabamos por ficar de conchinha, não lembro de ter dormido muitas vezes assim com ele, suas mãos pousaram sobre minha barriga e um rápido selar foi feito em meu ombro.

- Feliz aniversário atrasado e Natal também -sussurrei.
- Só está sendo feliz porquê tenho você -coloquei minhas mãos sobre as deles.
- Que coincidência, o meu também -murmurei.
- Essa é uma ótima oportunidade para fazer amor que vamos passar -bufei em brincadeira.
- Que triste.
- Demais, que casal prefere dormir de conchinha do que fazer outras coisas? -seu tom irônico combinou com o meu.
- Por Lua, que casal mais esquisito você imaginou -sua risada rápida foi um som tão bom.
- Da próxima te digo um sonho erótico nosso -virei na cama para o olhar.
- Seu pervertido, quero saber sobre esses sonhos -sua testa se encostou na minha.
- Te conto todos mais tarde -selei nossos lábios lentamente.
- Vou cobrar.
- Espero que sim -louis colocou sua mão na minha cintura.
- Boa noite Louis -encostei meu corpo ainda mais no meu.
- Boa Harry -as vezes ele fala com tanta tranquilidade...

E ninguém nunca vai ter noção do quão bom é sentir sua respiração quente tocar minha pele, quando suas mãos enlaçam em meu corpo, e o mais importante, como Louis faz eu me sentir em casa somente por estar por perto.

É algo como lar doce lar.