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História The New Mockingjay - Primeira Temporada - Especial - Black Widow-Anaconda


Escrita por: AlfheimQueen

Notas do Autor


Oi, como vocês estão?
Bom, hoje eu trago essa capítulo especial
Demorou um pouquinho, mas como vocês não gostam de esperar, eu adiantei as coisas
Agradecimentos a J pela ajuda com a capítulo, muito obrigado
Espero que gostem, e depois do que vamos ter hoje um rumo diferente pode surgir

Capítulo 8 - Primeira Temporada - Especial - Black Widow-Anaconda


Katniss e Johanna, as duas correndo pela floresta, há pessoas atrás dela, estão se aproximando. Haymitch está junto delas, e alguém lhe acerta uma flecha na perna. Ele continua correndo mesmo mancando, Cashmere ajuda ele e eles encontram um desfiladeiro, e mais abaixo um rio. Eles tomam folego e pulam, caindo como torpedos na direção da água, e então...

Me acordo assustado, mas não gritei desta vez. Mais um desses malditos pesadelos, eles andaram sumidos e agora retornaram com toda força. Finnick e Cato não estão dormindo, talvez eu os tenha acordado com meu susto.

-Desculpem, eu tive um pesadelo! – eles não falam nada, apenas refazem o contato e eu consigo adormecer rapidamente após isso.

...

O sol surge tingindo os céus em uma aquarela, e devo admitir que aquele paraíso fica mais bonito com a coloração do nascente. Faz alguns minutos que acordei e aqui estou eu, comendo algumas frutas secas ao lado de Cato, que está completando seu turno. Apenas dei bom dia para e falei sobre os tributos mortos, sinto um clima estranho entre nós, por eu ter me oferecido para ele. Mas a refeição ajuda a quebrar esse peso, principalmente por que eu finjo saboreá-la e deixo de lado qualquer coisa que Cato diga até que os outros chegam.

Nós comemos um café da manhã bem simples, Nuno decidiu começar a caça aos outros tributos logo após o meio-dia. Será ele, Vênus e eu nessa equipe de patrulha, algo que eu não acho má ideia, quero me afastar um pouco de Finnick e Cato, pelo menos por um dia. É uma atitude egoísta, mas eu preciso muito disso. Ter meu momento, mas admito, o fato de eu precisar me afastar deles é terrível também. Meus dois pretendentes saem para caçar durante a manhã, Nuno está verificando os suprimentos nas três mochilas que iremos levar. Eu e Vênus ficamos fazendo algo para o almoço, até que Finnick chega com dois esquilos que ele se orgulha de ter pego com seu tridente.

-Ok, Senhor Incrível, agora ajude a limpar eles dois! – Digo para ele ao ver sua pose convencida.

-Você fica muito fofo quando está bravo. – Diz ele.

-Não estou bravo, nem fofo. – Talvez eu tenha corado.

-Ah Peeta! – Ele me abraça e tanto Vênus quanto Cato começam a rir de nós dois – Você está muito bonitinho.

-Ele não está mentindo – Cato larga suas armas em um canto da casa e vai até o lago.

O almoço fica pronto rapidamente, Vênus conhece vários truques, e depois da refeição, perto do meio dia nós já estamos prontos. E então acontece algo que nunca reparei, o som da cachoeira para, as folhas param de cair, o vento não está soprando, silêncio aterrador. Meu corpo fica leve, tudo ao redor parece estar muito leve, isso começa quando o céu atinge o topo do céu, ao meio dia, e termina exatos sessenta segundos depois. O som da cachoeira volta assim como o vento.

-Alguém entendeu isso? – Olho para todos, que estão tão surpresos quanto eu.

-Gravidade. – É a única coisa que Vênus sussurra.

Dou um beijinho de despedida em Cato e Finnick, que falam coisa que eu já sei, como: “se proteja”, “cuidado com os bestantes”, “pode haver tributos por perto”. Quando pego a aljava de flechas percebo que há algumas flechas ali com penas em outras colorações.

-Eu preparei algumas reservas na sua mochila – Nuno olha para mim, percebendo que estou confuso – Ah sim, as azuis são pulsos elétricos, vermelhas são explosivas, amarelas são incendiárias e pretas são normais.

Eu apenas concordo com a cabeça e então seguimos até a porta de pedras, que é aberta facilmente e passamos pelo túnel até chegar a cortina de plantas. Imediatamente começamos um percurso para a esquerda, ou seja, como estamos no lado leste da Arena, estamos indo para o sul. A floresta de Araucárias envolve o círculo de colinas, e segue quilômetros ao sul, até ficar fora de visão o seu fim. Nuno lidera a nossa caminhada, depois vem Vênus e por último eu, assim temo uma boa formação para ataque. Ele usa a alabarda e ela seu Piolet e facas. Descobrimos algumas rochas grandes e então um grande rio, onde é possível se banhar, o que não é uma má ideia, já que o dia está quente estamos usando esses moletons e calças térmicos.

Abastecemos os cantis, tomamos alguns goles de água e paramos um pouco. Deve fazer uns 40 minutos que estamos caminhando.

-Acho que agora a floresta muda um pouco, podemos contornar essa nova parte. – Começa Nuno.

-Depois dos gritos de ontem eu duvido que alguém se aproxime da floresta de espinhos – Vênus aponta para o Norte- se alguém está nas proximidades, ou está aqui ou está adiante das colinas.

-Mas e se... Se eles soubessem que estávamos nas colinas e estivessem esperando nossa saída? – Essa possibilidade surge como um golpe em minha mente, queria não ter dito isso.

-Duvido, os Carreiristas não são do tipo que esperam – Nuno se abaixa e lava o rosto na água corrente – Eles avançariam igual loucos.

Fazemos algumas análises das possiblidades do que pode ou não acontecer nas próximas horas e decidimos recomeçar a caminhada. Antes disso, ouvimos o canhão soar duas vezes.  Atravessamos o rio e entramos naquela outra floresta. Esta tem arvores grandes, com troncos amplos e raízes emergindo da terra, galhos altos, e suficientemente fortes e grandes para caber três de mim neles. E então acontece, um onda azulada, uma parede brilhante vem pela floresta, e não dá tempo de reagir quando ela me atravessa, mas nada acontece, ou pelo menos, não a mim. A floresta está alterada, uma vegetação colorida surgiu e as árvores se tornaram mais tropicais.

-O que foi isso? – é a única coisa que sai da minha boca.

-Eu não sei, algum tipo de armadilha, eu acho. – Vênus toca em uma das plantas.

Dez exatos minutos se passam enquanto analisamos o ambiente e outra onda surge, uma parede brilhante nos atravessa e estamos em um floresta com arvores retorcidas, mortas, e um tapete cinzento de folhas no chão.

-Acha que estão alterando a floresta? Digo, reconfigurando a Arena? – seguimos andando, agora para sudoeste, naquele ambiente fantasmagórico.

-Pouco provável, mas não impossível. Acho que é apenas essa zona que está sendo alterada.

Nuno olha para trás e fica com um cara de espantado.

-Olhem isso!

No início procuro algo nas proximidades, mas então me dou conta. As colinas são quase que apenas um pontinho na nossa visão, a centenas de quilômetros daqui.

-Como vamos voltar? – Diz Nuno, pronto para voltar.

-Vamos encontrar a origem da onda e esperar o ambiente original retornar. – Vênus parece mais calma, porém, ainda está alerta.

Continuamos na direção da onda, que surge novamente, dez minutos após a última. Agora estamos em uma floresta de pinheiros, com pouca vegetação rasteira, e um cheiro adocicado no ar. Os dez minutos passam rapidamente, e estamos bem próximos da origem quando a nova onda surge, a floresta de pinheiros some, e no lugar temos uma vegetação florida até os joelhos e poucas arvores, porém, essas tem galhos longos e cheio de folhas. Estamos à pelo menos 1 km da origem dessas ondas, mas agora temos de andar devagar, Vênus acha que pode haver armadilhas no meio das plantas. Ouvimos o som do canhão uma vez, mais isso não desperta muita atenção.

 E depois de mais 10 minutos, e outra onda, que torna tudo uma floresta tropical, com poucas folhas, porém essas são longas e formam um teto em que poucos raios de sol conseguem penetrar, chegamos finalmente a nosso destino.

Devo admitir, a tal Origem me surpreende. Uma árvore grande, que pertence ao primeiro estilo de floresta. Ela começa a brilhar, como se absorvesse a luz solar e libera outra onda, e essa transforma o local tropical, estamos na floresta original, a qual a árvore pertence, ele fica bem no centro de uma clareira, e há uma caverna logo ao lado, com um entrada de 5 metros de altura. Vênus toca na árvore e olha para mim.

-Peeta, se lembra da textura dos espinhos-armadilha naquela floresta? – Eu toco a árvore e percebo algo, ela tem um pintura rugosa, porém, e lisa, não é uma árvore.

-É falsa, seria um antena? – Olho para o seu topo, procurando algum aparelho nela.

-Tenho uma outra sugestão – Vênus analisa calmamente, tocando com calma superfície e olhando ao nosso redor, e então começa a desenhar algo no chão, a terra macia ajuda – Isso é um Timer, eles são usados para se localizar coisas, aquelas ondas localizam pessoas, mas este aqui é especial, diferente eu diria. – Ela desenha algo semelhante a um fouet, com seis círculos ao redor, e depois três pontos em cada círculo – O Timer nos localizou no espaço e alterou a nossa localização.

-Como um teletransporte? – Nuno olha para Nordeste, onde estão as colinas, que agora parecem próximas – É por isso que as vezes estamos longe de um determinado local?

-Sim – Vênus concorda e faz setas entra os círculos – Fomos levados a esses seis biomas até agora. O Timer muda o espaço em que estamos, correr para qualquer lado dentro dele é idiotice, se queremos sair daqui só podemos fazer isso se o Timer não nos localizar, o que pode ocorrer a noite, ou se fizermos o percurso até o rio em 10 minutos. Essa árvore é o único ponto real nesse lugar, ela é único local ao qual podemos nos dirigir sem ficarmos fisicamente parados, ela é uma conexão, ou melhor, uma intersecção.

Tanta informação me deixa confuso. Pego o pacote de Flechas reserva e prendo ao cinto, ajeito a mochila e aljava e começo a falar:

-Então, digamos que se seguirmos agora para o rio, e o ambiente mudar, será como se só tivéssemos andado a pouca distância no atual bioma, já que no próximo o rio não existe? – Arrisco uma hipótese.

-Exato – Vênus via continuar o desenho mas o chão se altera e estamos no local de vegetação colorida novamente, parece que dentro de uma hora, a cada dez minutos o ambiente se altera, ela estava certa, são seis biomas. – O resta é esperar ou...

Algo estranho acontece, devem ser no mínimo 16 horas da tarde, e vemos o sol está se pondo.

-Os Idealizadores, estão tentando fazer algo com a gente... – Nuno bate com a lâmina da alabarda em um árvore e grita – Não é isso? São só jogos e diferentes maneiras de nos matar.

...

O tempo passou e voltamos ao ambiente original, já anoiteceu, de modo que somos forçados a ligar a iluminação do traje, e a luz do luar adentra a clareira quando vemos algo. Das folhas desce algo, quase que um véu, brilhando, feito de fios prateados, lento, planando.

Nuno ergue a alabarda e corta facilmente aquele lençol prateado, que nos cobre, porém, se desfaz bem rápido, e então surgem, pelo menos 20 delas. Com oito patas, cada um medindo 70 centímetros e o abdômen do tamanho de uma bola de ginástica e cefalotórax igual a uma bola de futebol, olhos grandes, fiandeiras roxas e corpo negro, com as presas babando veneno, são Aranhas, empoleiradas nos galhos e em meio as plantas.

-Bestantes... – Nuno começa a falar quando uma delas pula sobre ele, mas é facilmente cortada pela lâmina da alabarda.

Disparo uma, duas, três flechas, todas rapidamente, abatendo aqueles malditos animais, enquanto isso, Vênus as esmaga e rasga com seu Piolet. Nos primeiros segundos já matamos cerca de 15 delas, mas elas disparam tiros de teias, que nos forçam a parar de lutar e tentar nos libertar daquela coisa gosmenta, e então ouço um grito. Nuno tem uma espécie de faca, dourada e coberta de um líquido roxo, encravada em sua coxa. Olho para cima e vejo três aranhas, com o dobro do tamanho das outras, e cheias de linhas vermelhas no corpo. Essa não disparam teias pelas fiandeiras, mas sim uma gosma dourada que se solidifica rapidamente.

-Vênus, me dê cobertura, tenho uma ideia – Pego algumas flechas que caíram no chão e recolho algumas dos cadáveres enquanto recebo auxílio, depois miro uma das flechas de penas amarelas no topo de uma árvore – Vamos ver se elas gostam de fogo.

Disparo a primeira flecha e essa logo ao certar um galho na copa libera uma nuvem de chamas, queimando algumas que faziam os lençóis de teia, e matando duas das aranhas maiores, porém logo elas são substituídas, mas de onde surgiram. Antes de concluir meu pensamento sou acertado por uma das facas douradas nas costas, e vejo que Vênus também tem uma no ombro. Estamos cercados, e subitamente elas começam a pular todas sobre nós, nossas chances estão perto de zero quando tudo simplesmente some, as aranhas, o fogo, e até as facas cravadas no nosso corpo, a onda azul percorre todo local.

-Dez minutos! – Diz Nuno caindo ao meu lado, arfando, sim, o Timer ainda está funcionando. Mas não adianta fugir, mesmo que corramos como loucos nós voltaremos para essa maldita árvore. E então me dou conta, é o Timer o nosso inimigo, se pararmos ele podemos ter uma chance. Tento usar uma das flechas com pulso elétrico contra ele, mas não funciona.

Os biomas vão passando. Pressiono as feridas, e delas é expelido um pus muito nojento, até que finalmente estamos a um minuto de voltar para o campo de batalha. Preparo minhas flechas e aquilo começa, a matança. Nuno corta elas, Vênus as fura e eu as abato, formando uma pilha nojenta aos nossos pés. Já liquidamos com muitas delas, mas elas não param de surgir, e aquelas vermelhas dão muitos problemas, mas um som me desperta dos meus pensamentos.

Dentro da caverna, tem algo ali, e se meche. Com pelo menos quatro metros de altura, patas longas e corpo robusto e negro, a Aranha-Rainha nos observa salivando veneno. A visão me deixa tonto, misturado ao efeito do veneno que é transmitido pelas facas douradas, estou à beira do desmaio. Nuno mata uma ao meu lado, enquanto tento formar alguma ideia em minha mente, até que finalmente a coisa surge. O Timer tem vários cipós, longos e resistentes, artificiais, amarro um deles ao meu cinto. Uso uma das flechas normais como faca e fico matando as aranhas filhotes (Acredito que as adultas são aquelas vermelhas) e logo após lanço duas flechas incendiárias contra as copas, isso distrai todas elas, me dando tempo o suficiente para agir. A Aranha-Rainha começa a sair aos poucos da caverna. Preparo um flecha explosiva e aponto para a cabeça dela.

-Vai pro inferno! – disparo a flecha, porém, acerto o local atrás dela, passando sobre seu corpo e ela se agita quando uma explosão a joga para fora da caverna, contra o Timer. Rolo para o lado a tempo de me desviar, o impacto dos corpos ajuda um pouco, já que me lança para o lado, junto de Vênus e Nuno. Mas mesmo depois disso a maldita Aranha-Rainha ainda se mexe. Pego o cipó que está no cinto, ainda conectado ao Timer, e o amarro em uma das flechas de penugem azulada. – Comecem a correr, isso não vai ser bom.

Respiro fundo, as filhotes estão quase todas tostadas, as adultas se preocupam com o fogo, e Rainha está presa no Timer, que ainda funciona. Miro entre os olhos da bestante e disparo. A flecha a acerta em cheio e libera uma onda elétrica, que percorre seu corpo o queimando, depois segue pelo cipó artificial e adentra o Timer. Uma onda energética me lança mais longe ainda, a arvore gigante começa a piscar e despenca sobre a caverna.

Me ergo vagarosamente, cambaleante e sigo atrás dos meus aliados. Os idealizadores devem me odiar nesse momento, eu destruí uma de suas armadilhas, mas estou à beira da morte, o veneno logo adentrará minha corrente sanguínea e irei morrer. Alcanço Nuno, que mesmo fraco carrega Vênus nas costas, ela desmaiou e tem ferimento terríveis. Eu tenho pelo menos 8 dessas facas cravadas no corpo, mais do que os meus aliados. Depois de corrermos como loucos, por cerca de 30 minutos, embora eu não tenha uma noção de tempo muito clara agora, chegamos ao rio, e despencamos nele. A correnteza lava o nosso corpo, e então retiramos os moletons e calças, junto das armas e mochilas e os depositamos na margem externa, fora da área do Timer.

Parece que os Idealizadores dos Jogos estavam querendo nos causar problemas mesmo, pois fora do alcance do Timer, o sol ainda está começando a se por.

-Droga, esse maldito veneno... – Nuno está limpando Vênus, que desperta aos poucos. Olho ao redor e vejo algo ao lado dos meus aliados, uma pequena moita.

-Ei, Nuno, essa folhagem ao seu lado, mastigue ela e coloque no seus ferimentos, vai ajudar. – Ele me obedece e logo ao depositar a primeira leva de folhas exprime um gemido de satisfação. Depois de limpar todos os ferimentos, retirando o veneno com a ajuda das ervas, ele ajuda Vênus.

-Vamos lá Peeta, sua vez! Espero que Cato e Finnick não fiquem bravos comigo por eu fazer isso. – Nuno retira as lâminas do meu corpo e coloca as ervas nos ferimentos. A roupa escamosa parece se auto regenerar, algo que nunca vi antes. Quando o veneno abandona o meu corpo experimento algo que nunca senti pessoalmente, mas vi Haymitch passar por isso... Ressaca.

Estou com sede, fome, cansaço, dor, enxaqueca e vários outros problemas. Lavo os ferimentos enquanto a roupa se recupera e tateio minha mochila igual um louco até achar algo para comer, e assim que acho, eu devoro sem pensar duas vezes. Sair do rio e me vestir foi fácil, mas meus ferimentos me deixaram muito fraco. Vênus pede para Nuno me carregar, o que eu não quero no início, mas ela insiste e resolvo aceitar. Depois de um longo trecho na floresta de araucárias chegamos aos pés das colinas. Vênus fez uma marca bem simples na pedra onde está o túnel e nós a encontramos facilmente. Desço das costas de Nuno e me arrasto pelo passagem até chegar a portinha de pedras, por onde eu passo quase morrendo de cansaço. A Mochila, o arco e aljava parecem pesar toneladas enquanto ando até a casa, e o frio que surge castiga meu corpo.

A porta casa se abre e meus dois pretendes ao me verem naquele estado correm para me ajudar. Cato me leva para o quarto em seus braços, fato eu não protesto nem um pouco. Ele retira o moletom e calça, assim como as botas para analisar os ferimentos, e depois de amarrar algumas bandagens que haviam no kit de primeiros socorros ele me enrola em um dos mantos de zibelina e busca um prato com comida quente.

-O que houve com vocês? – Ele deposita uma colherada em minha boca calmamente, a comida me aquece, sinto minha mente sair daquele estado de estupor e começar a funcionar corretamente.

-Nós entramos em uma área de Timer – a palavra parece ser familiar para ele – E fomos atacados por bestantes, Aranhas.

-Peeta... – Ele tem uma tristeza no olhar- Quando eu ouvi os três tiros de hoje eu jurei que fossem vocês três a morrer. Eu fiquei com tanto medo, por você.

-Eu estou melhor agora- Me encosto na parede, a lareira está queimando lenha ao me lado e a luz de neon ilumina o quarto, e então algumas lágrimas brotam dos meus olhos – Me desculpa Cato, eu fui fraco. Não era para ser assim, se não fosse os jogos e...

-Ei, está tudo bem, você está seguro agora. – Cato larga o prato e me abraça, é óbvio que para alguém que já esteve nos jogos e ainda está neles a sensação de segurança deixa de existir.

Ele desfaz o contato e sai do quarto, eu termino a refeição e me ergo, lentamente. Colocaram um espelho aqui, e nele vejo que minha aparência não é das melhores, porém não tenho nenhuma anomalia causada pelo veneno. Desço as escadas e levo o prato para cozinha. Todos estão na sala quando ouço o hino tocar e todos vamos para a rua olhar os mortos de hoje.

As três baixas são: Silver Fenugreek, o garoto da equipe 20, e o homem e a mulher da equipe 21, Makerel e Briar. Aos poucos o número de inimigos vai baixando, e fico imaginando o efeito disso nos Distritos e na Capital. Por fim, apenas subo ao meu quarto, retiro o manto e me enrolo nos cobertores dentro do saco de dormir, acredito que ninguém vá querer fazer vigília hoje, e nem precisa, é líquido e certo que ninguém vai encontrar esse lugar.

...

Me acordo sentindo a respiração de Finnick em meu pescoço. Na verdade, agora estou bem nervoso, no sentido de vergonha. E então sinto a mão de Finnick deslizar pela minha cintura e tocar meu abdômen, olho com atenção para a frente vejo que Cato está acordado e seu corpo está começando a entrar em contato com o meu.

-Eu acho que agora não é a melhor hora... – As palavras saem vacilantes.

-Peeta, por favor – Cato me beija intensamente.

-Mas e as câmeras? – Me liberto do beijo ainda tentando resolver a situação.

-Dane-se elas, se eles já gostam de ver sangue, por que não algo mais apimentado?! -dessa vez é Finnick quem fala, sua mão ainda em meu abdômen enquanto ele deposita beijos na minha nuca.

-Tudo bem – suspiro e imediatamente Cato se ergue e retira as mangas do traje, e depois a parte de cima dele, todo o frio some do local. Essa roupa que usamos é curiosa, afinal ela seria apenas um traje, mas se desconecta na cintura facilmente se for sua vontade o fazer.

Finnick abre o zíper nas minhas costas, de modo lento e começa a beijar cada centímetro das minhas costas. Continuamos o processo de despir e logo estamos apenas com as roupas íntimas, parecem cuecas boxer pretas, todas iguais. Meus ferimentos sumiram devido ao uso da erva, e as bandagens já foram retiradas por mim mesmo. Finnick me abraça pelas costas e sua mão percorre minha cintura entra dentro da cueca, massageando meu membro. Cato já tem seu pênis lutando para sair da roupa, e uma marca de pré-gozo surgiu na cueca.

Para não ficar igual um idiota, parado enquanto Finnick dá alguns chupões no meu pescoço, me abaixo e sugo o local onde está a marca.

-Oh Peeta – Cato fecha os olhos soltando um gemido- pensei que você não era virgem, que não sabia dessas coisas.

-Eu nunca disse que era virgem. – Os dois ficam enlouquecidos ao saber disso, mas é claro que é mentira, eu sou virgem, mas não quero parecer um amador agora. Finnick retira minha roupa de baixo e deposita beijos em minhas costas, me dando arrepios.

Me posiciono confortavelmente, ficando de joelhos, e Cato se aproxima, sua altura ajuda já que minha cabeça fica na altura de sua cintura, e começo a retirar sua cueca, com isso seu membro, grande, grosso e pulsante quase bate em meu rosto. Ok, Peeta, se acalme, isso vai ser fácil, ou não?! Droga, não quero ficar nervoso agora. Apenas deixo o momento correr e começo a sugar na glande de Cato, seus 24 centímetros me assustam um pouco, é claro, mas só até Finnick se se erguer e ficar ao lado de Cato. Ele libera um pênis de 25 centímetros, não grosso quando o de cato, mas o comprimento quase me mata só de olhar.

Começo a chupar lentamente o membro de Cato, e quando ele entra em minha boca um gosto estranho atinge minha língua, porém, não é ruim e o cheiro é ótimo, mesmo na arena Cato tem um perfume ótimo, natural, impregnado ao seu corpo. Uma de minhas mãos está apertando sua coxa enquanto a outra percorre seu abdômen, escuto seus gemidos enquanto sugo fortemente. Aumento a força da sucção, a velocidade e quando sei que ele está chegando ao ponto certo sou parado.

-Ainda não, Peeta – Cato se afasta, está suando, mas quem está igual um escravo fazendo trabalho todo sou eu. – Finnick, pode assumir, e cuidado, ele tem uma habilidade especial com essa língua.

-Como ele é engraçado. – Dou uma risadinha e cerro meus olhos para Cato.

Sou surpreendido por Finnick, que põe uma mão em meu queixo e ergue meu rosto me depositando um beijo, seus lábios tocam os meus e fazemos uma espécie de troca de suspiros. Ele é mais romântico que Cato, e seus toques são cirúrgicos, nenhum movimento é em vão. Ele se deita sobre os cobertos e me debruço sobre seu corpo, beijando a pele morena desde os ombros até a virilha e começando o processo de sucção.

Seu gosto é adocicado, o que não deixa as coisas tão ruins assim. Cato se agacha ao meu lado e enquanto acaricia meus cabelos beija minhas costas e pescoço, sinto seu nariz tocar minha pele, como se eu fosse sua presa e ele estivesse me farejando, isso me dá arrepios. Finnick está chegando a seu ápice, e subitamente paro, começando a despejar beijos pelo tórax dele e de Cato, sugando os mamilos, e trocando todo tipo de carícias, nossos corpos parecem realizar uma dança cheia de toques.

-Tudo bem, agora vamos a melhor parte! – Cato se ergue e me deixa de joelhos, eu esperava que ele quisesse transar comigo, mas isso parece improvável, ele sabe que ainda não estou pronto, mesmo após a história de que não sou virgem.

Mas o que mais me surpreende é quando vou “terminar o serviço”, sou parado. E subitamente, Cato e Finnick invadem minha boca com seus membros, o que quase me rasga. A respiração fica complicada, e não me oponho a eles, enquanto tento realizar a sucção, me masturbo, e ejaculo antes deles. Os dois parecem satisfeitos com aquilo, e então tento tirar minha boca quando sei que chegou a hora, mas eles me impedem de fazer isso. Com seus testículos tocando meu queixo, sinto o líquido descer pela minha garganta, jatos dele, aquecendo ainda mais meu corpo. A sensação me faz bem, mas um cansaço surge repentinamente, e os ferimentos dos aracnídeos voltam a ficar doloridos.

Ponho minha roupa de baixo e com o frio tomando conta do meu corpo me enrolo nas cobertas de pelo e fico entre os dois corpos arfantes, que me envolvem, acho que em menos de um minuto já estou dormindo, tendo doces e felizes sonos, esquecendo dessa maldita arena, do pesadelo da noite anterior e de tudo o mais.

 


Notas Finais


Até mais! Me digam também o que estão achando destas cenas...
Musicas temas do Capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=u3u22OYqFGo
https://www.youtube.com/watch?v=LDZX4ooRsWs


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