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História The Nanny With Benefits - Ele é um bom homem.


Escrita por: DAlighieri

Notas do Autor


Olá, raios de sol!
Voltei e desta sem atrasos, algo raro, né? sksks

Boa leitura...

Capítulo 4 - Ele é um bom homem.


Fanfic / Fanfiction The Nanny With Benefits - Ele é um bom homem.

Não estou arrependida ou magoada, só me sinto profundamente envergonhada pelo que fiz. Ele tem todos os motivos para estar furioso comigo, afinal, qual é o meu problema? Mas bem, foi recíproco.

Shawn apoia seu cotovelo na janela e aperta o volante com sua mão vaga, mantendo seu olhar fixado na estrada calma, à duas ruas da minha casa.

Ele estava sendo tão gentil comigo, e eu estraguei isso. 

Acho que estou errada de me culpar tanto assim... Não se beija sozinho. 

Me remexo no banco, agoniada com o silêncio vergonhoso, causado pelos meus impulsos pervertidos. 

O carro espaçoso e exuberante, estaciona em frente à minha casa e tento abrir a porta, mas a mesma está tragicamente travada. 

— Desculpe. — Pede e engulo seco, franzindo meu cenho em uma mútua confusão. Eu que deveria pedir. — A culpa não foi sua. — Pela primeira vez no nosso percurso, Shawn dirige seu olhar culpado para mim. — Eu só fiquei nervoso, sabe eu poderia ser o seu pai. — Não, ele não poderia. — Me perdoe. — Pede novamente em um suspiro e destranca a porta.

— Está tudo bem. — Sorrio sem mostrar os dentes, por puro nervosismo que o momento e os fatos me proporcionam. — Obrigado por tudo, tchau. — Tento novamente sair de seu carro, mas dessa vez é Shawn que me impede ao segurar meu pulso. Eu só quero me esconder pro resto da minha vida. Seria possível?

— O seu pagamento. — Solta o pouco aperto e pega sua carteira. É lógico, que seria meu pagamento... O que mais eu poderia esperar?

Shawn retira algumas notas altas, talvez em uma quantidade excessiva e me entrega. 

— Acho que você me deu a mais. — Ele sorri de lado e nega. 

— Pode ficar, você fez um bom trabalho, e ainda um extra na minha cozinha. — Meu rosto queima e aperto meus olhos, agora fechados, por alguns segundos. — Obrigado por isso também, mas acho que Beth não gostará de saber que alguém mexeu na cozinha dela. — Tenta descontrair o clima tenso, tristemente falhando.

— Peço desculpas por isso também. Eu não consigo controlar esse "tic" direito. — Bagunço meu cabelo e solto um suspiro frustrado. 

— É uma boa qualidade, preserve-a em si. — Sorri e faço o mesmo, observando seu ato tão natural, mas de uma beleza descomunal. Foi a primeira vez que alguém não me chamou de louca por isso. 

— Tchau, Sr. Mendes. — Me despeço novamente, mas não movimento um músculo do meu corpo para sair do seu carro. 

Shawn se despede com um aceno e mesmo assim não me movo, continuando a observar seus contornos bem feitos. 

— Hailee? — O homem me chama e eu pisco diversas vezes, saindo do meu transe. — Você está bem? — Coro e pego minha mochila. 

— Estou, só gostaria de dizer, que quando achar necessário pode me ligar, eu realmente gostei muito do Johnny, adoraria cuidar dele mais vezes. — Sorrio e ele assente. 

— Ligarei. — Se aproxima do meu rosto e congelo por instantes, até sentir os lábios macios de Shawn em minha bochecha, em um beijo casto. — Tchau. — Se afasta e com o rosto em chamas, saio do carro e fecho a porta com calma, correndo pelo gramado bem cuidado da minha casa. Quando fiquei tão envergonhada? 

Pego minha chave e destranco a porta, passando pela mesma em seguida. Só quero minha cama e talvez eu não levante nunca mais. 

— Finalmente querida, fiquei preocupado. — Meu pai se levanta de sua típica poltrona reclinável e meu irmão comete o mesmo ato do sofá mais próximo. 

— Ah, me desculpe. Sr. Mendes me levou em uma lanchonete. Ele é um bom homem. — Sorrio e meu pai assente, passando por mim e beijando o topo da minha cabeça latejante. Nunca tive o que reclamar quando o assunto eram os meus familiares, somos pacíficos em relação aos aspectos da vida e sociedade. E além do mais, não faço o tipo de filha revoltada na puberdade. 

Aaron enfia suas mãos nos bolsos e vem em minha direção. Lá vem... 

— Eu gostaria de terminar a conversa de hoje mais cedo. — Passa a língua por seus lábios levemente rachados. — Eu fiquei curioso e... Por que sua boca está tão vermelha? — Muda de assunto repentinamente e levanta meu queixo analisando minha boca, enquanto arregalo meus olhos e mentalmente, crio mil desculpas para este fato. — Voltou com aquela mania estranha de ficar mordendo os lábios? — Afasta suas mãos de mim e suspiro aliviada. 

— É. — Sorrio de lado e ele nega em reprovação. — Juro que dessa vez não irei cortar minha boca com os dentes. — Cruzo os dedos e ele sorri. Graças a Deus, não tenho um irmão maníaco perseguidor...

— Você e suas manias. - Bagunça meus cabelos e bato em sua mão, ajeitando os fios desalinhados. — Mas voltando ao assunto...

— Aaron, nós podemos falar sobre isso amanhã? — Quase imploro. — Eu estou tão cansada. Teremos o dia inteiro e o resto das nossas vidas para falarmos sobre as loucuras de uma adolescente, que no caso é minha amiga e muito afim de você. — Droga, falei demais. 

Fecho meus olhos com a mesma força que aperto minhas mãos em punhos. Viro e dou de costas para o garoto atrás de mim, correndo até as escadas. Chlöe vai me matar! 

— O QUE!? HAILEE! VOLTE AQUI! DROGA, NÃO ME DÊ AS COSTAS! — Grita e ouço a voz calma de mamãe o repreender da cozinha, enquanto continuo a subir os degraus. Parece uma jornada gigantesca, até meu quarto. 

— BOA NOITE. — Grito para meus os familiares e sou respondida em coro pelos meus pais, enquanto Aaron responde apenas um "Teremos uma longa conversa amanhã!", quando finalmente bato a porta do meu quarto. 

Que dia...
  

 [...]

Solto um grito ao abrir meus olhos e ver Chlöe em cima de mim, com suas mãos em meu pescoço, apertando sem tanta força. 

— EU VOU TE MATAR, STEINFELD! — Escandaliza e me balança, enquanto tento me soltar de seu aperto, que começa a me incomodar. — VOCÊ QUER ACABAR COM A MINHA VIDA!? — Esbraveja e pelo canto dos meus olhos vejo Aaron adentrar o meu quarto e a tirar de cima de mim. Mas... O quê?

— Qual é o seu problema? — Pergunto me sentando na cama. Ela suspira e me olha e depois volta a olhar para o meu irmão, a segurando e apenas com esse ato já sei que ela provavelmente quer uma conversa privada da presença do garoto atrás de si. — Aaron, pode nos deixar a sós? — Sou educada o suficiente para não exigir algo em explícito para ele, mas se o mesmo tiver um pingo de bom senso, sairá. 

— Mas esse assunto me envolve. — Ergo minha sobrancelha como um estalo mental, entendo o assunto que seria provavelmente discutido. Será que é de família não conseguir manter a língua presa na boca?

— Por favor. — Peço e o mesmo com certa relutância cede ao meu pedido apelativo. 

Ao ver a porta se fechar, Chlöe se senta ao meu lado na cama e suspira. 

— Você disse pra ele. — Murmura e esfrego meus olhos sem exercer tanta força. — Não tinha este direito.

— Me perdoe, simplesmente saiu. — Bufo. — Sou uma péssima amiga. Droga! — Ela nega e logo sorri, minimamente, mas ainda sim um doce sorriso. Nunca falaria algo sobre si para machucá-la. 

— Tudo bem. — Ajeita seus cabelos dourados, visivelmente macios e conserta sua postura ereta. — Não é como se isso de fato fosse mudar algo. — Dá de ombros e suspiro. 

— Você é tão linda, dona de uma autoconfiança invejável, o que aconteceu com isso? 

— Eu realmente gosto dele. — Se joga para trás e puxa minimamente os cabelos agora desarrumados. — É como se um muro estivesse separando em dois, o que eu sou ou o que eu era. — Quando abro minha boca para lhe dizer alguma das minhas diversas frases de apoio, meu celular vibra.

Me estico até o pequeno criado mudo e o recolho em mãos. 

Número desconhecido?

Atendo a ligação e direciono o aparelho simples até a minha orelha.

— Hailee! Sou eu, o Johnny. — Sorrio instantaneamente ao ouvir a voz fofa e infantil do garotinho. Eu realmente gostei dele. 

— Olá. 

— Eu só queria saber se você já se esqueceu de mim? — Sua voz carrega uma forte desconfiança e uma certa dose de medo. Chega a ser fofo.

Creio que o garoto se apegue fácil as pessoas, ou alguma figura feminina, por ter crescido sem uma personalidade materna, ao seu lado. 

— Nem se eu quisesse, Mendes. — Ouço sua risada fina e logo uma voz de fundo. Shawn. — Aproveitando seu final de semana? — Questiono por pura curiosidade e o garoto solta uma leve bufada.

— Não, Nina não me deixa em paz. Ela aperta de meia em meia hora as minhas bochechas. Estão doloridas. — Reclama e riu controladamente, mas mesmo assim chamando a atenção da garota aérea ao meu lado. Parece que Chlöe não é a única neste fã clube.

— Você deveria conhecer a minha amiga, ela é sobrinha da Nina e mora com ela. — Ele murmura algo surpreendido e Chlöe franze seu cenho. 

— Como ela sobrevive? — Pergunta humorado. A inteligência deste garoto é demasiadamente elevada para alguém de sete anos. — Mas bem, quando poderá vir aqui? Eu tenho uma piscina enorme no jardim e acho que seria ótimo usá-la uma vez pelo menos neste ano. — Questiona animado e mordo levemente meus lábios secos. Eu estaria mentindo, se dissesse que não passou pela minha mente conturbada, de uma adolescente com hormônios a mil, que eu poderia novamente ver o pai do garoto.

— Assim que seu pai precisar dos meus serviços. — Chlöe se aproxima do aparelho e coloca sua orelha rente a sua parte traseira, na intenção de ouvir alguma parte da nossa conversa. 

— Ele vai. — Assim que termino a frase, Johnny completa. — Amanhã! Pode ser? 

Sorrio pela animação explícita, que aos poucos me contagia. Mas tenho plena certeza que não são pelos mesmos motivos. 

— Por mim, tudo bem. — Dou de ombros e recebo uma cotovelada da loira ao meu lado, a qual ignoro. — Mas realmente acho que seu pai não irá precisar. 

— Ele provavelmente passará o dia inteiro no escritório, como sempre. — Há desapontamento em seu timbre fino. — Ele nem vai se importar... Não é mesmo, papai? — Pergunta e engulo seco só de pensar no homem que possivelmente está próximo do garoto. 

— Johnny, não chateie a garota, ela tem uma vida sabia? — Pronúncia uma voz de fundo que identifico ser de Shawn. 

— Tudo bem, eu não tenho exatamente nada para fazer amanhã. — Sorrio, mesmo que ele não possa ver. 

— HEY! — Me cutuca Chlöe, como se pedisse com seus olhos profundos que me lembrasse de sua presença. E no momento me recordo que havíamos marcado de ir ao cinema, ver um novo filme de uma das melhores trilogias do mundo. Em minha opinião.

— Sua amiga pode vir também. — Inclui o mais novo e arregalo um tanto meus olhos. Não sabia que ele poderia ouvi-la. 

Chlöe faz um gesto de negação e suspiro. Realmente não seria a melhor opção.

— Não queremos incomodar. — Garanto. 

— Eu adoraria conhecer a sobrinha de Nina. — Shawn se pronuncia. Calma ele está ouvindo tudo?

— Estamos no viva-voz? — Questiono, tentando camuflar o meu incômodo. 

— Sim, na verdade é o meu número. — Me responde diretamente, pela primeira vez. 

Meu rosto se esquenta e o cubro com a almofada mais próxima de cor clara e aveludada. Por que estou corada?!

— Não podemos, iremos ao cinema amanhã. — Chlöe responde por mim e retiro o objeto decorativo do meu rosto, a lançando um olhar um tanto misto. Nem eu sei identificá-lo.

— Legal, então bom passeio para vocês.  — Deseja claramente tristonho e me sinto mal por isso. — Tchau meninas.

— Até mais, Johnny e Sr. Mendes. — Me despeço ouvindo um "Tchau" de Shawn que agora parece mais próximo. 

Ao desligar a chamada, viro meu rosto para Chlöe que no momento cerra seus olhos em minha direção, em completa desconfiança.

— O que foi agora? — Reviro os meus sem tanta paciência para expandir pela camada incógnita do ambiente. 

— O que exatamente rolou nesse "bico" de babá com o filho do chefe gato, que no caso todas as mulheres gostariam de ter? — Questiona, deixando esvair sua curiosidade em excesso. Engulo seco e mordo com certa força meus lábios ressecados. Deus! Oque responderei?

Reflito por alguns segundos e concluo que a melhor resposta seria...

— Nada. — Dou de ombros. 

— Fala sério! Você deixou o chefe gostoso da minha tia passar? — Entreabro meus lábios realmente surpresa pelo dito. 

— Deus! Chlöe! Tenha respeito, ele é bem mais velho que eu. — Mesmo que fato tenha acontecido algo momentâneo entre nós, me sinto até mesmo ofendida pelo comentário. Pensava não aparentar ser esse tipo de garota.

— Estou brincando, você não faria isso, digo isso porque nem eu teria tão baixo calão para isto. — Solto um sorriso forçado, que transborda nervosismo e vergonha. Sim, eu tenho...

— Claro.

 [...]

— Mãe, mande Aaron nos deixar em paz. — Apelo para a força superior que se encontra mais próxima. 

— Aaron, cale a boca e coma, sua comida irá esfriar. — Papai a repreende e em troca recebe um "obrigado"do primogênito da família. — Cale-se você também. — Papai solta uma risada nasal e foca sua atenção na comida. É clara a escala de poder nessa família.

— Eu só quero saber se a Chlöe... 

— Chega! Podemos comer em silêncio? — Peço e Chlöe vermelha como um pimentão, bebe seu suco de laranja, quase que pela metade, demonstrando o quão nervosa está. 

— Estava falando com ela, não com você. — Dá de ombros e o fuzilo mentalmente, me preparando para começar a terceira guerra mundial na nossa mesa de almoço. 

— Depois de velhos começaram a se estranhar? Vocês nunca foram assim, não mudaram agora. Sem brigas! — Mamãe interrompe e pela primeira vez o silêncio predomina o ambiente da sala de estar. Ela tinha razão, nunca brigamos, na verdade sempre fomos unidos, não mudaremos isso agora.

— Me perdoem por ser o motivo da briga, Sr. e Sra. Steinfeld. — Pede Chlöe claramente incomodada. 

— Que isso querida, a culpa não é sua, é da infantilidade juvenil de ambos. — Papai a conforta e em seguida intercala seu olha entre seus dois únicos filhos. Já sabemos o que fazer. 

— Desculpa. — Pedimos ao mesmo tempo. Aaron sorri e aperta levemente minha bochecha. 

— Tá desculpada, estranha. — Faço uma careta pelo apelido que nos acompanha desde pequenos. Eu realmente nem ligo mais. 

— Não estraga. — Ouço a risada dos outros a nossa volta e não perco tempo para "devorar" a refeição em meu prato.


Notas Finais


Nem irei dizer meu bordão de sempre porque, com toda certeza, este capítulo está um grande desastre, sem nada de interessante ou atrativo, porém tenho que avisar que capítulos assim serão necessários para o desenrolar da estória, ok, manas? E aproveitem a calmaria, pois logo mais o "bicho" vai pegar fogo... 👀
Muito obrigada por todos comentários e favs vocês já moram no meu coração.

Bjs, até o próximo.


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