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História The new Age - The book


Escrita por: Starofnight

Notas do Autor


Capitulo novo meu povo! Não sei quando irei postar o próximo, só avisando, minas provas começaram e 3º é foda. Então aproveitem, mas prometo fazer o possível para postar pelo menos um por semana ;)

Sobre a capa: Essa foto vocês vão entender depois, mas para o final do capítulo, e mesmo que não tenham muito haver, foi a única que eu achei que representava o momento. Então não a levem a sério!

Sem mais delongas... Boa leitura!

Capítulo 9 - The book


Fanfic / Fanfiction The new Age - The book

P.o.v Mar'i Grayson

Eu o vi deixar a mansão pela janela do meu quarto e não pude deixar de sentir ódio. Aquele garoto era tão repugnante, metido, mandão... E o pior disso tudo - beija bem. Não eu queria admitir, mas já admiti, não tem como voltar atrás agora. Eu observei o carro preto esportivo se afastar e aproveitei para voltar à caverna. Se tinha algo que eu odeio é me sentir presa, enquanto ele podia sair, eu ficava aqui, como uma prisioneira.

Eu iria treinar, iria provar para aquele mal-criado que eu não precisava dele, que eu era forte e sabia me defender sozinha. Não sei porque aceitei fugir com ele. Estava tão maravilhada com a chance de descobrir algo sobre meu passado, sobre minha mãe, que não medi os meus atos, agora não há mais volta. Mesmo eu tendo todo esse remorço, nada se compara aquele momento na caverna. Aquele... Safado! Ele se abusou de mim, abusou da minha inocência e da minha vulnerabilidade. Não! "Você quis isso, Mar’i. Você também errou quando o beijou." Sim, era verdade, nós dois erramos, e era um erro que eu queria experimentar de novo.

NÃO! Mar’i se controla! Você está aqui para descobrir mais sobre você e sua mãe, não para se envolver com um vigilante. Minha relação com Damian deveria ser estritamente profissional e nada mais. E eu precisava me concentrar nos meus objetivos e manter o foco, nada iria me dispersar novamente.

Quando desci pelo elevador da caverna, fui até o centro de treinamento para lutar. Mas lá ia a minha mente moribunda mexer aonde não deve. Me lembrei de nós ali... Se pegando naquele chão gelado. Porém outra coisa também veio na minha cabeça... Dor, angústia, tristeza, sofrimento. Aquelas imagens voltaram na minha mente, causando uma forte dor instantânea. O rosto de uma mulher ficou marcado na minha cabeça. Cabelos castanhos longos, roupas pretas coladas e... Olhos verde-folha, idênticos aos de Damian. Não havia erro, eu conhecia aqueles olhos, porém os dele tinha algo diferente dos dela, mas eu não sabia dizer o quê.

Quem seria ela? A mãe de Damian? Eu não estava em condições de perguntar nada a ele depois daquela situação - nossa relação ficará complicada daqui para frente. E além do mais, ele também faria um monte de perguntas sobre: "Quem te disse isso?" "Como você viu minha mãe?" "Como isso é possível?" E mais outras.

Comecei a socar aquele saco de pancadas, ele era bem pesado, mas eu o lançava com facilidade de um lado para outro. Eu começava a sentir raiva, de mim, de Damian... Do meu pai. Tudo seria mais fácil se ele tivesse contado a verdade. Tudo! Toda aquela situação... era demais para minha cabeça assimilar ao mesmo tempo, parecia que ela iria explodir.

Apanhei uma espada que ficava em cima do balcão e comecei a lançar golpes com ele. Peraí! Desde quando eu era espadachim? Aquilo foi tão do nada que me pegou de surpresa. Abandono a espada no lugar em que a encontrei e retorno para o saco de pancadas.

Escuto o estalo daqueles pesados portões de ferro se abrirem, e o carro esportivo atravessar parando em um canto escuro. Damian saiu do carro e logo me encarou treinando, não dei bola e continuei socando. Pude ouvir o barulho de sacolas, ele provavelmente tinha feito compras.

—Treinando? —Ele perguntou e eu não respondi. Continuei ali, socando e controlando minha raiva e meus impulsos. —Não vai me ajudar com as compras? —Pergunta de forma cínica. 

Reviro os olhos e caminho até o carro para ajudá-lo, eu podia sentir seus olhos sobre mim, mas não liguei, nem sequer olhei para ele. Eu sabia que nosso relação não poderia ficar assim, mas por hoje, já basta de conflitos.

—Se continuar a lutar assim, terá sérios problemas nas costas. —Comenta apanhado o restante das compras e trancando o carro.

Eu o encaro, não conseguindo esconder certa fúria - Ele era tão metido a sabe-tudo às vezes.

—Sério? Eu não sinto nada, apenas a dor da sua arrogância. —"Toma! Mexeu comigo levou."

Ele dá um riso abafado e sarcástico. —Estou apenas tentando ajudá-la.

"Sem paciência para seu joguinhos hoje, Damian."

—Não preciso de sua ajuda, posso me virar sozinha. —Digo dando as costas e caminhando até o elevador. —Além do mais, pude provar que posso fazer tudo o que faz.

—Aquilo? —Indaga apontando para a área de treino. —Não é nada comparado ao que eu realmente posso fazer. Fui treinado para ser o melhor!

Suas últimas palavras escaparam de sua boca, pude perceber o remorso, segundos depois de dize-las. Eu não entendia, e quanto mais me esforçava para afastar qualquer pensamento sobre isso, mais minha curiosidade fica instigada a descobrir mais sobre Damian.

As imagens voltaram a minha cabeça com violência.

 

—Muito bem, meu neto. —Elogia um senhor de vestes verdes longos, cabelos longos e grisalhos. Este parecia orgulhoso enquanto encarava um pequeno garoto de, no máximo, 8 anos de idade. —Você será o líder perfeito para a nossa Liga.

Ele aponta para o chão abaixo daquela muralha de pedra, milhares de homens vestidos de preto, que mais pareciam ninjas, treinavam aos pés da montanha.

—Você é meu herdeiro Damian, e não há nada que mude isso. —Diz o homem de forma astuta e grandiosa.

Era Damian ali, eu não podia acreditar. Ele estava tão diferente que não parecia ser ele mesmo. 

—Eu sou seu, vovô. —Ele ajoelha-se na frente do homem entregando sua espada. —Para sempre. 

O homem sorri ainda mais orgulho e pede para que ele levante-se, admirando tudo aquilo com grandeza. Pude sentir aqueles olhos verdes-folha do garotinho estivessem em mim, arrepiando-me até a espinha.

 

—Mar’i! Você está bem? —Questiona Damian encarando-me assustado, o que me fez despertar daquele pesadelo. 

Aqueles olhos... Eram os mesmo, não havia dúvidas. Ele estava mudado, não só fisicamente - afinal ele não é mais uma criança - só que de uma forma a mais, sua alma estava mudada. Eu podia sentir isso.

—Tudo bem, não foi nada. —Minto. Eu precisava saber o porquê daqueles visões sobre Damian, porém eu tinha que fazer aquilo sozinha. Aquela seria a minha missão.

Subimos pelo velho elevador até a mansão abandonada. Vou até a cozinha onde deixo as sacolas em cima do balcão, e saio de lá o mais rápido possível, encarar aqueles olhos verdes-folha novamente seria tortura demais. Subo até meu quarto, tranco a porta e respiro fundo.

Eu precisava de um banho, e rápido, somente um bom banho poderia me fazer relaxar e pensar no que fazer com meu "segredo" - não era bem um segredo, eu só estava omitindo uma informação confidencial para mim. Eu precisa de uma tempo para mim, e nada melhor que um bom banho.


Bludhaven

Dick andava de um lado para o outro naquela sala de hospital, ele estava tão nervoso e amedrontado que mal podia respirar, sua mente só pensava em uma coisa. Ele estava sozinho, esperando por respostas que não vinham nunca, deixando-o ainda mais nervoso.

A porta dupla abre-se, revelando um homem verde, uma mulher de moletom e saia cumprida, apresentando uma enorme barriga de gestante, e um homem metade máquina e metade ele mesmo, bem mais alto que os dois. Também estavam um garoto de casaco vermelho de mãos dadas com uma garota loira vestida com uma calça jeans de cintura alta e um cropped.

—Nenhuma resposta cara? —Pergunta o homem mecanizado. 

Dick nega.

—Como assim? Eu preciso saber o que está acontecendo lá!

—Se controla, Gar. Nem é a nossa vez e você já está surtando. —Repreende a mulher que passava sua mão na sua barriga de cinco meses. Todos riem, menos Garfield.

—Quando for minha vez, eu irei junto com você. —Assegura Garfield batendo o pé.

—Nem acredito que vocês vão ter bebês juntos. —Comenta a loira achando graça naquilo.

—É porque Garfield é um recalcado, não aquentou ver o Dick feliz, que já quis roubar a felicidade dele. —Comenta aquele ciborgue zoando o amigo verde.

—O que a Steph está querendo dizer... —Pronuncia o garoto que estava de mãos dadas com ela. —É que vocês são tão amigos, que terão filhos juntos.

—Obrigada Tim. —Agradece Garfield. —Pelo menos alguém do meu lado. —Ele recebe uma cutucada da garota pálida ao seu lado.

—Onde estão os outros? Bruce virá? —Pergunta a mulher grávida.

—A maioria está em missão. E Bruce está sempre muito ocupado com missões secretas e com seu novo Robin. —Responde Dick sem esconder uma certa tristeza por não ter seu pai adotivo ali com ele.

—A quanto tempo ele sabe que você vai ser pai? —Questiona Tim.

—Não faz muito tempo. Eu não queria contar à ele. —Confessa Dick de braços cruzados.

—Dick, não fique assim. —Insiste Stephanie. —Nós conhecemos Bruce e sabemos que ele é um cara difícil, mas ele é seu pai.

—Obrigado Stephanie, mas eu estou bem. Eu só não estou aguentando a espera para saber o que acontece naquela sala.

Nesse momento, uma mulher de jaleco branco abre a porta dupla atrás do grupo, carregando uma prancheta e caminhando até eles, com um belo sorriso estampado em seus lábios.

—Então enfermeira? Como elas estão? —Pergunta Dick ansioso e preocupado.

—Elas estão bem. O parto foi um sucesso. —Um suspiro de alívio é ouvido pela maioria do grupo. —O senhor só terá que pagar os concertos que sua esposa fez na ala hospitalar.

Dick riu torto. Kori sempre lhe dando prejuízo, mas ele gostava dela assim.

—Então moça? Podemos vê-las? 

—Creio que o pai seja o primeiro a entrar. —Responde a enfermeira, enquanto Rachel lança-lhe um olhar mortal.

—O que foi? Eu vou ser o padrinho. —Diz Garfield em sua defesa, e eles riem.

Dick caminha junto a enfermeira até o quarto mais afastado daquele corredor, o cheiro de fumaça estava no ar, Dick já imaginava que a dor deveria ser forte e que contratempos poderiam ocorrer, mas nada apagaria aquele sorriso dos lábios do novo papai.

Ao entrar no quarto, encontra tudo revirado, um forte cheiro de queimado e os lençóis pretos. Contudo seus olhos foram diretamente para aquela mulher de cabelos vermelhos que lembravam o fogo e que carregava um pequeno embrulho em seu colo.

—Veja Mar'i. É o papai. —Diz Kori para a recém-nascida em seu braços quando Dick senta-se na sua frente. —Quer segurá-la?

Dick assente e com muita delicadeza, Kori entrega a recém-nascida para seu marido. Ele encarava maravilhado sua filha, tão pequena e tão frágil, seus olhos fechados, a pele bronzeada e alguns fios negros de cabelo. Era a coisa mais linda e preciosa que ela já vira na vida.

—Ela está dormindo. —Informa Kori encarando o quanto Dick estava apaixonado pela filha dos dois.

—Minha Mar'i Grayson, mamãe adoraria o nome. —Uma lágrima de emoção escorre pelos olhos azuis do homem.

—Está triste? —Pergunta Kori vendo as lágrimas do marido.

—Não Kori, estou chorando de emoção. Emoção por agora sermos uma família. —Kori dá aquele sorriso apaixonante, que fez Dick apaixonar-se no momento em que a viu.

Foram tantos problemas, tantos desafios que passaram juntos, e lá estavam eles, carregando o fruto desse amor. Kori abraça e beija o marido, sem esconder a felicidade de tê-lo ali naquele momento tão especial. 

Eles estavam felizes e nada mais importava.

 

—Dick! —Exclama Garfield entrando sem qualquer aviso no quarto do amigo. 

Dick estava perdido em seus pensamentos enquanto encarava a noite que que caía pela janela, nem percebeu a presença dele ali. Garfield encara o ex-líder pelo reflexo do vidro, vendo a tristeza em seus olhos azuis.

—Você está chorando? —Pergunta encarando-o.

Dick desperta e limpa uma única e solitária lágrima que escorria pela sua face. Ele não queria que o amigo o visse nesse momento de fragilidade.

—Não, claro que não. —Nega veementemente ainda encarando a pouca movimentação do bairro. —Eu estava me lembrando do dia que Mar nasceu. —Diz dando um fraco sorriso.

—Eu me lembro desse dia. —Garfield dá uma risada abafada. —Kori quase destruiu o hospital, você quase teve uma crise nervosa, eu com a minha ansiedade atacando e a... —Ao lembrar-se da ex-mulher, Garfield cala-se. 

Para ele ainda era difícil tocar no assunto sobre Ravena, assim como era para Dick falar de Kori, porém em seu caso era pior. Contudo, ele não se fechou ao mundo como fez Dick, ele tinha Caleb e tinha que cuidar dele, mesmo não sendo um pai ideal, compartilhava a dor de sua perda com o filho.

—Eu também sinto a falta dela, Gar. —Confessa Dick cabisbaixo, e Garfield o encara surpreso. Ravena era um assunto delicado entre eles.

—E eu também quero que a Mar’i volte. —Diz Garfield voltando a sorrir e mostrar-se confiante. —Mas para isso você precisa descansar.

—Eu já dormi. —Responde Dick ainda olhando para o lado de fora.

Uma parte de si, bem pequena, acreditava que a qualquer hora a filha apareceria por aquela rua e voltaria para casa.

—Não de verdade. Tim me contou que você dormiu no máximo umas duas horas.

—Eu não posso dormir enquanto não souber onde minha filha está. —Diz batendo o pé.

—Eu entendo, também não consigo pensar em mais nada que não seja Mar’i.—Continua Garfield indo até o amigo e colocando sua mão em seus ombros. —Eu sou o padrinho dela, e ela também é como uma filha. É da família.

—Você estava certo, Gar. —Diz Dick mudando de assunto, mas mantendo o ar pensativo.—Fui longe demais com isso. Agora eu estou pagando o preço.

—Todos nós erramos ao aceitar isso, Dick. Não jogue tudo nas suas costas. —Dizia Garfield fazendo o amigo de cabelos negros virar-se. 

Ambos olham-se um nos olhos do outro - verde no azul.

—E como estão as coisas lá em baixo?

—Tim está tentando contatar alguém que possa nos ajudar. E Bruce irá voltar para Gotham. —Dick bufa cansado e desanimado, sabia que era em vão trazer o pai para Bludhaven. —Não fique assim. Ele vai voltar porque parece que alguém invadiu o sistema da Wayne Enterprises.

Dick abriu a boca surpreso. —O que!? Mas como e quem?

—É isso que Bruce irá descobrir. —Responde Garfield.

Dick volta a ficar pensativo, colocando sua mente de detetive para funcionar.

—Seria Mar’i?

—Impossível. Você sabe que ela nunca levou jeito para computadores. —Assegura Garfield, e ele tinha razão. 

Eram coisas demais acontecendo, e Dick sentia-se como se sua cabeça fosse explodir com tudo isso. 

—Vamos descer. —Chama-o. —Caleb está aí e está cheio de perguntas. Acho que você é o melhor para fazer isso.

Dick assente. Mas a única coisa em que ele conseguia pensar era em sua filha, na sua Mar'i. Ele havia errado, mas agora já era tarde demais para voltar atrás, ele não havia errado só com Mar'i, havia errado com ele também. E pior... Havia errado com Kori.


P.o.v Mar'i Grayson - Gotham City

Tomei um banho longo e demorado, pude finalmente relaxar e respirar um pouco. Sequei meus cabelos, vestia um shorts jeans e um cropped preto, enquanto sentia meu estômago roncar. Desço as escadas da mansão até a cozinha, dando de cara com Damian. Ele havia feito macarronada.

—Achei que tivesse morrido lá em cima. —Diz em tom irônico.

Eu encaro o lado de fora pela janela, quando subi ainda estava claro, agora já deveria ser umas oito da noite.

—Que engraçado você. —Satirizo fingindo achar graça.

Me sento no balcão já me servindo daquele macarronada - parecia deliciosa.

—Precisamos conversar. —Bufo impaciente. Se fosse sobre o beijo, eu iria me matar. —Eu sinto muito por hoje mais cedo.

E lá vamos nós nesse assunto de novo.

—Eu acho que você já deixou claro seu ponto de vista. —Respondo grossa. 

—Eu errei... Duas vezes. —Acrescenta. —Por isso, pensei em lhe dar isso. —Ele empurra um livro grosso de capa vermelho, com um logo em dourado escrito TT, na minha direção.

—O que é? —Pergunto apanhando o livro.

—Abra e virá. —Diz fazendo mistério. Abro-o e encaro a primeira folha, vendo uma foto de um grupo de jovens, todos sorriam para a foto, e no fundo uma torre em formato de T.

Do lado esquerdo, um de cabelos negros e um macacão com uma ave no peito em azul - reconheci pelo sorriso, era meu pai bem mais novo -, logo vinha um ruivo com roupa vermelha e um arco-flecha, depois um outro com roupa e máscara vermelha mesclado com amarelo, uma garota de pele escura, usando um traje que mais lembrava uma abelha, estava de mãos dadas com um homem meio robótico, o mais alto de todos, possivelmente namorados. 

No meio, tinha um garoto de cabelos negros, uma máscara parecida com a do meu pai, roupa vermelha e preta, ele era o mais novo de todos. Ao seu lado estava um garoto totalmente verde, com o sorriso icônico de meu tio Garfield - eu nunca tinha o visto daquela forma -, ele estava apoiado sobre uma garota de pele pálida, cabelos negros na altura dos ombros, com roupa e capuz roxo, que encarava meu tio com desaprovação. E na extrema direita estava uma garota alta, e ela se parecia exatamente comigo, tirando apenas os cabelos ruivos e a pele bronzeada.

—Essa é minha mãe? —Pergunto apontando para a imagem, emocionada. Ela era tão linda.

—Sim, essa é Koriand’r. —Sorrio encantada, com meus olhos marejados de emoção - era ela, eu mal podia acreditar.

Meu pai não tinha nenhuma foto da minha mãe em casa, ele recusava qualquer coisa que a lembrasse, aquela era a primeira vez que vejo algo dela, que tenho uma imagem real da minha mãe, não apenas lembranças confusas e distantes. Era a minha mãe... A minha mãe!

—A deixarei a sós. —Diz Damian deixando a cozinha.

Começo a folhear as páginas rapidamente, aquilo era um álbum de fotografias dos Jovens Titãs - era essa o nome escrito na contracapa - em muitas apareciam minha mãe e meu pai juntos, além de tio Gar e a garota pálida. Enquanto vasculhava o álbum, um cartão escorrega do meio dele, apanho e pude perceber a letra de mão e um nome escrito nele.

Koriand'r, com muito amor

Era possível sentir o cheiro de um perfume que ela passou no cartão, aquele era o melhor dia da minha vida - mesmo com os acontecimentos de mais cedo - era como se eu pudesse sentir minha mãe ali comigo.

Quando abri o cartão, a luz se apaga de repente, fazendo-me levantar bruscamente da cadeira do balcão, assustada. O vento sopra pela janela aberta e a escuridão reinava não só a cozinha, mas também em toda a mansão. Pensei em chamar Damian, mas poderia ser pior, eu só tinha que manter a calma. Caminho silenciosamente até o interruptor, ascendendo a lâmpada. Não acreditava que aquilo daria certo, mas quando as luzes se ascenderam novamente, dei de cara com um garoto de macacão preto colado, máscara de gato, cabelos loiros e olhos cinzas. Antes que eu pudesse gritar, ele leva as mãos na minha boca, abafando meu grito de susto.

Segundos depois ele me solta, dando um sorriso tímido para mim.

—Quem é você? 


Notas Finais


E aí? O que acharam? Muito fofo esse flashback do Dick, sério foi o flashback que eu mais gostei de escrever❤️❤️ A Mar'i bebezinha, um amor! E parece que sabemos que foi fazer uma visitinhas na mansão Wayne *faz cara de inocente*
Próximo capítulo promete! Continuo o mais rápido possível *promisses*


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