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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - True Bloods.


Escrita por: Eucaristia

Capítulo 29 - True Bloods.


Teresa

 

Aproximadamente 7 Anos Antes de Bloodlines Time.

Ocorrido Durante “Fico Presa no Desfiladeiro da Morte”.

 

Estava tão cansada e com tanta dor que mal conseguia entender o que acontecia.

Exceto que eu não podia deixar isso me afetar.

Manter Annabeth viva estava sendo exaustivo e doloroso, mesmo que eu não permitisse nenhum deles notar o quanto isso significava de verdade.

A última vez que senti algo parecido foi no nascimento dos gêmeos, mas Apolo estava do meu lado e acho que esse é meu problema.

Continuei o caminho até o Jardim das Hespérides e tentei não me incomodar com o mal-estar que sentia.

Assim que alcancei o planalto do jardim notei que as ninfas haviam se retirado mais cedo, provavelmente com medo da minha reação ou de alguém pior.

Muitas pessoas ainda queriam culpar alguém pela morte de Zoe e eu não posso negar que às vezes era uma delas, mas havia outras.

-Não fiz nada, mas acho que elas ficaram com medo mesmo.

Me virei e dei de cara com Melindra apoiada em uma árvore antiga e oca.

-Pensei que não iria se aproximar da missão dessa vez.

-Não vou. Apenas achei que gostaria de alguém que te entenda.

-Por que pensou isso?

-Por que me preocupo com a senhora.

Ela se afastou da árvore e me estendeu um pingente de pedra vermelha brilhante com uma série de desenhos delicados.

-O que é?

-Algo que Kaíros acha que vai te ajudar.

-Pedido de Ártemis? –Era a cara dela.

-Não. Dos meus parentes. –Aquilo explicava muito na verdade. –Teve notícias de Easley?

Aquela pergunta me fez senti pena de Melindra.

Ela era tão apaixonada por Easley que ver a forma como as coisas estavam entre eles era mais difícil do que compreender o que se passava comigo com relação a Apolo ou Hefésto.

-Está contendo o pai para que Hefésto não seja um idiota.

-Você só pode estar brincando. Hefésto pode ser mais idiota do que já é?

Pensei em dizer para ela que não deveria dizer isso, mas meus três filhos pensam a mesma coisa, então não acho que isso seria útil.

Então apenas toquei a pedra e senti meu corpo ser inundado por energia e poder.

-Nossa! O que é isso?

Melindra riu.

-Contentor. –Acho que ela notou que isso não fazia sentido pra mim. –É um feitiço. Ele é usado para conter as energias que se deseja, dos Eucaristia no caso, e depois transfere para o receptor, você, enquanto retira o que foi designado a fazer, seu cansaço.

-Parece bem útil, por que é a primeira vez que ouço sobre isso?

-Por que a quantidade de poder necessária para isso é descomunal e só Kaíros pode manipular corretamente, os descendentes dele são apenas doadores e o tempo de repouso após isso é de uns seis meses a seis anos. Nada divertido de fazer.

Típico dos Eucaristia esse tipo de coisa maluca.

-Ainda preciso das maçãs?

-Eu não iria arriscar ficar só com o efeito do “Contentor”, é um feitiço temperamental.

-Então tem mais de um motivo para isso não ser feito com frequência.

-Sempre tem Teresa. –Ela guardou a peça no bolso e virou já se afastando. –Te vejo outra hora.

Não me preocupei em perguntar mais sobre a peça, normalmente não é o tipo de coisa que poderia ser usado a cada dois dias e eu só veria aquilo novamente em vários anos ou séculos.

Fui até a árvore das maçãs de ouro e peguei três sob o olhar atento e reticente de Ládon.

Ele não gostava de mim mais do que dos outros deuses ou mortais, mas era melhor me deixar pegar o que eu queria do que apanhar novamente.

-Não tem pena do pobre animal? –De alguma forma a voz de Ártemis não era tão surpreendente.

Então apenas fui até ela calmamente antes de responder:

-Não fiz nada demais. –Ela pareceu não querer discutir aquilo de fato. –Qual a novidade?

-Apolo quer te ver.

-Também quero encontra-lo, mas não é assim tão simples.

-Na verdade é. –Encarei minha cunhada na dúvida do que aquilo significava. –Poseidon quer ver eles e que Galatea conheça Miria.

-Acha que isso nos dá algum tempo no palácio dele?

-Deve ser o plano dos dois, mas não quis saber.

-Tudo bem. –Eu não iria questionar o motivo dela não ter entrado nos detalhes.

Ártemis se afastou um pouco cansada.

-Vá para Montauk e espere, eles disseram que será em breve.

-Anda trabalhando muito? –Dei sei a pergunta escapar.

-Não. Só tenho um deus nada fácil de ignorar me perguntando se preciso de ajuda.

-Boa sorte.

E foi tudo que ela ouviu antes de aparatar.

Mas enquanto comia as maçãs de ouro fiquei me perguntando como Ártemis conseguia ignorar Kaíros por tanto tempo.

Ainda que na verdade ela não estivesse o ignorando por completo.

Só na própria opinião.

 

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Apolo

 

Ocorrido Durante “No Palácio dos Pais” em True Bloods

 

A primeira coisa que achei que Teresa faria quando a me visse seria me abraçar.

Eu quase acertei.

Ela me beijou e abraçou ao mesmo tempo em que começou a arrancar a minha roupa, mas eu nem mesmo me importo com isso.

De fato, é irrelevante como ela reage ou começa algo.

-E isso?

Beijei a base da sua coluna e o som do seu riso ecoou pelo quarto.

-É bom.

-Não acha que deveria dormir? –Me esforcei para dizer enquanto subia os beijos pelas suas costas.

-Não acho que era de dormir que eu estava sentindo falta. –Claro que sabia que não era mesmo dormir que eu ou Teresa sentíamos falta nos últimos meses.

-Deuses, quando essa missão terminar e a Coroa de Poseidon nascer, juro que você vai pedir clemência do que vou fazer com você. –E ao contrário do que outra pessoa poderia imaginar, Teresa riu, de forma divertida e satisfeita com o que ouviu.

Ela se virou de surpresa me fazendo cair de costas na cama e quando vi Teresa já tinha as duas mãos espalmadas no meu peito, enquanto permanecia confortavelmente sentada no meu abdômen sem a menor preocupação e aquele sorriso de quem acabou de ter a melhor ideia do mundo.

-Eu vou esperar por isso. –Ela se inclinou na minha direção, o sorriso travesso já perfeitamente formado nos seus lábios quando sussurrou no meu ouvido. –Ansiosamente.

E a forma como as palavras soaram fizeram meu corpo todo acender duas vezes mais, literalmente.

-Algo me diz que isso é verdade. –Segurei uma mecha do seu cabelo vermelho. –Acha que eles vão se importar se você se atrasar um pouco para voltar para aquela sala cheia de semideuses?

-Eu espero que não.

-É mesmo?

-Sim.

-Posso perguntar por quê?

-É que é muito melhor ter um deus do Sol que posso fazer de gato e sapato nu na minha cama disposto a fazer o que eu quero do que um bando de semideuses que não querem ouvir as respostas que tenho para dar as suas perguntas vagamente ingênuas e tolas.

Acabei rindo daquilo.

-Coitados deles quando você voltar.

-Me preocuparia mais em ser o deus nu que vai ser feito de gato e sapato.

-Por quê? Você faz isso há uns duzentos anos e sempre amei.

-Eu sei.

Dessa vez eu ri antes de inverter nossas posições, mas Teresa não reclamou.

E eu muito menos.

Independentemente do que acontecesse na missão eu estava com um ótimo pressentimento para o nosso futuro.

Algo único.

 

====================X====================

 

Teresa

 

Aproximadamente Uma Semana Depois do Capítulo 24: Os Nomes e Antes da Festa Em True Bloods.

 

Eu estava realmente, verdadeiramente e absolutamente incomodada com a forma como Annabeth me encarava a mais de uma hora sem nem ao menos tentar disfarçar.

Mas é isso que eu ganho quando Apolo é chamado ao Olimpo dessa forma.

Tudo bem, ele não está sendo muito responsável fugindo das obrigações dele a semana toda e eu bem sei que não será apenas uma semana.

Foi a promessa que ele me fez e nunca o vi quebrar uma dessas sem as obrigações urgentes do Olimpo.

Não que e pudesse falar algo sobre fugir de obrigações.

Annabeth suspirou ruidosamente ao virar a página do livro enquanto fazia suas anotações em um tablete.

-Tudo bem Annabeth, já me cansei das suas indiretas respiratórias, pergunte.

-A piada sobre a minha respiração foi horrível. –Mas não precisei dizer que aquilo não era piada. –Ainda não entendi a sua resposta para Hefésto. Quero dizer, eu entendo que Apolo é a melhor opção, mas achei que queria voltar para Hefésto.

De algum modo eu sabia que ela não era a única a querer essa resposta.

Na primeira noite depois que Apolo me tirou daquele fiasco de fim de reunião fiquei acordada por várias horas deitada ao lado dele, mais do que jamais fiquei em duzentos anos, pensando sobre isso.

-Acredite ou não, me fiz a mesma pergunta. –Achei que essa a melhor forma de começar.

-O que significa que respondeu o que sentiu na hora e só pensou mesmo depois. –Garota esperta.

-Não sou a primeira a fazer isso.

-Tenho certeza que não é.

A pior parte de Annabeth ser uma deusa agora é que ela perdeu muito do pouco medo que ainda tinha ao me dar respostas desse tipo.

-Orgulho. –Respondi calmamente.

-Como?

Droga.

Eu me perguntei a mesma coisa quando me dei conta.

-Eu, por muito tempo, achei que não era assim tão parecida com os outros deuses e em certos pontos isso é verdade. Só que orgulho não é uma dessas diferenças.

Eu esperei que Annabeth fizesse algum comentário ou observação, mas ela apenas continuou a esperando a minha continuação.

-Eu amo Apolo. Nada vai mudar isso agora e eu amei Hefésto por mais tempo do que deveria ser possível sendo o que eu sou, mas eu deixei de amar o Ferreiro há muito tempo. Não sei ao certo quando ou como, mas foi e o que me prendeu ao achar que o amava foi meu orgulho.

-Não queria admitir que ele não fosse importante como achava. Estou errada? –Annabeth me fez rir com aquilo.

-Não antes de ele me pedir desculpas e me pedir para voltar.

-Vingança e rancor realmente são os defeitos mortais de vocês do Hades.

-Queria o que com aquela quantidade de espíritos irritados morando por lá?

Dessa vez foi ela que começou a rir.

-Contou sobre isso para o Apolo?

-Acho que Apolo nem liga contanto que eu continue dizendo a ele que o amo.

Mas dessa vez ao invés de rir tudo que a jovem deusa fez foi invocar uma lata de Coca.

-Isso é a cara do seu namorado.

Esperei um pouco antes de fazer uma pergunta simples e um pouco óbvia.

-Acha que ele aceita se casar comigo?

Annabeth engasgou e ficou tossindo por mais de um minuto antes de me encarar.

-Como?

-Estava pensando nisso esses dias.

Ela riu.

-Se for com você, Apolo pula no Tártaro sem armas Teresa.

E era verdade.

Ele pularia e me manteria o mais segura possível, mesmo no Tártaro.

Acho que é por isso que amo esse deus perfeitamente idiota.

-

-

-

Continua...


Notas Finais


CURIOSIDADES DO CAPÍTULO: Nada É Realmente Tão Bom Que Não Termine Um Dia.

-Sobra Teresa, nesse momento da fic (quando acontece tudo isso) ela deve ter por volta de vinte ou vinte e dois anos (no máximo).
A verdade é que por mais que ela seja a Coroa da Morte, Teresa sempre foi protegida pelos pais dos deuses e pelos deuses do mundo fora do Olimpo, além de se espelhar muito em certas ideias de Hera e Anfitrite sobre permanecer ao lado do marido.
Em muitos pontos Teresa ainda é, nesse momento, privada de uma parte do mundo que vai tornar ela quem nós conhecemos.

Esse é o momento do primeiro trauma emocional da Teresa que vai levar as mudanças significativas de quem ela vai ser.
Mas ela ainda vai passar por vários momentos importantes, bons e ruins.

=X=

CURIOSIDADES DO CAPÍTULO: Nem Tudo O Tempo Cura, Mas Muita Coisa Ele Muda.

-Certo pessoal como viram esse cap foi todo dedicado ao meu divo Apolo.
Apolo é, diferente do que muitos pensam, um deus singular.
Admito que ainda vou explorar as singularidades dele.
Mas pra quem não leu a primeira fic, deixo um trecho de uma conversa divertida entre Teresa e os semideuses na missão que pode ajudar a explicar um desses pontos:
“–Então ele é sério? -Dessa vez foi Thalia que fez a pergunta.
–Muito. Mas os dois são gêmeos e Ártemis é muito séria, por isso Apolo decidiu compensar esse fato sendo mais brincalhão e descontraído que o normal. Se o humor da Ártemis fosse “normal” ele seria um cara de humor normal também. -Teresa.”


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