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História The New Mockingjay - Segunda Temporada - Yellow Flicker Beat


Escrita por: AlfheimQueen

Notas do Autor


Postei
Todo sábado pretendo postar
Mais mistérios se apresentam, o que o Peeta vai fazer da vida?
Espero que gostem

Capítulo 17 - Segunda Temporada - Yellow Flicker Beat


Fanfic / Fanfiction The New Mockingjay - Segunda Temporada - Yellow Flicker Beat

3 - Pearl Valyrian & Brutus Croninsch; 4 - June Naysmith & Fir Elphinstone

A luz amarelada iluminava nossos corpos, cobertos de sangue e sujeira. O frio intenso anestesiava o calor de ter corrido toda aquela distância. Estávamos cansados, pois mesmo que o combate tivesse sido evitado, havíamos corrido muito. Agora eu me encontrava em frente a aquele ser, um belo vestido vermelho, com detalhes dourados na manga e bainha, encobria o corpo. Sobre o tronco usava placas douradas (Acredito que era mais um enfeite, e não uma peça de proteção) sendo que uma placa ficava envolvia o quadril, acima desta havia uma que parecia um espartilho, e outra ficava sobre os seios, e esta mesma se ligava aos ombros, onde as ombreiras belas repousavam. Acima do peito, incrustada na placa de ouro havia uma pedra, preciosa talvez, amarela. A única coisa visível no corpo da mulher era o pescoço e as mãos (estas envolvidos por duas esferas amarelas que brilhavam muito).

E então havia a cabeça dela, o longo cabelo negro agora formava um peteado alto, como se fosse uma colmeia. Usava uma máscara do que parecia porcelana, com orifícios apenas nas narinas, enquanto a moldura dos lábios e olhos era completamente fechada, o que reforçava o mistério de como ela enxergava. Na lateral da máscara havia duas peças, que pareciam lâminas douradas, se juntando acima da cabeça e ajudando a prender o cabelo, e caindo retas até a altura do queixo na extremidade inferior.

-Era de se esperar que você não estivesse sozinho, mas se vocês se renderem, e Peeta vier comigo, ninguém sairá machucado. – Sua voz era determinada, imperativa.

A mulher se afastou dando passagem para eles. Eu adentrei pronto para atacar, assim como os outros, inclusive os dois câmeras, que pegaram seus Blasters. Brutus estava em choque ainda, carregava a espada de Pearl, mas não parecia estar pronto para um combate. A sala em que estávamos era comum até certo ponto, o teto alto, dezenas de portas, parecia ser um hangar para Aerodeslizadores grandes, e o portão maior que o do outro prédio aumentava essa hipótese. Mas havia algo no pórtico, o que estava impedindo Vênus de abri-lo, uma grande barra de metal se anexara ao local, juntando as duas partes e impossibilitando a abertura, e era isso que criava a batida oscilante que estávamos ouvindo.

- Quem é você? – Perguntei, mas minha intenção era distraí-la, enquanto isso fiz sinal para Cressida, Pollux e Castor – O que quer comigo?

-Me chame de Zeta – Ela ainda estava de costas, e não desfizera as esferas nas mãos – Eu tenho uma mutação também, bem parecida com o seu Aether, mas a minha evoluiu graças à ajuda que recebi. E... Bem, me foi dada a ordem de leva-lo comigo, não queremos nenhum mal para você, mas se tentar se opor acabará se machucando.

- O seu poder ele... você controlou aquele monstro? – minha voz vacila um pouco, continuamos a nos aproximar do portão lentamente, de modo discreto, e a menção da criatura despertou Brutus de seu devaneio.

- Aquilo é algo que até você consegue fazer, na verdade eu acho que você já fez. Eu fiz o mais óbvio para atraí-los. Ela morreu por ser uma idiota em pensar coisas tão estúpidas.

O silêncio que se segue após ela terminar de falar foi quebrado por um som semelhante a uma sirene que soou por cerca de 12 segundos.

-Parece que sua amiga conseguiu libertar os prisioneiros – ela se vira para nós, os olhos da máscara parecendo dois faróis – Prontos para se entregar?

Eu estava pronto para ataca-la quando Brutus cuspiu palavras ao meu lado.

- Foi você que a matou, eu irei te destruir sua desgraçada. – Ele avançou correndo, enquanto eu preparava uma flecha de Aether e Cressida, junto da Câmeras disparavam seus Blasters contra a barra de ferro.

Zeta parecia confusa, sem saber quem atacar, mas fez algo que eu não esperava, com uma das mãos liberou uma rajada de Aether contra Brutus, atingindo-o como se fossem chamas amarelas. Disparei um flecha nela, mas esta foi facilmente detida por uma rajada vinda da mão livre, que eu consegui parar formando um escudo.

-O ataque dela é muito mais rápido e sólido que o nosso.

Percebi, desse jeito os escudos não vão durar muito tempo.

E então um estouro as minhas costas chama a atenção de todos. A barra de metal se rompeu e o portão se abriu, liberando um forte vento sobre nós.

-Fiquem do outro lado da passarela, eu vou tentar mantê-la afastada até que Vênus esteja pronta. – Grito para a equipe de gravação- Vejam como está o trabalho de Jason no caminho.

Ela desfaz sua rajada de Aether e foca os olhos em Brutus, que se ergue do chão.

- Você a matou! – Ele grita preparando para avançar novamente, seus pés se movem rápido para o tamanho de seu corpo.

-Se não parar agora será que você quem morrerá. – ela tenta lhe alarmar, mas ele não para de correr. – Que seja.

Ela aponta as duas mãos para Brutus e dispara um rajada, muito mais sólida e rápida que a anterior, deixando um rastro de destruição e empurrando-o, e como se seu corpo fosse feito de papel, ele se desintegra, assim como a espada, nenhum rastro. Uma explosão ocorre quando a rajada atinge a parede da sala, e formo um escudo para me proteger dos detritos. A nuvem de poeira cobre quase tudo, mas o vento a dispersa rapidamente, e o brilho amarelo intenso surge.

-Eu avisei...

Ela diz indiferente, seu corpo envolvido por um escudo esférico, nenhum arranhão, totalmente limpa. Seus passos são lentos e precisos, vindos em minha direção.

Disparo flechas de Aether, mas ela nem se dá ao trabalho de se defender com o escudo, apenas move um pouco a mão e as flechas se desfazem.

-Eu posso torna-lo forte se vier comigo, una-se a nós e será, talvez, mais forte que eu.

-Eu sinto muito por desapontá-la – Tento disfarçar meu transtorno com um sorriso desafiador – Mas eu não estou interessado na proposta, não quero ser manipulado por Snow como você.

Ela parecia ter se irritado, pois disparou uma rajada de Aether contra mim, e meu escudo não foi rápido o suficiente para me proteger. Acabei sendo jogado para a passarela, meu corpo rolou um pouco no chão. Me ergui lentamente, meus músculos doíam, e como eu não sou um musculoso enorme como Brutus, os ataques dela contra mim eram muito mais efetivos.

-Você tem um potencial gigantesco, basta aceita-lo.

Eu sorrio para ela.

- Katniss diz que eu sou forte, sei pintar e desenhar também, é deste potencial que está falando?

Zeta solta um som de desaprovação, e ergue as duas mãos juntas, as esferas brilham intensamente. No entanto, seja o quer for que ela estivesse preparando teve de ser cancelado para ela formar um escudo, já que minha equipe de filmagem começa disparar nela. Eu aproveito para recuar, correndo em direção aos meus aliados. Consegui tempo provocando ela, mas também a irritei muito. E agora ela me segue, deixando a porta anexada a ponte por onde Jason entrou para trás. Onde ele está agora?

Mais disparos, dessa vez vindos de trás dela, Vênus está usando seu revolver para tentar quebrar o escudo.

-Chega disso! – Seus olhos brilham com tanta intensidade que tenho de fechar os olhos por um momento.

Sinto um impacto me jogar ao chão, e ao abrir os olhos vejo que Vênus e a equipe de filmagem estão caídos no chão, inconscientes. O motivo de eu ter ficado acordado é que Metatron formou um escudo pouco antes do impacto. E agora estou aqui, caído no chão, tentando reforçar meu escudo, e Zeta voltou a erguer as mãos, está em cima de mim.

- Sozinho... – ela fala baixo – Acabou, você virá comigo, nem que eu tenha de fazê-lo sofrer para isso.

Suas mãos apontadas para mim, disparam uma rajada extremamente intensa, e o escudo de Aether que eu mantenho começa a se desfazer.

-Peeta, temos só alguns minutos.

A rajada se intensifica, rachando minha defesa.

- Quero dizer, segundos.

Encosto minhas mãos no escudo tentando mantê-lo, fico de joelhos, sentido a força do ataque de Zeta sobre mim. Um cansaço descomunal atinge meu corpo, gastei quase toda minha energia, manter tantos escudos, usar tanta de minha capacidade para reforça-los me esgotou. Através das rajadas de Aether eu enxergo a máscara dourada, os olhos brilhantes, o escudo se racha, mas antes que se quebre tudo acaba. O som é terrível, como se acabassem de desligar um motor muito potente, meus escudo se desfez, mas não fui machucado. Os braços de Zeta caem pesados, as esferas brilhantes sumiram, e os olhos deixaram de emanar tanto Aether. O pescoço dela está quebrado, e duas mãos fortes, de cor morena, bronzeada, asseguram o rosto da minha oponente, que agora está morta

- Jason? – Minha voz sai baixa, a energia que eu perdi faz meu corpo pesar.

- Desculpa – Zeta cai no chão, a máscara se racha e a armação do cabelo se solta, deixando longas mechas negras caírem como um véu, ele empurra o cadáver com um chute e antes que eu veja o rosto, Zeta está despencando da passarela. – Precisava que ela se distraísse, não queria demorar tanto. – ele olha para trás por um momento – Vou acordar Vênus e já venho.

Cressida vem até mim correndo, me enchendo de perguntas, seu eu estava bem, onde havia me machucado, se precisava de ajudar para caminhar.

-Obrigado, mas acho melhor ir ajudar Castor e Pollux, eu consigo sair daqui. Leve Gale e Boggs junto com você pra fora dessa prisão. - Olho para baixo e vejo dezenas de pessoas correndo para fora dos dois prédios.

Vênus vem até mim e tenta me erguer, mas eu sou pesado demais. Ela tem um corte na testa e um dos braços está com queimaduras.

-Vênus, você está bem?

- Isso não foi nada – Ela encobre o ferimento – Jay, vem aqui me ajudar com o Peeta.

Jason (que agora tinha um apelido) põe um dos meus braços sobre seu pescoço e enlaça um de seus fortes braços em minha cintura, me ajudando a andar. Vênus vem logo atrás de nós.

-Onde você aprendeu a quebrar pescoços? – Eu olho sorrindo pra ele.

Ele me exibe um sorriso radiante.

- Eu fui para o Distrito 7 poucos meses atrás, mas antes eu vivia no 4, lá que aprendi técnicas de combate e peguei um bronzeado. - Adentramos o corredor e logo avistamos a escada – Ela era muito forte, nem minha chamas poderiam destruir aquele escudo.

Seguimos a descida em silêncio, até que finalmente chegamos ao pórtico de entrada, onde ainda há vários prisioneiros, e no meio da confusão nos encontramos com Boggs, Gale e a equipe de filmagem. Saímos da prisão e nos sentamos nos destroços, esperando algumas poucas pessoas se afastarem.

Junto o pouco que resta de minha energia e formo um escudo a nossa volta. Vênus observa o holograma da prisão, que foi completamente evacuada, e digita alguns comandos. A primeira explosão ocorre no topo do segundo prédio, e depois começa a descer, a passarela acaba separando em duas partes e despencando. Fico imaginando se ela caiu sobre o corpo de Zeta. Um domo arroxeado começa a piscar em volta do local e se desfaz. Os dois prédios parecem bolos desmoronando, as torres de artilharia antiaérea caem sobre o local, causando mais explosões. Não demora muito para o local se tornar uma pilha de destroços.

Quanto de tecnologia havia ali dentro? Coisas que os rebeldes poderiam explorar... mas eu entendo os motivos deles, aquele lugar representa tudo que estão enfrentando. Ouço gritos de vitória enquanto meus olhos se fecham e eu apago.

...

POV Autor

Esconderijo do Conselho dos 12

Os quatro estão reunidos ao redor de uma câmara cilíndrica de vidro, depositada sobre uma plataforma de grades, e há vários cabos ao conectados na câmara. Eta, Ômega, Tau e uma última pessoa vestindo armadura estão no local.

-Beta – Eta fala enquanto retira sua armadura – abra a câmara, prepare para iniciar a contagem.

-Certo! – a quarta pessoa usando armadura confirma.

Ômega ouvira Tau reclamar de sua decisão o dia inteiro, que devia tentar convencer Eta a não entrar na câmara, que era perigoso. Mas ele não dava ordens, era apenas o comandante de operações militares, Eta era sua líder, e ele não a impediria de realizar seu propósito. Tau ficava batendo o pé com a bota de metal contra o chão, nervoso.

-Essa barulho está me irritando – Disse a mulher loira, seus olhos frios fixos no objeto a sua frente – Tau, eu já disse, essa é minha decisão. Ômega ficará no comando durante minha ausência, e deixei um lista com ordens para Beta.

-Zeta falhou, reconheço o erro de tê-la enviada sem lhe consultar. – Ômega baixou a cabeça enquanto a mulher retirava sua última peça de roupa. – Peço seu perdão e que reconsidere sua decisões, por favor.

-Isso não importa mais, eu já dei minhas palavras finais – Ela passa a mão sobre o cabelo loiro, desfazendo um nó – Épsilon obteve sucesso?

-Já deve estar no 2 nesse momento – Beta respondeu, e digitou um comando no computador que tinha a sua disposição – Câmera aberta.

A porta de vidro deslizou para o lado, deixando Eta entrar.

- Inicie a contagem.

- Tudo ficará sobre controle, a Capital irá vencer. – Disse Tau, enquanto colocava a mão sobre a porta de vidro que acabara de fechar.

Eta põe sua mão sobre o vidro no mesmo local que está a de Tau. Seu olhos fixam no chão da câmara, que começou a se encher de água, sua voz sai quase como um sussurro.

- A Capital já perdeu.

A água cobre seu rosto e seus olhos fecham, seu corpo fica flutuando, os cabelos ondulando na água, nuvens de névoa começam a encobrir o ambiente, resfriando-o.

-Contagem iniciada. – diz Beta, uma tela ao lado da câmara expõem uma contagem regressiva. – Daqui a 20 anos nos veremos novamente.

As luzes se apagam enquanto os três saem, apenas uma luz interna provida de dentro da câmara fica acessa, o corpo jovem totalmente pálido pelo frio, os olhos fechados e a expressão serena, um sono longo se iniciava.

...

POV Peeta

O barulho da porta se abrindo me desperta, meus sentidos ainda entorpecidos, meus olhos vendo tudo embaçado e um zumbido agudo nos ouvidos.

-Chegaremos em menos de uma hora, resolvi te acordar – ouço a voz de Jason, esfrego os olhos com os nós dos dedos, ele traz uma bandeja consigo – trouxe pra você, só dormir não ajuda a recuperar a energia.

Tento clarear a mente e consigo me lembrar de ter entrado no Aerodeslizador, o mesmo no qual viemos, e nele eu tomei banho (Não sei como eles conseguiram colocar banheiros nessa coisa) e depois dormi em um dos quartos. Meu corpo ainda pesava um pouco, e eu estava com muito frio. Então me sento na cama enrolado nos cobertores, Jason se senta ao meu lado segurando a bandeja, nela tem uma maçã verde e uma xícara de... CAFÉ.

-Obrigado- digo e logo após dou uma mordida na maçã, quando olho para meu braço e vejo a manga de um moletom – Quem foi que trocou minha roupa?

Eu não estava com o traje do Anjo em Chamas, e assim como Jason usava roupas de civil do 13.

-Foi a Vênus, não se preocupe. – Ele sorri para mim enquanto responde.

- Onde estão os outros? – Minha voz sai rouca, e uma fome voraz me faz comer a maçã com maior velocidade e disposição.

-Tentando se recuperar do que viram, comendo alguma coisa, se preparando para a chegada ao 13. – Jason olha para o relógio sobre um criado mudo ao lado da cama que indicava 10:27, depois ele fica com a cabeça baixa, parecendo tímido – Como você está?

- Acho que bem não é a melhor definição – Deposito o restante da maçã sobre a bandeja, e agora que tenho a minha fome saciada tento tomar o café com a maior elegância possível – Na verdade eu estou acabado. Tudo isso parece ter caído em mim, e eu não tenho forças para carregar tantos fardos, eu mesmo sou um peso morto.

Jason faz cara feia para o que eu falei.

- Você não tem culpa de nada.

- Pearl morreu pois uma pessoa queria me atrair, e Brutus por que eu não me entreguei, perdemos dois tributos em um só dia e...

-Peeta, me escuta você não...

- Não, eu sou o culpado por tudo isso...

Jason se aproxima de mim, seus lábios se colam aos meus e a xícara desliza de minha mão, mas ele a pega com uma habilidade incrível, sem derramar nem uma gota, depois se afasta de mim.

- Desculpe, você não queria calar a boca. É que outra coisa aconteceu – ele coloca a xícara sobre a bandeja, cabisbaixo – Os tributos que estavam junto de Katniss foram pegos em uma emboscada, só ela conseguiu sobreviver, o restante deve estar morto, tem chances de terem ficado inconscientes e serem capturados, mas eu não teria tanta fé nisso.

Fé, foi exatamente isso que eu tive. Eu pedi aos 7 para que protegessem Katniss, apenas ela. Fui egoísta. Mais um culpa para carregar nas costas.

- Peeta, eu sei que você se sente culpado pelo que aconteceu com Pearl e Brutus, mas você já pensou que se você for se culpar por cada morte de pessoas que seguem você e acreditam em você, precisará se tornar um depósito de culpas?! Centenas de pessoas morrem nesses confrontos contra a Capital, e elas acreditam na fé que você transmite, que Garret me queime se eu estiver mentindo.

- Eu posso ser o Anjo em Chamas – tempo falar com calma, meus dedos ainda sobre meus lábios, tentando processar o que ele fez – Mas eu não sou nenhum Anjo bondoso como o da Luz.

- Eu sei, mas você ilumina a vida de todas essas pessoas, você é a Luz que elas mais precisam, por favor, tente acreditar mais em si mesmo.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Eu abraço meus joelhos, pressionando-os contra o corpo, tentando diminuir até desaparecer.

- Vou te contar uma história – Jason deposita a bandeja sobre o criado mudo, ao lado do relógio e se aconchega na outra ponta da cama – 21 anos atrás, um pequeno garoto nasceu em outro continente, porém sua família era perseguida por ter descoberto algo, e precisava se esconder e se mudar constantemente. Quando ele completou 6 anos foi enviado para Panem com um pequeno grupo de pessoas, e junto delas mantinham aquele grande segredo. Seus pais queriam proteger o garoto, e o garoto deveria proteger o segredo. É claro que o garoto nunca o ouviu, era “conversa de adulto”.

Jason faz as aspas com os dedos e começa a desenhar um círculo imaginário no cobertor.

- A Capital encontrou essas pessoas e tomou posse do segredo, mas permitiu que as pessoas fossem espalhadas como folhas ao vento, indo pararem em Distrito distintos. O garotinho acabou no 4, onde cresceu, pronto para ser um tributo, com um treinamento intenso para seu futuro grandioso como Vitorioso, e um passado de cidades cheias de maravilhas que acabara esquecendo. A Capital deve ter feito muito proveito do segredo, e enquanto o garoto crescia em força e poder, sua sabedoria também aumentou. Então uma rebelião se iniciou, e ele acabou tendo de fugir para o 7, enquanto um garoto chamado Peeta competia contra dezenas de coalizões nos jogos vorazes.

Ele sorri para mim, e eu tento devolver o sorriso.

- Esse garoto agora tinha idade de um adulto, e liderou um ataque que decidiu a vantagem do Distrito 7 sobre os pacificadores que o mantinham. Mas após um acidente, em que ele primeiro caiu em um reservatório de água e depois em um tanque de líquidos inflamáveis para só depois ser resgatado, começou a queimar as coisas sem querer. Então foi aprisionado durante seu trajeto pelo Distrito 11 e resgatado pelo rebeldes pouco tempo depois, e por fim foi trazido ao 13, onde se tornou um membro influente da Luz. Hoje ele está nesse Aerodeslizador e consegue controlar chamas.

Jason faz uma chama surgir em seu dedo, apenas para confirmar que ele é o garoto da história.

- Desculpe, eu estava reclamando sem saber por tudo que você passou.

-Não, é exatamente o contrário. Na nossa vida sempre temos coisas difíceis, batalhas emocionais, problemas do cotidiano, e nossas lutas são todas importantes, não importa o quanto afetem o mundo ao redor, sempre devemos lutar pelo que acreditamos – Ele põe sua mão sobre uma das minhas – eu acredito em você.


Notas Finais


Obrigado por lerem, comentem por favor
Link da música tema do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=3PdILZ_1P74


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