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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Teresa.


Escrita por: Eucaristia

Capítulo 28 - Teresa.


Clarisse

 

Semanas depois da Batalha Contra Cronos no Olimpo.

 

Eu odeio ficar esperando.

Em especial quando quero falar com o Quirón.

Primeiro por que não tenho o que fazer para poder conseguir falar com Quirón sozinha enquanto espero.

Segundo que a intrometida da Annabeth parece brotar do chão quando acho que vou conseguir isso.

Terceiro que aquele centauro parece evitar as minhas perguntas.

E não menos importante, mas esperar para conseguir falar com ele sozinha implica em ter a companhia do Sr. D durante a conversa.

-O que tá fazendo aqui Clarisse? –Nem me dei o trabalho de olhar para Annabeth saindo da Casa Grande, de novo.

-Não é da sua conta.

-Olha, dependendo do que for eu posso te ajudar.

-Não pode e não tem como, você não tem a informação que eu quero Annabeth. Então dá no pé.

Apesar da cara de quem não gostou do que ouviu, Annabeth desceu a colina na direção dos chalés e eu entrei na Casa Grande.

Quirón e o Sr. D estavam sentados na mesa da sala e me olhavam curiosos.

-Aconteceu algo Clarisse? –Quirón parecia realmente curioso.

-Quero que me conte sobre uma pessoa que vi na festa do Olimpo há alguns anos e depois da batalha de relance.

-Quem?

-Não sei o nome dela, mas estava com Apolo em um momento na festa. Uma mulher ruiva e alta.

Quirón trocou um olhar nervoso com o Sr. D, exatamente o mesmo de quando estava tentando a todo o custo esconder informações sobre a grande profecia.

-Eu não sei quem pode ser...

-Nem vem Quirón, posso não ser a Annabeth pra conversar com você por olhar, mas não só sei quando está mentindo como quando está com medo de responder algo. –Quirón pareceu ainda mais acuado e nervoso, assim como Dionísio. –Então, quem vai me contar?

Os dois colocaram as cartas sobre a mesa e apontaram a cadeira vaga.

Apesar de um pouco estranho sentei aonde eles indicaram.

-Achei mesmo que estava na hora de alguém ficar sabendo sobre isso. –Dionísio parecia aliviado, o que é muito esquisito.

Mas tudo que Quirón fez foi permanecer tenso como uma pedra por vários minutos antes de pronunciar a primeira frase:

-Me diga exatamente como e quando viu essa mulher.

-A primeira vez foi na festa do Solstício de Inverno. Durante um momento na festa vi Hera passar por Apolo e depois ir falar com Afrodite, mesmo que tudo tenha sido muito rápido e discreto. Só que do nada meu pai puxou o braço de Apolo e achei que eles iriam brigar, mas na verdade eles trocaram um cumprimento.

-Realmente acho que às vezes eles se distraem com isso. –O Sr. D parecia achar graça na situação.

-O que mais você viu? –E Quirón, se fosse possível, mais tenso.

-Bom, depois a mulher ruiva apareceu, por um segundo e Apolo saiu atrás dela. Como os dois passaram quase do meu lado eu consegui ver bem como ela era. Cabelo ruivo muito longo, pele morena, alta e com um corpo parecido como da Afrodite, mesmo parecendo uma guerreira.

-E no dia da batalha do Olimpo, quando foi? Por que sei que ela não deveria estar lá nesse dia. –Agora Dionísio parecia interessado.

-Foi por um segundo quando saia do Olimpo, ela e mais três homens andavam pelas ruas secundárias indo na direção da Sala dos Tronos. Como os três também eram ruivos estou supondo que sejam ou irmãos ou filhos dela.

-Andou pensando muito a respeito disso não foi? –E mesmo que eu não tenha gostado do tom que Dionísio usou ele estava certo, vinha pensando nisso desde a Batalha Final contra Cronos.

-O suficiente para me fazer vir conversar com vocês, então eu pergunto: quem é a ruiva?

Os dois trocaram um olhar tenso e depois Dionísio apenas disse:

-Realmente, está na hora de alguém ficar sabendo disso.

 

==========X==========

 

-Espera! –Tudo bem, talvez eu tivesse perguntado de algo grande demais. –Uma nova deusa de um novo tipo de deuses?

-Sim. –Quirón parecia muito desconfortável. –São muitos detalhes envolvendo ela, mas o contexto geral é que seu nome é Teresa e tem pelo menos uns duzentos e cinquenta anos, sendo a primeira do seu tipo.

-E nesse caso é primeira mesmo. –Dionísio não parecia muito para piadas ou brincadeiras agora. –Teve a infelicidade de que outro como ela só nasceu quando já era adulta e tinha um filho.

-Semideus? –Me pareceu a pergunta óbvia.

-Deus, igual a ela. Mas ele é filho de Hefésto com ela e o deus em questão é um deus menor. Só depois que o segundo nasceu nós vimos todos os erros que cometemos com a criação dela, por isso hoje em dia existem vários deuses como ela pelo mundo. Todos vivem de modo normal, executam suas funções e como uma regra deles não tem filhos com mortais. –Dionísio havia ficado falante, o que significa que algo não tá certo. –Não que isso importe, a maioria se casa entre eles e são fiéis, algo que nós não somos.

-Sinceramente, por que me contar tudo isso e não apenas que ela é uma deusa ou semideusa imortal? E se ela tem um filho com Hefésto por que estava com Apolo?

Quirón pareceu incomodado dessa vez.

-Não entenda errado, Clarisse, mas precisamos que alguém no acampamento saiba disso. Teresa é uma neta de Ares e Hades, sua parente, e ela pode usar o poder do Hades, a própria morte é parte dela. Só que ela não é a única dos doze.

-Quantos? –Eu nunca diria em voz alta, mas pensar em quantos poderiam ter iguais a ela poderia até me assustar um dia.

-Poucos iguais a ela de origem. –Quirón moveu a cadeira de rodas mais para perto, como se contasse um segredo. –Ela tem três filhos, um de Hefésto e gêmeos de Apolo. A história de como isso aconteceu é longa e horrível, mas o que precisa saber é que por muito tempo Teresa chorou por Hefésto e seu pai tentou mata-lo algumas vezes. Hoje ela está com Apolo, mas as coisas entre eles são confusas mesmo para os deuses. –Preferi não perguntar o que aquilo significava. –Os filhos dela são do mesmo tipo de deus que ela, mas representam o poder dos pais deles. Fora eles, tem um menino de Afrodite e uma menina de Hermes, uma garota de Dionísio e um menino de Deméter.

-Com essas pessoas se chamam? Por que nunca os vimos?

-Calma. –Quirón parecia estar mais calmo que no começo da conversa o contrário de como me sinto. –O garoto de Afrodite se chama Heitor e é casado com a garota e Hermes, que se chama Octavia. Eles são relativamente jovens e tem entre cem e cento e vinte anos, vivem no Olimpo como quase todos. O rapaz de Deméter se chama Peter e é casado com a garota de Dionísio, o nome dela é Sarah. Eles passam muito tempo nas fazendas do país, como no Kansas, mas moram no Olimpo. Eles tem uns duzentos anos.

-E Atena? Ou Ártemis e Hera?

-Ninguém sabe. –Olhei para Dionísio que parecia aborrecido. –Não é algo certo, exceto para Ártemis, já que um dos filhos de Apolo e Teresa deve ser o equivalente dela. Mas para Hera e Atena é algo que me pergunto como vai ser, em especial para a Rainha. Acho que ela vai ser um caso único para isso.

-Isso é bom ou ruim? –Ele me olhou. –Que foi? Vai dizer que nunca se perguntou?

Dionísio começou a rir e quando parou me encarou.

-Me pergunto isso sempre que vejo Teresa.

-Poseidon, meu pai e Zeus ainda não tem esse equivalente. –Mas os dois reagiram de uma forma estranha demais para que ignorasse. –Qual deles tem e não me contaram?

-Nenhum. –Quirón se afastou. –Para resumir a história anos atrás uma criança que seria equivalente a Poseidon morreu antes de nascer, junto com os pais e outros que ajudavam eles. Como uma força para mudar o mundo não nasceu às consequências foram horríveis.

A sala ficou em silêncio e ainda me perguntava se minha escolha foi a mais inteligente.

A resposta para a pergunta que fiz a eles veio, mas não era a melhor do mundo.

-Posso contar para os meus irmãos?

-Se for apenas para eles e fizerem um juramento desses que só vocês fazem para nunca contar um segredo eu aprovo. –Quirón parecia mais sério do que de costume.

-Mas aproveite. –Vi o Dionísio rir. –Agora sabe de algo que a tola da Anabell não sabe.

Acabei rindo.

No meio da dor de cabeça que aquela pergunta me deu aquele era o meu verdadeiro consolo.

A minha pequena vitória.

Que eu compartilhei com o chalé dentro de um juramento que todos tiveram o prazer de aceitar apenas para poder olhar para os filhos de Atena sabendo de algo que eles não sabiam.

Podemos ser colegas, mas ainda somos filhos de Ares e vencer uma disputa com os filhos de Atena qualquer que seja sempre será algo único.

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Continua...



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