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História The Next Crown - Capítulo V


Escrita por: LieselValdez e MioneWaters

Notas do Autor


Heeeeeey I´m back, agradeçam a menina Beatrice/~Strangerx, se n fosse ela pagando no meu pé quem sabe quando eu postaria, enfim leia a fic dela The Next King, vou colocar o link no final.
O motivo da demora é, vcs já assistiram Outlander? É viciante, MUITO, agr eu estou lendo os livros 700 pags cada, ent tenho estado um pouco ocupada, mas prometo que vou escrever mais.

Capítulo 6 - Capítulo V


Depois de eu perder meia hora tentando convencer Ray de que aquilo era loucura, que ele podia não conseguir, até porque, como um cozinheiro teria acesso as caixas do sorteio? Mas ele era relutante, então eu desisti de falar com ele.

Precisava da opinião do meu pai. Eu não achava que ele iria recusar, mas acreditava que ele podia amadurecer a ideia.

Então fomos cruzando os longos corredores da ala domiciliar até chegar a um corredor mais amplo onde ficaram as alas mais importantes como a saída para o refeitório e o escritório de meu pai, mais uma vez ele estava analisando os mapas do castelo. A TV em seu escritório estava ligada, mas só ouvia-se o barulho da estática.

--Se voltarem mais uma vez hoje coloco vocês na rua. —Disse ele assim que entramos, e cobrindo os mapas com o jornal de hoje, cujo a manchete era principal assunto do país no momento.

Expliquei a ele o plano idiota de Ray para chegar a caixa e trocar os formulários das outras meninas por vários com meu nome. Meu pai nos olhou de maneira pensativa.

            --Essa não é a melhor ideia que já ouvi, mas acho que pode dar certo. Mas precisaremos saber onde as caixas serão guardadas. Com certeza, elas estarão sendo bem protegidas, você sabe, garoto-- Ele disse, se virando para Ray-- que vai precisar de um plano realmente bom para distrair a guarda e chegar na caixa.

            Ray assentiu firmemente.

--Eu pensei em uma coisa, uma coisa que vai trazer todos os guardas para a cozinha, só que pode fazer grandes estragos e deixar pessoas feridas.

--O que?--Perguntei ansiosa.

            Ray parecia desconfortável ao falar:

            --Um incêndio.

            --Você acha que consegue iniciar um incêndio dentro do palácio, grande a ponto de precisarem de todos os guardas? --Meu pai pareceu entender bem a ideia.

            --Sim, senhor. Eu consigo.

            --Um incêndio?—Perguntei incrédula —Óbvio que um incêndio não vai ocupar todos os guardas. E eles provavelmente tem pessoas treinadas pra esses casos, e a cozinha deve ser o principal lugar para um incêndio, mais um motivo pra eles terem todos os tipos de prevenção lá.

            Ele assentiu pensativo.

            --Vocês realmente não sabem o que é grande o bastante para ocupar todos os guardas do castelo? –Retomei, eles me olharam confusos--Ah, por favor! Outro ataque!

            Uma luz começava a se formar no rosto do líder dos rebeldes.

            --Eles já sofreram baixas á poucos dias atrás. Não devem ter se recuperado totalmente ainda. Vai ocupa-los, e vão fazer com que mandem todos para um abrigo. Ray, você da um jeito de descobrir onde eles guardam as caixas, de um jeito de ser amiguinho do carteiro real. Nós invadimos pelo lado contrário e causamos uma distração. Mandamos mais alguém para te ajudar, você não ia conseguir carregar tanto papel sozinho.

--Sem dúvida, isso parece muito melhor que um incêndio –Disse ele assentindo para mim e depois olhando para Ray-- Agora precisamos fazer com que você entre no castelo.

            Meu pai nunca demonstrava satisfação, então eu aprendi a interpretar pequenos gestos. E naquele momento eu percebi que ele estava satisfeito, o que, inevitavelmente me deixou feliz.

Por um momento, me permiti sentir auto-orgulho. Mas o momento passou e eu lembrei do risco que Ray correria. Voltei para meu dormitório, aflita por Ray, eles poderiam fazer todo o tipo de coisas com ele se fosse pego e acusado de traição, até onde eu me lembrava, eles chicotearam uma selecionada só por encontrar o amor.

Mas ao mesmo tempo aquilo tinha me deixado muito ansiosa. Outro ataque ao castelo... Eu poderia ser útil dessa vez, poderia convencer o meu pai a me deixar ajudar de uma forma significativa. Mas agora eu precisava fazer a minha parte, eu teria que ir para o centro da cidade tirar a foto para o formulário, teria que estar realmente bonita, pois seria a primeira impressão que o príncipe teria de mim. Decidi que iria no dia seguinte e levaria Eleanor comigo.

            Acordei  com meu despertador batendo, eram cerca de 8h da manhã e por incrível que pareça eu havia dormido bem, demorei alguns segundos até recuperar meus sentidos e repassar mentalmente minha lista de afazeres do dia era bom lembrar que já havia resolvido todo o negocio dos formulários.

Fui andando ainda zonza ao banheiro, que não era muito grande também, só tinha o necessário. Ainda não conseguia manter meus olhos completamente abertos por conta da luz forte, conseguia ver um enorme borrão acima de minha cabeça no espelho sob a pia, meu cabelo sabia cooperar quando queria, mas hoje não era um desses dias.

Lave meu rosto até parar de me sentir um zumbi, escovei meus dentes e deixei meu cabelo apresentável. Coloquei uma roupa simples, sabia que  qualquer coisa que eu colocasse Eleanor iria me fazer trocar.

Andei calmamente até o refeitório onde o café da manha estava sendo servido em algumas mesas disposta pelo pátio, comi pouca coisa, estava muito nervosa para conseguir comer a quantidade que deveria.

Segui novamente para a área de alojamentos, o quarto de Eleanor não era muito longe do meu. Assim que bati na porta ela gritou que entrasse.

--Sabia que você ia vol... Aah, oi Meg—Disse ela ficando vermelha.

Eleanor estava enrolada em uma toalha rosa, seu longo cabelo castanho estava preso em um coque mal feito no alto de sua cabeça. Seu rosto estava com varias manchas mais claras, que pelo que eu me lembrava das “aulas” era base.

--Eu não ouvi nada—Disse, nem querendo saber a que ou quem ela se referia.

Recebi um leve sorriso grato em troca.

--Preciso de você, na verdade preciso da única coisa que você sabe fazer. Preciso causar uma boa impressão no príncipe com a foto do formulário, e bom, você é a mais qualificada para esse trabalho.

--Lisonjeada—Disse fazendo uma reverencia—Mas de jeito nenhum você vai vestida assim. Volta para o seu quarto temos que achar uma coisa decente para você usar.

Assenti e caminhei em direção a porta, os lençóis estavam levemente amarrotados e não queria descobrir o que tinha acontecido ontem de noite neste quarto.

--Não. Volta. Você não vai ter nada descente lá. Já volto.

E entrou novamente no banheiro. Voltando somente vinte minutos depois, volta a Eleonor que todos conhecemos e amamos.

--Bom... Vermelho, a cor do amor—Disse ela tirando um vertido do armário e o colocando ao meu lado—Vermelho não. Azul realça seus olhos, é pode ser.

Algumas centenas de roupas depois, ela achou uma que presumia ser adequada.

Foram mais alguns momentos de tortura de maquiagem, como sobrancelha e cremes. Finalmente uma hora depois, seguimos ao Departamento de Serviços Provinciais de Angeles.

Já havia alguns dias que os formulários foram entregados, quem realmente quisesse entrar teria mandado nos primeiros dias, o que não impedia a fila de ser grande. Havia meninas de todos os tipos. Por mais que as Castas tenham sido dissolvidas as separações ainda eram muito evidentes.

Ex-oitos estavam com uniformes das fabricas, filhos de exes quatro e cincos com roupas mais ou menos e Três pra cima roupas elegantes, cabelo e maquiagem elegantes. Quem me visse acharia facilmente que era filha de algum ex-Três ou ex-Quatro.

Depois de uma espera de mais ou menos 10 minutos, assim que chegamos ao guichê tive que assinar os papeis para comprovar que as informações eram reais, bem eram, a maioria. Entrei em uma sala com um banquinho onde me sentei, Eleanor deu os toque finais e acenou para o fotografo. Tentei parecer o mais feliz e apaixonada que podia. Só depois que vi o flash da máquina pode relaxar. Estava feito, agora era só fazer varias cópias iguais e aguardar o momento certo.

O dia da partida de Ray chegou mais rápido que eu esperava, com uma manhã de sexta feira cinza e chuvosa. Meu pai e ele decidiram que o melhor plano seria ele aparecer desolado no castelo, com vestes e rosto imundos, ele iria pedir  pelo emprego, alegando que não tinha para onde ir, pois seu pai, que era a única pessoa que ele tinha em sua suposta vida, havia morrido em uma briga em que ele saíra quase aleijado caso a faca que lhe atingira tivesse cortado algum nervo.

Ele diria que sabia cozinhar e que já havia trabalhado em vários restaurantes e o sonho de seu pai era abrir um, mas nunca pode pelo preconceito de castas, já que ele era um Seis.

 Ray teria que fazer alarde sobre si mesmo para chamar atenção do máximo de pessoas possível e eu sabia que, se preciso, Ray faria com que o próprio rei Maxon o ouvisse.

O plano estava elaborado, então, passou a ficar na cozinha todos os dias, preparando pratos de livros de receita que meu pai tinha arranjado. No final daquela semana nós nos reunimos, eu, Eleanor, Kilorn, e mais alguns amigos de Ray, para experimentarmos um de seus pratos. Estava maravilhoso e realmente parecia um prato chique como o que nós imaginamos que é servido no palácio.

Plano pronto, Ray também pronto, estava na hora de coloca-lo dentro do palácio. Então voltamos para a sexta feira chuvosa.

Dali três semanas, as selecionadas seriam anunciadas ao vivo na televisão. E dali quatro semanas, começaria a seleção do príncipe Ahren. Apenas quatro semanas para eu deixar de ser Megan, a próxima líder dos rebeldes e me tornar Megan, a selecionada que quer se casar com o futuro rei de Illéa.

Eu e meu pai estávamos esperando Ray no refeitório. Ele chegou, já pronto e caracterizado, com roupas imundas e rasgadas, seu rosto estava coberto de sujeira e fuligem. Ele estava muito bem disfarçado.

Ele iria para a cidade junto com meu pai e o pai dele, mas eu não poderia ir, então iria me despedir dele ali mesmo. A ideia de ficar longe de Ray era um pouco assustadora, mesmo sabendo que seria por pouco tempo. Eu só esperava que tudo desse certo.

Ele se virou para mim, com um sorriso e me deu um abraço apertado. Eu não queria que acabasse, queria ficar ali, queria que ele ficasse ali, comigo. Cedo demais, ele me soltou e olhou em meus olhos.

--Você está fedendo—digo enrolando para que ele não vá tão rápido.

--Tenta não se meter em encrenca enquanto eu estiver fora.

--Eu nunca me meto em encrenca. --Falei rindo, ambos sabíamos que uma das coisas que eu mais fazia era me meter em encrencas.

--Sério, Meg. --Ele assumiu um tom sério. --Se cuida.

--Quem tem que de cuidar é você! --Apontei para ele, usando o mesmo tom sério que ele usou. --Você vai estar correndo o maior perigo, Ray!

--Eu vou me cuidar. --Ele disse sério, mas em seguida sorriu.

Como ele podia estar tão bem com relação a tudo isso? Ele não demonstrava uma gota de medo ou insegurança.

Ele me deu um último abraço e saiu pela porta do refeitório, junto com meu pai.


Notas Finais




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