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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Zöe.


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


Esse capítulo é literalmente ligado ao canon dos livros.
É pra chorar.
A começar pelo titulo.

Capítulo 26 - Zöe.


Ártemis

 

Após o Solstício de Inverno de A Maldição do Titã.

 

Depois daqueles dias inteiros com o céu nas costas, admito que eu estou cansada.

O pior dessa situação é que eu sei que meu dia está tão longe de terminar quanto essa guerra com os Titãs.

Por que ainda não encarei o verdadeiro problema que restou depois da derrota de Atlas.

Um que é realmente sem precedentes.

-Desculpe interromper a senhora, mas para onde iremos agora?

A voz de Thalia naquele tom era tão incomum que não a reconheci por um momento.

-Não precisa sertão formal comigo Thalia, você não é Zöe e no momento é melhor não ter nenhuma semelhança com ela, para a sua segurança. –“E para a minha também”.

-Então vamos atrás de algum monstro?

-Pior. Vamos atrás do grupo de caçadoras que não estava no acampamento.

-E as caçadoras que a senhora deixou lá?

-Elas já sabem onde é o ponto de encontro e estarão lá quando chegarmos. Então se prepare para viajar e talvez para morrer.

-Como?

Porém Thalia não teve a resposta que queria.

Nós apenas aparatamos na costa da Escócia, aonde algumas caçadoras já vieram na minha direção.

-Senhora, por favor, rápido. Ela enlouqueceu. –Eu queria poder dizer com sinceridade que me lembro do nome da caçadora a minha frente, mas seria mentira.

Normalmente eu saberia, mas não com a minha cabeça ocupada com essa questão desde que Thalia fez o juramento.

-Ela não enlouqueceu minha querida, ela está triste e de luto. –“Pela milésima vez em sua vida imortal” acrescentei mentalmente. –Muito embora, no caso dela ambos estejam se tornando cada vez mais próximos.

Segui até o ponto na beira dos penhascos onde um pequeno, e realmente corajoso, grupo de caçadoras me esperava paciente. Dessa vez, Helen parecia lidera-las.

-Como estão as coisas?

Todos me encararam um pouco tristes, elas estavam comigo há algum tempo e eram amigas de Zöe.

-Uma novata achou que poderia falar com ela, perdeu um braço por isso. As demais se afastaram depois disso e mandamos que ficassem no acampamento. Infelizmente, está pior que da última vez. –Helen parecia mais preocupada que de costume, o que para uma filha de Apolo... Bem, é algo preocupante.

Mas para Helen, significa que a coisa é realmente séria.

-Há quanto tempo começou exatamente? –Muito embora eu soubesse a resposta, precisava confirmar.

-Desde que a senhora colocou Zöe no céu.

-Certo. Quero que todas esperem aqui e não falem nada com ninguém até que eu volte. –Olhei Thalia um pouco preocupada. –E você fique com as três e até eu voltar escute-as.

-Tudo bem.

Avancei pela colina até o ponto onde Helen havia marcado os limites de aproximação e reparei em algo caído no chão, um braço.

Se tivesse alguma sorte poderia ajudar a caçadora ferida depois, mas no momento... As coisas estavam difíceis.

-Quer alguma ajuda com ela?

Não me surpreendi ao ouvir a voz dele, na verdade, era esperado que o visse em algum momento.

Me virei um pouco mais cansada por ter que encontrar com ele naquele dia.

-Não sei Kaíros. Acho que vou arriscar dessa vez.

Ele continuou me encarando antes de suspirar cansado.

-Se precisar diga meu nome e meus pêsames pela Zöe, ela era uma boa garota.

-E te mataria se ouvisse essas palavras.

Ele sorriu.

-Crianças sempre são temperamentais. –E então ele desapareceu da minha frente enquanto minha vontade de dar um murro naquela cara perfeita dele aumentava.

Odiava quando Kaíros usava esse tipo de indireta comigo me chamando de criança temperamental.

Além de não saber o que ele queria realmente dizer, ainda tinha que lembrar que Kaíros poderia até ser bom e compreensivo comigo, mas tem um limite bem volúvel.

Respirei fundo, profundamente cansada de esperar e voltei a caminhar na direção das ondas de choque no alto da colina sentindo-as causarem dor no eu corpo.

Aquilo definitivamente seria doloroso.

Não demorou muito para ver a figura dela sentada na beira do penhasco enquanto a própria realidade parecia começar a se romper.

Me aproximei com cuidado e sentei ao seu lado sem coragem para olhar seu rosto.

-Melindra, preciso pedir que tente se acalmar. Preciso que você, mais que qualquer outra caçadora suporte a perda e que fique ao meu lado nesse momento.

Não houve resposta e isso me forçou a encarar o rosto de Melindra.

Lágrimas de sangue desciam dos seus olhos que permaneciam completamente brancos, enquanto tudo ao seu redor parecia tremeluzir em chamas e sombras.

-Melindra, eu...

-Eu sabia disso há anos. –As palavras dela me atingiram com uma força que provavelmente não deveria ser possível. –Tentei contar a ela, mas Zöe me proibiu e me fez prometer que nunca contaria a senhora.

Precisei de alguns minutos para conseguir responder aquilo.

No final nem foi à resposta que eu mesma esperava.

-Isso era a cara da Zöe. Só não é a sua cara sonhar com esse tipo de coisa.

-Às vezes acontece, você sabe disso melhor que a maioria.

-É verdade. Então, se não estava enlouquecendo aqui, o que aconteceu?

-Ah. Mas eu estou enlouquecendo, só que meus poderes cresceram demais desde a última vez, então estou tentando não causar um colapso da realidade e acabar com os últimos dois ou cinco mil anos de história temporal.

Apesar da gravidade do que ela me disse, eu ri.

-Realmente, a primeira pessoa a ficar bravo com isso seria Kaíros.

-E você a segunda. –Melindra acrescentou em um tom malicioso.

-Agradeço o seu esforço com isso. –Resolvi ignorar a sua provocação, por que eu realmente seria a segunda pessoa brava com ela.

-Depois eu reverto o braço da garota nova.

-Isso seria bom.

-Quem é a garota nova, que vai ficar no posto da Zöe?

-Você sentiu?

-Senti.

Reparei que as lágrimas haviam sumido dos seus olhos e que as cores haviam voltado a mudar na sua íris. Mesmo as chamas e as sombras haviam sumido.

-Thalia, filha de Zeus.

-É mesmo, a filha do tio Faísca tem algum potencial.

-Precisa parar de usar o apelido que a Teresa de ensinou. Mas tem certeza que está bem com isso tudo?

-Não, mas vou ficar.

-Mesmo?

-Bom alguém tem que dar algum trabalho para Eliene e Felícia. Além disso, quem vai fazer companhia para as brincadeiras de Helen ou ensinar à novata tudo que a Zöe sabia em poucos meses?

Aquilo me fez sorrir.

-Acho que é sua função.

Ela riu e levantou aparentemente controlada antes de me encarar.

-Vamos?

Melindra era impossível de se prever, mas eu gostava disso nela.

A verdade é que sua imprevisibilidade era a coisa mais estável desde que Zöe começou a servir a caçada e agora era minha única estabilidade.

Levantei lembrando que ainda tinha Kaíros, algo nada reconfortante na verdade.

-Vamos.

Melindra sorriu como se soubesse que tinha pensado no seu ancestral, o que me fez ter certeza que ela e Thalia se dariam muito bem.

-

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Continua...



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