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História The Newcomers The Boarding - "Em lagoa que tem piranha, jacaré nada de costas" Parte 1


Escrita por: Loolliz

Capítulo 5 - "Em lagoa que tem piranha, jacaré nada de costas" Parte 1


Fanfic / Fanfiction The Newcomers The Boarding - "Em lagoa que tem piranha, jacaré nada de costas" Parte 1

Lis

Pela misericórdia de Deus eu acordei em mais uma manhã. Levantei, como sempre com preguiça, e fui me arrumar pra chegar chegando na aula de inglês e ensinar a professora quem é que manda: ela.

Quando terminei de me arrumar (1) abri a porta e dei de cara com meus ursinhos panda conversando sobre algo que não me interessa.

- Vai ter um show de strep no meu quarto e eu não sabia? - perguntei trancando a porta.

Nat me abraçou pelos ombros e bagunçou meu cabelo recém arrumado.

- Bom dia, nanica.

- Começou...

- O diretor tá chamando todo mundo lá no auditório.

- Eu não ouvi nada.

- Deve ser porque você tava cantando Like a Virgin no chuveiro - Michael disse rindo.

Ele e Dan fizeram um hi-5.

- Não esperava isso de você, Michael.

Continuamos conversando até chegarmos no auditório. Chegamos lá mais ou menos duas horas depois, só que não, não somos tão lerdos assim. Sentamo-nos nas últimas seis cadeiras.

O diretor apareceu no palco.

- Primeiramente queria lhes dar boas vindas e que tenham um bom ano letivo - ele disse. - Chamei vocês aqui pra esclarecer as regras mais umas coisinhas. Tanto pros veteranos quanto pros calouros.

Já começou com essa merda que toda escola faz. Aqui graças a Deus só estuda o Ensino Médio, porque se fosse outras turmas eu estaria me vendo na sexta série novamente.

- É oficialmente proibida a saída do internato sem autorização dos pais ou da direção, os alunos que fizerem isso podem tomar uma suspensão. O horário de recolher toca às sete horas, depois disso se forem encontradas pessoas fora de seus quartos outra suspensão...

Ele continuou falando, mas nós começamos a conversar sobre coisas diversas. O Nat, como sempre, fazendo suas idiotices. O diretor chamou a gente atenção duas vezes. Mas de quem é a culpa? Dele, porque ninguém quer ouvir essas baboseiras idiotas que ele fala.

Depois de uma hora fomos finalmente pro refeitório. Resultado: Estamos perdendo a segunda aula por causa de "regrinhas básicas".

Não vi a Nanda hoje, e desejo ainda não ver. Mas eis que eu me deparo com um certo Daniel da vida estalando os dedos na minha cara e me empatando de comer.

- Qual é, cara. Eu to com fome! - disse.

- A fome dela é mais importante que um cara lindo e gostoso a fim dela - Jeremy disse.

Certo, isso me despertou. Olhei pro meu lado direito e estava lá quem?? Tiel!  Quem ser Tiel? Tiel ser meu primeiro e não único Summer Love.

- Tiel! - abracei ele. - O que tá fazendo aqui?

- Eu estudando, não sei você...

- Eu to divando, esses aqui tão de prova - apontei pros meninos.

- Oxxe, essa daí tá é dando pra todo mundo e arranjando treta com os bofe tudo!  - Nat falou.

Ri.

- Cara, como vocês são gays! - disse.

Continuamos conversando nós até tocar pra terceira aula. Por que eu sou a única garota daqui? Essa gente não tem dó de mim? Imagina eu, uma garota minúscula rodeada de garotos lindos e goxxxxtosos... É, acho que deve continuar assim!

(...)

Passaram-se todas as aulas. Agora, às cinco da tarde, estou exausta e voltando pro meu lar doce lar. Ah, como eu AMO meu quarto!

Fui me arrastando de preguiça pra lá, mas cheguei. Tomei banho, troquei de roupa (2) e saí pra encontrar alguém. Ainda não são sete horas, então eu posso estar fora do meu quarto, não posso?

- Hey Lis! - quase morri.

- Caralho, que susto! - bati no ombro de Tiel.

Ele pegou meu braço e me puxou correndo pra parte de baixo da escola. Certo, ou ele tá me sequestrando ou tá me sequestrando! Se bem que ser sequestrada por Tiel não é uma ideia ruim.

- Pra onde vamos?

-  Sair daqui. Precisamos conversar tranquilamente num lugar calmo.

Sorri. Claro, o que mais viria do Tiel além de uma loucura dessas?

- Ok fugitivo, como vamos sair sem que os seguranças nos vejam? - falando assim até parece que estamos numa cadeia.

- Calma, eu já pensei em tudo!

Depois dessa eu fiquei calada.

Fomos pro lado de fora. Tiel me mandou ficar preparada pra quando os seguranças saíssem da frente do portão e que quando isso acontecesse eu colocasse a escada e fosse pro outro lado.

Tiel andou silenciosamente pra parte de trás do internato, lá fez um barulho suspeito e logo os seguranças saíram correndo - burroooooos. Fiz o que Tiel falou na adrenalina, me senti num filme de ação, esperei um pouco e logo Tiel pulou ao meu encontro.

- Eles vão perceber pela escada - falei.

- Eu empurrei ela.

Ok, não subestimo nunca mais esse homem! Agora como vamos entrar que é o problema...

Começamos a andar e conversamos sobre tudo o que tinha se passado nesse tempo que não nos víamos.

- Como tá a Nanda? Não vi ela, vocês sempre andam coladas uma na outra.

Suspirei.

- É uma longa história.

- Temos tempo de sobra.

- Ahh, mas eu não quero falar dela agora - abracei ele. - Conto depois, tá? Mas como tão as namoradinhas?

- Ah, tia, no momento eu só to de olho numa gata aí.

Ele sorriu pra mim e bati no ombro dele.

- Posso saber quem é essa tal "gata"?

- Bem, é uma garota muito fofa e engraçada, meio atrapalhada e anormal... Também estuda no mesmo internato que eu e eu meio que to tentando conquistar ela. Hoje mesmo fugi com ela da escola.

- Ah, mas essa garota eu vejo todos os dias. Já viu como ela é linda? Quase a oitava maravilha do mundo...

Tiel riu de mim, parou de andar e me prensou contra a parede.

- Senti saudades de você, Lis - falou.

Sorri pelo canto da boca e puxei ele o beijando em seguida. Ele ficou meio surpreso, mas nem tanto já que sabia que havia possibilidades de eu fazer isso. Depois sorriu e nos separamos.

- O que foi isso? - perguntou.

- Não entendeu?

- Eu entendi muito bem...

Tiel sorriu, levantou meu queixo e me beijou de novo.

 

Tiel

Às sete estávamos de volta ao internato. Pulamos a cerca sem ninguém perceber e entramos. Acho que não é dessa vez que ficaremos de suspensão.

- Esqueci de perguntar que número é o seu quarto - a Lis disse quando subíamos pros dormitórios.

- É o 371, não é muito longe do seu.

Falando nisso, chegamos ao quarto dela. Dei um selinho de despedida, mas fomos interrompidos.

- Posso saber onde os dois estavam? - a supervisora perguntou.

- Xau Oxford! - Lis murmurou. - Estávamos aqui, ele só sentiu saudades e...

- Sei muito bem onde estavam! - ela interrompeu a Lis.

- E por que perguntou, caralho? - Lis se irritou.

- Pra sala do diretor, os dois. Agora!

E como não tinha outra saída fomos pra sala do diretor. Ferrados em plena sete horas da noite. Qual é a desse diretor? Quem ele acha que vai cumprir essas regrinhas idiotas?

Chegamos lá e estava o diretor do outro lado da mesa. Não, não, estavam o Patati e o Patata!

A supervisora entrou conosco e trancou a porta em seguida.

- Sr. Patrick, esse dois delinquentes estavam namorando em frente a um dormitório. Além de terem fugido da escola e chegarem agora. São quatro regras descumpridas.

Pedi pra falar e o diretor balançou a cabeça em afirmação.

- Primeiramente não estávamos namorando e o Sr. pode dar uma brechinha pra nós, afinal ainda estamos no começo do ano letivo... E somos novatos, vocês não podem nos culpar assim.

- Entendo Sr. James, mas a supervisora tem razão. Vocês saíram do internato, não cumpriram com o toque de recolher, havia um garoto na frente do seu dormitório e vocês estavam namorando - ele falou. - Mas só vou dar a vocês uma advertência.

Ok, não consegui nos safar, mas pelo menos foi alguma coisa.

- E Srta. Vânia, por favor não chame nossos alunos de delinquentes.

- Toma que hoje ele tá difícil! - Lis disse rindo. O professor repreendeu ela com o olhar. - Desculpa.

O diretor mandou a supervisora nos acompanhar pros nossos quartos e lá fomos nós...

 

Lis

Era um sábado. Eu (3) e Tiel estávamos sentados na minha cama ao meio dia procurando algo legal pra assistir na TV. Já se passou um mês desde aquele ocorrido. Nesse um mês já voltei pra diretoria umas duas vezes, o diretor falou que se eu for mais uma vez recebo uma suspensão.

- Lis, posso te perguntar uma coisa? - Tiel tirou o controle da minha mão.

- Basicamente você já perguntou, mas se eu disse não você vai perguntar do mesmo jeito, então diz aí!

Ele sorriu, mas voltou com a cara de cu:

- Você ainda gosta do Mike?

Certo, eu contei pra ele sobre o Mike, desde o começo. E nós agora estamos ficando. Mas por que essa preocupação repentina agora? Eu e o Mike nem nos olhamos mais!

- Você sabe que não! Tiel, eu dei duas chances pra ele e ele desperdiçou as duas. Já você continua na primeira desde a primeira vez que te vi. Por que isso agora? Tá com ciúmes?

Ele me encarou aliviado:

- Talvez, mas agora tá tudo bem. Eu sei que você é minha!

Joguei Tiel na cama e fiquei por cima dele, sorri e beijei-o pra provocar um pouco. Já disse que amo abusar os outros?

Bateram na porta e me recompus. Depois de duas batidas ela foi aberta e Bill e Michael entraram.

- Atrapalhamos algo? - Bill perguntou.

- Não, só o básico mesmo! - Tiel disse.

- Desculpa, mas é que desde que que o Sr. James chegou a Sra. James não fica mais com nós e o povo tá achando que somos gays e pegamos uns aos outros!

Ri:

- Mas é a verdade, ué!

- Crianças, não briguem! - Michael se jogou do meu lado na cama e beijou minha bochecha. - Como tá?

- De boa na lagoa. E vocês?

- Suave na nave.

Meu celular tocou em cima do criado mudo. Atendi:

- Oi.

- Lis, é o Mike.

- Mike?

Os meninos me olharam. Cara, como eu sou disputada! Toma essa, inimigas!

- Lis, a Nanda tá sangrando.

Ri.

- Bem, isso acontece com todas as mulheres...

- Não é isso, caralho! Eu encontrei ela no quarto desmaiada e ela meio que tá... Ferida. Ela não tá parecendo muito bem.

- Tem certeza? - perguntei. - De qualquer jeito, Mike, você deveria ligar pra alguma amiga dela. Por que não tenta a Tori?

- Mas você...

- Eu e a Nanda não somos mais amigas, ok? Ela não é mais problema meu - doeu sim, mas eu falei. - Boa sorte!

E desliguei a chamada. Os garotos me olhavam de olhos arregalados. O que? Nunca viram uma garota falar no celular?

- Que cara de quem acabou de assistir A Órfã e percebeu que é um filme de suspense, credo!

- Você acabou de falar que a Nanda...

- É, eu falei, mas e daí? - interrompi Michael. - Quer saber? Já tá na hora de vocês irem, não acham?

Tirei Michael e Bill da cama. Preciso esfriar a cabeça. depois de tanto tempo a Nanda ainda me deixa irritada!

- Mas acabamos de chegar! - Bill reclamou.

- Licença, mas eu sou VIP! - Tiel disse.

- Só que não, você também vai! - empurrei ele da cama.

- Mas amor... - ele tentou me beijar.

- Xauzinho!

Fechei a porta. Como eu sofro na mão desse homens!

Preciso pensar, e o melhor jeito de pensar é tomando banho, então lá vou eu... Depois que atender ao infeliz que tá batendo na minha porta. Esse povo tem uma mania de ficar batendo na porta do meu quarto quando eu vou tomar banho...

- Oi Lis - Mike entrou no quarto sem mesmo pedir licença.

Fechei a porta. Ele se virou pra mim:

- Precisamos conversar.

- Acho que não.

- Ainda não conversamos sobre o que aconteceu.

Ele tem razão... Caralho, por que ele tem razão?

- Tá bem, mas seja rápido.

- Posso saber porque você ficou assim comigo de uma hora pra outra?

- Ah... Não, acho que você descobre sozinho. É só colocar esse cérebro de minhoca pra funcionar!

- Mas...

- A nossa conversa termina aqui, ok?

- E a Nanda?

Respirei fundo e revirei os olhos:

- O que tem a Nanda?

- Você e ela eram tão unidas.

- Até ela virar uma idiota completa por causa da Tori.

Nanda pode ter sido minha melhor amiga, mas isso passou. Nosso encanto passou e agora somos somente meras conhecidas que não dão sequer um bom dia pra outra. Acho que isso não tem mais volta a não ser que alguma de nós engula o orgulho. E sinceramente, isso tá muito difícil mesmo!

- Foi mal, Mike, mas... Eu e a Nanda não somos mais amigas. Nem eu e você. Estou mais feliz agora.

- Eu sei que você não tá... Sei que quer que tudo volte ao normal - ele se aproximou.

- Mike, o Tiel gosta de mim e eu tenho amigos que se importam comigo. Por que iria querer aquilo tudo de novo?

- Por que no fundo você sabe que tudo isso um dia vai passar e que você e a Nanda lado a lado é o que tá certo.

Revirei os olhos.

- Não enche, tá Mike? Eu não gosto mais de você e espero que um dia entenda porque ou pode perguntar a Nanda, ela provavelmente sabe, mas não fica tentando me reconquistar com essas palavras idiotas, não vai dar certo.

Ele por um momento ficou me encarando, mas depois passou por mim e saiu do quarto. Confesso que as palavras idiotas dele quase funcionaram e eu eu sinto saudades da Nanda, mas não que eu queira fugir e nem uma vida fácil, eu só prefiro assim.

Tirei isso tudo da minha cabeça e tranquei a porta antes que aparecesse mais uma surpresa desagradável.

 

Nanda

Depois que o Mike me encontrou naquele estado ele chamou a Tori. Na verdade foi primeiro a Lis, eu até falei pra ele que não ia dar certo, mas ele não me ouviu. A Tori veio com o Eric e me ajudou, os ferimentos nem foram tão graves. E eu nem me lembro do que me causou isso.

O Eric me aconselhou falar com o diretor, mas não acho que seja esse o caso. Seja lá quem for essa pessoa só tá querendo brincar comigo e se eu der bola é que ela não vai parar mesmo!

Saí do banho, me vesti (1) e saí do quarto. Preciso pensar, num lugar calmo. O Joe me falou de um lago que tem na floresta, parece ser um bom lugar pra refletir.

Parece que a Lis não gosta mais de mim mesmo. Depois de um mês ela continua sem falar comigo, acho que esse caso é mais sério do que qualquer um outro que já passamos. Admito que falei algumas besteiras, mas nada pra que ela se chateasse tanto.

Esse é um dos seus defeitos, ela guarda muito rancor.

Logo no começo da "floresta" senti um cheiro forte de cigarro, me falaram que algumas pessoas vem aqui pra essas coisas, mas não deve ser tão grave, não é? Avistei alguém atrás de uma árvore e fui pra lá perguntar sobre o lago.

- Oi, você sabe de algum lago por aqui?

Ele estava fumando, e não dava pra ver o rosto direito por conta da escuridão. Procurei pelo celular no bolso, mas acho que deixei no quarto.

- Se quiser posso te mostrar.

- Sério? - sorri. - Obrigada.

O ser me guiou pra uma parte mais escura e longe do internato. Não sei se vou conseguir voltar sozinha. Se soubesse que achar esse lago faria eu andar tanto assim nem viria.

- Entra na casa - o garoto disse.

- Mas o lag...

- Eu mandei entrar na casa.

Ok, podem existir várias coisas estranhas nesse mundo, mas eu sei que não existiria nenhum lago dentro de uma casa. Quer dizer, nem é uma casa, tá mas pra cabana...

Foi aí que percebi que tava cara a cara com o meu "sequestrador". Tentei correr, mas ele segurou forte no meu braço e me jogou dentro da cabana sem nenhum pudor. Depois entrou e trancou a porta.

- Como você é besta, não é Nanda? - apertou meu braço pra me levantar. - Você sempre foi assim, tão bobinha!

- Você tá me machucando... - falei.

- Esse é o propósito.

Tentei me soltar, mas ele apertou ainda mais. Depois me jogou no chão de novo e ficou por cima de mim.

- O-o que v-você vai f-fazer? - perguntei.

Já estava tremendo de medo e temia o que iria acontecer. Comecei a chorar sem nem perceber.

- Isso é pra você aprender a não ser não desobediente e ingênua - prendeu meus braços e minhas pernas com seu corpo. - Fica quietinha, não vou fazer nada que você não queira.

(...)


Notas Finais




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