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História The New Mockingjay - Primeira Temporada - Nobody Does It Better


Escrita por: AlfheimQueen

Notas do Autor


Mais um capítulo, e bem, nada muito relevante comentar sobre ele
Os jogos começam e...
Boa leitura
Sem previsão de postagem do próximo capítulo

Capítulo 6 - Primeira Temporada - Nobody Does It Better


O vapor do banheiro me reconforta, principalmente depois da minha sessão histérica submarina. E quando a porta se abre eu vejo uma cena familiar, Cato e Finnick (vestidos, o que melhora a situação) sentados. Aqueles dois são o motivo da minha alegria a da minha tristeza, são o motivo pelo qual eu me culpo, e também pelo qual me orgulho.

-Tudo bem, vamos dormir, eu estou acabado.

Após ouvir minha voz os dois vão comigo para a cama. Finnick deve ter tomado banho em outro aposento, por que seu cabelo não está totalmente seco. Fico entre os dois, e eles me abraçam, quase me prensando, e mesmo sendo um pouco desconfortável, a sensação é ótima, proteção e carinho, coisas que me deixam extremamente bem. Minha mente fica confusa, eu quero retribuir o beijo de Finnick, e as palavras de Cato, mas eu estou sendo inútil, estou só fazendo eles sofrerem por mim. Começo a tremer os lábios, isso, as palavras vão sair e vou falar tudo que quero para eles e...

-Boa noite!

O que? Sério, o que foi que eu disse? Alguém me mata, agora, nem precisa chegar nos Jogos. Por que eu fiz isso?! Cato está colado atrás de mim, e sinto algo que ele tem em sua cintura tocando a base da minha coluna, me encolho um pouco mais, sua respiração toca meu pescoço, me dando arrepios. Enquanto isso, Finnick está na minha frente, com seu rosto quase colado ao meu, nossas testas estão se tocando levemente. De perto eu acho seu rosto mais atraente ainda, e acredito que não seja o melhor pensamento possível agora que os jogos vão começar. Bom, acho que do jeito que as coisas estão, só me resta dormir...

...

Depois de acordar nossa primeira reação foi correr para o café da manhã, que estava muito bom. Não comi quase nada ontem, estou faminto, e pretendo saciar essa fome toda agora. É claro que dentro de pouco tempo, uma dupla de Pacificadores vem para nos levar até a Arena. Somos levados até o Aerodeslizador, e ali são inseridos nossos rastreadores. A viagem pelo ar é bem rápida, sendo que logo nós descemos em um corredor amplo, com três portas no fundo, eu entro na da direita, Cato na central e Finnick na da esquerda. A minhas porta me leva a um aposento branco, com uma outra porta do outro lado. Nele tem comida, um banheiro, um vestiário e pessoas.

Portia, Effie, Utala, Edenia e Fivilus. Eu abraço cada um deles, os soluços são constantes, não de minha parte, e nem de Portia. Nós dois estamos tristes, mas ficamos com uma expressão beirando a seriedade.

-Peeta, nós nunca esqueceremos como foi ser sua equipe de preparação, e sempre terei você como um grande amigo para mim – Começa Fivilus.

-Quero que saiba a honra que foi servir você. – Edenia parece mais séria que os outros, porém ainda está soluçando.

-Então vá lá e vença esses Jogos! – E por fim Utala tenta dar um sorriso que não dura muito tempo.

Os três se despedem de mim e saem da sala, sem nunca deixar de falar o quanto eles me amam. E eu retribuo com todo meu carinho, aqueles três são muito mais que minha equipe de preparação, são meus amigos. Decido tomar um banho antes de ir para a Arena, e lá recebo minha roupa. É uma espécie de segunda pele, um tecido semelhante a plástico que gruda na minha pele e cobre desde meus tornozelos até meus ombros e pulsos, é como uma roupa de baixa. Olho para Portia para ver o que ela acha dessa roupa.

-É resistente, mas não acho que seja térmico. O local deve ser frio, ah sim, agora vem o traje mesmo, e esse é tanto térmico quanto protetor.

O traje é uma espécie de macacão preto com divisórias, primeiro uma calça que tem zíper na cintura, onde se ajusta um moletom. Depois me dão botas que sobem até a panturrilha, bem justas ao corpos. Ainda tem um cinto com um dispositivo que se conecta a roupa, tudo a prova d’água. Esse dispositivo liga pequenos cabos de néon que estão na roupa, desde as mangas até as pernas, e no abdômen, botas, costas e capuz. São azuis, intensos, e ligam a um toque do meu dedo, iluminando bastante. Eu gostei dessa roupa, é confortável, bem justa em certos pontos, mas o moletom e a calça são confortáveis, os dois tem bolsos, assim como o cinto, e o capuz encobre minha cabeça, me tornando uma figura sombria.

- Peeta, você é o tributo mais lindo desses Jogos – Effie tem lágrimas nos olhos enquanto desamassa algumas dobras das roupas. – E você merece muito mais que isso, eu realmente, sinto muito...

-Effie, eu já disse, está tudo bem. Tenho Cato e Finnick comigo.

-Mas você também precisa comer algo – Portia me leva até um sofá e me alcança alguns alimentos – Peeta, eu quero que tenha em mente algo...

-Portia, você disse que não ia chorar!

-Eu não vou – Effie desaba em lágrimas, me abraça um última vez e sai da sala, acho que ver eu conversando com Portia quase a matou – Você é muito mais que um manequim que tenho de vestir, você é um Anjo de Fogo que eu tenho orgulho de dizer que acendi.

-Obrigado, não sei o que seria de mim sem você!

-Tributos, dirijam-se a plataforma. Elevação em 60 segundos.

Eu abraço Portia pela nossa última vez e ela me deixa ir. Abro a outra porta desta sala e sigo até a plataforma. Cato e Finnick surgem logo após, saindo de portas ao lado da minha, e seus trajes são idênticos ao meu, é claro que em uma versão maior. O vidro começa a baixar sobre nós três e somos elevados. A primeira coisa que sinto é o vento batendo em meu rosto, o clima é agradável, não muito quente e nem muito frio.

-Senhoras e Senhores, está aberta a Septuagésima Quinta edição dos Jogos Vorazes – A voz de Claudius Templesmith percorre toda a arena – E que a sorte esteja sempre a seu favor.

Olho a arena ao meu redor, tentando ter uma visão geral de tudo antes que os 60 segundos se passem e todos comecem a se matar. Estamos em um lago, e no centro dele temos uma ilha de pedra, e nela está a Cornucópia, brilhando na cor dourada. A partir dela até a margem do lago saem 28 estreitas faixas de pedras, como se fossem raios do sol. E eles são basicamente a única maneira de se chegar a Cornucópia, pois nas margens um alto muro de pedra se ergue entre cada faixa de pedra. Em um dos lados há um porto caindo aos pedaços. A plataforma está na metade de um dos raios, 300 metros para cada lado, todas equidistantes uma das outras e da margem, bem como da Cornucópia.

Tento localizar Katniss e Haymitch, mas não os vejo em lugar algum, até que vejo o cronômetro, faltam 2 segundos... 1... 0. Todos começam a correr, como loucos, Cato e Finnick são mais rápidos que eu e acabam saindo na frente, mas sempre fico o mais próximo possível deles. A primeira coisa que vejo para pegar é um arco negro, com os mesmos tubos de neon do traje, e junto dele pego duas aljavas que possuem tampas e prendem a minha cintura, assim como uma mochila. Finnick já tem em mãos um tridente longo e acabou de matar alguém com sua arma. Cato pegou uma grande espada, junto de um escudo amplo, negros, semelhantes a meu arco e o tridente de Finnick. Um vulto cai na minha frente e alguém surge do lado deste ser. Já estou com uma flecha apontada quando vejo que são Vênus e Nuno. Espera, ela caiu de cima da Cornucópia?

-Já pegaram tudo? – Ela pergunta nos olhando de cima a baixo, parece calma.

-Sim, peguei algumas dessa bolsas – Diz Cato, que tem duas bolsas grandes nas mãos, Finnick também pegou duas, porém, são fáceis de se carregar nas costas, como mochilas – Vamos agora mesmo. Ei, pega isso.

Cato lança um Piolet para Vênus. Nuno está com uma mochila nas costas e outra bolsa, assim como uma alabarda em mãos. Ela tem facas, agora possui um Piolet e uma mochila. Uma mulher se aproxima de nós e a acerto uma flecha no coração, seu corpo cai na água, deixando tudo vermelho.

-Espera, e Katniss?

Todos param ao ouvir minha voz, e olham ao redor, tentando localizá-la.

- Deve estar fora do nosso alcance, já até saiu do lago, talvez. – Finnick ainda a procura quando recomeça a andar.

Eu realmente estou preocupado, mas as equipes Carreiristas estão se aproximando, e nós temos de correr. Um equipe tenta pular em Cato e Nuno, que os cortam com suas armas, os dois são armas vivas. Seguimos correndo até alcançar a plataforma, quando percebo algo na água, ela parece estrar criando uma onda, mas se é um lago, como pode ter maré?

-Parem agora!

Quando Finnick, que lidera nosso grupo para sobre a plataforma uma onda surge da água, por todo o lago, arrastando qualquer coisa que esteja tentando sair das proximidades da Cornucópia. Uma garota no raio ao lado do nosso é jogada contra os muros de pedra, e cai na água, morta, um homem musculoso se aproxima dela, ele é Gloss e ela é Annie. Finnick não percebe ela e continua correndo ao ver que nenhuma outra onda irá surgir e nós o seguimos, passando pelos muros e dando de cara com uma floresta, mas não são arvores tropicais, seria mais um bosque, dos que vemos nas cinematografias da Capital. Corremos até deixar os muros e as imediações do lago para trás, até o céu se fechar acima de nós em um teto de folhas e se abrir subitamente.

Quando alcançamos uma clareira Cato nos faz parar.

-Vamos analisar o que temos aqui. Não podemos nos afastar muito sem saber nossos suprimentos.

Na minha mochila tenho um unguento protetor para a pele, um cantil, uma lanterna com bateria solar, uma caixa de fósforos e dois pacotes com frutas secas. Nuno e Vênus conseguiram em suas mochilas: oito pacotes com pequenos pedaços de carne grelhada, 7 metros de corda, um kit médico básico, uma lanterna e dois cantis de água. As cinco bolsas estão cheias de armas, como algumas lanças retrateis, assim como flechas montáveis, uma dúzia de facas, mais frutas secas e carne grelhada, e finalmente, apenas dois sacos de dormir. Isso nos complica, e nós resolvemos dar os dois para Vênus e Nuno, que mesmo relutantes concordam.

E então começa, o primeiro tiro do canhão me arrepia, e ele é seguido por outros 8, ou seja, no banho de sangue temos 9 mortos, e sei que 4 deles nós somos responsáveis por ter dado cabo, e que um outro é Annie. Quando recolhemos nossas coisas para seguir adiante, procurando um local apropriado ouvimos algo. Descendo pela clareira vem um paraquedas grande, com uma caixa retangular de metal, que é extremamente leve. Eu a abro e vejo um bilhete.

“Espero que tenha bons modos, e aproveite o presente”

Obrigado Effie, o conteúdo da caixa é uma espécie de saco de dormir triplo, com três compartimentos, acoplados um ao outro, creio que seja mais barato que comprar eles separados. Cato sorri de um jeito engraçado e guarda o saco em uma de suas bolsas. Ele consegue carrega-las facilmente, assim como Finnick e Nuno, e esses três resolvem ir na frente, enquanto eu e Vênus mantemos suas costas seguras. Ainda estou incomodado de não ter achado Katniss. É óbvio que ela pode se cuidar sozinha, mas ainda assim tenho preocupação com o que pode acontecer com ela.

A floresta bela, florida, com terra gramada e arvores frutíferas começa a se transformar, encontramos pinheiros e o chão se torna coberto de folhas secas, vindo de algumas arvores com galhos fantasmagóricos, tudo parece ter tomado uma cor amarronzada. E então encontramos uma variedade de arvores que nunca vi na minha vida. Tem trocos medianos, altos, com folhagem áspera apenas nas suas copas.

Porém, em meio ao tronco surgem protuberâncias, espinhos eretos, que se afinam na ponta, longos como espadas. Passo a mão sobre eles e sinto que são lisos, até demais, como se tivessem sido polidos, o tronco é liso também. A disposição das árvores é estranha, como se formassem quadrados, garanto que olhando do céu elas vão parecer um tabuleiro de xadrez.

-Acho que podemos parar por aqui! – Cato faz um sinal com a mão e nós paramos perto de uma dessa arvores, porém essa tem um tronco amplo e uma copa que nos protegeria de qualquer chuva. Realmente, já está anoitecendo, andamos muito e nos afastamos demais da Cornucópia, além disso, está esfriando demais.

-Eu posso fazer o primeiro turno da vigília! – O ato de me oferecer de vigia talvez seja uma auto punição pelo que causei aos meus dois pretendentes.

-Ei, tem certeza? – Finnick se aproxima de mim enquanto Cato e os outros arrumam as bolsas e os sacos de dormir.

-Sim, não tem nenhum problema em ficar vigiando primeiro.

-Peeta, por que você tá agindo assim? – Finnick baixa o tom de voz até ficar como um sussurro – Foi por causa do nosso... do nosso beijo?!

-Não – Minto, só consigo dar um sorriso nervoso, e sim, eu fiquei corado – Foi algo normal para mim, eu te entendo.

-Você não parece ter certeza disso.

-É claro que eu tenho, ou não... Eu só... Estou um pouco confuso, ok?

-Tudo bem, não se preocupa, vou dar seu tempo para pensar.

-Obrigado.

Primeiro nós dividimos algumas frutas secas e bifinhos, o gosto não é artificial, e esse alimento nos sacia. Cato encontrou um córrego logo ao lado do acampamento e mesmo a água parecendo cubo de gelos descendo pela garganta nós a bebemos. Quando a noite se inicia Finnick e Cato já estão no saco de dormir compartilhado, deixando a parte do meio para mim, que por enquanto vou ficar de fora. Nuno colocou o seu saco de dormir aos pés de uma arvore, e Vênus deixou o seu ao lado do dela. Decido deixar as luzes de Neon desligadas, não quero chamar atenção, a mata não é fechada o suficiente para ficarmos tão expostos.

Mantenho o arco de uma flecha em minhas mãos, porém os únicos sons que escuto são do vento na copa das arvores e de alguns animais pequenos, como esquilos, correndo em meio ao tapete de folhas. Fico sentado sobre uma pedra grande, coloco o capuz para não me expor tanto ao frio e me escondo na escuridão, se alguém se aproximar vai levar uma flechada antes de se dar conta da minha proximidade. As roupas evitam o frio terrível que parece cortar as coisas, porém, uma lua bela e grande ilumina os céus.

O tempo vai passando e nada acontece, até que Nuno se ergue e fala algo com Vênus. Ele se aproxima de mim enquanto pega a alabarda.

-Posso ficar no seu lugar se você quiser.

Eu apenas concordo com a cabeça e sigo para meu saco de dormir quando aquela maldita música começa, o hino de panem. Primeiro só vemos a insígnia da Capital e então surge o primeiro rosto, é o Garoto da equipe 2, o apelido dele “Woof, foi ele quem Finnick matou com seu tridente. Depois o rosto de Annie, da equipe 7, surge, e isso me destrói por dentro, olho para Finnick que acordou para ver os mortos e ele está com uma expressão devastada. Cassie, da equipe 11 (Minha memória para nomes é ótima, tanto que decorei quase todos nossos adversários), seguida de Hardie, equipe 14, e Seeder, equipe 15. Marina, da equipe 20, e Cecelia, da equipe 23, provavelmente foram mortas pelos Carreiristas. E por fim vem a equipe 27, que foi morta por Cato e Nuno, seus nomes são Woody e Beaufort.

Apenas 9 mortos para a Capital, mas são tantos para nós, é realmente triste ver que tantos já morreram. Me deito entre Finnick e Cato, dentro daquele quase casulo que me aquece. Finnick ainda tem uma expressão desolada, ela deveria significar muito para ele. Já Cato não parece tão atingido, pelo que vejo ninguém muito especial morreu em seu ponto de vista. Decido apenas dormir, e isso acontece rapidamente.

...

O canhão, é isso meu despertador. Eu acordo e ouço dois tiros, o sol está subindo os céus e pelo que vejo era Cato quem fazia a vigília, pois ele está sentado na pedra, atento a qualquer movimento. Todos nós começamos arrumando as bolsas, e depois comemos um pouco de frutas secas e tomamos aquela água que agora não está tão gelada. Cato reabastece os cantis e pega suas bolsas e armas para seguirmos viagem. Eu toco mais uma vez naqueles espinhos e rio ao me lembrar de Katniss, de algo que ela dizia, “Peeta, se um árvore não for áspera então ela não é de verdade”. Porém meu sorriso se torna assombro quando me dou conta do que está acontecendo. Não sei o que ativou isso, mas metros atrás de nós, onde se iniciava floresta essa floresta os espinhos começaram a ser lançados contra o chão, dentro da área quadricular. A seguir as árvores mais próximas se ativaram. Começo a correr junto dos outros, mas sinto que as ativações estão próximas.

Um dos quadrados se ativa a nossa frente e somos forçados a dobrar para a direita e depois voltamos a direção original, esses malditos espinhos não param de ser lançados, e logo que tocam o chão se tornam pó, e no local onde há um buraco nas arvores das quais eles saíram surge um novo. Corremos mais rápido, onde finalmente encontramos o fim da floresta, há alguns morros a nossa frente e então, subitamente, todos nós caímos.


Notas Finais


Então é isso, me digam o que acham, please
Infelizmente não achei um link confiável desta música, já que a obtive por outros meios
Mas, nesse link vocês podem baixá-la gratuitamente: http://www.hitsebeats.xyz/2016/05/ariana-grande-nobody-does-it-better.html


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