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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Ninguém Imagina Como Um Deus Pode Ficar Realmente Furioso.


Escrita por: Eucaristia

Capítulo 33 - Ninguém Imagina Como Um Deus Pode Ficar Realmente Furioso.


Apolo

 

Aproximadamente 2 Semanas Após a Festa no Olimpo.

Data aproximada: 03 de Março.

 

Certo.

Me chame de tarado. Pervertido.

O que desejar, mas no momento que Teresa entrou no escritório do palácio e trancou a porta eu quase dei gritos de agradecimento.

Fazia mais de uma semana que ela tinha se ausentado da minha vida por conta de algum imprevisto depois daquele inferno com o nascimento da Coroa de Poseidon, então eu meio que nem liguei na hora para o que tinha acontecido.

As roupas apenas ficaram pelo chão junto com a papelada e qualquer preocupação, não que eu não tenha gostado daquela invasão seguida de tentativa de estupro por parte dela.

Pelo contrário, eu aproveitei cada segundo e mais um pouco.

Claro que eu iria perguntar o porquê daquilo.

Apesar dos eventuais surtos de Teresa, eu a conheço o bastante para saber que aquela reação não era natural.

 

==========X==========

 

Teresa parecia um gato quando acordava.

Até mais que dormindo.

Enquanto dormia ela se enroscava no meu corpo para ficar perto de calor e às vezes ela parecia uma bola de tão enrolada que ficava ao meu lado ou sobre meu corpo.

Em todos os casos isso era no mínimo lindo.

Quando acorda Teresa normalmente rola de um lado para o outro e depois se espreguiça despreocupadamente. Então ela olha o ambiente como se estivesse com sono, mas absolutamente atenta a tudo, para pular sobre a primeira coisa que ache mais interessante no lugar.

Como no escritório não tinha nada ela literalmente pulou no meu pescoço me beijando e ligando cada terminação nervosa do meu corpo que ainda estivesse distraída daquele corpo nu na minha frente.

Assim que ela me deu bom dia e me deixou ligado, Teresa interrompeu o beijo e sorriu.

-Bom dia Raio de Sol.

Eu ri.

-É boa tarde, mas está perdoada.

Dessa vez ela riu e levantou pegando minha camisa jogada no encosto do sofá. Teresa vestiu a peça e foi até o canto mais distante aonde eu tinha um frigobar com uma cafeteira em cima.

Ela pegou um pouco do café e voltou para o sofá no meio da sala, sentou e cruzou as pernas.

Ai meu pai.

Ela quer me matar.

Eu estava à beira de um colapso.

Pronto para agarrar ela quando ouvi um suspiro.

Assim que encarei seus olhos todo o desejo que estava me matando passou para o segundo plano.

Algo estava terrivelmente errado.

Aquele olhar de quem queria esquecer algo, matar alguém e se matar eram o que eu mais odiava ver no rosto dela.

Eu já tinha visto aquele olhar mais vezes do que queria.

Em nenhuma delas eu pude fazer algo, ou a causa era Hefésto ou era Hefésto.

Eu estava tão concentrado tentando entender o que poderia ter acontecido que quando Teresa falou até me assustei um pouco.

-Você não vai acreditar se eu disser apenas que minha entrada aqui e meu estado há algumas horas eram apenas um surto ou coisa do tipo, não é? -Ela me encarou.

-Não. Mesmo quando você tem seus surtos eles não te fazem agir como agiu.

Ela riu.

Era algo nosso.

Eu a conhecia e ela sabia disso.

-Promete que não vai ficar muito bravo com o que vou te contar?

-Depende. Você fez algo que eu possa não gostar? Se for isso acho que tenho amantes humanas o bastante para compensar essas coisas.

Uma sombra passou pelo rosto de Teresa e ela riu nervosamente.

-Na verdade eu não fiz nada. Por pouco.

Levantei num pulo, peguei minha calça e sentei na sua frente no sofá.

-Certo. Eu vou tentar ficar calmo de verdade, mas sinceramente, você está me assustando. Principalmente esse “por pouco” de agora.

Teresa mordeu o lábio inferior e aquilo me desconcentrou um pouco.

-Eu estava no meu palácio. Sabe como é. Trabalho acumulado, Annabeth, as crianças, os meninos, meus avôs, Zeus e seus chiliques. Além disso, eu estava com saudades de você.

Ela me olhou um pouco e eu sorri.

-Depois daquelas semanas que passamos juntos mal nos vemos uma vez por semana e eu estou desacostumada com isso de verdade. Eu não sei como ou quem deixou Hefésto entrar no Hades. Os meninos tem passado um tempo com sua irmã e Hera fazendo sabe Zeus o que então ninguém me avisou ou sabia.

Teresa me olhou confusa e um pouco constrangida.

Hefésto no Hades.

Teresa sozinha no palácio.

Eu não sabia se ria ou chorava por ser primavera, ainda que estivesse à beira de um colapso.

-Ele se disfarçou na forma como os mortais ou semideuses te veem, depois entrou no meu quarto enquanto eu dormia e... Bom, ele tentou dormir comigo.

Minha mente deu um tranco.

-Tentou?

-Sim. Ele quase foi bem sucedido, mas conheço seu rosto de verdade e é ele que vejo sempre quando estamos juntos. Além disso, você tem suas manias quando transamos, como tirar toda a minha roupa antes de ficar sem roupas e você raramente usa cuecas.

-Então ele não conseguiu te enganar por completo...

-Ele quase conseguiu, mas acho que ele estava desesperado demais. Você quase sempre beija meus dedos da mão ou distribui beijos da minha boca ao meu pescoço e volta fazendo o mesmo. Quando ficamos mais de uma semana sem nos ver quase todas às vezes segura uma mecha do meu cabelo e aspira o perfume antes de dizer “linda”. Quando me vê dormindo não me chama pelo nome, mas sim desliza os dedos pela pele exposta ou a beija.

Pisquei duas vezes.

-Eu faço tudo isso?

Ela riu.

-E muito mais. Antes de se enterrar no meu corpo você sempre, toda às vezes perde o ar, então uma das suas mãos desliza pela minha perna sem fazer força e às vezes você pisca duas vezes ou mais.

-Nunca reparei nisso direito. Sei que já fiz essas coisas algumas vezes, mas não fico reparando na frequência.

-Eu sei. Mas é tão lindo quando eu vejo você fazer que eu memorizo a frequência com que acontece.

Ri daquilo.

-Mas então, descobriu que não era eu quando?

-Quando ele me mandou simplesmente tirar a roupa e começou a tirar a dele. Você nunca me pede para tirar a roupa e você nunca me manda fazer nada. “Se não quiser não faça, tudo no seu tempo” lembra.

Eu ri daquilo.

-Mas o que ele fez?

Teresa tremeu.

-Ele tentou me agarrar à força e tampou minha boca para que não pudesse manda-lo sair do Hades, mas sabe, aquele lugar sou eu e eu sou ele. Não precisei falar. O próprio Hades se voltou contra a presença dele e o jogou fora de lá.

-E você? –Eu estava furioso, mas eu tinha prometido tentar me controlar.

-Fiquei assustada. Redirecionei água do Stix para meu banheiro, redirecionei sangue da cachoeira, óleo fervente e piche quente dos campos de punição, lava e fogo da forjas de Easley. Fervi pelo menos cem litros de água do mar para tomar banho e lavar minha boca. Nada pareceu melhorar minha sensação de que ele estava me tocando.

Teresa suspirou e se encolheu no sofá.

Meu corpo se retraiu.

Eu queria abraçar ela e provar que não tinha feito nada de errado, como realmente não tinha. Mas por outro lado eu queria sair dali, achar Hefésto e bater tanto no maldito que nada no mundo arrumaria a deformação em seu rosto.

-Fiquei tão desesperada e tão assustada que sai do palácio correndo para o seu escritório e o resto você já sabe. –Teresa deu uma risada triste e infeliz. –Não sei se me sinto pior ou horrível agora.

Levantei do sofá em um pulo e puxei Teresa para junto do meu corpo beijando-a.

-Você não fez nada errado entendeu?

-Eu sei, mas eu deveria...

-Nada. Não pense nem em repetir esse pensamento agora. Apenas espere aqui até eu voltar, certo?

-Você prometeu ficar calmo e não...

-Eu prometi. Você ainda não me viu bravo como realmente estou com Hefésto. Nem vai ver. Vai ficar nessa sala ou no meu quarto no final do corredor. Filien vai te trazer roupas limpas, você pode dormir na minha cama até eu voltar ou se quiser tomar banho, mas não vai sair da minha casa. Assim que eu voltar tudo estará resolvido.

Teresa estava assustada comigo, mas dessa vez eu iria fazer as coisas do meu jeito.

Ela tentou segurar meus braços.

-Você não pode. Ele é um olimpiano também. Isso vai ser...

Apenas segurei seu rosto entre minhas mãos tremulas e a beijei.

-Você fica e depois se quiser não precisa falar comigo novamente, mas eu vou fazer isso do meu jeito dessa vez.

Os joelhos de Teresa fraquejaram e precisei segurar ela.

Coloquei-a sentada no sofá e sai do escritório.

Segui pelos corredores do meu palácio até a grande sala.

Lá estendi meus braços, meu corpo começando a brilhar de raiva, conjurei roupas próprias e ergui minha mão em direção à abóboda.

Meu arco divino apareceu em minha mão, vindo do fixe de luz da abóboda.

Se eu não matasse Hefésto ele deveria ficar feliz.

Sai do palácio e Filien me encarou da porta nada surpresa.

-Teresa não sai sem minha autorização. Leve algumas roupas limpas para ela. Ninguém entra sem minha companhia.

A ninfa assentiu e se retirou.

Lacrei as portas e na primeira fonte joguei uma moeda para Íris.

-É mais que urgente hoje. Perdoe a falta de modos.

Íris não questionou, no segundo seguinte estava parada na minha frente séria.

-Eu estava espionando. Já sei de tudo. -Ela parecia furiosa, algo que não combina com a deusa do Arco-Íris.

-Melhor, poupa meu tempo. Sabe de Hefésto?

-Reunião com Zeus na sala dos tronos. Pedi que os outros deuses aparecerem em dez minutos, tudo bem? –Alguém estava quase tão furiosa com Hefésto quanto eu.

-Espero que dê tempo de bater muito nele.

-Eu também.

Ela sumiu e me transportei diretamente para o céu da sala dos tronos.

Quando finalmente me notaram ali Zeus e Hefésto não conseguiram reagir, o que foi muito bom, por que eu comecei a bater no infeliz do meu irmão o máximo que podia fazer meu corpo aguentar sem me matar.

Antes que me desse conta eu estava gritando e chorando.

-Não toque mais na minha mulher seu maldito! Nunca mais toque na Teresa! Nem que isso seja permitido!

Cada palavra era marcada por um golpe que pegava onde estava exposto.

Braço. Rosto. Perna. Virilha. Panturrilha. Tórax. Ombro. Coxa. Pé.

Eu distribuía tanto chutes e joelhadas como socos e cotoveladas que quando os outros deuses tentaram me parar acabei acertando alguns deles.

Já Hefésto tinha levado um susto tão grande e o choque foi tão intenso que quando ele conseguiu reagir à sala já estava repleta de deuses e deusas esperando respostas as minhas acusações.

Meu corpo ainda irradiava luz do sol quando eles conseguiram me conter, tamanha minha raiva.

Precisei de cinco minutos para pelo menos diminuir a intensidade da luz.

-Afinal, o que aconteceu Apolo, perdeu a cabeça? –Zeus estava irritado enquanto Ares, Hades e Poseidon me seguravam.

-Louco eu estaria se não tentasse pelo menos matar ele. –Rugi furioso, mas ciente de que mesmo solto não poderia mais acertar o maldito.

-Mas o que aconteceu? Apesar de tudo, você não age por puro impulso a esse ponto. –Hera sentou em seu trono após deixar claro a Hefésto que punições seriam definidas pelo conselho e ele deveria ficar quieto no canto dele.

-Esse maldito, tentou abusar da Teresa.

Meio conselho me olhou incrédulo por cinco minutos antes de se voltar para Hefésto como o resto do grupo.

-Como é? –Ares me soltou pegando sua espada já com o corpo virado para meu irmão.

Eu me soltei dos outros dois, mas não sai de onde estava.

-Ele foi até o Hades e entrou sabe-se lá como, se disfarçou com magia tomando a minha forma e tentou dormir com Teresa. Quando ela notou tentou fugir e ele tentou agarrar ela a força, se não fosse que ela é o puro Hades em forma humana o lugar nunca teria expulsado ele sem palavras já que ele tampou a boca dela.

Trovões explodiram ao lado da sala do trono.

Eu me recusava a olhar para Hefésto.

-Teresa ficou assustada. Muito pelo visto. Ela se sentiu mal com o que tinha acontecido e tentou tirar a impressão de toque dele, mas pelo que ela falou não deu certo. Então ela foi até meu palácio e eu... não notei logo de cara quando ela me agarrou. Eu sabia que algo estava errado, mas queria tanto toca-la que só me preocupei com o porquê depois.

Aquilo me atingiu como uma faca.

Eu estava furioso com Hefésto, mais do que com qualquer outro.

E a segunda pessoa que eu mais odiava era eu mesmo por ter agido de forma tão egoísta quando Teresa apareceu visivelmente perturbada.

Simplesmente sentei no chão com a cabeça baixa.

-Eu só fui egoísta naquela hora, nada melhor que ele. O mais engraçado nisso tudo é que Teresa me pediu para não ficar bravo e eu disse sim. –Um riso histérico escapou da minha garganta.

A sala estava em silêncio.

Hefésto só respirava o suficiente para tentar aliviar a dor da surra que lhe dei.

O primeiro olimpiano a se pronunciar foi Hera.

-Onde Teresa está agora?

Passei minhas mãos na cabeça.

Eu só podia ser um idiota.

-Presa no meu palácio. –Consegui falar de forma audível.

-Presa? –A voz de Ártemis soou em dúvida.

-Eu a deixei lá. Falei que ela não iria sair até eu voltar. Mandei Filien levar roupas para ela e lacrei o lugar todo com o meu poder. Não queria ela aqui tentando interferir, não queria que ela visse o que eu iria fazer e não queria correr o risco de acabar machucando ela mais ainda.

-Machucar ela mais? –A voz fria de Hades poderia ter me matado.

-Eu não a machuquei. Mas não fiz nada de bom também. Dormi com ela a maior parte do dia. Fiquei furioso com Hefésto e impus minha vontade a ela ao prendê-la no palácio, sozinha. Acho que já fiz coisa pior que Hefésto nos últimos minutos com ela.

Minha raiva das minhas atitudes era tanta que eu queria arrancar minha própria cabeça com os dentes.

Suspiros correram a sala.

Então duas mãos femininas seguraram meus ombros.

Olhei para os lados e dei de cara com Atena e Ártemis sorrindo.

As duas me fizeram levantar do chão.

-Você não fez nada errado, apenas foi impulsivo e até ai eu consigo entender. Agora vai até a Teresa e peça desculpas por tudo, tudo que está te machucando agora. –Atena parecia tão calma, tão irmã mais velha que meu peito doeu.

No impulso abracei-a.

Quando notei o que estava fazendo me afastei.

-Dessa vez passa. –Ela respondeu ao meu olhar de medo.

Então Ártemis me encarou e sorriu.

-Seja o idiota de sempre. Foi assim que ela começou a te amar e como você disse ela estava com medo, provavelmente ainda está, mas é de você rejeita-la. Não esqueça que ela ainda é uma criança em muitos momentos. Então volta logo, em caso de votação já seu qual é o seu. –Ártemis deu um sorriso torto.

Abracei minha irmã com força e sai da sala dos tronos.

Zeus não brigou comigo nem nenhum outro deus falou nada.

Eu corri até meu templo aos tropeços.

Estava tão furioso comigo mesmo, tão constrangido e perdido que tropecei várias vezes quase caindo de cara no chão até chegar ao palácio.

Assim que passei pela abóboda estendi o arco que sumiu no feixe de luz.

Fiz as roupas sujas com o icor de Hefésto sumirem e a calça que usava quando decidi sair do palácio novamente no meu corpo.

Uma toalha úmida acertou minha cara e Filien no alto da escada acenou na direção do corredor do meu quarto com a cara que dizia “Aperte o passo idiota”.

Foi o que eu fiz.

Corri até o quarto tentado tirar o icor que havia espirrado de Hefésto na minha direção e ficado na minha pele.

Assim que entrei no quarto vi Teresa deitada na cama com rastros de lágrimas no olhos e meu corpo fraquejou.

Eu queria abraça-la, mas não coberto do icor de Hefésto.

Respirei fundo e me virei na direção do banheiro.

-É tão horrível assim vir me tocar. –A voz frágil de Teresa fez meu sangue gelar.

Olhei na direção dela e vi que agora não estava mais deitada, mas sentada me olhando perdida.

Ela me lembrava da menina que havia acabado de perder a mãe e o irmão, frágil e quebrada, incapaz de aguentar a própria respiração. Havia pelo menos cinquenta anos que via aquele lado dela e isso foi quando a filha de Poseidon morreu.

Meu corpo foi instintivamente na direção dela e meus joelhos se dobraram ao lado da cama na frente de onde ela estava.

-Por que não me toca agora? –Sua voz tinha uma ponta de choro.

Minha garganta se fechou minhas mãos ainda manchadas pelo sangue divino daquele maldito de retraíram.

Depois de tantos anos que convivendo com a mulher que Teresa se tornou, eu às vezes esqueço que ela é mais frágil que os outros deuses.

Muito mais humana e perdida do que nós já fomos. Mas acima de tudo isso, Teresa era uma criança por dentro, uma que sempre que sofria um trauma ficava exposta para o mundo e não sabia como achar o caminho.

Ela se tornava mais humana e insegura ainda.

Por isso mesmo, eu sei exatamente o quão frágil Teresa é e o quão dependente de proteção ela pode se tornar quando fica com medo de ser rejeitada, normalmente ela não deixa os outros deuses além de Hades e Hera ou Afrodite e eu vê-la desse jeito. Aliás, normalmente, ela não deixa nem que eu ou esses poucos deuses a vejamos desse jeito.

Ela não quer que vejam suas fraquezas e dependências, mas quase sempre eu vejo isso e resolvo sem precisar de palavras, só que dessa vez eu falhei com Teresa e comigo mesmo.

Esfregava as minhas mãos freneticamente quando senti que havia me machucado e ela notou, fazendo mais lágrimas descerem de seus olhos.

-Ainda está com raiva. É minha culpa.

-Não! Sou eu. –Meu corpo se contraiu mais. –Eu estou com o sangue dele no meu corpo e em minhas mãos. Não quero tocar em você assim. Você não merece mais isso. –Consegui encarar ela por um segundo. –Você é tão linda e forte às vezes, mas agora parece que o menor vento poderia quebra-la e não quero fazer isso.

As lágrimas desciam pelo seu rosto e eu desejava tanto poder seca-las, abraçar o corpo frágil a minha frente e beijar aquela boca até ela sorrir que era difícil segurar meu corpo onde ele estava.

-Não tem nada que eu queira mais o que ficar ao seu lado, abraçado, te amando, sentindo seu calor, mas eu já fui tão idiota e egoísta hoje. Fiz-te chorar, não me preocupei em perguntar antes sobre o porquê de estar tão abalada daquele jeito, que se eu te tocar antes de me livrar desse sangue não vou poder me perdoar e nem pedir perdão por ter agido como um completo imbecil.

Senti as mãos de Teresa pegando a toalha em minhas mãos e limpando algo em meu queixo para depois me beijar.

Quando ela interrompeu nosso beijo já com as lágrimas secas murmurou.

-Não demore no banho e volte o mais rápido possível.

-Mas eu...

-Eu ouvi a reunião. Íris me mostrou. Eu não estou brava com você, fiquei preocupada de ser o oposto. Ou de você se machucar no meio da confusão. Acho que Ártemis tem razão quando diz que nós dois somos muito idiotas, isso sim.

Eu queria tanto abraça-la.

Respirei fundo.

-Eu já volto.

Teresa assentiu.

Tomei um banho fervendo e tirei todo o icor da minha pele na base da força.

Peguei uma calça na pia que usava para dormir e fui para a cama onde Teresa estava deitada.

Assim que me aproximei ambos ficamos tensos e eu fiz a primeira coisa que me veio à mente: agi como um idiota.

Puxei Teresa para meus braços e a envolvi com meu corpo.

Não fizemos nada.

Apenas ficamos parados, deitados juntos e abraçados até adormecermos.

As lágrimas de Teresa contra meu peito foram a última lembrança antes de dormirmos.

Acordarmos muitas horas depois, por conta de visitas.

Só que a essa altura ela já havia deixado de ser a criança frágil e delicada para se tornar a mulher teimosa e forte de quase todo dia.

-

-

-

Continua...


Notas Finais


CURIOSIDADES DO CAPÍTULO: Faço Um Jogo Perigoso Com Um Deus Sexy e... Realmente, Eu Perdi o Juízo.

-Já falei isso eu acho, mas não é um dos meus pontos fortes cenas hot.
Sério, essa é a segunda vez que posto uma sequência dessas (a primeira de fato a ser escrita, antes mesmo da Lilliel e do Gray).
Eu bem que tentei dar uma dessas para a Liz e o Leon, mas não é sempre que consigo.
Sinceramente, eu queria saber a opinião de vocês a esse respeito (esse é definitivamente o meu ponto fraco e que me deixa verdadeiramente insegura nas fic's).

=X=

CURIOSIDADES DO CAPÍTULO: Eu Sabia Que Isso Iria Acontecer, Mas Bem Que Poderiam Ter Me Avisado.

-Como puderam ver essas duas deusas adoram uma confusão.
Pois é, Hera e Afrodite se dão bem.
Nas condições certas e nos casos específicos.
=X=
-Isso ainda vai render algumas confusões.
Na verdade rende quase todas.


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