Há três anos atrás
Quinta - Feira, 10 de Novembro de 2012
FlashBack ON :
14 : 32
- Omma ! Omma! Eu quero esse doce, por favor omma, me dê esse ! - insistia a pobre criança puxando a barra de um vestido de uma mulher, que aparentemente seria sua mãe.
- Na próxima vez eu compro, ta bom ? - falava a mãe da criança pegando a mesma em seu colo, confortando e apoiando -a sob seu ombro.
A mãe, saindo do estabelecimento da loja, com uma criança em seu colo, e mais duas sacolas plásticas carregando em suas mãos, atravessava a rua com dificuldades.
Um carro em alta velocidade veio, atingindo -os em cheio.
Uma criança inocente chorava ensanguentada, uma mulher ferida desmaiava em uma rua.
Um motorista culpado, uma testemunha em silêncio.
Jujubas por toda parte.
FlashBack OFF
Atualmente.
Terça- feira, 27 de Agosto de 2015.
08 : 17
- Acorde Mi Wa, nós estamos quase saindo ! - mamãe falava alto.
- Só mais dez minutos omma !-resmunguei tampando meus ouvidos com o travesseiro.
08 : 20
A mãe vinha com um balde de água fria e despejava em sua filha preguiçosa.
A filha soltava um grito, e logo retrucava com sua mãe :
- Aish ! Eu já lhe disse que ia levantar, por que fez isso ?
- Se você quiser viver nessa casa, terá que seguir minhas regras ! Ou vai trabalhar na loja, ou vai morar em outra casa pagando aluguel ! Já tem idade suficiente par-
- Tá, tá - interrompi- a- eu já entendi, tabom ? Vou me arrumar e já vou.
08 : 45
Entro no carro, me sentando no banco da frente e colocando os cintos de segurança.
- Por que demorou tanto? - perguntava meu pai olhando minhas vestes. Um vestido acompanhado com uma camiseta, um boné velho.
- Porque a Omma jogou um balde d'água fria em mim, fazendo com que eu tomasse um banho e lavasse meu cabelo para não pegar um resfriado.
- Da próxima vez então, não fique até tarde no celular paquerando!
Meu pai achava que eu paquerava, mas a verdade era que a única coisa que eu fazia era conversar com minha amiga Kim TaeYeon , a única pessoa que me entendia.
Eu trabalhava na doceria de meu pai, há uns 5 Km longe de nossa casa.
Era uma loja humilde, mas era nosso sustento. Eu ajudava papai a atender os clientes, enquanto ele ficava na parte de dentro fazendo tortas e outros aperitivos.
09 : 30
Era um dia parado para uma terça -feira, um dia que quase não via carros passando na rua, exceto um. Parando em frente da loja, um Porsche branco. Que saía um homem alto de paletó e gravata e óculos.
O dia estava ensolarado, um homem perfumado entrava no estabelecimento, sua fragrância invadia minhas narinas.
- Bom dia ! Seja bem-vindo, e fique à vontade - eu falava como de costume.
Estava nervosa, seu carro me lembrava algo, não poderia negar. Ele não era estranho para mim.
O homem olhava algumas jujubas.
Sim, jujubas, eu estava com medo.
Aquelas jujubas rosa, elas me traziam memórias.
- Eu vou levar essas, e vou pagar no cartão. - ele falou suavemente, com uma voz rouca mas grossa, retirando seu cartão negro.
Eu inseri o cartão na máquina, aguardando ele inserir a senha. Ele colocou, e logo a nota fiscal saía.
- O senhor vai querer nota fiscal?
- Não, obrigado. - ele guardava o cartão e pegava as jujubas.
- Obrigada, volte sempre. - me curvava com sua saída e observava seu carro sair.
Sim, isso mesmo. Naquele dia, foi um carro daquele modelo. Mas não era prateado, era um Porsche branco.
Sentia meu celular vibrar em meu bolso, até eu retirar o mesmo e ver.
Uma nova mensagem.
Número desconhecido.
Não me chame de senhor, eu tenho idade suficiente para ser o seu namorado !
Dia 27 de Agosto de 2015, às 09:34
O dia que comecei a receber mensagens misteriosas.
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