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História The Nanny With Benefits - Você mereceu essa, Steinfeld


Escrita por: DAlighieri

Notas do Autor


Olá, raios de sol!
Desta vez cheguei no prazo, o que é difícil, mas tentarei manter...

Boa leitura...

Capítulo 3 - Você mereceu essa, Steinfeld


Fanfic / Fanfiction The Nanny With Benefits - Você mereceu essa, Steinfeld

Meus olhos fixam no homem a poucos passos de mim, que também se mantêm imóvel demonstrando estar surpreso ou até mesmo assustado. Talvez os dois.

— Desculpe. Eu, eu só... — Tento explicar a situação e me levanto, tirando as luvas de borracha das minhas mãos, agora doloridas pelas inúmeras esfregadas. 

Shawn parece tentar absorver a cena e logo analisa o chão ultra limpo abaixo dos meus pés. A maior vergonha de toda a minha vida.

— Por que está limpando o chão da minha cozinha? — Seu tom é suave e até mesmo humorado. Como ele consegue ser tão legal? E atraente, não posso negar...

Não respondo, apenas sinto minhas bochechas se aquecerem cada vez mais. Droga! Qual é o meu problema?

— Tudo bem, esquece. — Diz após alguns segundos sem uma resposta concreta vinda de mim. Eu quero me explicar, mas minhas cordas vocais não atendem aos meus comandos. Como se em um passe de mágica elas tomassem vida própria. — Eu acho que devo lhe levar para casa agora. — Sugere e concordo apressada. Tudo que preciso é do conforto da minha casa, bem longe de toda essa vergonha.

— Johnny está dormindo desde as nove e meia, como você pediu. — Tento amenizar a situação caótica que causei e pego minha mochila, a puxando para os meus ombros. Acho que nunca mais ele irá me querer de volta aqui. Eu mesmo não iria.

— Obrigado. — Diz sem graça e em silêncio saímos da casa, caminhando em passos rápidos para o seu impecável carro. 

Shawn abre a porta para mim e eu me acomodo no banco do passageiro, colocando minha mochila no meio das minhas pernas, apoiada no chão. Shawn entra logo em seguida e liga o carro, saindo do condomínio. 

O silêncio é constrangedor. E mesmo que eu nunca tenha ligado quando esse tipo de situação acontece, me sentia incomodada com este clima nada agradável.

Shawn se mantém vidrado da estrada, e só volta seu olhar para mim quando minha barriga ronca. Ótimo! Eu nem sabia que estava com tanta fome, não a esse ponto.

Eu só desejo um grande buraco para enfiar minha cabeça ou até mesmo o meu corpo inteiro e nunca mais sair. 

— Você não comeu nada? — Interrompe o silêncio caótico e sem soltar nenhuma palavra ou sequer olhá-lo, nego, com meus olhos concentrados em meus dedos das mãos firmes em meu colo. — Vamos te levar em algum lugar para comer. Tem alguma preferência? — Seu tom é cuidadoso, e percebo que ele provavelmente é assim com todos em sua volta. É admirável. 

— Não, não precisa, eu não quero tomar seu tempo. — Passo uma das mechas que caía em meu rosto abaixado, para atrás de minha orelha. 

— Qual é. Eu estou me sentindo muito culpado. — Insiste. — E você com certeza está com fome. — Suspiro e concordo, não sabendo se poderia chegar viva em casa sem antes comer. Quando que eu fiquei com tanta fome?! Céus!

— Tudo bem. — Concordo e ele sorri. Tenho que confessar que é um belo sorriso. 

— Você é vegetariana ou alguma louca por plantas e dietas a base de chá? — Quebra o clima tenso e acabo rindo junto a ele e apenas negando em seguida. — Ótimo, tem uma lanchonete aqui perto. — Informa e depois de alguns minutos, seu carro é estacionado em frente do Mrs. Burger's. Onde costumo vir com Chlöe. Os milk-shakes daqui são definitivamente os melhores de todo o estado de New York, segundo a imprensa. 

Descemos do carro quase que no mesmo tempo e caminhamos até a entrada lado a lado, mas sem que seja necessário um contato físico.

— Não conte a Nina que te trouxe aqui, ela provavelmente me mandaria para uma lavagem estomacal. — Caçoa e concordo rindo. 

Entramos no estabelecimento e além de nós, só há um grupo de amigos em suas algazarras. Babacas do time de futebol.

Me sento ao lado de Shawn em um dos bancos altos a frente do balcão e logo um atendente anota meu pedido de tamanho médio, enquanto Shawn só pede um suco natural de morango, alegando ser o seu preferido. 

O silêncio vai começando a se mostrar presente e resolvo o cortar eu mesmo desta vez. 

— Não está cansado? — O pergunto, notando o quão desarrumado está o sal e os guardanapos. Droga, controle-se. 

— Não, sou como uma coruja. — Me permito rir e Shawn me acompanha. 

— Somos iguais. — Afirmo e volto a observá-lo. 

— Deveria te pagar a mais, por limpar o chão da minha cozinha. — Nego sem graça e brinco com os meus próprios dedos. 

— Não, as vezes eu faço coisas estúpidas e inconsequentes, sem pensar. — Mordo levemente meus lábios, por conta do hábito constante. Um deles.

— Somos iguais. — Repete minha frase e volta a sorrir. 

— É ridículo, mas acho que tudo tem o seu lugar. É como o efeito dominó ou reação em cadeia, se algo está fora do seu devido lugar, desaba tudo em sua volta. — Explico o que sinto sobre essa mania conservada em mim e Shawn franze o cenho. — Você me acha estranha. — Afirmo ao passar uma mecha grossa dos meus cabelos para atrás da orelha. Tenho uma lista repleta de manias atordoantes.

— Sim, acho. — Meu rosto se avermelha e ele ri. — Não, estou brincando. — Bato de leve em seu braço, em uma intimidade distinta e quando vou repetir o ato, Shawn, por instinto, segura meu pulso, fazendo com que o contato nos pegue de surpresa. Meus olhos se colidem com os deles e é quase como se eu quisesse guardar todos os detalhes enterrados ali e ele o mesmo. Mas não posso negar quão atrativa está sua expressão neste momento. 

— Pedido 28 Médio e dois sucos naturais de morango! — Nos desperta o atendente colocando o pedido a minha frente e no mesmo instante Shawn solta minha mão. O garoto nos olha desconfiado e depois dá de costas, deixando ambos sem graça. Começo a comer o meu sanduíche e novamente o silêncio se amplifica entre nós, mas desta vez é algo completamente constrangido. Fale algo, Hailee! - Meu subconsciente grita e tento formular qualquer frase em minha mente. 

Que tal algo como. Você ficou sabendo que o preço das ações da Microsoft caiu?

Definitivamente não!

Ou algo como... Meu irmão deixou cair salada do prato, no almoço. 

Droga! Lógico que não... 

— Como conheceu sua esposa? — Ótimo assunto hein Steinfeld, maneiro você perguntar sobre a falecida e tão amada esposa do seu chefe! 

Se ele não me demitir depois dessa eu me infiltro em meio de um grupo de islâmicos e grito "Jeová é a nossa única salvação, irmãos, vamos orar!"

Mas ao contrário da expressão que pensei que se apossaria seu semblante, ela me parece pensativo e então sorri. Eu estava definitivamente brincando sobre a parte dos islâmicos.

— Em uma ponte, com um rio fundo embaixo. — Gesticula com as mãos, depois de posicionar seu copo pela metade a sua frente na bancada. — Era onde os garotos se drogavam na minha época. — Solta um riso nasalado.

— Claro. — Digo sem um motivo concreto. 

— Brian, um amigo antigo meu, me levou lá para sabermos como era o bendito lugar. — Ri provavelmente de si próprio. — E lá estava ela, a garota problema, típico de um clichê amor juvenil. — Seus olhos estavam focados em um ponto insignificante, deixando claro que se recordava do momento. — Era Samantha, ela estava muito drogada naquele dia. — Mexe em seu copo. — Eu pensei "essa garota é uma total encrenca." E acho que me apaixonei naquele exato momento. — Sorri entristecido, mas volta subitamente a me olhar, agora interessado. — Mas e você? Como conheceu seu namorado? — Solto uma risada nasal e nego, percebendo seu cenho se franzir. — O que? Como não? — Parece indignado com os meus status atuais. Chega a ser engraçado. — Você é esperta, madura, tem que ter. — Me observa, mas logo uma risada um tanto escandalosa nos arranca a atenção. Me viro para a mesa onde estavam os garotos do time da minha escola, e os vejo fazendo brincadeiras com a comida e suas babaquices de sempre. Shawn faz o mesmo e os olha por poucos segundos.

— Acho que isto responde a sua pergunta. — Infantilidade nunca foi um adjetivo que me atraiu em alguém. Pego minha batata e a como, vendo Shawn concordar. 

Ao terminar meu sanduíche calórico e bem-vindo em meu corpo, Shawn paga a conta e vamos embora, sem delongas.

Ele dirige calmamente e as vezes olha para mim, que tento a todo custo controlar minha vontade de fazer o mesmo.

— Quer ver algo legal? — Me pergunta e curiosa, como sempre fui, mordo meus lábios tentada a aceitar. Que mal tem? Nenhum. Eu espero.

— Sim. — Aceito e ele sorri animado e muda o nosso percurso, indo até um local abandonado que não fazia ideia que existia. O automóvel para e mesmo por trás dos vidros escuros do seu carro, vejo diversos vagões de trens antigos e visivelmente abandonados. 

— Vem. — Saí do veículo e eu o acompanho. Oque fazemos aqui? Será que se eu gritar alguém possivelmente me escutaria? Espero que sim. — Eu vinha muito aqui, com ela. — Esconde suas mãos em seus bolsos. — Era como um cantinho secreto, para qualquer ocasião. — Sorri para mim, e acabo por ficar sem graça. Isso era para ser um lugar particularmente deles.

— Nossa, estou me sentindo uma intrusa. — O mesmo nega. — Isso é algo de sua lembrança com sua esposa, e eu a invadi. — Agora sem ao menos um motivo concreto, Shawn ri. É algo que não me incomoda, o sorriso dele é um dos - se não o número um - sorrisos mais lindos que já vi. Algo tão descomunal e sincero, deveria ser estudado junto com toda a sua anatomia. Apenas sendo sincera...

— Não, eu não estou me sentindo invadido. — O observo atentamente, não deixando nenhum dos seus simples detalhes me escaparem. Tão rústico, amável, sério, gostoso... Estou flertando via pensamentos? Nunca pensei ser tão baixa. 

— Como ela era? — E novamente minha infinita curiosidade sobre tudo que me volta, ataca. 

Sua feição se torna incógnita ao meu ver. De repente ele pode apenas estar pensando... Realmente não consigo identificar.

— Impossível de se lidar. — Morde os lábios inferiores. Pode parecer vulgar de minha parte, mas seu ato foi algo tão simultâneo e... Sexy? Que mamãe me perdoe por tais pensamentos. — Mas com uma essência diferenciada, algo tão adulto para alguém tão nova quanto ela. — Continuamos a caminhar dentre os vagões enferrujados e diferenciados. É realmente um lugar encantador. — Você me lembra ela nesse lado. — Revela tranquilo e para a frente de um dos vagões, se virando para mim.

Sem motivos, ou com vários, eu sorrio largamente. Suas palavras de longe foram recebidas por mim como um ótimo elogio, tendo como base o quanto sua falecida mulher me parece alguém tão inspiradora. 

Shawn me conta algumas curiosidades sobre o local distinto, mas as únicas coisas que me prendem a atenção é a maneira como seu traje formal o cai bem. Preto sem sombra de dúvidas é a sua cor de realce. 

Logo sou arrancada dos meus impróprios pensamentos, quando uma luz forte se faz presente, naquele lugar tão pouco iluminado, me roubando toda atenção. 

Meu corpo paralisa ao ver uma ronda militar. Droga, tenho toda certeza que não poderíamos ter entrado neste lugar. Papai sem dúvidas me olharia com aquele olhar severo, e me mandaria para a escola interna para garotas, como tia Margo fez com Kerry. Invasão de propriedade não seria um bom argumento para Harvard.

— Droga, venha. — Shawn me puxa pela mão, e com agilidade corremos até um dos vagões mais escondidos, entrando no mesmo, as caladas. 

Encosto em um canto e respiro pesadamente, causando um certo barulho irritante e indesejável em tal situação. 

Shawn, que está na outra extremidade do local, não tão longe de mim, eleva sua mão direita até sua boca, em sinal de silêncio. Algo inocente, mas que não passa batido, pelos meus pensamentos pecaminosos. Droga, desde quando eu penso isso?

Sua mão livre me puxa para o canto do vagão, ao lado da pequena janela. 

Uma luz fraca penetra o vidro empoeirado e por todo o instante sinto meu coração parar de bobear sangue para o meu corpo, mais pálido que o normal.

Segundos depois da luz passar de maneira rápida, os passos do possível guarda se afastam e ao meu lado Shawn solta todo o ar preso em seus pulmões. Consigo imaginar nitidamente a feição de papai, se por um acaso do destino isto caísse em seus atentos ouvidos. 

— Este momento está sendo nostálgico para mim. — Ri e o acompanho, mantendo minha atenção na pequena e embaçada janela. 

Volto meu olhar para o homem a minha frente e o mesmo continua a me olhar. Essa proximidade é perigosa, mas totalmente ignorada desde o momento em que por deslize, encarei aquela imensidão escura que predomina sua íris.

Vagamente me aproximo do homem a poucos centímetros de mim, que tinha seu olhar fixo em meus lábios entreabertos. Por qual motivo eu estou me aproximando? Qual é o problema com a minha coordenação motora?

Realmente não sei...

Solto o ar, sem ao menos notar que estava o prendendo e Shawn se aproxima mais, nos deixando a milímetros de distância. 

Fecho meus olhos por uma força desconhecido e segundos depois sinto seus lábios tocarem os meus, me trazendo o doce gosto do morango dos mesmos, devido ao suco recentemente ingerido. 

Ergo minha mão até sua nuca e a repouso no local, sem deixar que isto afete o carinho tão apreciado que nossas línguas se dão e recebem. 

Ele se mostra tão experiente nisto, como nenhum jamais me mostrou, sem dúvidas algo que não esqueceria tão cedo. 

Seu perfume exoticamente amadeirado invade as minhas narinas, sendo um dos culpados pelo arrepio que sobe pelo meu corpo no momento, seguido por sentir suas firmes mãos em minha cintura. Mas ao contrário do que eu pensava e até mesmo queria, ele nos afasta, não de forma grosseira e brusca, e sim de maneira delicada. 

Seguro com todas as minhas forças existentes o sorriso tímido, que sempre se mostra quando não é bem-vindo.

— Me desculpe. — Seu tom é atordoado e talvez aflito. Se ele ao menos soubesse o quanto eu gostei disto. — Eu não deveria ter feito isto com voc... — O calo com os lábios, desta vez não tão carinhoso quanto da primeira, mas também nada agressivo ou intensivo. 

Minha mão esquerda sobe pelo seu tronco e novamente se posiciona em seu pescoço, o impedindo de se afastar. 

Não ligo para o quão errado isto pode parecer, eu só quero apreciar a doçura predominante em seus lábios, ou qualquer outro canto da sua boca.

Suas mãos grossas apertam minha cintura me levando para mais perto de si, e com simples ato meu corpo se manifesta de maneira descomunal, espalhando sensações por seu todo. 

Arranho sua pele esbranquiçada da nuca e seus músculos rígidos se contraem. Um ponto para mim, contra mil para ele. 

— Droga. — Murmura entre meus lábios e sorrio, com o seu desespero. Acho que toda a minha prática desastrosa com Logan do clube de química, resultaram em algo. Shawn morde meus lábios e arfo, em resposta a algo tão maldoso. 

De forma quase que brusca, Shawn me afasta dos seus lábios, agora bem mais avermelhados que o normal. 

O ato repentino me assusta e deixa ainda mais minha respiração ofegante, enquanto arregalo levemente meus olhos, o encarando. O que fiz de errado?

— Vou levá-la para sua casa. — Seu tom se torna sério e até mesmo frio, que para mim é algo novo nele. 

Shawn me dá as costas e sai do vagão. Pisco cerca de três vezes e caio na real. Qual é o meu problema? Droga! Eu sempre estrago as coisas. 

Corro atrás do mesmo, que já se aproximava do seu carro e toco seu ombro, o fazendo parar no mesmo instante. 

— Sr. Shawn...

— Espero que se esqueça disso, e mantenha sua boca fechada sobre seu último ato. - Eleva seu tom e engulo à seco tudo que é dito a mim, soltando seu ombro às pressas. 

Você mereceu essa, Steinfeld...


Notas Finais


Eai? Gostaram?
Rolou beijo, o que acharam? Estou bem anciosa pelas respostas.
Muuuito obg pelos comentários do capítulo passado e tudo mais, eu ficou muito feliz em saber que vcs estão gostando da fic ❤

Bjs, até o próximo!


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