1. Spirit Fanfics >
  2. The Nightmare Game >
  3. O parque de diversões

História The Nightmare Game - O parque de diversões


Escrita por: KVFC

Capítulo 8 - O parque de diversões


    - Que horrível! Quer dizer que Kauã, o novato, é homofóbico? - Indagava Catarina, estupefata e incrédula com a afirmação que Matheus havia feito para Amanda e ela.     Era hora do intervalo, os três colegas lanchavam no estacionamento do colégio. 

- Não fique assim, Catarina, Matheus também não é nenhum santo! - Amanda comenta - Para quem ja tentou matar alguém só por morar na casa em frente, saber que o outro é homofóbico sinceramente não me espanta! 

- Ele me chamou de racista! - Matheus tenta repor a situação de vítima - Só por que disse que ele nunca teria a capacidade do meu dedo no jogo do pesadelo, mas foi só por causa dele ser inexperiente! Se eu fosse falar isso para qualquer um dos outros nove componentes do jogo ou para o meu ex, não seria racismo, porque são todos brancos! 

 - Exato! - Catarina defende Matheus - Quer dizer que só existe racismo contra os negros? Os brancos não sofrem discriminação? Kauã misturou as coisas! 

 - Você ouviu o que você mesmo falou, Matheus? 

 - O que eu falei?

 - Todos do seu grupinho de amigos são brancos! Inclusive seu ex! 

 - Bem.. Pode ser uma coincidência! - Matheus se defende.

 Ao longe Amanda avista Kauã caminhando na direção oposta à entrada do colégio. 

 - Se é só uma coincidência, então chame ele para juntar-se com a gente agora! - Amanda aponta em uma direção, Matheus e Catarina olham para o local indicado. 

 - Sem chance! - Foi a resposta do loiro. Ao perceber que o trio o observava, Kauã fecha a cara e apressa o passo em direção ao corredor, ao sumir da vista dos três, Amanda põe-se de pé.

 - Me desculpe, Matheus, mas eu ainda acho o seu lado racista algo discutivel! 

 - Mas eu não sou racista, caramba! - Matheus revolta-se, ao se levantar do chão. 

 Neste momento o sinal toca, anunciando o fim do horário do intervalo. 

 - Amanda, você vai mesmo ficar achando que Matheus é racista? - Catarina pergunta ao levantar-se. 

 - Entedam uma coisa, qualquer um poderia perguntar ao Kauã se ele é homofóbico e ele poderia muito bem responder que não! A questão não é a resposta, é o modo de agir quando não estamos por perto! - Amanda deixa sua opinião e põe-se a caminhar rapido em direção ao corredor, sua sala localizava-se longe dali, as classes de Matheus e Catarina ficavam próximos, por isso os dois caminhavam mais devagar. 

 - Não ligue para ela, Matheus, eu sei que você não é racista! 

 - Obrigado Catarina, seu apoio é importante para mim!

 Surge um sorriso no canto da boca de Matheus, Catarina não percebe. 

 Pela tarde, Kauã estava com um sono repentino, o que findou por fazê-lo tirar um cochilo, seus pais iam sair, então seria menos barulho, deveria aproveitar o momento, todavia, poucos minutos em que já estava dormindo, ruídos de palmas chegaram aos ouvidos do garoto, acordando-o.     

Constatou que as palmas vinham da calçada de sua casa. Estranhou o horário, o relógio da sala marcava 3:40 da tarde. Ao abrir a porta da frente, Kauã avistou Catarina. 

 - Queria conversar com você, Kauã! 

 - Se veio defender o seu amiguinho aí da frente, pode dar meia volta e... 

 - Eu não vim defender ninguém... Só queria desabafar... 

 - Desabafar comigo? 

 - É sobre o jogo! Eu não aguento mais isso! Só tenho você para desabafar porque Matheus e Amanda não admitem falarem mal do jogo, e os outros estão todos mortos! - Kauã pensa no que fazer - Por favor, Kauã! 

 O novato hesita por um tempo, no entanto, acaba cedendo.

 Iam caminhando por uma estrada de terra, localizada no final da rua José Apa Dias, até chegarem a uma casinha abandonada, aquele local parecia familiar para Kauã, tratava-se da casinha onde esteve quando o jogo do pesadelo teve seu estopim. Catarina abre a porta e entra, Kauã a segue, ao estarem no interior empoeirado da casa, Catarina finalmente fala. 

 - Eu sei que falei que queria desabafar sobre o jogo... E realmente não sei se esse jogo realmente é uma atividade saudável... 

 - Você ainda acha? Afinal para que você me trouxe aqui?

 Kauã, por um momento, achou que havia visto um objeto metálico estranho nas mãos de Catarina, todavia, um beijo na boca de súbito o surpreendeu.

 Catarina estava de ponta de pé, com a excitação do beijo, querendo mais da boca da garota, Kauã começa a deixar-se levar pelo momento. Ao dobrar os joelhos, em prol de diminuir sua altura e deixar o beijo mais confortável para a garota, Kauã sente algo colidir com o lado direito da sua face, forte a ponto de fazê-lo cair no chão. 

Ao levantar-se, sentiu sua face latejar, ao tocá-la, percebeu um líquido vermelho escorrer. Kauã vê a porta da frente aberta, corre para ver se Catarina estava bem, ouviu um barulho vindo de trás da casa, ao contorná-la, o garoto vê um rastro de destruição na plantação, formando uma trilha. Kauã grita por Catarina, um grito de resposta ecoa dizendo: SOCORRO! 

Kauã põe-se a correr pela trilha atrás da garota, no horizonte, um arco surge, ao começar a descer um morro, Kauã pode ver melhor do que se tratava o arco, uma roda gigante. O final da trilha dava em um parque de diversões cercado por um enorme muro. O garoto percebe o portão do parque aberto, grita por Catarina, a garota responde novamente com um pedido de ajuda, sua voz vinha de dentro do parque, Kauã contorna o muro até chegar ao portão, ao entrar no local, o portão se fecha de súbito, assustando o garoto, de repente, ao longe, Catarina, Matheus e Amanda surgem, caminhando, vindo em sua direção, Catarina possuia um soco inglês em sua mão direita, Amanda possuia uma espin, Matheus possuia absolutamente nada em mãos. Os três param e Matheus anuncia.

 - Bem vindo Kauã, e parabéns por conseguir chegar às semifinais do jogo do pesadelo!     



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...