1. Spirit Fanfics >
  2. The mundane >
  3. Um

História The mundane - Um


Escrita por: shadowcarstairs

Notas do Autor


minha primeira fanfic nesse estilo, espero que gostem. :)

Capítulo 1 - Um


Olhei para a carta de inscrição em cima da mesa. Suspirei a peguei para ler novamente. A carta tinha o papel grosso, meio amarelado e o símbolo de Illéa selava a mesma. Um símbolo de Poder Angelical com o nome do nosso país, escondido por barreiras de proteções poderosamente perigosas para qualquer um que contesse sangue de demônio e, claro, para demônios.

Abri a carta e li pela segunda vez.

Cara America Singer,

É com grande respeito que viemos convidá-la para se inscrever para participar da Seleção do príncipe Maxon Schreave, que alcançou a maioridade este mês. Constatamos no nosso sistema que a senhorita tem mais de 16 anos e que tem condições de participar da Seleção, já que tem a Visão e mora no nosso querido país, Illéa. Peçamos que, se estiver interessada - independentemente de sua Casta, por favor preencha os dados a seguir. A ganhadora da Seleção terá que Ascender e se casar com o príncipe Maxon.

Abaixo hava linhas para colocar nome, idade, província, etc. Bufei e a coloquei em cima da mesa novamente. Não queria ser Um. Não queria ser Caçadora de Sombras. Não queria nem tentar. Mas minha mãe sonhava com isso. Nosso país era dividido, além dos títulos de Submundanos e Mundanos, em Castas. Os mundanos eram divididos em oito castas, sendo a primeira a realeza e a oitava os malfeitores.

Me levantei da cadeira e me dirigi à sala. Já ia começar o Jornal Oficial de Illéa e May estava aos pulos. Ela, com seus cabelos ruivos e uma coroa de plástico na cabeça, sentou-se no sofá, ao lado do meu pai, Shalom Singer.

Minha mãe pegou Gerad no colo e se sentou no sofá também. Eu me sentei no chão, pois adorava sentir o friozinho que ficava à noite. O símbolo de Illéa apareceu na tela, com a melodia familiar que encheu a sala. O perfil da família real entrou logo em seguida.

A rainha Amberly, com sua pura calma natural, um belo vestido e as Marcas que os Caçadores de Sombras usavam. Ela também havia Ascendido, como todas as outras rainhas antes dela, desde Gregory Illéa se tornar rei.

O rei Clarkson com sua carranca, também natural, terno e coroa na cabeça olhava fixamente para a câmera e falava os breves assuntos mais comentados na semana. Eu também consegui enxergar as Marcas na sua pele à mostra.

E, por fim, avistei o príncipe Maxon. Ele usava um terno preto também - como todos os Caçadores de Sombras -, e também usava uma coroa. As Marcas eram visíveis no seu pescoço e na sua mão, a Marca de Clarividência.

Os Caçadores de Sombras mantiam nós, mundanos, à salvo. Eles eram metade anjos e metade humanos, por isso eram lindos de uma forma absurda. As Marcas eram usadas para lhe dar qualidades, como a runa do Poder Angelical, Força, Visão à Longa Distância, Invisibilidade, Silêncio, etc. Se uma Marca for aplicada em um mundano ou Submundano, é capaz de enlouquecermos, ou quem sabe, morrer. Algumas Marcas eram permanentes, como a do Poder Angelical, Clarividência, que lhes proporcionava a Visão, as Marcas de casamento e a Marca parabatai.

Parabatai eram duas pessoas ligadas por um laço - uma runa -, eternamente. Era para a toda a vida, e se seu parabatai morresse, você não podia ter mais de um na sua vida. A pessoa que você escolheu como parabatai, seria sua companheira para lutar, seja lá o que for, ela é mais do que seu irmão ou melhor amigo, ela faz parte de você. Mas parabatai não podem, de maneira alguma, em nenhuma circustância, se apaixonarem. Se isso acontecer, os Caçadores de Sombras que transgrediram a lei terão suas Marcas arrancadas e banidos do Mundo das Sombras para sempre.

- Agora, vamos para uma notícia que as moças de toda Illéa aguarda desde o dia de seus nascimentos. - Disse Gavril, o apresentador do Jornal Oficial. Vi May se inclinar para a frente, ao lado do meu pai. Isso me vez sorrir um pouco. May era obcecada nessas coisas de princesas e castelos. Ela era uma versão minha, só que criança, como minha irmã mais velha Kenna dizia. - Hoje de manhã, mais de um bilhão de cartas foram entregues nas casas onde habitam moças de todo o país. As cartas contém um conteúdo um tanto quanto curioso. É a inscrição para a Seleção do príncipe Maxon.

Palmas invadiram toda a programação quando a câmera focou no príncipe, e notei com um atraso que May havia se juntado a elas. Os cabelos loiros do prícipe cintilavam à luz do estúdio. Os olhos castanhos brilhavam e o rosto estava ruborizado. Provavelmente maquiagem, eu duvidava que o príncipe pudesse ter qualquer tipo de sentimento real em frente às câmeras, quanto mais ruborizar. Balancei a cabeça.

- Veja, Ames - disse May, me chamando pelo apelido. - É seu namorado.

Dei um sorrisinho para ela e sua ingenuidade. Eu nunca namoraria o príncipe de Illéa. Não por ser impossível - o que também era -, mas por eu achá-lo insuportavelmente insuportável. Voltei minha atenção para a TV novamente.

- Então, príncipe Maxon - disse Gavril. - O que espera encontrar nessa Seleção?

O príncipe pareceu pensar e eu revirei os olhos.

- Eu acho - começou ele - que ninguém sabe o que realmente procura até achar.

Gavril assentiu.

- Sábias palavras, Vossa Alteza. Sábias palavras - Gavril voltou-se para a câmera. - Semana que vem entraremos no ar com os resultados da Seleção.

O símbolo de Illéa apareceu na tela novamente, com a música e minha mãe levantou-se para desligar a televisão, com Gerad no colo. Meu pai pegou May no braço e a levou para o quarto. Minha mãe fez o mesmo com Gerad. Me levantei do chão e fui para o meu quarto. Fechei a porta e olhei pela janela. Todas as luzes apagaram. O toque de recolher era preciso por conta dos rebeldes, mundanos e Submundanos que não concordavam com a Lei da Clave, nosso subgoverno, fora a realeza. Eles achavam que as Castas eram desnecessárias, assim como os títulos de Submundanos e Mundanos.

Os que constituiam o Submundo eram, basicamente, lobisomens, vampiros, feiticeiros e fadas. Os lobisomens são mundanos normais, só que os olhos brilham, têm mais força, e claro, se transformam na lua cheia. Vampiros são mortos-vivos, sanguesugas - como já tinha ouvido Caçadores de Sombras chamá-los. Se alimentam de sangue, mas conseguem controlar. Os feiticeiros são mais para bruxos, capazes de fazerem feitiços, e eles sempre carregam uma marca de nascença, como olhos de gato, unhas gigantes, pele colorida, cor do cabelo inusitada, etc. E, por último, as Fadas. O Povo das Fadas é o mais traiçoeiro, eles são belísssimos, não podem mentir, mas podem enrolar você até você acreditar em uma mentira, mesmo que eles não falem nada. Eles não tem idade, basicamente, nunca envelhecem e nunca morrem, como os feiticeiros e vampiros.

Olhei ao redor. Vi Aspen subir na casa da árvore e sorri. Fui até minha penteadeira e passei um brilho labial nos lábios, para garantir alguma cor. Fui até a cozinha e peguei os restos do meu jantar, o qual não tinha comido nem a metade. Voltei ao meu quarto, com cuidado para não fazer nenhum barulho, e fui até a janela. Pulei ela com a maior facilidade com o prato em mãos. Subi na casa da árvore e assim que cheguei lá em cima, caí no chão coberto por um tapete do pequeno cubo que era a casa. Me espremi nas paredes, procurando Aspen. O achei e senti ele se inclinar para me dar um beijo. Retribui.

Aspen e eu namorávamos há dois anos escondidos. Ele era da Casta Seis, um degrau a menos do que eu, que era Cinco. Eu sempre trazia comida para ele, pois sabia que ele tinha tido um dia de trabalho duro e sua casa não tinha muito o que comer. Bem, na minha também não tínhamos muito, a Casta Cinco era onde começava a miséria. Os Quatro tinham um pouco de sorte a mais do que nós.

- E aí, linda? - disse Aspen, e eu tive certeza que ele estava sorrindo.


Notas Finais


espero que gostem :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...