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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Não Adianta Tentar Mudar As Escolhas Dos Deuses, Eles ...


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


TITULO COMPLETO DO CAPÍTULO:
Não Adianta Tentar Mudar As Escolhas Dos Deuses, Eles Nunca Vão Te Ouvir Mesmo Que Você Seja Um Deles.

Capítulo 35 - Não Adianta Tentar Mudar As Escolhas Dos Deuses, Eles ...


Apolo

 

Acordei com Teresa completamente envolta nos meus braços.

A camisa que eu usava estava levemente molhada, em partes pelo choro e em partes pela baba.

Sim, Teresa babava quando dormia às vezes.

Normalmente quando dormia de um jeito que a deixava de boca aberta e inclinada.

Mas por alguma razão eu a acho apaixonante de uma forma diferente.

Não parece a mulher decidida que invade meu escritório e joga tudo no chão, me agarra e me faz perder o controle da minha própria razão.

Na verdade é fofo.

Ela parece desprotegida e tão infantil que chega a ser encantador.

Nessas horas eu quero apenas ficar assim com ela para não fazer mais nada além de aproveitar a respiração dela contra meu peito e afagar os longos cabelos vermelhos.

Teresa se move sonolenta nos meus braços enterrando ainda mais o rosto contra meu peito enquanto murmura algo ininteligível.

-Vamos lá ruiva, eu não estou a fim de adivinhar o que você falou. -Sussurro.

Ela inclina o rosto para trás e me encara sonolenta.

-Disse que é para mandar todos embora. -Sua voz soou infantil.

-Como?

-Mande todos embora.

-Mas nós estamos sozinhos. Se muito Filien e as outras ninfas estão cuidando do palácio, mas acho que nem isso.

-Estão na porta do palácio esperando. Mande-os embora.

-Quem?

-As deusas, Zeus, Hades e Ares.

-Como sabe disso minha linda?

-Eu estava sonhando com isso. Eles estão lá. Os portões me mostraram.

Suspirei vencido.

Se ela tinha sonhado com o poder dos portões então eles estariam lá em minutos.

-Vou precisar levantar você sabe.

-Hum...

-Depois eu volto.

Porém em resposta ela mesma saiu do meu abraço, me virou na cama e sentou sobre a minha barriga.

-Quero te pedir uma coisa Apolo.

-O que você quiser e quando quiser.

-Cala a boca e escuta.

Aquilo foi chocante, mas aceitei sem discutir como quase sempre acontece.

Teresa fez sinal para que eu segurasse suas mãos o que fiz prontamente.

-Eu queria te dizer... Pedir na verdade, eu quero ter mais filhos.

Eu fiquei sem reação.

Não que eu não quisesse mais filhos, na verdade era meio que o contrário, só não cogitava pedir isso logo de cara depois de Teresa ter finalmente superado o cabeça de bigorna.

Ela ficou me encarando esperando uma resposta por mais tempo do que eu conseguia processar, então sua reação foi a mais óbvia.

-Isso é um não.

-Não! –Gritei de imediato ao ouvi-la falar. –Eu só fui pego de surpresa.

-E...

-Eu tinha pensado que era melhor esperar, por isso não fiz a proposta antes. Daí agora foi tipo... Muito inesperado. –Respirei fundo. –Fiquei sem saber como reagir.

-E que tipo de reação ficou em dúvida?

A voz de Teresa soou estranha e observei seu rosto.

Estava duro, sem nenhuma emoção. Poderia até dizer com raiva, mas não tinha tanta certeza assim.

Rolei os olhos e inverti nossas posições prendendo-a sob meu corpo, o que a fez emitir um gemido baixo pelo peso do meu corpo totalmente solto sobre o seu.

-Você... É pesado... –Teresa murmurou e resolvi aliviar o peso do corpo.

Agora eu é que estava irritado com ela e acho que isso foi óbvio quando nossos olhares se cruzaram, por que Teresa engoliu em seco.

-Eu fiquei surpreso, alegre e ansioso. Admito que fiquei preocupado também sobre pedir isso agora e com um pouco de raiva por pedir isso só agora. Eu queria ter tido mais filhos com você há muito tempo atrás, mas...

Não consegui terminar a frase, pois senti os lábios dela contra os meus.

Teresa estava agarrada ao meu pescoço e quando nos separamos ela sorriu.

-Eu sei. Você estava me dando todo o tempo e o espaço que eu poderia querer, pedir ou precisar. Mas agora eu quero filhos seus.

Aquela frase me fez sorrir.

-Isso me deixa animado.

-É bom mesmo. Até por que espero que você seja tão empenhado quanto da última vez. –Teresa deu um sorriso malicioso.

-Se isso é um desafio eu pretendo aceitar.

-Então...

-Só não vamos começar agora por que estou ouvindo batidas na porta do palácio.

Teresa suspirou cansada e eu decepcionado.

Por que alguém tinha que aparecer agora.

 

==========X==========

 

Depois de colocarmos roupas de verdade descemos para a sala.

Apesar do que Teresa tinha falado sobre dispensar os outros deuses ambos sabíamos que aquilo era impossível.

Então agora estávamos de frente para a porta escutando alguém tentar colocar a mesma abaixo com golpes poderosos enquanto algumas vozes femininas advertiam.

-Querem parar. É a casa alheia, apenas esperem. –Aquela era a voz de Hera.

-Esperar pelo que? Eles devem estar transando agora. –Aquela era de Zeus.

-Mais um motivo para não querer entrar agora. –Dessa vez era Ártemis.

Me virei e encarei Teresa que apenas rolou os olhos.

-Bem não é como se a intenção não fosse essa, mas até parece que daria para ignorar esse pessoal. –Ela sussurrou e eu sorri.

Não daria mesmo.

Nós dois respiramos fundo e estendemos as mãos na direção da porta que se abriu de súbito com uma enxurrada de deuses ao chão em meio a uma confusão aonde os únicos de pé eram Ártemis e Atena.

Tanto eu, como Teresa, queríamos rir da cena, mas ambos sabíamos que era perigoso.

Então demos a vez aos nossos sorrisos irónicos, o que mesmo assim recebeu broncas de Zeus e Ares.

-Tirem esse risinho sem vergonha da cara. Por que demoraram tanto? –Zeus.

-Não é educado fazer os outros esperarem. –Quando Ares disse aquilo nós não conseguimos segurar mais o riso.

Não só nosso, por que Atena e Ártemis começaram a rir também.

-Qual a graça?! –Ares estava irritado.

Eu e Teresa respiramos fundo.

-Bom, vindo de você essa frase é curiosa, mas respondendo à sua pergunta nós demoramos por que roupas de dormir amassadas e babadas não são apropriadas. –Teresa encarava o avô, um tanto contrariada.

-Bom, eu não ligava muito, mas acho que alguém aqui não gosta quando dizem que ela baba dormindo ás vezes. –Tentei parecer alheio ao ambiente e levei uma invertida ao estilo Teresa.

Ela moveu discretamente a mão em volta da minha cintura e me deu um beliscão na bunda.

Claro que eu dei um pulo e um grito de susto.

Todos olhavam para nós dois se perguntando o que tinha acontecido e eu sentia dor do beliscão junto ao olhar acusador de Teresa.

-Isso foi injusto. –Resmunguei.

-Então não fale o que não precisa. –Ela replicou.

-Vai ficar marca com a força que você usou. –Resolvi provocar.

-Como se você não fosse me fazer te recompensar por isso. –Dessa vez o sorriso malicioso tinha um ar de puro prazer.

-Sabiam que nós ainda estamos aqui? –A voz feminina me vez virar e dar de cara com Atena.

-Na verdade esse fato sumiu da minha mente por alguns minutos. –Confessei. Minha irmã bem mais velha pareceu ofendida enquanto Ártemis meneou negativamente as suas costas e as outras deusas deram risinhos. –Mas enfim, o que precisam dizer? -Os encarei, já ao lado de Teresa com o braço em volta da sua cintura.

-Podemos sentar? –Hera parecia estar tramando algo.

Troquei um olhar rápido com Teresa.

Aquilo seria longo.

Mesmo assim seguimos até os sofás da minha sala de estar.

Deméter se demorou um pouco olhado a organização do lugar.

-Incrível que seu templo seja tão organizado assim Apolo. –Comentou distraída fazendo tanto eu como Teresa rirmos. –Qual a graça?

-Nenhuma. Mas na verdade quem tem mania de organização é a ninfa-mor do palácio Filien. Se dependesse da minha organização isso aqui seria um pandemônio. –Confessei.

-Tudo que ele organiza fica bem feito, mas sempre termina desorganizado mais rápido que o normal. –Teresa riu ao dizer aquilo e depois acabou se lembrando de que queria fazer outra coisa, sei disso por que ela ficou irritada. –Afinal, o que vocês vieram fazer aqui?

Todos os deuses encararam Hera.

Perfeito.

Jogaram tudo nas costas dela novamente.

Hera suspirou e encarou-nos dois.

-Bom, durante a reunião extraordinária de hoje decidimos alguns pontos importantes sobre vocês dois e Hefésto. Apesar de ele ter reivindicado direitos sobre você nenhum de nós concordou e já lhe demos instruções sobre se aproximar de você apenas se outros deuses estiverem por perto. Eu queria que ele não pudesse se aproximar nunca mais, só que...

-Os solstícios. Sabia que isso poderia acontecer. –Teresa murmurou e os deuses a olharam.

Então eu olhei para eles e respondi:

-Ojesed. -Depois olhei para Hera. –Continue.

Ela concordou.

-Também decidimos que vocês dois vão casar de vez.

-COMO É QUE É?!?!?! –Eu e Teresa levantamos do sofá com um pulo.

Os deuses nos encaravam em dúvida.

-Não querem casar?! –A voz fria de Hades parecia muito perigosa.

-Depois de todas as perversões que temos que aguentar não pretendem casar?! –Essa foi Atena sendo pior que Hades.

-Pessoal, acho que não é isso. –A voz de Ártemis soou o ponto de defesa.

Respirei fundo e encarei Teresa.

-Primeiro desculpe a reação exagerada. –Ela apenas assentiu como se esperando uma continuação, então eu encarei os outros deuses e principalmente os dois que pareciam prontos para me matar. –E sim, eu pretendo me casar com Teresa, mas eu não pretendo simplesmente dar uma ordem. Eu tenho tido toda a paciência que poderia ter na eternidade só com ela e isso sempre me traz momentos de paz e felicidade que nunca conseguiria forçando Teresa a nada. –Encarei a ruiva ao meu lado. –É o mesmo daquela outra pergunta há pouco.

Teresa sorriu daquele jeito encantador que me faz querer começar a beija-la como se a minha vida dependesse dela e apertou mais o nosso abraço.

Mas aquele momento não durou tanto assim.

-Certo, eu entendi. –Atena ainda me olhava feio e dirigiu o mesmo olhar a Teresa. –E quanto a você Teresa?

-Bom, eu tenho outra ordem de planos em mente nesse momento. –Nós dois demos uma risada baixa.

-Que tipo de planos? –Dessa vez foi Ártemis.

-Do tipo, ter mais filhos. Quem sabe meninas dessa vez. –Teresa respondeu ainda sorrindo na minha direção.

-COMO É QUE É?!?!?! –Dessa vez todos os deuses, exceto Hera, Afrodite e Ártemis gritaram.

-Casar vocês não querem, mas terem filhos como coelhos tudo bem?!?!?! -Zeus parecia ultrajado.

-Tem certeza que quer falar da quantidade de filhos Zeus? –Aquelas palavras de Hera cortaram a tensão na sala como uma espada quente cortaria manteiga.

Todos os deuses sentaram encarando eu e Teresa.

O silêncio durou cerca de dez minutos.

-Vocês vão casar. Isso já foi decidido em Conselho. Então apenas decidam se preferem no verão ou no outono. –Hera pareia tão determinada que era difícil discordar.

Suspirei vencido já pensando que de forma alguma poderíamos casar no outono.

-Tem que ser antes do outono. –Teresa foi direta e continuou. –Quando o outono entrar eu não quero saber de nenhum compromisso que seja adiável ou de gente importunando.

-Traduzindo você pretende trabalhar duro para ficar grávida e não quer ou vai aceitar nada atrapalhando seu tempo com Apolo. –Afrodite tinha um sorriso divertido nos lábios.

-Exatamente. –Teresa concordou.

-Bom, mesmo com o casamento no verão ainda vai atrapalhar o treinamento intensivo que tínhamos em mente. –Suspirei vencido.

A sala ficou em silêncio e encarei os deuses.

Com exceção de Hera, Afrodite, Perséfone, Teresa e Ártemis todos estavam com caras de surpresa, só que eu sei que minha gêmea mesmo só não está com a mesma cara que os outros por que já ouviu besteira pior da boca da minha noiva.

Encarei Teresa ao meu lado.

-Quem diria, demorou mais de duzentos e cinquenta anos, mas finalmente você será minha esposa.

Ela riu.

-Não se preocupe, não exijo fidelidade de deuses, só lealdade. Afinal seria impossível fazer você perder velhos hábitos.

Enquanto os deuses ainda tentavam processar nossas palavras nos levantamos e andamos até o outro lado da grande sala, ali nos beijamos por vários minutos até Atena vir nos buscar para explicar tudo sobre o casamento.

Durante toda aquela reunião eu e Teresa ficamos de mãos dadas trocando olhares cumplices, sorrisos marotos e maliciosos ou, ás vezes, pequenas e discreta carícias.

O que foi uma tortura já que a reunião “rápida” levou mais de cinco horas.

Mas minha noite foi muito boa para que eu reclame.

-

-

-

Continua...


Notas Finais


-Lerdeza.
Eu sempre vejo o pessoal zoando o Percy por ser lerdo e alguns atribuem isso a Poseidon, mas as vezes isso m faz pensar que talvez Zeus seja meio lerdo.
Acho que todos os deuses já tiveram seus momentos lerdos.
Afinal, são todos parentes... cara, acho que um dia vou realmente me ferrar com essas brincadeiras...
=X=
CURIOSIDADES DO CAPÍTULO: Ninguém Imagina o Que Uma Briga Pode Fazer a Sanidade De Um Homem, Muito Menos a Minha Sanidade.

-E é assim que começa a história do nascimento de Ryuu e Yue, os irmãos de Easley.
Uma história que ainda rende muita confusão para Teresa e Apolo.
Além de alguma dor de cabeça para Hera.


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