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História The Mysterious Killer - Eu Não Vou Desistir


Escrita por: Melissa36912

Notas do Autor


Olá pessoas, voltei mais rápido do que o esperado, mas voltei.
Trouxe mais um capítulo para vocês e eu espero de coração que vocês gostem.
Boa Leitura <3

Capítulo 2 - Eu Não Vou Desistir


Ariana P.O.V

 

No dia seguinte acordei determinada. Joseph disse que eu poderia começar o mais rápido possível, então combinamos de ir até ao manicômio hoje para me adaptar ao lugar.

Resolvi me levantar um pouco mais cedo do que previ para ajeitar minhas coisas. Como eu era psiquiatra, sempre, desde que me formei, antes de começar o tratamento de meus clientes, preparava algumas perguntas simples e logo em seguida algumas mais complexas, mais pessoais. Essas farão com que eu consiga me aproximar mais do paciente e, consequentemente fazer com que ele consiga se abrir melhor.

Depois de quase meia hora ajeitando minhas coisas, já pronta, fui tomar café da manhã.

Morava sozinha há dois anos, quando saí da casa de meus pais e, com a ajuda deles, consegui esta casa que era próxima de meu trabalho. Nada grandioso. Tinha dois quartos, três banheiros contando com o da lavanderia e um quintal, cozinha e sala de estar. Era bem seguro também. Foi ótimo saber que minha casa era próxima de onde trabalho. Assim eu teria menos complicações para ir e voltar.

 No início foi difícil tanto para mim e meus pais que estávamos acostumados com três pessoas dividindo a mesma casa. Mas depois de algum tempo ambos nos acostumamos. E sempre que eu posso vou visitá-los.

Enfim, terminei de tomar meu café da manhã e fui ao meu banheiro para escovar os dentes e me ver no espelho.

Estava vestindo minha calça jeans de cintura alta, um cropped branco com um casaco marrom. Calçava um salto alto preto que minha mãe havia me presenteado de aniversário. Meu cabelo estava solto e liso.

Olhei para o espelho do meu banheiro novamente e suspirei.

Andei em direção à saída de minha casa, saindo e trancando a porta principal e dirigindo-me ao meu carro.

Eu teria que voltar à empresa onde trabalho para buscar Joseph, pois segundo ele não me deixaria ir sozinha para que pudesse me instruir em muitas coisas que eu deveria ou não fazer.

Liguei meu automóvel que estava novinho em folha e sorri. Tinha o conseguido com meu dinheiro e meu esforço. Fiquei orgulhosa de mim mesma no dia. Cinco anos de faculdade com certeza não foram desperdiçados.

 

 

                                        (...)

 

 

Estacionei em minha vaga particular que a empresa tinha me reservado e, sem delongas, dirige-me ao elevar que me levaria ao andar da sala de Joseph.

Ao chegar ao lugar que queria, andei pelos corredores onde estava, cumprimentando todas as pessoas que passavam por mim até chegar em frente à sua sala. Iria bater na porta, mas antes que o fizesse, a mesma foi aberta rapidamente, dando-me um susto fazendo com que eu desse um passo para trás. Olhei quem era e Joseph me encarava brincalhão.

- Desculpe querida. Não queria te assustar – sorriu carinhosamente – como você está? Pronta para conhecer o manicômio e seu novo paciente? – perguntou-me.

- Sim. Estou mais pronta do que nunca – sorri, confiante

- Então vamos. – andamos lado a lado até o elevar que nos levaria até onde estava meu carro.

Antes que chegássemos ao térreo, perguntei:

- Onde vai ser feito o tratamento dele? Terei que ter alguns cuidados ou não precisarei me preocupar? - disparei as perguntas, rapidamente.

- O ambiente em que você irá ficar cara a cara com ele, é o mesmo lugar onde ele fica – o encarei confusa – sim a consulta será feita no quarto de Bieber. Não podemos deixá-lo sair dali. Ele precisa ficar sozinho. É um perigo para os outros que moram ali – suspirou – enfim o tratamento dele será nesta mesma sala e você ficará sozinha com ele – arregalei os olhos – mas não se preocupe. Haverá seguranças do lado de fora.  Justin está acostumado a viver somente com sua própria companhia. Desde o dia que seu pai o largou, não consegue ter uma relação saudável com ninguém. São somente ele, seus pensamentos e uma enfermeira que passa três vezes ao dia em seu quarto para levar café da manhã, almoço e jantar. Mas também há um banheiro reservado a ele – riu debochadamente.  

- Joseph isso é um absurdo – exclamei, indignada – tudo bem que Bieber pode ser perigoso, bipolar ou qualquer outra coisa, mas ele não pode viver isolado desse jeito. Ele pode ter um retrocesso ou até ficar pior e mais agressivo do que já está – disse - qualquer tipo de pessoa, se não tiver contato com outras pode piorar tanto mentalmente quanto fisicamente. – o encarei – vocês estão incentivando-o para o lado errado – suspirei.

Ele me encarou, talvez envergonhado por não pensar por esse lado e suspirou.

- Vamos até a Casa Westreet.

 

 

 

                                             (...)

 

   

 

Já era mais de duas horas da tarde quando chegamos ao manicômio, além de ser um pouco mais longe do que achei que seria, Joseph disse para almoçarmos antes, pois estava com fome. E ainda por cima pegamos um trânsito enorme. Por isso atrasamos mais do que eu desejava, mas ele me informou para não me preocupar porque meu paciente não foi avisado de quando eu chegaria.

 Ao entrarmos pela porta de entrada demos de cara, pelo que me parece, ser com sala de espera. Meu chefe parou no meio do caminho dizendo para eu me sentar e esperar, pois ele cuidaria de tudo e logo me mostraria o lugar e, ao mesmo tempo, me instruir de como tudo funcionava. Depois eu encararia “meu novo desafio”.

Suspirei pesado, olhando minhas unhas pintadas de roxo.

Estava sem nada para fazer, então me distrai, brincando com meus dedos, fazendo formas imaginárias no ar, enquanto estava sentada em um dos bancos mexendo a perna impacientemente. Depois de um tempo, percebo Joseph andando em minha direção com um sorriso nervoso.

- Tudo pronto Ariana. – suspirou – Vamos? – apenas assenti com a cabeça e o segui.

 

Ele me mostrou todos os cômodos do lugar. Cozinha, banheiros, a sala de jantar onde todos comiam, fomos também ao porão, o sótão, a quadra onde todos que ali moravam se distraiam por um tempo e então fomos ao jardim. Enquanto andávamos pelo mesmo, ele instruía-me no que devia ter cuidado e no que prestar atenção.

- Não se esqueça que você está lidando com uma pessoa extremamente bipolar – ele me disse mais uma vez – não o enfrente nenhuma vez, só... O ajude.

Assenti e então, para meu mini desespero, fomos em direção à sala que foi reservada à Bieber.

Chegamos ao corredor e mais a frente, pude ver cerca de cinco seguranças fazendo a vigia do lugar.

- Ariana, esses são os seguranças que estarão com você o tempo que estiver com ele – apontou com a cabeça em direção à porta.

- Tudo bem... – suspirei – vou começar agora não é? – perguntei receosa.

- Sim, você já sabe de tudo o que é necessário. – sorriu reconfortante. - Voltarei para a empresa. Qualquer coisa é só gritar que eles estarão aqui para acudi-la.

Assenti e Joseph me passou um olhar dizendo que eu ficaria bem e saiu, deixando-me sozinha com os seguranças. Respirei fundo mais uma vez e olhei para o homem à minha frente e ao perceber que eu o encarava, fez um gesto com a cabeça e então abriu a porta dando-me passagem logo em seguida. Segurei em minha bolsa com uma força consideravelmente exagerada, onde continha todo o necessário para a consulta e por esse motivo era maior que as outras que eu costumava a usar.

Ao entrar no quarto, que logo percebi ser almofadado por todo o lugar, o mesmo segurança fechou a porta e a trancou. Olhei para a mesma e fechei os olhos desejando que ele não tivesse feito isso, mas controlei-me, dissipando a enorme vontade de ir embora, lembrando-me que eu estava me preocupando demais.

Mantendo a calma, virei meu tronco para frente, percebendo logo em seguida que meu paciente, Justin Bieber, me encarava curioso. Vi que ele estava vestindo uma camisa de força, sentado a uma cadeira próxima a uma mesa. Olhei a cadeira em frente onde eu me sentaria.

- Vai ficar parada? – escutei sua voz e senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. Direcionei meus olhos diretamente para ele e hesitante, andei em sua direção.

- Eu sou Ariana Grande, sua nova psiquiatra. Só estou examinando o lugar...

- para ter certeza de que não tem como eu te machucar? – me interrompeu rindo logo em seguida.

- Não. Estou examinando porque nunca vim pessoalmente até aqui. Só conhecia de nome. – me sentei em sua frente, pegando tudo o que era necessário de minha bolsa. – vamos começar então?

- Pensei que já tivéssemos começado – disse me olhando com um semblante sério.

Suspirei, percebendo o nervosismo correr em minhas veias.

- Justin, hoje começarei com algumas perguntas simples e com o passar dos dias elas vão começar a ficar mais complexas tudo bem para você? – perguntei ignorando o comentário rude dele.

 

 Passou-se um tempo considerável e quando percebi que Bieber não me responderia, olhei em sua direção e ele estava me encarando intensamente, como que se quisesse descobrir alguma coisa.

- Eu não estou aqui para tirar uma informação que possa te prejudicar.

- Você quer me ajudar certo? – arqueou uma sobrancelha. – deixe-me te dizer uma coisa Ariana – deu ênfase em meu nome – você não é a primeira a tentar me ajudar, e parece ser muito mais ridícula que os outros que já estiveram aqui. – deu uma pausa – você não vai conseguir nada de mim – sorriu sarcástico.

- Bieber, sei que você esconde muitas coisas de seu passado. Pode muito bem não querer falar sobre elas tão fácil, mas eu quero que confie em mim. Não sou como todos os outros.  Eu não vou desistir.

Endireitou-se na cadeira, ainda sorrindo sarcasticamente.

- Que belo discurso. Pena que eu não acredito em suas palavras. Moro neste lugar há seis anos, pelo simples motivo de matar as pessoas. Sou um assassino e gosto do que faço. E eu não vou me abrir - riu seco - para uma psiquiatra qualquer como você. – congelei percebendo o quanto ele estava sendo intimidante com seu olhar penetrante e o modo como se referia a mim.

Engoli seco e suspirei, mantendo a calma. Não posso deixar as coisas como estão.

- Então você gosta de matar pessoas não é? – disse e ele afirmou com a cabeça. – pode me dizer por quê? O que você sente?

-Muito boa pergunta – sorriu de canto, novamente sendo sarcástico – o que eu sinto quando enfio a faca na garganta das pessoas, você me perguntou? – olhou para mim, parecendo pensar em uma resposta. – Bom eu amo escutar o som de súplica delas. Amo também vê-las se sufocar com o próprio sangue.

Arregalei levemente os olhos, mas não deixei transparecer meu espanto.

-Você tem um motivo para fazer isso – não foi uma pergunta, eu afirmei fazendo-o rir – e não vai me dizer agora qual é, estou certa?

- Parece que estamos começando a nos entender doutora – disse, encarando-me sarcasticamente, mas logo fechou a cara e aproximou seu rosto do meu – conheço seu joguinho de psicologia inversa e não vai funcionar comigo. - encostou as costas em sua cadeira, entortando a cabeça de um lado para o outro.

Endireitei a postura, pensando duas vezes antes de dizer alguma coisa.

- Bieber, não estou fazendo joguinho algum com você.  Já disse, só quero te conhecer. Percebi que tem dificuldade de se familiarizar com as pessoas e eu entendo. Eles te trancaram aqui. Mas você não parou nenhum momento para pensar que parte disso é por sua causa?

Ele deu, mais uma vez, aquele sorriso que já estava me incomodando.

- Escute doutora, eu me tornei o que sou hoje por escolha minha e não me importo se você entende isso ou não.

- Tudo bem – suspirando mais uma vez, anotei algumas coisas em meu caderno para que, quando chegasse em casa, pudesse avaliar melhor a situação dele.  Parei de escrever, ao notar que ele encarava minhas mãos.

- Alguma coisa de errado? – perguntei, começando a ficar incomoda com seu olhar sobre elas.

Sem dizer nada, ele apenas dirigiu seus olhas para meu rosto e logo em seguida, desviou para o outro lado do quarto.

 

 

                                               (...)

 

 

- Bom Justin, é só por hoje. – comecei a guardar minhas coisas

- Não vai ficar mais? – perguntou parecendo não se importar realmente.

- Estamos conversando há quase três horas. Acho que é um tempo razoável.

- Sim é um tempo completamente razoável. – percebi que mais uma vez ele estava sendo sarcástico. Bieber nenhuma vez mostrou outra emoção a não ser sarcasmo. Todas as suas falas, expressões eram sempre vazias. Seria difícil conviver com ele.

Terminei de juntar tudo e olhei para ele que tinha seu olhar preso a minha roupa, ou especificamente ao meu corpo.

- Eu vou indo. – disse, percebendo que consegui desviar sua atenção para meu rosto – volto amanhã. Tenha uma boa noite.

Como tinha começado a consulta um pouco mais tarde do que o previsto, já era quase noite e iria embora direto para casa. Não queria correr nenhum tipo de perigo.

- Digo o mesmo, doutora. – escutei ele dizer antes que eu pudesse bater na porta que quando o fiz, foi imediatamente aberta e sai do local.

 

 

                                         (...)

 

 

- Ah mãe foi normal. Bom tudo bem que foi um pouco mais complicado do que imaginei, mas nada com que eu não possa lidar – estava conversando com minha mãe pelo meu celular.

-Mas você está bem? Ele não te machucou? Alguma coisa do tipo?

- Não mãe. Ele não fez nada e mesmo se tentasse, não conseguiria.

- Tudo bem então – suspirou, preocupada, do outro lado da linha – seu pai está te mandando um beijo e disse que está morrendo de saudade.

- Diga a ele que também sinto muito a falta dele. Logo irei visitar vocês.

- Que bom minha querida, venha mesmo. Também estou com saudades. – deu uma pausa - Vou ter que desligar agora, pois vai começar minha novela.

- Tudo bem mãe, eu também tenho que desligar.

- Te amo querida, nós dois te amamos, boa noite.

- Também amo vocês, boa noite. – desliguei.

Coloquei meu celular na mesinha do lado de minha cama e me ajeitei. Peguei o caderno que tinha anotado tudo o que precisava para estudar melhor Bieber. Bom, foram poucas coisas, mas já é alguma coisa.

“Justin Bieber não se abre comigo para poder esconder suas intenções. Tenta persuadir a qualquer custo, mas mesmo assim é sincero com o que fala, até demais. Responde as perguntas de um jeito vazio. Tem muitos segredos de seu passado e não os quer revelar, mas sei que posso fazê-lo mudar de ideia. Talvez convencê-lo, do meu jeito, de que se abrir é a melhor forma de poder melhor. Mas vai ser difícil, pois ele é um assassino manipulador de acordo com outros psiquiatras”.

Suspirei. Foi tudo o que consegui. Mas aposto que consigo mais coisas.

Fechei meu caderno e o guardei.

Deitei em minha cama, percebendo que o sono estava quase me dominando por inteira.

Hoje estava calor e eu aproveitei para colar um pijama fresco e confortável.

Tentei pensar em mais alguma coisa, porém não consegui. De um segundo para outro, dormi, sem perceber.


Notas Finais


Esse foi o capítulo de hoje. Se puderem deixar seus comentários dizendo o que acharam, eu ficarei muito grata.
Desculpa qualquer erro ortográfico, eu revisei não sei quantas vezes o capítulo, mas eu posso ter deixado algo passar.

Até o próximo capítulo <3


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