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História The New Mockingjay - Primeira Temporada - Bare


Escrita por: AlfheimQueen

Notas do Autor


Dessa vez a música título não tem muita relação com o capítulo, mas eu amo essa música, e a cena final é uma mensagem subliminar (Amém Brooke)
Estou amando escrever essa fanfic e dei um encurtada nela para desenvolver o romance todo durante os Jogos
Bom, sempre que posso estou escrevendo, espero que gostem do resultado e até a próxima

Capítulo 5 - Primeira Temporada - Bare


O sol surge no horizonte, me iluminando. Estou sentado em uma das cadeiras do quarto, com um cobertor enrolado no corpo. Finnick e Cato ainda dormem, e então me dou conta de que chegou a hora de nos preparar, me ergo e vou até eles.

-Finnick! Cato! Vamos, acordem. –Alguns resmungos são a única resposta que tenho, isso me deixa impaciente – Agora! Temos de nos preparar para...

Minha voz trava, qualquer menção aos jogos me enoja, e eu não quero vomitar agora.

-Tudo bem, fiquem aí então! Não sou eu quem vou me atrasar.

Jogo o cobertor neles e vou para o banheiro. Meu banho é lento, cheio de reflexões, nenhum lágrima e muitos cuidados. Tento ficar o mais atraente possível, mas sou péssimo nisso, sou muito autodepreciativo. Desta vez não nos disponibilizaram trajes de treino, mas sim uma roupa bem comum para irmos ao Centro de Treinamento. Quando saio do banheiro vejo que Cato e Finnick estavam falando algo, estavam bem acordados e sérios, mas logo param e ficam me olhando enquanto saio do quarto. Realmente, não espero eles e apenas sigo o corredor longo, passando a mão na parede, quase como uma despedida

Espero os dois na sala de estar. Enquanto isso vou fazendo uma lista mental de todos meus aliados. Primeiro temos Katniss, ou seja, eu e ela usaremos arco durante os Jogos. Johanna usa machados, Haymitch e Cashmere usam facas, assim como Vênus, que sabe usar várias outras armas. Depois temos Annie, que sabe se camuflar e usar facas de arremesso, e junto dela temos Gloss, que usa espadas, como Cato, e tem grande força física. Por fim temos Nuno, com sua alabarda e Finnick com seu tridente, o que nos dá uma boa dupla para ataques a média distância. É claro que essa equipe só estará em boa formação se as armas pensadas estiverem disponíveis e...

-Ei, Peeta? Tudo bem? – Finnick está ao meu lado com uma das mãos em meu ombro.

-Ah, sim, estou bem. – Me ergo e sigo ele, junto de Cato até a sala de jantar. Nosso café da manhã é muito bem feito, e muito bem aproveitado.

A dieta foi esquecida hoje, e aproveitamos para comer tudo que queremos, sem nos importar com calorias ou coisas semelhantes. Até que ouço a porta da frente se abrir, a primeira coisa que vem à cabeça é um grupo de pacificadores, mas o som do sapato contra o piso é impossível de não conhecer.

-Effie – largo meu chocolate quente na mesa e me viro para a porta, onde ela está parada, com lágrimas nos olhos, a peruca rosada e o vestido branco cheios de detalhes brilhantes, aquela é a Effie que eu conheço, minha quase mãe.

Apenas corro até ela e a abraço, infantil, eu sei, mas uma reação impossível de se impedir. Sinto saudades dela, óbvio, e me apeguei muito a seu jeito de ser, sua pontualidade, e seu carinho por mim.

-Peeta, eu estou tão orgulhosa de você- a mesma frase que ela me disse no trem, isso é reconfortante, sinto como se ela me puxasse para uma época em que eu não estava indo diretamente para a morte. – Sinto muito por isso, sinto muito por você.

Tenho tanto para falar, mas apenas desfazemos a o abraço e suspiro, aliviado. Ela limpa as lágrimas e engole seu choro.

-Temos muito o que fazer, Portia está esperando vocês!

-Vocês?

-Ah sim, ela conseguiu convencer os outros estilistas a deixarem eles dois para ela. Cinna fez o mesmo.

Cinna, Katniss, finalmente vou revê-los. Enquanto vou até a saída vejo que Effie lança um olhar bem furioso para Cato e Finnick, que riem de sua atitude.

-Vocês dois tem de aprender a ter bons modos, pobre Peeta, teve que aturar esses seres primitivos. – Os dois tentam controlar as gargalhadas que iriam surgir, mas a visão da rua faz isso por eles. O número de Pacificadores dobrou, e sinto que eles apontarão as armas a qualquer sinal de fuga. – Que recepção rude!

Nós seguimos até o carro que nos leva para o Centro de Treinamento. No caminho Effie conta sobre como as coisas estão tensas com toda essa coisa de matar quase todos os campeões na Arena. E depois de algumas notícias dispensáveis nós somos levados ao local onde seremos preparados. Sou recebido por uma Portia com tristeza nos olhos, mas um rosto impassível e altivo. Já a equipe de preparação está quase se afogando em lágrimas.

Primeiro temos nossos corpos limpos e recebendo um tratamento de pele extremamente cuidadoso, e depois vem a maquiagem junto de cabelo. Fivilus, Edenia e Utala param várias vezes para me falaram o quanto sou importante. Eu agradeço cada palavra, e logo depois eles vão até Cato e Finnick preparar os dois, decido falar com Portia sobre nossa roupa.

-Bom, como vocês três estarão na carruagem pretendo fazer algo simples e ao mesmo tempo chamativo, afinal vocês precisam de Patrocinadores.

Quando terminam a parte de maquiagem nos é dado uma espécie de manto, igual para todos, é claro que o tamanho que Finnick e Cato usam é maior que o meu. O traje é um conjunto, uma roupa negra e sobre ela o manto cinzento. Depois disso somos dispensados para ir esperar, terminaram o trabalho com nós cedo demais, teremos muito tempo para conversar com outros vitoriosos, algo que eu não estou particularmente interessado.

Cato e Finnick logo me deixam sozinho carruagem, e eu decido analisar os outros tributos. As equipes de 1 a 6 são assustadoras, assim como a equipe 9 e quase todas a partir do 20. Tento achar Haymitch na multidão, mas meus olhos param na equipe 5, os dois que estão nela são altos, fortes, assustadores e encaram todos como se fossem presas. Phox é mais carismático, Thor é quieto e parece entediado.

-Então, Peeta Mellark, está olhando para homens que não são seus?

Essa voz, meu corpo paralisa, começo a tremer e me viro lentamente. Ela me olhar com um lindo sorriso, sua roupa parece uma casca de árvore, prestes a queimar, por que ela é Katniss Everdeen, a Garota em Chamas. Eu apenas a abraço, e ela retribui.

-Eu senti tanto sua falta. – Contenho qualquer lágrima que possa surgir, mas não desfaço o abraço. – Simplesmente sumiram com você, e é tão terrível te encontrar aqui depois de tudo isso para voltarmos aos...

Me interrompo, sei o que os Jogos significam para ela e para mim.

-Sim, eu sei, mas esquece isso por enquanto – o abraço é desfeito e seu sorriso ainda está ali- Como está sendo com eles dois?

-Não é tão ruim, devo admitir que eles tem me tratado bem. E com Johanna?

-Nós conseguimos nos entender. Ei, viu Haymitch?

-Eu procurei por ele, mas não achei, deve estar levando alguma bronca de Cashmere.

Rimos um pouco lembrando de seus momentos, mesmo bêbado ele ainda é uma boa pessoa.

-Ei, Katniss!

Vejo Johanna acenando de longe, parece que ela está com problemas na roupa.

-Tenho de ir, mais problemas para a Garota em Chamas. – Ela sorri e sai apressada.

Volto para a carruagem e me deparo com Cato e Finnick vindo em minha direção, junto deles tem duas figuras que já várias vezes na TV, devido a nossa análise de adversários: Vênus Snookie e Nuno Bentley. Sou apresentado aos dois e sou o mais educado possível, o garoto é como Cato, despojado, brincalhão, e egocêntrico (Porém Vênus o ajuda a se conter nesse quesito). Já ela é mais reservada, porém sabe ser carismática, e como vêm do Distrito 3 é muito inteligente. Eles quatro conversam entre si e as vezes cabe a mim fazer algum comentário, e finalmente Portia chega.

-Tudo bem, como dá última vez, Peeta, não devem acenar nem nada semelhante. Mostrem o quanto estão insatisfeitos, mostrem o quanto isso é injusto, a roupa vai ajudar.

Nós concordamos e subimos a carruagem, e o hino começa a tocar. Duas carruagens são liberadas por vez, e há um intervalo de 8 segundos entre saída. Por algum motivo a minha e de Katniss foram deixadas por último, acho que isso tem a ver com alguma decisão de Cinna e Portia. Quando nós saímos somos recebidos por aplausos e pessoas gritando nossos nomes, até que meus pés começam a soltar faíscas e queimar. As chamas queimam minha roupa, junto da de Cato e Finnick, e o manto revela sua utilidade.

Nós estamos queimando, o corpo inteiro coberto por chamas que não se apagam, e grandes asas de fogo brotaram de minhas costas e cobrem Finnick a minha direita e Cato a minha esquerda. Olho para Katniss e vejo que ela parece uma arvore em chamas, porém, as partículas de fogo formam um tordo de asas abertas atrás dela, uma cena incrível. Quando meu dou por conta já fizemos o contorno e estamos nos aproximando dos portões. Um momento de glória, sim, efémero mas acima de tudo, impactante, e quando Snow começa a falar, brotam vaias de pequenos grupos na plateia, concluímos nosso objetivo.

Assim que descemos das carruagens Effie, Portia e minha equipe de preparação vem nos abraçar e falar como estávamos lindos. Agora que a roupa apagou o que sobrou é um macacão com zíper nas costas, totalmente negro. O Centro de Treinamento foi aprimorado, ou melhor, renovado. Nesses meses o prédio recebeu mais andares, agora tem 28, um para cada Coalizão (Essa construção significa que os levantes no Distrito 2 foram contidos, afinal, eles são responsáveis pela Alvenaria).

Quando chegamos ao oitavo andar somos dispensados, era exatamente o que eu queria. Vou para o único quarto disponível, e nele tem três camas. Sim, Snow deve ter pedido para separem as camas, ele quer nos desunir.

-Maldito! – Cato chega ao meu lado e chama Finnick, os três juntam as camas, o que para mim não é problema. – Ei, Peeta, quer ajuda com o zíper?

Cato percebeu que eu não estava conseguindo abrir meu traje rapidamente, o que é inesperado quando se trata dele. Sua lerdeza chega a assustar. Depois de ele abrir meu traje eu o ajudo e vou direto para o banheiro. O resto do tempo passa como um raio, tudo de uma vez só. Do banho para o jantar, e então Effie fala as novidades:

-Esse ano não terão entrevistas, Snow não quer nenhum campeão falando publicamente.

Ótimo, não vou precisar aturar as risadas irritantes de Caesar.

...

Amanhã, começam os jogos. Desde o desfile até aqui somos conduzidos até a sala de treinamento no subterrâneo, onde interagimos com hologramas e instrutores. Quase não conseguimos interagir com outros campeões durante os exercícios, e ter de aturar os Idealizadores nos observando me enoja. Apenas no almoço que ocorre um momento de confraternização onde até eu sou puxado para as conversas. A cada a pergunta que me destrói por dentro fica mais difícil de se responder: Como vou matar essa gente?

Plutarch Heavensbee é o Idealizador Chefe, o que torna ele um assassino, como todos outros Idealizadores, mas é apenas o mestre deles. Annie e Gloss acabaram de sair da sala para suas apresentações. Houve umas mudanças nas regras, agora a vitória é por Coalizões, e não só um único sobrevivente. E as apresentações não são mais individuais. June e Fir, da equipe 4 disseram que vão pintar os nomes dos Idealizadores em bonecos de teste cortar suas cabeças. Amber e Magnus, da equipe 6 disseram que vão dormir, o que me fez rir, eles parecem ser sérios, mas são boas pessoas. Blye e Blight, da Coalizão 25 vão cantar, assim como as equipes 19 e 27. Tento pensar em algo bom para fazer, mas nada vem à mente, até que finalmente somos chamados.

Annie e Gloss passam por nós com lágrimas nos olhos, mas estão sorrindo. Pelo jeito fizeram algo entediante, por que um dos Idealizadores está quase dormindo, e por algum motivo sinto um ódio crescer dentro de mim ao ver aquela cena. Ódio, sim, peço para Cato e Finnick me ajudarem e começo a pintar o chão, traços sem nexo vão ganhando forma e logo se tornando algo consistente, eles preenchem os desenhos e eu faço as silhuetas. Dentro de um tempo o chão já tem uma pintura que faz alguns deixarem suas taças caírem no chão, e outros simplesmente estão apavorados.

O desenho mostra um anjo e um tordo de fogo. O primeiro ataca com uma lança e o segundo com o bico, e o alvo é o símbolo da Capital. Sinto que isso é como dar um tiro na minha cabeça, mas como eu disse, se Snow me machucar, vai se machucar junto.

...

Quando chega o momento das notas, fico com pensamento firme em um zero, mas minha equipe ganha um 12, a maior nota possível, e vejo que várias outras conseguem o mesmo. E fico ciente que no dia seguinte nós estaremos na Arena. Cato vai tomar banho primeiro, e tanto eu, quanto Finnick, preferimos ficar no quarto ao invés da sala de jantar, onde as lágrimas estão totalmente soltas.

-Então, Peeta, está preparado? – Eu já estou sentado na cama quando Finnick fica ao meu lado.

-Nem mesmo em um milhão de anos eu vou estar.

-Tem certeza?

-É óbvio, olha para minha cara, pareço preparado?

-Parece que você está com outra coisa – Finnick para um pouco- E o que te deixaria preparado?

-Mais coragem, mas isso eu tenho quando estou ao lado de vocês.

Sua mão passa sobre a minha e a aperta. Seu rosto se aproxima do meu.

-Então acho que não se importa se eu te der uma dose extra.

Seus lábios tocam os meus, primeiro apenas um toque, respiração acelerada, coração pulando. Eu me derreto as suas carícias, assim que uma de suas mãos toca meu rosto eu prossigo com o beijo. Sua língua pede passagem e eu concedo, até me dar conta do que está acontecendo e de que Cato pode aparecer a qualquer momento. Paro o beijo calmamente e me afasto um pouco, Finnick me olha curioso. Apenas aponto para o banheiro.

Dentro de pouco tempo Cato sai dali, apenas com um toalha na cintura. Me ergo da cama e vou até o banheiro, e estou pronto para fechar a porta quando uma mão me para. Finnick saiu do quarto, e quem está ali é Cato, ainda seminu. Meus olhos encaram os seus, e ficamos assim por um tempo, até que finalmente ele abre a porta e me abraça.

-Peeta, eu quero que saiba que seu eu morrer na Arena...

-Você não vai morrer!

-Escuta! – Ele me aperta com força – Se eu morrer na Arena, quero que sabia que foi por você, entendeu? Apenas por você.

-Eu já sei isso!

Apenas enterro meu rosto em seu ombro, sem chorar, sem dizer mais nenhuma palavra. Ele me afasta um pouco e ocorre uma breve troca de olhares, e logo o vejo dar as costas para mim, fecho lentamente a porta do banheiro e retiro minha roupa. Tem uma ampla banheira, cheia de água e funda, vou até ela e paro quando já mergulhei um dos meus pés, sentindo a água quente. Tento dar um sorriso, mas ele se forma por apenas alguns segundos e desaparece. Entre lentamente e começo a afundar, e quando entro por completo, até submergir minha cabeça começo a gritar e espernear dentro da água. Sinto que vou me afogar, e levo isso como uma punição, mas quando retiro a cabeça da água e sinto o ar entrando em meus pulmões eu apenas choro, soluçando e me culpando pelo que Cato disse e pelo beijo de Finnick...


Notas Finais


Quero opiniões, por favor, e no próximo Capítulo : Os Jogos irão começar
Link da Música Tema:https://www.youtube.com/watch?v=NLeDhKnZSYw


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