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História The Nanny With Benefits - Relação adorável


Escrita por: DAlighieri

Notas do Autor


Olá, raios de sol!
Eu fiquei de postar todas as sextas, mas, infelizmente ou felizmente, não rolou porque eu estou fazendo curso, então saio de casa às 6:30 da manhã e volto às 7 da noite derrotada pelo cansaço. E será assim toda terça e sexta, conclusão: vou atualizar quinta ou sábado. Ok? Vamos ao capítulo.

🌸Boa leitura.

Capítulo 2 - Relação adorável


Fanfic / Fanfiction The Nanny With Benefits - Relação adorável

   [...]

     Dia seguinte, 17:48

Aliso minha cama pela quinta vez, finalmente me agradando com o resultado. Agora sim me parece devidamente arrumada

Caminho meus olhos atentos pelo cômodo e paro na típica penteadeira rústica, onde os pentes estavam mal alinhados e a pequena caixinha de joias também. Esses pequenos detalhes que muitos não se importariam, me causam uma agonia surreal. 

Corro até o local e organizo tudo da forma correta. Isso é bom, está ótimo.

Quando me afasto da penteadeira, não deixo de me observar por alguns segundos no espelho da mesma. Não vejo nada de chamativo ou que seja capaz de me fazer prender a atenção em minha imagem e então apenas dou as costas e prossigo até minha mochila a posicionando em meu ombro esquerdo. Ao sair do cômodo que chamo de meu, dou de cara com Aaron que acabara de sair de seu quarto. 

— Cuidará do Billy? Mas hoje é sexta? — Questiona confuso e nego. 

— Não, Billy se mudou para Londres, hoje cuidarei de Johnny. — Informo e meu irmão pronuncia um "Ah" despreocupado. Não haveria motivos, de todo modo, sempre me mostrei bem mais madura do que as garotas da minha idade. Tomo isso como uma boa qualidade. 

Antes que Aaron me dê as costas, o chamo, um tanto quanto apreensiva. Depois de ter saído do meu quarto ontem pela tarde, Chlöe não dirigiu mais nenhuma sequer palavra a mim. Apenas saiu apressada, com sua pele pálida em um tom totalmente avermelhada. 

Será que ele a fez algo? — Está é a pergunta que roda minha cabeça desde a saída um tanto aterrorizada de Chlöe. Bom, é a chance de saber, por que se eu mesma perguntar diretamente a loira e dependesse dela pra ter uma resposta, morreria ignorante sobre o assunto. 

— Ei, é... o que você falou para a Chloe ontem? - Aperto a alça da minha mochila, me sentindo bem intrometida e desconfortável no assunto. — É que ela saiu praticamente correndo daqui ontem pela tarde, nem se quer olhou pra mim. — Explico e sem uma razão evidente ele ri, talvez um pouco confuso.

— Eu iria perguntar o mesmo a você. — Ham? — Ela simplesmente apareceu no meu quarto, quando eu estava em uma discussão com a mamãe para que ela parasse de arrumar meu quarto, porque isso eu mesmo faria. Eu a disse "oi" e ela ficou parada como uma estátua e logo em seguida correu. — Sua emoção evidente, é um misto de frustração e confusão. Possamos dizer que me encontro no mesmo estado emocional. 

Qual é o problema dela?  

— Acho que ela ficou em um nível elevado de êxtase. — Sorrio nasalmente e Aaron franze seu cenho. 

Mas antes que eu possa o explicar ouço minha mãe, mais conhecida como Cheri, chamar por mim. E no instante sei que Shawn, pai de Johnny, havia chegado. 

Deposito um beijo na bochecha do meu irmão e o mesmo acena para mim, em despedida.

Desço as escadas com certa pressa e quando chego ao andar de baixo, encontro minha mãe conversando com um homem alto e trajado com um terno preto, muito bonito aliás. 

Ele não pode ser o pai de um garoto de sete anos. Aparenta ter no máximo vinte, mas com um ar maduro. 

— Senhor Mendes já chegou. — Pronuncia minha mãe. E olho para os lados a procura do mesmo. 

— Onde ele está? — Pergunto e o homem a minha frente e ao lado da minha mãe, solta uma risada nasal. Oi?

— Prazer. — Estende sua mão direita para mim, em um aperto formal, e assim retribuo. — Meu nome é Shawn Mendes.

Mal posso acreditar. 

— Oh, me desculpe, é que eu não pensei que fosse tão jovem. — Tento me explicar e tudo o que ganho em troca é um belo rosto vermelho, comparado a um pimentão. Ótima primeira impressão, Hailee...

— Tudo bem, se eu te dissesse que ouço isso o tempo todo te tranquilizaria? — Humorado questiona e agradeço a qualquer entidade divina que possa me ouvir. — Bom, vamos? — Pergunta e assinto, me despedindo da minha mãe que se manteve o tempo todo risonha e saio de casa, acompanhada do homem bem vestido ao meu lado. 

Ele abre a porta para mim em um ato de puro cavalheirismo e entro. Seu carro é muito bonito, mas não é algo esportivo ou muito chamativo. Digamos no ponto certo. 

— Johnny ficou chateado por ter de chamar uma babá, mas acho que gostará de você. — Comenta, assim que o carro começa a se locomover. 

— E você gostou? — Não comando minhas palavras e me apedrejo mentalmente por não segurar minha maldita língua. Droga, o que ele irá pensar de você? — Digo, a primeira impressão é a que vale. — Sorrio na tentativa de disfarçar o clima caótico que eu havia criado. 

— Você me parece uma boa pessoa. — Se mantém concentrado na estrada e eu relaxo meus músculos tensos. — Obrigada por aceitar cuidar do meu filho tão em cima da hora. Sei bem como Nina pode ser persistente quando quer. — Sorri de lado e este pequeno ato é encantador. Sua esposa tem sorte...

— É, eu sei bem. — O observo por alguns instantes, criando milhões de hipóteses que se encaixassem corretamente em sua história. Tenho certeza que ser pai tão novo não foi uma opção sua. — Desculpe, mas quantos anos você tem? — Pergunto um tanto envergonhada pelo meu grande atrevimento em me intrometer em sua vida pessoal e o mesmo novamente sorri, mas dessa vez como se já esperasse este tipo de pergunta vinda de mim. 

— O fato de eu parecer jovem e ser pai é curioso, não é? — Me olha por instantes e depois volta seus olhos atentos para a estrada. Em seu tom não existe vestígios de rudez ou sarcasmo, na verdade ele se mantem a todo tempo com um timbre deveras gentil. — Eu tenho 27. — Meu queixo cai levemente, mas trato de me desfazer da expressão hilária que tenho certeza de possuir. — Me casei cedo demais, aos 19, mas não era minha culpa, estava cegamente apaixonado. — Suspira e franzo meu cenho. Por que colocou a sua frase no passado? 

O encaro esperançosa para que ele dê continuidade ao assunto e ao vagar rapidamente meu olhar para fora da janela, percebo que estamos entrando na zona de luxuosos condomínios. 

Volto minha atenção para o senhor Mendes, mas não digo nada; a última coisa que quero que ele pense sobre mim, é que sou uma garota intrometida.

— E então aos meus vinte anos, ela deu à luz ao melhor presente que já ganhei. — Não contenho meu sorriso e penso no quão amoroso ele deve ser com o filho. 

— Vocês me parecem uma família feliz, como aquelas de comercial de plano de saúde. — Me repreendo pela comparação e a mesma arranca boas risadas contagiantes de Shawn. Será que devo o chamar assim? 

— Infelizmente ela se foi após o parto. — Meu sorriso se esvai e me sinto culpada por tocar neste assunto que provavelmente é bem delicado para ele. Você e essa sua língua grande. — Meu subconsciente me ataca e com total razão.

— Me desculpe. — Ele não demostra tristeza ou raiva direcionada a mim. — E-eu não sabia, não deveria ser tão intrometida. — Me repreendo em voz alta e Sr. Mendes nega.

— Se fosse a alguns anos atrás eu teria ficado mal, mas acho que depois de todos esses anos, me conformei que ela não irá voltar. — Suspira e deixo com que o clima fique tenso novamente.  Droga, essa casa fica aonde afinal?

Depois de minutos em um silêncio mortal, o seu carro para em frente a uma casa imensa, que me faz refletir sobre qual seria sua profissão ou estado de classe social. Bom, chega de perguntas por hoje. 

— Chegamos. — Saí do carro e faço o mesmo, o seguindo para dentro da propriedade. — Vou te levar até ele. — Checa seu relógio dourado, que tenho certeza que se trata de puro ouro, e por fim abre a porta. — Droga, estou atrasado. — Por certo incômodo perto a alça da minha mochila. 

— Se quiser eu posso me virar a partir daqui, não precisa se incomodar. — Seus olhos cor mel puxados para o escuro, me fitam com exatidão. Chego a pensar estar suja ou até mesmo me sinto nua. 

— Não, tudo bem. — Puxa minha mão para que eu o acompanhe e a solta milésimos depois, parecendo ter levado um belo choque junto ao contato. — Ele deve estar no quarto. — Sobe as escadas rápido e entra na terceira porta, na qual tenho a visão de um garotinho assistindo um desenho animado, até que se levanta, ao notar nossa chegada. Nos recebendo com um lindo sorriso, me fazendo admirar o quão os seus sorrisos são semelhantes. 

— Oi. — Nos cumprimenta com um aceno e faço o mesmo, sem que algum som saia das minhas cordas vocais. — Você é a minha nova babá, não é mesmo? — Afirmo e lhe lanço um sorriso. — Prazer, eu me chamo Johnny. 

— Prazer Johnny, meu nome é Hailee, mas pode me chamar de Haiz. — Pisco e ele concorda. Acho que não terei problemas com o pequeno aqui. 

— Agora que já se apresentaram. — Diz Shawn nos observando. — Eu tenho que ir, se não meus sócios e Nina me decapitaram. — Johnny arregala seus olhos claros. É possível ver a admiração transbordando em seus olhos. É uma relação adorável. — Se comporte, ok? Na cama as nove e meia. — Pede Shawn e beija o topo da cabeça do garoto, que concorda. — Qualquer coisa me ligue, os dois. — Nos avisa. — O Johnny tem meu número se precisar. Voltarei as 22:00 horas. — Se dirige a mim e por fim sai do quarto me deixando a sós com o garoto, que não me deu nem um tipo de dor de cabeça durante o decorrer das horas seguintes.

           [...]

     Point Of View - Shawn Mendes
   Restaurante Le Cirque - Manhattan; 19:07

Saio do carro à frente do restaurante refinado, que trocaria facilmente por uma lanchonete do subúrbio e entrego a chave do meu carro ao manobrista, juntamente a um sorriso. Enquanto a mulher ao meu lado apenas revira os olhos. 

Se Nina não fosse minha amiga de longa data -assim digamos - eu a mandaria catar coquinhos dourados bem longe daqui, com esse seu ar superior a tudo, mas me contento apenas em a repreender.

— O pirralho abriu o berreiro? — Ironiza e reviro meus olhos, procurando a recepcionista com o olhar. 

— Esse pirralho é meu filho. — Ótima hora para um sermão. — E para a sua informação, ele pode ser bem mais maduro que você em certas questões. — Ela me olha abismada e me lança disfarçadamente o dedo do meio, o qual só me arranca boas risadas nada escandalosas. — Viu? 

A recepcionista nos acompanha até a nossa mesa e nela já se encontravam meus sócios Brian e Scott, os quais comprimento e me sento em uma das duas cadeiras vazias.

O ramo de advocacia pode ser bem trabalhoso quando se é necessário, ainda mais quando se é um dos acionistas da C.L.A Company. Mas não reclamo do trabalho pesado, que sempre requer o dobro do que sou capaz de oferecer. 

Nina é a nossa gerente administrativa, que no caso supervisiona o setor de processos, dando assessoria a presidência da empresa - que no caso somos nós -, ela está neste cargo desde que se formou em Yale. Não estava em seus projetos continuar aqui, mas por um contratempo do destino, sua irmã mais velha veio a falecer, deixando a sua filha única órfã. Nunca ouvi falar sobre o pai da menina, acho que nem ela. 

Mas com este acontecimento, Nina, mesmo à contragosto, se viu na obrigação de tomar a guarda da menina, assim, mudando todo o seu futuro. 

Por fora pode parecer rude e chata, mas no fundo, seu coração é de imenso tamanho e a grande parte dele é ocupado pela sobrinha. Ela pode negar firmemente, mas sabemos que tudo que faz e fez a partir do momento que assumiu a criação da garota, foi para Chlöe. Eu estou orgulhoso dela. 

— Então estamos combinados. — Diz Brian a Nina, algo que nem ao menos prestei atenção. — Mas mudando drasticamente de assunto... — O moreno bebe um gole de seu vinho branco e me olha. — Como está o meu afilhado? — Pergunta animado e sei que quase morre de saudades por dentro, pela falta de um encontro com o meu filho desde que foi a Londres no mês passado.

Além de sócio, ele é meu melhor amigo de infância, aquele que sempre que possível te jogava ou te arrancava de uma bela confusão. Que agora só fazem parte das nossas boas memórias. 

— Está muito bem, e bravo por você não ter comparecido no seu aniversário. — Ele sorri triste, mas não o culpo por isso, nosso trabalho nos requer muito. E Deus sabe o quão apegado a Johnny ele é. — Mas nada que uma visita não resolva. — Ele concorda. 

— Falando nele, onde o garoto está? — Pergunta Scott, o filho mais novo do fundador e maior acionista da empresa. — Você havia mencionado que a babá dele se aposentou. — Afirmo e me ajeito na cadeira extremamente confortável. 

— Sim, mas a Senhorita Dobrev, me salvou neste quesito. — Sorrio para mesma e ela retribui, bebendo o líquido transparente de sua margarita. 

— E em outros muitos não é mesmo? — Caçoa de mim e todos na mesa inclusive eu mesmo, riem.

— Eu faço por merecer, além de ser seu chefe, admita. — Devolvo a brincadeira e sei que só ela entende o duplo sentido da frase, já que sua mão pousa em minha coxa por debaixo da mesa e a aperta levemente. 

Não sou um anjo, tenho lá meus pontos fracos...

   [...]

     Point Of View - Hailee Steinfeld
     22:27  - Mansão Mendes, Dumbo; Brooklyn

Encaro pela milésima vez aquela maldita e pequena mancha no chão branco da cozinha. Me sentindo agoniada pelo fato de que poderia facilmente removê-la dali. Não seria um problema...

Olho ao meu redor, conferindo se estou realmente sozinha, o que é comprovado, já que o único ser habitando a casa além de mim é Johnny, que provavelmente está em seu milésimo sono. 

Suspiro agoniada e corro até a área restrita a limpeza, onde pego alguns produtos para a limpeza de chão e uma escovinha. 

Faço uma mistura com os componentes e volto para a cozinha, onde me agacho no chão, coloco as luvas de borracha e começo a esfregar o local da mancha quase invisível. 

Esfrego com tanta vontade que tenho certeza de que a qualquer momento poderia quebrar o pulso. Isso de um modo esquisito é totalmente gratificante para mim. 

Retiro algumas mechas que insistiam em cair em meu rosto, e as mesmas de forma revoltante para mim, retornam a escorrer por minha face esbranquiçada, então apenas fico soprando-as dos meus olhos de cinco em cinco segundos. Isso não me importa. 

Sorrio ao ver que a imperceptível mancha está saindo e tenho absoluta certeza de que sinto meu coração parar, quando a porta da cozinha se abre e Shawn adentra o cômodo, paralisando com a cena que estou protagonizando em seu chão. Ah droga, mil vezes droga! 

Tenho certeza que agora acabo de perder meu - nem fixo - emprego e todo senso de normalidade que Sr. Mendes provavelmente tinha por mim. Tic, idiota.


Notas Finais


Eai? Gostaram?
O Shawn tem um caso com a Srta. Dobrev sim! porque aqui ele não é santo. Aceita ou surta ksks
📌 Brian é o Dylan O'Brien (meu protegido) e o Johnny é o Johnny Orlando (um amorzinho)
🌸 MUITO obrigado por todos os favs e comentários, realmente superaram minhas expectativas. E também muito obrigado a todos que estão me apoiando e me incentivando a continuar, amo vcs.
📌TRAILER DA FANFIC: https://youtu.be/uJ_odMJ8eaY (Talvez só pegue no computador)

🌸Bjs, até o próximo.🌸


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