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História The Old Girl. - Eu já tenho a sua garota.


Escrita por: calliefoster

Notas do Autor


Olá! Voltei lindas, desta vez com um capítulo inédito, yay!

Quero esclarecer aqui que não escrevo por números, como dei a entender nas notas iniciais do capítulo anterior. Só acho frustrante quando favoritam minha fanfic para que esta seja apenas mais uma estória em sua biblioteca. Quero leitores, não números. E sim, como qualquer outra escritora, eu gosto sim quando recebo elogios e comentários. Amo saber se vocês estão gostado ou não. É motivador, sim. Mas não é a falta deles que irá me fazer abandonar minhas filhas.

Enfim, este capítulo é crucial para o inicio do relacionamento de Justin com nossa garota das antigas, e eu espero que vocês apreciem. E, ah! Não se esqueçam que as palavras em ítalico são apenas a girias.

Nas notas finais há a aparência a qual imagino para Selena na estória, e música a qual ouvi enquanto escrevi.

Só isso,
xoxo, bris.

Capítulo 4 - Eu já tenho a sua garota.


Fanfic / Fanfiction The Old Girl. - Eu já tenho a sua garota.

Ainda na tarde de sábado — 14 de fevereiro de 2016.

6h57min PM

Ponto de vista — Thomas Blake. 

Seu corpo magro dança em meu campo de vista. Ouço sua gargalhada adentrar-me os ouvidos, tão gostosa quanto eu podia me lembrar quando a ouvi pela a última vez, em meados do ano de 2003, quando eu tinha lá meus 7 anos de idade. Rio com ela, de suas histórias, de suas pequenas descobertas da atualidade. Mas parece que não irei me acostumar nunca com o fato de que ela está aqui, viva, jovem. 

Cada olhar, um novo deslumbre. As orbes negras, tão inocentes, brilhando com detalhes pequeninos, os quais somente uma criança se nota, como os confeitos que caiam sobre seu sorvete de chocolate. As calças num tom azul marinho, coberta pelo vestido que lhe vem até os joelhos e os tênis de cano alto que roubara da Maya, atraem tantos olhares curiosos quando seus cabelos encaracolados. 

A momentos atrás, minha irmã mais nova e eu presenciamos a mais comica das cenas; Selena surtará quando descobriu que o rei do pop havia falecido. A morena literalmente agarrou os cabelos negros e os puxou num desespero inexplicável. Nos obrigou a contar-lhe detalhe por detalhe de como Michael tinha chegado ao ponto que chegou, e, quando finalmente soube, secou as lágrimas e conformou-se. 

Este fora apenas o início. No fim de tarde, quando o céu já se mesclava entre o azul escuro e o tom dos últimos raios de sol, nós a levamos para conhecer a grife de roupas que ela mesmo havia criado. Diferente da descoberta sobre o fim trágico de Jackson, este momento nos deixará emocionados. Nos a vimos ajoalher-se no piso alvo da loja, e berrar o quão agradecida estava por cada peça de roupa que tinha ali. Selena já havia deixado claro que aquela grife era seu verdadeiro sonho realizado, mas ali, ela havia nos provado. 

Por fim, ela nos pediu que fossemos a sua antiga escola. Alias, a escola a qual frequentei até dois anos atrás, e a que Maya ainda frequenta.

Estamos a frente do armário de troféus do colégio. Selena nos mostra um quadro onde ela está presente juntamente com o seu  time de rugby feminino.         

— É sério? — As sobrancelhas de Maya sobem em diração a seu couro cabeludo. — Você irá chorar a cada lembrança que lhe vier a cabeça? Qual é!

— Você não cansa de ser um caroço? — A morena lhe devolve, e minha irmã e eu nos entre olhamos.

— Traduz, Selena.

—  Ah, as gírias! Desculpe! — Ela lambe os dedos sujos pelo melado marrom do sorvete de chocolate. — Pare de ser chata, e me deixe chorar, Maya.

Eu rio da careta que a garota ao meu lado faz.  

— Qual é, Blake! — Virando-me ao ser chamado pela voz masculina, sorrio ao encontrar um velho amigo meu e de Maya.

— Butler! — Nós nos comprimentamos com um abraço, e quando nos separamos, noto que o rapaz dois anos mais novo que eu, usa a camisa do time da escola. — Jogo hoje, cara?

— Pois é. Irá lá torcer para mim, May? — Desta vez, Ryan vira-se para minha irmã, que demonstra todo o seu desprezo pelo rapaz ao revira os olhos; vejo Selena rir.

— Na verdade, eu vim ver meu amigo passar vergonha, muito obrigada — a menina joga os cabelos curtos por cima dos ombros, numa pose superior. — Ah! E trazer Selena para vê-lo se apresentar, é claro. 

Timidamente, a morena que antes matinha-se acanhada em seu canto, aproxima-se com um pequeno sorriso.

— Prazer, Selena — ela deslizou a mão pela saia cor-de-rosa, limpando-a antes de oferecê-la a Ryan.

Assim como eu, Maya segura a risada. Mas Butler mal parece se importar com tal coisa, pois está fascinado demais no rosto redondo de Selena que agora esboça um lindo sorriso a ele.

— O prazer é todo meu, morena — quando nós o vemos levar a mão da moça até os lábios beijando-a como um cavalheiro fajuto, ambas as risadas fluem naturalmente.

— Certo, principe encantado. Nós vamos caçar um lugar na arquibancada da quadra, antes que nossa única opção seja o chão — eu agarro a moça pelo braço, guiando-a para longe.

Ainda sim, Selena permanece com seus orbes negros cravados no lourinho, que faz o mesmo com a bela garota.

— Até mais, Ryan! — Ela grita para ele. — Ah, meu Deus! Aquele garoto é um broto! — Ouço-a sussurrar para mim quando adentramos a quadra escolar parcialmente lotada.

— Não — Maya a repreende de imediato, erguendo o dedo indicador — Você não o chamou de broto. Você não disse isso.

Guio Selena dentre as pessoas que já ocupam seus lugares na última fileira, que foi a única que nos sobrara. Pude ouvir quando um pequeno grupo de garotas a alguns lugares de distância comentaram maldosamente sobre a roupa da menina, o que me faz apressar o passo para que esta não chegue a ouvir a grosseria. 

— Me desculpe, ok? Mas aquele garoto é realmente muito bonito. Eu tive que lhe jogar um xaveco — encolhendo os ombros num ato acanhado, Selena senta-se. 

Xaveco, ah não! — Seu tom arrastado faz com que Selena gargalhe.

— Maya! — repreendo-a, beliscando-a quando a mesma senta-se ao meu lado. 

De repente, uma música alta soa, e em então, as garotas da torcida entram em quadra, juntamente ao mascote, sendo este o melhor amigo de minha irmã. O rapaz vestido numa cômica fantasia de castor vestido no uniforme do time rebola ao som da batida da canção. Faz com que sua imagem de garoto timido suma, pelo menos por poucos minutos. Maya levanta-se, já estava achando que estava demorando. A morena não se acanha, e dança imitando os passos do amigos, lhe berrando o nome. Selena ri, e arrisca a dar um tchauzinho a Justin, que para toda sua coreografia para correspondê-la. 

Quando a introdução do jogo termina, Maya desce da arquibancada para cumprimentar o amigo. Ambos compartilham gargalhadas, e brincam um com o outro. Sorrio. Maya e Justin são amigos desde de muito pequenos. O menino servira de apoio a ela em sua infância, no periodo o qual minha irmã mais sofreu com a ausência da mãe. Da mesma forma, Maya esteve lá para ele quando Jeremy, o pai de Justin, traiu a mãe deste e os deixou para morar com a amante.  Um é a base que sustenta o outro, e tenho a plena certeza de que sempre é assim. 

Seja apenas na amizade, ou em algo a mais. 

9h23min PM

Ponto de vista — Selena Gomez.

O jogo chegara ao fim. Parecia que eu não havia viajado anos no tempo, pois foi exatamente igual  ao qual estive presente a alguns dias atrás. Claro, há o negocio o uniforme novo e as roupas curtas das lideres de torcida, mas ainda sim foi tão empolgante quanto eu me lembrava. Mas Maya não dissera a mesma coisa. Acontece que nós, o time da casa, perdemos. E isso enfurecera todos da escola, levando-os a acusar o mascote, já que a tarefa do animal é ritualmente trazer sorte ao time.

— Estes caras são uns imbecis — Maya continua a xingá-los, enquanto eu permaneço mexendo os pescoço a procura do broto o qual vi hoje cedo. —  Se safam de trabalhos, provas, e outras merdas escolares apenas por serem do time e ainda perdem! 

— Ryan deve estar tão triste — comento vagamente, procurando por este; sinto-a beslicar-me. — Ai!

— Você está prestes a me fazer colocar o meu almoço para fora — avisa a morena, fazendo-me rir de sua expressão furiosa por conta do interesse o qual demonstro no lourinho. — Esqueça-o. Pegar o amigo dos filhos é a coisa mais nojenta que você pode fazer, sem contar que você é coroa.

— Ei! — Reclamo, visivelmente ofendida.

Tommy ri.

— Deixe ela, Maya — o menino defende-me. — E você está muito bem para uma coroa, Selena.

Sorrio para ele, beijando-a na bochecha, a qual fica marcada pelo batom de tom rosa-shock.

— Mas que merda é aquela ali? — Ouço Maya questionar-se, encarando tal cena com uma expressão incrédula.

Viro-me para ver o que tanto lhe chama atenção, e vejo quando um pequeno grupo de caras do time cercam o rapaz de óculos grandes. Ele riem alto, as bocas escancaradas vazando palavras sujas. A vitima, ainda com a fantasia engraçada a qual usa para levar alegria ao publica se encolhe, abaixa a cabeça, está apavorado. 

A cena não me era incomum. Ainda em 1987, já existiam os famosos valentões, normalmente caras do time, riquinhos, populares, usufruindo da inteligencia de garotos nem tão "legais" assim e os intimidando. Realmente é uma pena que ainda nos dias de hoje, quase trinta anos depois, existam situações como essa. Mas se em minha época eu não passava por tal cena calada, não será nessa que eu irei.

Sem pensar duas vezes, marcho brutalmente até o circulo fechado de meninos. Não me preocupo em ser educada, ou talvez respeitosa, apenas os empurro até que esteja a frente de Justin, como um verdadeiro escudo humano.

— Deixem-o em paz — peço, mas minha voz soa tão bruta que se parece mais uma ordem.

— Ah, cai fora, garota! — Um rapaz de pele escura vestindo apenas calças e tênis gesticula para que eu saia da frente.

— Ora, cai você, seu mala! — O respondo, tão ignorante quanto este se dirigiu a mim. — Por que não o deixam em paz, huh? Vão fazer algo útil como, sei lá! Xavecar as barangas burras com esse seu papo sujo e podre, que é a única coisa que idiotas como você sabem fazer! — O rapaz encolhe-se com a chuva de risadas que caem sobre ele; Maya e Tommy surgem em meio a multidão.

— Selena, deixe, está tudo bem! — Ouço a voz rouca sussurrar em meu ouvido, porem eu o ignoro.

Xavecar? Mas que pessoa ainda usa essas girias de merda? — o moreno ri, ousando aproximar-se o suficiente para pegar em meu vestido. — O lugar de onde veio ficou parado no tempo, boneca? 

— Não toque nela, Rocky! — Apoia-me Maya, afastando-o com um empurro bruto.

— Tá legal! Mas foi este otário que ousou dar em cima da minha garota, Blake! Só estou dando o que ele merece — explica o membro do time, umidecendo os lábios carnudos.

Estando este rodeado por todos seus amigos, provavelmente os rôbos que todo clássico capítão do time de basquete do colégio tem, o rapaz negro tinha todo o apoio possível.

— Eu já lhe disse que não foi bem assim... — O rapaz protegido por meu corpo magro finalmente pronuncia-se, ainda que gaguejando bastante.

— Lógico que não! — Maya interfere. — Qual é, Rocky! Bieber mal consegue conversar com a nossa professora de matemarica por achá-la bonita, imagine dar em cima de alguém como Lasey? Ah, tá!

— Eu só fui perguntar a ela quando iriamos começar nosso progeto bimestral, já que somos parceiros na aula de química — Explica Justin, colocando-se ao meu lado, apesar de estar um pouco receoso com o que virá a seguir.

Seus olhos castanhos, escuros agora acredito que por contra da pouca luz, encaram-me de relance. Eu sorrio para ele.

— Espero que tenha sido só isso mesmo, pois se eu vê-lo novamente perto da minha menina, quebro-lhe este rosto, seu franguinho de merda! — O garoto arrogante aproxima-se tanto de Bieber, que eu quase pude ver seu nariz tocar o do garoto vestido de castor, que parecia tentado a correr.

— É realmente cômico um cara como você ser tão inseguro — não pude deixar de comentar, o que além de causar uma risada fina e baixa de Tommy que permanecia quieto até então, trouxe também o olhar furioso do tal de Rocky. 

— O que é, esquisita? — Questiona-me, estreitando os olhos, claramente ofendido.

— Oh, desculpe. Eu só quis dizer que se você é tão da hora como acha que é, um franguinho como Justin não seria uma ameaça para você, sabe? — Sorrio, vendo o rosto do menino contorcer-se em furia. — A verdade é que você não confia em seu taco. Pare de extrapolar garotão, sabemos que o real franguinho da história é você!

Só pude me dar conta do que estava dizendo no momento que todos aqueles caras caçoaram de seu próprio parceiro de time, e este afastou batendo os pés. Rir é completamente inevitável.

— Está avisado, Bieber! Fique longe de Lasey — O garoto bruto não se contenta apenas com mais um aviso, e então, empurra Justin.

— Já falei que não fiz isso, merda! Eu não preciso da sua namorada!— Visivelmente farto, Bieber rebateu.

— Oh, é mesmo? — Rocky ri; sua pose e arrogância causa certa irritabilidade em mim. — Certo, já que é tão bom assim para Lasey, nos mostre o que pode conseguir algo melhor.

— Mas que pentelho... —  Prestes a lançar meu punho contra sua face, sou impedida quando Thomas, que antes permanecia distância, tira-me da briga. 

— Traga uma garota gata ao baile de primavera, Bieber. Uma garota tão bonita ao ponto de roubar a atenção de todas as outras. Ao ponto de levar a coroa de rainha do baile. E só aí, te deixaremos em paz pelo resto de seus dias letivos — ainda que longe, posso ver o rosto delicado de Justin de perfil, os lábios entreabertos, olhos atônitos.  —  E aí, topa?

Espero que ele diga não, ou que apenas reagisse de alguma forma. Apesar de aparecer, eu não consigo enxergar apenas o garoto frágil em Justin. Sei que ele é capaz de defender-se, mas não o faz por medo do que irá vir depois. E é exatamente que Maya se intromete, e age por ele, apertando a mão de Rocky, que finalmente decidi cessar fogo e nos dar a honra de sua ausência.

— O que você fez, Maya? — Esbraveja Bieber, incrédulo com a atitude de sua melhor amiga. — Onde irei arranjar uma garota bonita que esteja disposta a ir ao baile comigo? Puta que pariu! 

— Qual é! Nós podemos contratrar, oras — Sugere a amiga, fazendo com que este solte o ar bruscramente, frustrado. — Estou brincando, palhaço. Eu tenho um plano.

— Espero que seja de viagem, pois quando eu não aparecer no baile, estarei ferrado na mão daqueles caras — Lamentando-se, o menino enterra os dedos dentre os fios claros de seu cabelo, bagunçando-os.

— Pare com essa porra de drama — Maya revira os olhos. — Eu já tenho a sua garota. 

As grossas sobrancelhas de Justin se arqueiam quase que no momento exato em que o sorriso maroto de Maya se abre. Ambos se encaram, e parecem comunicar-se por telepatia, o que me deixa levemente curiosa. E então, os dois pares de olhos deslizam até que estacionem sobre minha face, e os lábios cheios do garoto se esticam. Mal percebo quando Thomas passa a me encarar da mesma forma. 

— Por que vocês estão me olhando assim? — Pergunto, brevemente assustada, perguntando-me o que diabos se passava em suas cabeças. 

E após um breve riso, Maya esclarece:

— Porque você é a garota de quem falo, mamãe. 

 


Notas Finais




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