1. Spirit Fanfics >
  2. The Music Of Love >
  3. The Music Of Love - Capítulo 07

História The Music Of Love - The Music Of Love - Capítulo 07


Escrita por: CahPah

Notas do Autor


"Oops!...I did it again I played with your heart, Got lost in the game Oh baby, baby Oops!...you think I'm in love That I'm sent from above I'm not that innocent"

E com mais uma música bapho sessão"Clássicos das Divas", hoje, com Britney Spears, 'Ops I did It again' que volto com mais um capítulo (grande) de TMOL.

E GOSTARIA DE AGRADECER PELOS 13 FAVORITOS COM TANTOS POUCOS CAPÍTULOS! 💁❤

Espero que gostem, vejo vocês lá em baixo!

Capítulo 8 - The Music Of Love - Capítulo 07


Fanfic / Fanfiction The Music Of Love - The Music Of Love - Capítulo 07

         °•Capítulo 07•°

Acordo no dia seguinte, com a luminosidade. Bufo, e jogo uma água no rosto tentando despertar. Minha cabeça lateja fortemente. Lembranças de ontem a noite, me fazem gemer de medo do que esperar de Harry hoje.

Resolvo fazer o café da manhã. A casa está silêncio puro. Tomo aspirina e decido fazer batatas recheadas. Ligo meu celular na música “Strangers” da Halsey com a Lauren. Preparo o recheio, e então coloco nas batatas descascadas e abertas, e em seguida as ponho no forno. Enquanto espero, passo um café, para que eu possa tomar.

-Acho que vou exigir que more comigo! -A voz rouca de Harry me assusta. Me viro e o encontro sem camisa, com cara de sono, os cabelos emaranhados caindo em seu rosto, e as calças de moletom caindo baixo em seus quadris. Oh porra! Desvio o olhar sentindo minhas bochechas queimarem.

-Bom dia pra você também! –Digo, colocando café em uma xícara para mim. Harry se aproxima pra fazer o mesmo, mas a tiro de suas mãos escondendo atrás de mim -Não, você não vai tomar café!

-Ah, qual é! O que eu fiz pra merecer isso? -Harry faz biquinho, e eu rio, explicando.

--Eu falei tomar não comer café da manhã. –Digo e aponto para o forno -Daqui a pouco fica pronto!

Harry solta uma risada sonora, e deixa seu olhar cair sobre mim. Fico vermelha na hora, e desvio o olhar tomando o café. Pego meu celular, vendo meu e-mail. Chegou uma mensagem de Sarah, a diretora e de um tal Bristol. Não consegui abrir ambos pelo celular, então peço a Harry seu Notebook emprestado.

Ele se retira, e vejo a batata. Aproveito que ela já está pronta e a tiro do forno com cuidado. Coloco cada uma em um prato, e termino meu café.

-Aqui está! -Ele me entrega o aparelho. Agradeço, e nossa entramos a mesa. Observo atentamente a expressão que Harry faz, ao ver seu prato, e continuo a ver, enquanto ele come. –Meu deus! Foi você quem fez?! -Pergunta devorando um pouco mais.

-É um dom, meu caro! -Zombo ligando o Notebook e comendo um pouco da minha batata. Entro no meu e-mail e abro a mensagem de Sarah. Ela estava perguntando se eu ainda estava na Inglaterra, se sim, se poderíamos começar a gravar o vídeo. Faço careta pegando a agenda em meu celular.

-Aconteceu alguma coisa? -Harry pergunta.

-Nada de mais...só Sarah querendo começar a gravar o Single ainda hoje, maas eu preciso da outra parte da agenda que está com Felícia.

-Ela não cuida disso por você? -Indaga. Faço outra careta e pego um pouco mais da batata.

-Ela tenta, mas é desorganizada de mais...e muitas vezes pega minha agenda sem que eu saiba. -Resmungo, me lembrando que no caso, foi o que ela fez.

Envio uma resposta falando que preciso ver minha agenda, já que a mesma está com a minha empresaria que está as usando para marcar outro compromisso.

-E você faz o resto todo sozinha? -Harry está de olhos arregalados. Dou de ombros. -E porque continua com ela?

-Ela é uma amiga, e eu preciso de companhia...e muitas vezes, um empurrãozinho. –Digo. Pego meu celular e tento ligar para Felícia, mas as chamadas caiam na caixa postal. Resmungo, e Harry ri.

-Por que não simplesmente abre o jogo pra ela? Diz o que está rolando.

-Não é tão simples assim...-Suspiro. -Felicia está em um momento delicado da vida, e eu preciso dela. E não sei se eu falar pra ela, ela continue comigo.

-Tem certeza? -Ele pergunta. Seus olhos dançam em incerteza. Rio e apenas me viro para o Notebook. Abro o e-mail de Bristol.

Bristol é o menager da Banda Clean Bandit. De acordo com sua mensagem, eles estavam “de olho” em mim, e que depois da minha apresentação no Summertime Ball eles gostariam que eu fizesse uma colaboração em uma música com eles.

-Puta. Que. Me. Pariu! -Solto ao ler o e-mail. Harry rapidamente vem para trás de mim, e lê a mensagem. -Me diz que eu li certo!

--Você leu muito certo! -Ele diz. Me levanto e começo a andar de um lado pra outro, tentando absorver aquilo.

-Clean Bandit, quer cantar uma música, comigo! Isso é loucura! –Falo, rindo. Quando uma ideia me ocorreu, e olhei para de olhos cerrados –Isso não tem nenhum dedo seu, ou do Sheeran, tem?

-O que? Não! Eu juro que não fiz nada! -Ele diz se aproximando. Levanto meu dedo mindinho, e ele o olha de sobrancelha erguidas.

-Promete? –Pergunto. Ele confirma com a cabeça -Promete, de mindinho! –Ordeno. Harry sorri e enfiava seu dedo mindinho no meu, repetindo “Prometo!”. Começo a rir igual uma louca, e quando dou por mim estou enroscada em seu pescoço, e seus braços fortes, agarrando minha cintura me tirando do chão.

-Okay, eles querem te ver o quanto antes. Sabe, conversar sobre a música, ver a letra, os arranjos...só precisam marcar o dia! -Harry diz também animado. Rio daquilo, mas logo me lembro que minha agenda não estava comigo, para marcar.

--Eu não posso sem a agenda! –Digo, desanimada. Harry, que ainda estava com suas mãos em minha cintura, a aperta, enviando um choque elétrico por minha espinha.

-Podemos marcar pra hoje. -Seus olhos tentavam me animar. –Eu te levo. Só pra ter certeza! E aí agente passa no escritório da meu agente, na gravadora, e discutimos sobre seu contrato. -Depois disso, eu realmente sorri. Balanço a cabeça, mas argumentando:

--Eu não quero abusar de você! Já estou na sua casa a uma semana, você me levou pra jantar e não me deixou pagar, isso depois de não me deixar pagar nem minha parte do almoço!

--E quem falou que você está abusando? –Ergue sua sobrancelha. -Eu quero fazer isso, e eu vou fazer isso! -Me garante. Confirmo, me afastando dele. Mas antes de conseguir, Harry me puxou de volta, fazendo meu corpo colidir com seu. Arfo, me segurando em seu peito tonificado, para não cair. –Alias, pode abusar de mim, o quanto quiser! –Falou em tom baixo, com seu rosto perigosamente perto do meu.

Minha mente vaga para noite anterior. Então, eu não estava tão bêbada a ponto de imaginar o que ele disse? O que nós dois dissemos?

Balanço a cabeça, retomando minha consciência, e me afasto de Harry com um leve empurro. Ele ri quando saio da cozinha. Sigo para seu quarto, por que afinal minhas roupas estavam lá, e o chuveiro de lá é o melhor da casa toda.

Enquanto tomo um banho morno, repasso na minha cabeça, a noite passada. Foi tudo tão rápido! A apresentação, boas críticas, o jantar com a conversa descontraída...flertes descontraídos, querida! Calo meu cérebro, e resolvo voltar a realidade, anotando mentalmente o que vou fazer hoje:

•Ir conhecer o Clean Bandit, e discutir sobre a música;

•Ir até o pessoal de Harry, discutir sobre os critérios do contrato para a turnê;

•Conseguir falar com Felícia e conseguir colocar na mesa, tudo que preciso.

Com isso em mente, saio do banho, enrolada na toalha de algodão, e tranco a porta para poder me vestir (Óbvio, depois de ter certeza de que Harry não estava escondido no closet. Sim, ele é um gentleman e jamais faria isso, mas ele vem me surpreendendo, e não faz mal nenhum se prevenir!

Pesco na mala, minha calça jeans preta, uma camisa qualquer, e visto um moletom cinza. Calço um tênis, simples e pronto. Faço um coque mais arrumado, e passo perfume. Só! Não estou com muito clima pra maquiagem.

Volto para o andar de baixo, procurando por Harry. Por que essa casa é tão grande? E por que essa peste tem que sumir logo agora?

-Aconteceu alguma coisa? -Sua voz ecoa na sala. Me viro, e quase engasgo. Harry estava com seu tronco desnudo e úmido, com a toalha presa apenas por um nó, em uma altura muito baixa. Ele secava seus cabelos com outra toalha, esticando seus braços e fazendo a tatuagem de borboleta se movimentar. Me viro de costas rapidamente, e ele ri, roco.

-ahn...n-nada. Eu s-so...-Tento falar, mas a vergonha me faz gaguejar.

-Estava me chamando. Eu ouvi. -Ele diz. Sua voz com a zombando transparente em sua voz -Aconteceu alguma coisa?

-Não, era só pra saber, se você ia querer sair agora? -Pergunto ainda quente de vergonha.

-Sim, só preciso me trocar...já mandei a mensagem pra banda, e eles falaram que vão estar te esperando. -Ele diz. Concordo, e após dois segundos me viro, achando que ele não estava mais lá. Totalmente errada!

Assim que meus olhos recaem sobre o peito desnudo de Harry pela segunda vez, me viro novamente, encabulada.

-Você ainda está aqui! -Resmungo. Ele ri, e se pronuncia:

-É realmente adorável! -Ri, e completa : --Não se preocupe, estou saindo. –Diz.

Me recuso a virar, até que ele encosta em meu ombro, me assustando. Pego minha bolsa, dando um tapa em seu braço, quando ele ri de mim. Vamos em seu carro, com os vidros mais escuros.

Dessa vez, sou eu quem fica quieta sob os olhares atentos de Harry. Sem falar nada, ele apenas controlava a estação de rádio e dirigia.

Comecei a colocar em ordem o que iria falar pra Felícia. Eu preciso que ela continue minha amiga, continue me acompanhando como parceira, mas eu já deixei pra lá muitas de suas brechas. Muitas bolas fora, que poderiam ter acabado com a minha “carreira”.

Decido esquecer isso por enquanto, e pego meu celular, e início uma busca por quartos de hotéis aqui perto, para poder me hospedar. Afinal, não posso ficar na casa de Harry, sugando “seu sangue”.

O moreno anuncia que chegamos, concordo distraidamente avaliando um quarto, que achei maravilhoso. E então, o aparelho é tomado de minha mão, rapidamente. Harry observa a tela, e me olha indignado.

-Carol, eu vou perguntar uma só vez, e espero que me responda o que eu quero ouvir...-Harry anuncia, fazendo uma pausa. Seu maxilar estava trincado, sua voz estava mais rouca que o normal, e seus olhos verdes, com as pular dilatadas. Um arrepio me toma por inteira. -Esse quarto de hotel, é para quem?

-Harry...-Tento falar algo para negociar, mas sua expressão me cala. Suspiro e mordo o lábio fortemente, após o responder, com a voz por um fio: -É pra mim.

-Por que? -Ele ainda não tinha voltado ao normal. Mas mesmo assim o respondi, o mais firme que pude.

-Eu não posso ficar na sua casa! Isso é...

-Isso não é nada! -Exclama irritado – Me escuta, não sei porque isso de repente, mas eu vou ser bem claro: -Harry anuncia, irritado – não estou disposto a deixar você ir a um hotel, de um dia pra noite!

-Okay, vamos ser claros, então! –Falo no mesmo tom que ele –Você não tem que estar disposto a nada que diz respeito a minha vida. Eu faço, o que bem entender, okay?!

Dito isso, ficamos encarando um ao outro. Ofegantes, e indispostos a dar um pé pra trás. Após alguns minutos, que pareceram horas, Harry se pronuncia após um longo suspiro:

-Vamos apenas nos encontrar com a banda, e fingir que nada aconteceu...e voltamos a falar disso depois! -Propõe. Estudo seu rosto, e respondo:

-Pode ter certeza que vamos!

E assim sai do carro, e entrei no elevador, presa a sua presença exorbitante. Tentei ao máximo o ignorar, mas estava difícil, principalmente com o fato de que o elevador estava cheio. E toda vez, que uma mulher entrava, ele lançava um sorriso galanteador para se exibir.

Cafajeste! Cachorro! De onde ele tirou que pode mandar e desmandar em mim? E agora com esses sorrisinhos idiotas pra essas dadas! Ele tá querendo me provar o que? Que se quiser pode mandar nelas só com um piscar de olhos? Então ele que vá!

-Carol! -Seus dedos estralam em meu rosto. Percebo que já chegamos no andar. Harry estava com um mini sorrisinho nos lábios – estava tão longe, que esqueceu daqui, foi? No que pensava?

-Na sua morte! -Sussurro ao passar por ele. Sua risada é sonora atrás de mim. Falo com a secretária, que falou que eu só precisava subir alguns degraus e bater a porta, que eles estavam a me esperar. Sorrio e sigo o caminho.

Bato na porta, e escuto uma voz pedindo para esperar. Me encosto na parede, e vejo Harry fazer o mesmo, mas do lado contrário, ficando assim a minha frente.

-Sabe, é meio injusto, que você já tenha me visto só de toalha, mas eu nunca te vi sem! -Harry diz pensativo. Rolo os olhos, e digo:

--Não se preocupe. Nunca mais vou ter que te ver ao de toalha, se contarmos com o fato de que vou sair da sua casa...

Antes que Harry fizesse algum comentário, Grace abre a porta com um sorriso enorme. Me contágio, e sorrio também.

-Carol! Que bom que finalmente te conheci! –Diz, me puxando para um abraço, que retribuo. Ela logo comprimenta Harry, e então entramos no local.

Ali era muito aconchegante, com as paredes brancas, e quadros decorativos espalhados. Comprimento Jack e Luke, seguida de Harry.

-Cara, que bom que conseguimos falar com você! -Luke diz, rindo. Sorrio

-É um prazer estar aqui! Eu simplesmente enlouqueci quando vi o e-mail! -Confesso completando: --Sou uma grande fã de vocês!

-Nos viramos seus fãs! O que fez naquele estádio foi histórico! -Jack diz, me fazendo ficar vermelha.

-Bom, vamos falar sobre a música? -Grace propõe. Concordo e nos sentamos. A loira me oferece uma xícara de café, que aceito de bom grado.

-Bom, aqui está a letra...-Luke me entrega a folha. –Mas claro, pode ficar a vontade para mudar a letra, no que achar melhor, afinal quem vai cantar vai ser você!

--Obrigada...—Agradeço, nervosa. Dou uma lida na mesma, enquanto falava com os três. –Vocês já tem alguma ideia de como vai ser o ritmo?

-Sim...nos queríamos alguma coisa mais clássica, tipo...uma sinfonia. -Grace diz. Um estalo vem em minha cabeça, quando ela diz isso. Peço por uma caneta, e eles me entregam rapidamente. Faço alguns rabiscos na folha, trocando algumas palavras, que pareciam se encaixar melhor. E escrevo como título, “Symphony”

-Wow! Isso foi rápido, e...fantástico! -Jack fala, boquiaberto. Rio nervosa com aquilo. As vezes, quando eu tenho esse estalos, a coisa flui, e quando vejo, escrevi uma, ou até duas músicas...

-O que acham? -Pergunto, esticando a folha.

                (...)

Assim que nós despedimos, da banda, previ que a conversa nada agradável com Harry voltaria a tona, mas no momento em que estamos caminhando para o carros meu celular vibra. Felícia...

“Desculpa sumir desse jeito! Aconteceu alguma coisa?”

“Sim, aconteceu. Pode me atender agora?”

“Sim.”

Foi tudo o que recebi. Quando entro no carro, não dou tempo de Harry dizer nada, e disco o número de Felícia, que atende no segundo toque.

--Você está bem? -Sua voz é preocupada. Percebo Harry me olhar, e então ligar o carro, saindo dali.

-Bem...Felícia, precisamos conversar. –Falo de uma vez. - e preciso da minha agenda.

-Ahn, claro...eu só preciso...

-Felicia não me diz que você perdeu! –Meu folego some. Ela faz um barulho, como se estivesse descontraída –Meu deus! Você perdeu!

-Não, eu só... é eu perdi! -Ela admite. Fico sem respirar por um instante, tentando não gritar, ou entortar o celular.

--Então, ache-a. E me ligue assim que o fizer! –Digo. Cerrando a chamada.

Harry não fala nada, enquanto fico com a cabeça baixa, respirando fundo, para não desmaiar. Pergunto se ele tem alguma garrafa de água, e ele me entrega a mesma. Respiro fundo, voltando ao meu normal.

--Escuta, quer voltar outra hora e ver os contratos? -O moreno Pergunta ao parar o carro. O observo, e ele parecia preocupado. Nego com a cabeça

-preciso riscar isso da lista, hoje! –Falo. Ele concorda, e saímos.

Tudo estava normal, todas as cláusulas, pedidos...não tinha anda a constar, então assinei com Harry. É oficial! Vou abrir os shows de Harry Styles!

-Excelente! Então agora, é só vocês discutirem melhor as datas dos shows! -Seu empresário diz, nos dando as folhas com as mesmas.

E com isso, fomos para casa. Não tenho nenhum sinal de Felícia, e começo a enlouquecer. Meus pés batem sem parar no chão do carro, bato com as unhas na bolsa, olho pela paisagem, virando a cabeça...

-Okay, você precisa relaxar! -Harry anuncia me fazendo o olhar. Paro meu pé, e dedos, mas começo a mordiscar a pele ao redor da unha. Harry gruni e afasta minhas mãos. –Eu vou comprar comida, e já volto.

E então ele para o carro em um estacionamento. Seguro minha vontade de ligar para minha mãe, e pedir socorro. Socorro, porque um dia estava tudo indo melhor que bem, mas no outro, tudo desmorona. Socorro, porque não entendo os homens, e muito menos, Harry Styles. Eu não sei o que ele pensa, o que ele quer...Céus! Eu não sei nem o que eu quero!

Mordo o lábio inferior, segurando as lágrimas de frustração que molharam meus olhos, decida a não as deixar cair. Se eu fizesse, o universo estaria ganhando, e eu não gosto de perder!

-Espero que goste de macarrão! -Harry sorri abertamente ao entrar no carro. Lhe respondo com um vago sorriso, grata ao que ele fez. –Não fica assim...quando a gente chegar em casa, você pode descansar, e esfriar a cabeça. -Me reconforta com um afago no joelho.

Concordo com a cabeça, pensando no quão íntimo, ele soa falando “chegar em casa”. Para quem escuta de fora, isso pode parecer coisa de casal, que estamos juntos, mas não é nada disso. Acabei de o conhecer...e está na casa dele, feito uma parasita. E principalmente, já deitou na cama, do garotão ali!

Aumento o volume do rádio, e começo a interagir no Twitter, precisando de distração de mim mesma.

                 (...)

Cheguei em casa, e sem falar uma palavra, subi ao quarto, trancando a porta, e resolvi tomar banho. Enchi a banheira dali, e fiquei só olhando para o nada, tentando não pensar, em nada, nem ninguém.

É nessas horas, que meus livros fazem falta!

Saio da banheira, decidida a ligar para minha mãe. Que se dane meu orgulho, Harry não irá entender nada, pois estaremos falando em português, e eu preciso de um conselho.

Me troco, colocando uma das coisas que mais vai acabar com o resto de dignidade que tenho no momento: o pijama de coala, que Perla me deu. Destrancando a porta em seguida, afinal a casa não é minha para deixar tudo trancado!

Faço a ligação, e espero. Eu havia roubado o Notebook de Harry novamente hoje. Espero que ele não ligue...

-Oi filha! -A morena de olhos gentis e um sorriso enorme, faz meu peito inflar. Sorrio, igual parecia não sorrir a semanas.

-Mãe! -Respondo. Ela dá uma risadinha contagiante –Meu Deus! Que saudade de você, e de todo o pessoas daí!

-Também estamos morrendo de saudade! -Ela diz. E após me observar por um segundo, pronuncia : --Agora me diz o que te aflinge.

-Muitas coisas...—Falo e suspiro. Ela sorri, e vacilo um pouco. –Na verdade me sinto uma traíra por te ligar para pedir conselhos, quando não te ligo a uma semana...

-Relaxa, filha! É se trabalho, eu entendo...e pode começar a falar. Tem boy no meio? -Ela pergunta e rio.

-Na verdade são duas coisas, mas preciso falar rapidamente uma delas...mas sim, envolve um cara.

--Diz tudo! E se eu desconfiar que esta me escondendo...-Ela avisa, e rio.

-Ta, tá! É o seguinte, vamos supor que você acabou de conhecer um cara, que é melhor amigo do seu amigo...e vocês começam a se conhecer, e ele começa a agir como se estivesse interessado em você, mas na verdade, você não sabe o que se passa na cabeça dessa pessoa, e acha que talvez as coisas estejam indo muito rápido, ou que talvez esteja delirando! O que eu faço?! –Digo rápido. Minha mãe ri, e então diz:

-Deixa o que tiver que acontecer. E quanto a isso, tenta puxar mais coisas dele, alguma dica...mas vem cá, quem é esse cara?

-Ahn, ele é moreno, alto, britânico, olhos verdes, covinhas...—Digo, e acrescento rapidamente quando sei que ela vai gritar : -Não grita o nome dele!

-É o “Estilos”? -Indaga. Sorrio balançando a cabeça –Chupa pra quem dizia que a minha filha, era pouco bagaço! -Zomba. –Mas porque não gritar?

-Eu estou na casa dele...—Falo, mordendo o lábio inferior, e vejo seus grandes olhos verdes que não herdeira, arregalarem. -É uma longa história, mas resumindo...ele insistiu que eu ficasse aqui, pro Summertime, e não quer me deixar sair.

Assim que falo, é minha mãe abre a boca para pronunciar algo, a porta do quarto se abre, e um Harry sem camisa, pela milésima vez. O olho, desviando para minha mãe, que mantinha a testa franzida do susto.

-Ahn, Harry, está tudo bem? -Pergunto em inglês para que ele entenda. Os olhos da morena na tela, dançam em divertimento. Percebo que minha Buchecha está vermelha.

-Sim, é que você demorou para descer, e pensei que tinha acontecido alguma coisa...—Diz, e então percebe o notebook -Falando com alguém? –Pergunta.

-Minha mãe. -Respondo, e o vejo sorrir abertamente. Mal percebo quando Harry sobe do outro lado da cama, e surge na frente da tela, para que minha mãe o veja. Ele acena frenéticamente. Harry tenta falar com a minha mãe, mas ela apenas franze a testa rindo. -Styles, minha mãe não fala inglês!

-Como assim? Você não ensinou pra ela? -Ele me olha indignado. Styles estava deitado de lado, com a cabeça próxima a minha.

-Não me culpe! Ela não quis aprender! –Falo. Traduzo para minha mãe, o que Harry dizia, e quando acabo ela ri. O moreno se vira pra mim sério, e pergunta:

-Já contou sobre nosso namoro?

--Que namoro, Styles? Ta louco? –Pergunto rindo. Ele se vira pra minha mãe, e faz sinal para que ela espere. Olho para ela, e completo em português: -Ainda bem que eu te falei tudo antes.

-Filha, posso falar uma coisa, rápida? –Pergunta. Concordo e ela diz : -Eu ele parece se importar com você! -Ela pisca. Resmungo, e olho para Harry. Suas costas estavam nuas, e meus dedos coçaram para toca-la. Minha mãe ri, e me viro para ela, a dando uma bronca com o olhar. Harry tira seus olhos da tela do celular e se vira para minha mãe :

-Como...vai...minha sogra?! –Diz com um português embolado pelo sotaque forte. Começo a rir histericamente, e minha mãe, faz o mesmo.

-Para de ser idiota! –Tento repreender, mas não conseguia parar de rir. Minha mãe nos olhava, como se fossemos um quadro de uma de suas coleções.

Madalena começou a pintar quadros depois que comecei a ganhar dinheiro fazendo música. São belos e valiosos quadros!

-Ta, agora é sério. Preciso falar com ela, sobre uma coisa séria...—Digo. Harry me olha atento, e estende o mindinho:

--Posso ficar, se prometer ficar quieto? -Hesito, mas concordo. Harry esmaga meu dedinho, com o seu, rindo. Me viro para falar com minha mãe, quando ele passa seus braços fortes pela minha cintura, deitando em meu colo. Reviro os olhos, e me apoio em seu tronco, fazendo carinho em seus cabelos extremamente lisos.

-Olha! Vocês já são um casal! -Madalena zomba. A mando língua, e então o clima tenso emana de mim, -Ta bom, tá bom...me diga, o que acontece!

Explico Para ela, toda a situação entre mim e Felícia. Desde o momento em que nos tornamos mais que “socias”, até ontem. Nossa amizade, a separação com o trabalho, seu ex...

-Seu britânico aí, está certo, filha. Conversa com ela, explica o que você quer. E se ela achar melhor se afastar, então tudo bem. Eu sei que você consegue, fazer isso sozinha. Afinal, você é uma mulher forte e independente, que não aceita perder, ou ficar por baixo sem lutar! -Ela diz, fazendo meu coração transbordar novamente. Sorrio segurando as lágrimas, não posso chorar com Harry aqui. -Além do mais, eu sei que se precisar, pode pedir socorro pra esse moço, ai! -Completa, me fazendo rir. Harry, que estava de olhos fechados, encontra minha mão na cama, e enlaça nossos dedos.

-Mas enfim, alguma novidade por aí? -Pergunto mudando o foco. Ela sorri e diz:

-Estou planejando com Henrique, a nossa renovação de votos...mas preciso da ajuda de uma certa cantora, que chamo de filha. -Sorri, piscando os olhos. Henrique é meu padrasto. Alguns anos após a morte de meu pai, pela pneumonia, que adquiriu alguns dias depois de sua cirurgia bariátrica, mamãe conseguiu seguir em frente. Quando conheceu o cara, se encantou na hora. Hesitei um pouco, antes de aceita-lo, mas ele se mostrou ser um cara bacana.

-Me mande os detalhes do que querem por mensagem, e vamos nos falando! -Sorrio.

-Ah! Você falou com a Brunna? -Indaga. Nego, me preocupando -Relaxa, ela queria te contar uma novidade, mas acho que estou adiantada! -Mamãe ri.

-Pois é, dona. Agora pode me contar o que é! -Exijo.

-Não, assim que ela te ligar, vai saber! – Madalena sorri –Enfim, preciso ir que aqui já está ficando tarde. Bom dia para a senhorita! –Antes de desligar, peço uma atualização no que está bombando no Brasil. Ela confirma, e entoar nos despedimos.

Fecho a tela do Notebook e deito minha cabeça no ombro de Harry, observando sua feição. Ele estava de olhos fechados, seus lábios rosados curvando-se em um leve sorriso com suas covinhas ali ao lado.

-Felícia te ligou, enquanto estava em seu banho. Eu atendi e mandei Darwin até onde ela estava, pra pegar a agenda. E as meninas disseram que iriam ficar pelo hotel, então arrumei as malas, e as enviei. -Harry fala, de olhos fechados.

--Obrigada...vai fazer o que o resto do dia? -Questiono. Ele abre os olhos, e encontra os meus.

-Não tenho nenhum plano...e honestamente, acho que nem você! –Diz, e rio. –Então, o que acha de um filme ?

Concordo com a ideia, e levantamos da cama. Harry começa a implicar com a roupa de coala, e eu rio, ou então o empurro rindo.

Pegamos a comida que ele havia comprado, e esquentamos. Resolvi fazer o melhor molho que minha mãe me ensinou. Sentia o olhar de Harry em mim toda hora.

-Harry, será que pode parar de ficar me encarando?! –Pergunto provando um pouco do molho. Adiciono um pouco mais de queijo.

-Desculpa, é difícil me controlar...—Diz, próximo de mim.

-Aha. Mas se eu derramar alguma coisa aqui, você vai limpar, então! -Aviso. Harry, que estava ao meu lado, segura minha cintura, me assustando.

--Você não sabe, o quão louco estou ficando com você aqui! -Sussurra em meu ouvido. Engulo em seco tentando manter minha sanidade.

-Eu sei que me ama, mas vai ter que se controlar. –Dou um cutucão com meu cotovelo, desligando o fogo. Harry me pega pelos mesmos, e cola nossos corpos.

-Eu já falei que não sabe, com que mexe. -Avisa. Sorrio erguendo a sobrancelha em desafio. Ele me empurra, me prendendo entre ele e o balcão. –Eu ainda estou pegando leve com você...

-Ta querendo dizer, que você, Harry Styles consegue me seduzir, se quiser, e que só não fez, por que não quis? -Continuo. Seus olhos me queimam quando ele me olha. Okay, você não sabe a besteira que acabou de fazer!

-É exatamente isso, minha cara! -Seus dedos cálidos tocam meu rosto. Fico na ponta dos pés, e meu rosto fica no mesmo alcance do seu.

-Pois não sabe do que sou capaz, Styles. –Digo. Nos encaramos.

--Então é isso. Guerra. -Ele diz, no mesmo tom que eu.

-Guerra. O primeiro a perder o controle, e atacar, o outro, perde. -Proponho. Harry ri, e concorda. Fazemos um aperto de mão, enchendo o cômodo com tensão sexual.

--Calma, tem que ser mais específico...quem beijar o outro primeiro, perde! -Harry diz, e concordo. Sorrio e pergunto para ele:

-Mordida vale? -Ele pergunta que tipo de mordida, e sorrio. Mais fácil que criar conta em rede social! Me estico, e alcanço a pele de seu pescoço, dando uma leve mordida. Harry gruni, mas confirma. Não me afasto, e continuo a morde-lo. Quando Harry se afasta, Rio leve, ao ver seu olhar desacreditado sobre mim. -Algum problema ?

-Ah, isso vai ser maravilhoso!

O ignoro, e jogo o molho sobre meu prato de macarrão. Ligamos a Tv e sentamos na sala, enquanto comemos a comida.

Assim que terminamos, lavamos, e guardamos os pratos e talheres. Aproveito, e faço um brigadeiro, sob o olhar curioso de Harry.

--Então, vai ser DVD ou Netflix? -Harry pergunta.

-Dvd. Óbvio! –Digo. Ele ri, e nega com a cabeça.

-Netflix. -Ficamos em uma pequena batalha, entre DVD ou Netflix. Até que a voz de mamãe surgiu em minha cabeça: quando quiser algo de um homem, use o truque mais eficiente: psicologia reversa! Olho para Harry, e comprimidos os lábios em uma linha reta, e desviando o olhar dele pronuncio:

-Ta. Escolhe seu filme, na Netflix! – E bufando, saio da cozinha batendo pé. Escuto Harry atrás de mim, e me seguro para não rir.

-Não vai ficar brava, vai? -Pergunta. Me jogo no sofá, não o olhando e cruzando os braços. Harry coça a cabeça, e me olha de cima a baixo. -Ta, pode pegar o dvd que quiser!

O olho, estudando. Nego com a cabeça, e continuo vendo a tv. Eu iria perder, se aceitasse a oferta agora. Harry se aproxima, mas mudo de lugar no sofá. Seus olhos me queimam, enquanto finjo prestar atenção no programa.

-Quer parar de graça?! –Pergunta impaciente. Me levanto pra sair, mas ele segura meu braço. -Por favor, escolhe seu dvd, e fica aqui! -Pede. Desvio do seu olhar, e de sua mão em meu rosto. Vejo meu filme favorito em sua estante.

-Eu não...—Digo, me soltando de seu braço -Acredito que você tem esse filme! -Balanço a caixa de Sweeney Tood com um sorrisinho vitorioso. Quando ele percebe o que fiz, balança a cabeça rindo.

-eu não creio que você...

-Sim, eu fiz. Eu falei, que não sabe do que sou capaz! -me aproximo dele, sorrindo. Me apoio em seu peito, sorrindo: ---Coloca o filme, Styles!

E rindo de sua besteira, ele o fez. Me joguei no sofá, feliz. Harry se senta no lugar ao meu lado, e me puxa para perto. Seu perfume era forte, é maravilhoso.

Sweeney Todd, o barbeiro demoníaco da rua Fleet é definitivamente meu filme favorito do Jhonny, e geralmente sou adepta a agressões físicas, a quem me atrapalha a ver, mas nesse momento, não acho que seria uma boa ideia bater em Harry por isso.

Estamos sentados no sofá, focados na tela. Harry havia me puxado para me apoiar em seu tronco. Sem pestanejar, deitei a cabeça em seu peito, quente, enquanto ele passa sua mão, vagarosamente pela minha espinha. Eu juro, que nunca estive tão consciente de meu corpo, quanto agora. E o pior, é tentar manter minha respiração normal!

-É sério, que você gosta desse filme? - Harry pergunta desviando minha atenção da tela. Pauso o mesmo, o olhando pasma.

-Hey! É o melhor trio dos cinemas! -Comento, apontando pra Helena e Jhonny na capa, com o nome Tim Burton. -Sem contar que Deep, é um dos atores mais gatos, do mundo!

-Não acho...sei de um que é bem melhor! -Harry diz. Pergunto quem seria, imaginando uma respostas do tipo : “Leonardo DiCaprio”, mas ele diz: Harry Styles, conhece?

-Olha, eu já ouvi falar, mas não acho ele muita coisa não. -Brinco, fingindo pensar. -De qualquer jeito não faz meu tipo!

-Serio? E qual seria o seu tipo? -Pergunta. Falo que não irei dizer, pois é uma lista muito extensa. Ele ri. Quando aponto o controle para a tv, pra continuar o filme, Harry o tira da minha mão. Protesto, mas foi em vão -Não, eu não quero ver o filme. Eu quero conversar com você! -Harry diz, escondendo o controle. Dou risada

-O que raios você vai querer conversar? -indago. Ele sorri malicioso. Oh não...

-Tem uma coisa, que estou morto pra saber, que Ed se recusou a me dizer...-Harry fez uma pausa dramático. Esse realmente se deu bem, como ator! –Quem era seu favorito da Onde Direction? –Quanto ele pergunta isso, seguro o riso.

--Você não vai querer saber disso! – Aviso. Harry insiste, e tento dar mais uma escapada –Nossa! Que cede que me deu agora! -Me levanto, mas Harry é mais rápido, e me puxa pelo braço. Caio ainda mais perto dele.

-Acho que não, mocinha! Vamos, me diga! -Pede mais uma vez.

-Tem certeza?! Então tá! O meu favorito era Louis! –Digo. Harry me olha, meio sério.

-Então, eu era o segundo favorito, óbvio! –Diz, sorrindo. Faço uma careta e ele me olha sério. -Okay, então me diz a ordem! Do favorito até o...menos favorito! -Harry pede. Me sento direito, rindo. Ele se vira de frente pra mim, e cruza as mãos a frente do rosto.

-Primeiro, eu quero que se lembre, que eu amava, e ainda amo todos como uma fã, e igualmente! –Digo, rindo. Harry confirma com a cabeça, e continuo: -okay, o primeiro era o Louis, ai dependendo da época, era Liam ou Zayn, e depois...-Faço uma pausa, e Harry entende. Seu queixo cai, e ele pergunta indignado:

--Niall! Eu era o seu menos favorito?!

-Não vamos encarar as coisas assim! –Tento argumentar, mas começo a rir.

-Okay, por que? Por que eu era o último? –Pergunta. Tento engolir outra gargalhada. –Sinto que não vou gostar nada disso! -Ele diz, e confirmo. Me acalmo e continuo

-É porque você era muito...menininha. -Respondo, e Harry fica mais biquiaberto que antes. Volto a rir -Não me olha com essa cara, você sabe que é verdade!

--Em qual universo?

-Nesse aqui! Olha, Niall era o leprechaun fofo, liam o daddy, Zayn era o sombrio, Louis, sempre foi um dos mais perfeitos, e você...era perfeito de mais! -Argumento.

-Desde quando ser perfeito de mais, é um problema?

-Não sei, eu só não gostava. Sei lá era estranho ver todos “normais” e você de gravata borboleta! –Aponto. Harry me olha sério, suspirando.

-Quer saber mais alguma coisa?

-Quero! -Apesar de tudo, ele pula feliz no sofá. Harry parece uma criança feliz! Uma adorável criancinha no Natal.

-Tatuagens...Ed falou que você tem, mas eu quero saber de você, e quero saber se tem algum significado!

-Acho que mais alguém deveria ter ficado na faculdade de jornalismo! -Ironizo. Harry me mostra a língua. Mostro meu dedo anelar e Harry observa o coração. -Essa, todos da família tem. Lógico, que minha e da minha mãe, são mais femininas, mas meu pai sustentava um orgulhosamente no mesmo dedo.

-Sustentava? -Harry olha em meus olhos. Desvio para meu dedo, e falo, a voz por um fio:

-Longa história...mas enfim, tenho uma xícara de café, na cintura, essa eu não tenho a menor vontade de te mostrar! –Digo. Vejo seu lábio rosado, puxar levemente ao canto.

-Por que?

-Simplesmente por que eu iria ter que tirar metade do macacão e ficar semi-nua, e digamos que não estou no clima pra isso! –Digo. Harry ri, mas concorda – Ótimo. Tenho esse glifo, que significa “fé”...—Mostro o canto da minha mão, o círculo com linhas retas. –E eu tô pensando seriamente em fazer mais uma. -Termino.

-Jura? Qual?

-Primeiro, se você rir, eu te mato! -Aviso, mas mesmo assim continuo – É a frase da série “Gilmore Girls” que eu amo, assim como a minha mãe. E eu não vou falar a frase! –Digo.

-Ta, já consegui arrancar coisas de mais de você, pelo visto! -Harry diz. Rio e balanço a cabeça. Ele ia falar mais algo, quando bateram na porta. Me levanto para abrir, e vejo Darwin ali. Sorrio largo.

-Darwin, Oi! –Digo. Ele sorri, e me comprimenta

-Oi, Carol! Acho que isso aqui é seu! –Diz, me entregando a agenda.

-Ah, obrigada! –Dou um beijo em sua buchcecha –Hum, espera ai que tenho uma coisa pra você! -Me lembro. Vou até a cozinha, e tiro da geladeira, os potes que separei com brigadeiro. Voltei pra sala e entreguei para Darwin. Os dois me olham confusos, e começo a explicar : -É brigadeiro. Um pote pra você, sua mulher, e as duas filhas...um pote pra cada! -Explico.

-Carol, não precisa. E-eu...-Darwin começa a dizer, mas o paro com um aceno de mão.

-Não aceito devolução. Aliás, eu lembro de quando contou que suas filhas são loucas pra saber como é. Não é nada de mais! -esclareço. -Alias, quero conhecer elas, qualquer dia! –digo. Darwin sorri largo.

-Pode deixar...elas já ficaram animadas em saber que fui motorista pra você...imagina quando elas verem isso?! É capaz de nem acreditarem!

--Que não seja por isso, posso fazer um vídeo pra elas! –Sugiro. Vejo seus olhos brilharem. Ele me entrega seu celular. Deslizou o ícone da câmera na tela de bloqueio, e me posiciono ao seu lado arrumando a toca de coala na cabeça, e começo a falar com a câmera.

“Hey Denise! Hey Lilian! O pai de vocês me contou sobre sua vontade de comer o famoso brigadeiro brasileiro. Então eu resolvi mandar um presentinho pra vocês, e sua mãe. Espero que gostem! E espero conhecer vocês em breve!

Beijinhos!

Mando um beijinho pra câmera, e paro de gravar. Devolvo o aparelho para Darwin, que sorri feito bobo. Nós despedimos, e brinco “Não precisa devolver os potes, não são meus, mesmo!”

Pego a agenda, o celular e o calendário. Olho o calendário, e monto um cronograma. Amanhã, pela manhã converso com Felícia; e então, independente de sua decisão, vou marcar com Sarah pra resolver figurino, e o que mais precisar para o vídeo; e então decido as datas e rotas pra turnê.

-O que é isso? -A voz rouca de Harry me assusta. Ele estava atrás de mim, olhando para a agenda.

-Meu cronograma pra amanhã, o que já vai resolver meu mês! -Explico, marcando a reunião com o Clean Bandit. Harry franse a testa, e aponta para uma parte em cima da folha.

-Voltar pra América? Por que?

-É a minha casa. Sinto falta de lá! –Digo. Harry fecha a cara, e rio -A gente vai ter que aguentar um ao outro, por mais de um ano! Não se preocupe, nem lá em LA, eu vou te deixar em paz! -Brinco, e dou um beijo rápido em sua buchcecha.

-Acho bom! –Resmunga. Rio, e ligo para Sarah, no telefone que ela havia me enviado. Combinamos um almoço juntas, para resolver tudo, ela levaria algumas ideias, e eu também.

Com minha agenda aqui, sinto que um peso enorme foi tirado das minhas costas. Agora consigo respirar melhor. Pesquiso alguns fotógrafos para poder fazer o encarregado do álbum. Ligo para alguns, mas só recebo retorno de um chamado Marc Regas. Trocamos alguns e-mails, e marcamos para algumas semanas nos estados unidos.

Saio do quarto, onde estava para ter um pouco mais de privacidade, e volto para a sala. Encontro Harry com minha agenda nas mãos. Assim que ele me vê, sorri e me mostra o que lia.

-Projeto Sulley Sulivan? -Pergunta, e rio. – o que é isso?

-O nome é tosco, mas a ideia é legal, e inacabado! -Explico tirando a agenda de sua mão. Harry continua perguntando o que é. -Não vai parar enquanto eu não falar, não é ? -Ele confirma sorrindo – Tá. É um projeto, onde algumas pessoas podem fazer doações de comida, bebida, água, roupa, brinquedos...para as famílias sírias que precisam de ajuda. Talvez até abrir um abrigo enorme, pra poder hospedar alguns deles...não sei, uma coisa do tipo! -Explico. Quando me viro, Harry tem um sorriso largo no rosto. – Que foi?

-É bonito quando você fala assim! -Ele diz. Me viro fingindo fazer alguma coisa, para ele não ver que estou corando agora. Escuto sua risada –Agora você está corando!

-Não estou, não! –Digo, ainda de costas. Não ouvi Harry se aproximar, mas quando ele fez, me virou bruscamente, me fazendo bater em seu peito sólido.

-Sim, você está. -Ele sorri, com covinhas. O ar some dos meus pulmões. Suas mãos apertam minha cintura, e minha boca fica seca. Harry aproxima seu rosto do meu, e encosta nossas testas. Coloco minha mão em seu peito, na intenção de o afastar, mas não tenho força o suficiente, então apenas a deixo ali, sob sua pele quente. -Droga! Isso vai ser mais difícil do que pensei! -Harry sussurra em meus lábios.

Reúno todas as fibras de força de vontade, e me afasto dele. Ofegamos, e anúncio que vou para o quarto dormir. Pego minha agenda, e celular. Damos boa noite, um para o outro, e então vou para o quarto.

Tenho mais um pouco de interação no Twitter, falando como estou ansiosa para o lançamento do álbum, do vídeo, e de mais surpresas, que aguardam.

E então, me deito na cama enorme e confortável. E me viro para a janela, olhando o céu escuro e frio de Londres. Imagino como estão as coisas lá em casa...nas duas. No Brasil, e nos estados unidos. Resolvi mandar uma última mensagem. Dessa vez, para Talassa, perguntando dela e de sua filha. Sinto falta delas. estavam sempre presente lá em casa, e agora, não estão mais.

    Suspiro, e fecho os olhos, torcendo para o sono me invadir, o quanto antes!


Notas Finais


Espero que tenham gostado, até o próximo (que não sei quando vou postar, mas vocês saberão! Hehe enfim, até o próximo 😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...