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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Solstício de Verão.


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


Esse capítulo não tem marcação temporal, mas se passa no Solstício de Verão após o nascimento o Taylor, então menos de seis meses de tempo entre um e outro.

Capítulo 45 - Solstício de Verão.


Annabeth

 

-O que vamos fazer hoje mesmo?

Encarei Teresa que parecia pensar na minha resposta um pouco mais distraída que o normal.

-Acho que... Espera. Que dia é hoje mesmo?

-Solstício de Verão.

Ela parou o que fazia na mesma hora e me encarou.

-Droga. –E antes que eu pudesse perguntar ela fez sinal para que esperasse e pegou uma nota dentro de um livro. –Tinha me esquecido desse detalhe. –Eu ainda estava esperando que Teresa me dissesse o que parecia tão importante quando ela se aproximou de mim. –Enfim, eu tenho a reunião do Solstício e você uma excursão do Acampamento Meio-Sangue para guiar.

-Como é?

Ela parecia achar algo muito engraçado, provavelmente a minha cara.

-Relaxe que o Percy vai estar junto e em todo caso é só um daqueles passeios ao estilo escola mortal, você vai se sair bem.

-Eu não acredito em uma palavra que você fala Teresa.

-Eu sei disso Annabeth, mas vamos ter visitantes interessantes no grupo e preciso de você ali. Além disso, esse passeio é bem melhor que a reunião.

Tentei entender o que Teresa queria dizer com aquilo, mas a verdade é que ela não é muito boa em dar pistas sobre alguns assuntos.

Isso é algo que aprendi nos últimos dois anos.

 

==========X==========

 

-Pensei que ia fazer isso sozinha. –Mas a única resposta que Ryuu me deu foi um movimento vago com a cabeça. –Vai dizer o porquê está aqui?

Ele me encarou um pouco em dúvida antes de voltar a encarar a porta.

-Resumindo tudo, Hera e Afrodite decidiram que pelo bem de todos eu preciso de distância dos deuses.

Me senti incomodada com o que ele disse.

-O que aconteceu com você Ryuu? –Ele me encarou novamente. –Quando te conheci, você era uma força da natureza, vida e alegria. Agora você está tão sério e irritado, por isso me pergunto o que aconteceu.

Ryuu voltou a olhar a porta antes de responder.

-Como se sentiria se não pudesse mais ver o Percy ou encontrar seus filhos por um bom tempo?

Apesar de achar a pergunta dele estranha respondi sem dúvida.

-Triste e bem irritada. –Só entendi o que ele queria dizer quando respondi e o olhei assustada. –Ryuu, quando...

-Esqueça isso Annie. As crianças chegaram.

E menos de dois segundos depois vi Galatea e Rigardo correndo na nossa direção com Edward e Melissa, ele se prendeu a minha perna e ela foi entregue a Ryuu que parecia um pouco triste.

-Vamos aproveitar o dia de confusão. –Galatea não parecia nada a fim de me ajudar.

-Foi mal Annie. –E como sempre Rigardo foi na onda dela e saiu correndo por esse lugar.

Tentei de verdade chamar os dois e ir atrás, mas Edward estava mesmo agarrado as minhas pernas e perdi os dois de vista por que eles são bem rápidos.

-Não acredito nisso. –Então encarei Edward que parecia assustado. –Vamos lá Ed, vai ser um passeio legal.

Mas ele apenas negava com a cabeça.

Para um garoto de oito anos ele é bem teimoso e, principalmente, age como uma criança de cinco anos.

O que sempre torna as coisas mais difíceis.

-Não se preocupe Annabeth, podemos cuidar do Ed. Não é mesmo pequeno?

E para a minha surpresa o meu pequeno cunhado correu na direção da garota de longos cabelos negros.

-Lizi.

-Eu estou aqui fofinho.

-Ela e eu, claro. Por que se deixar tudo com a Liz vai dar problema.

O garoto ao lado de Lizandra, Gray, era realmente parecido com o pai.

-Como vai Gray?

Ele me olhou com aquele sorriso Apolo um pouco convencido.

-Bem. Esperamos que hoje seja um dia legal.

-E onde estão os outros campistas?

Gray deu uma gargalhada divertida.

-Pra variar levando um ralho da Clarisse, como todos os dias.

Eu não precisei que ele explicasse o motivo.

Se havia algo que aprendi sobre Clarisse nos últimos anos é que Lizandra e Gray são seus protegidos, mas depois que Charles e Silena nasceram até Edward e Melissa viraram seus protegidos. Aparentemente ela era do tipo que depois que virá mãe é pior que o pai quando tá bravo, mas é óbvio que nunca vou falar isso ou os dois me matam.

Ainda pensava sobre a ironia de Clarisse ser uma mãe tão protetora quando a porta abriu e ela saiu com uma onda de semideuses no encalço.

-Hey! Tudo bem Annabeth? –E ela ficou mais amigável comigo depois de tudo.

-Sim. Onde estão as crianças? E o Percy?

-Seu namorado foi resolver algo importante para o Quirón junto com o meu e eles levaram o Grover, mas não faço ideia do que seja. E Perséfone passou no Acampamento resmungando algo sobre não pedir favores a Teresa novamente e disse que iria cuidar das crianças até voltarmos. –Mas o sorriso irônico dela foi muito suspeito, até que ela piscou como se me contasse algo divertido. –Claro que a essa altura ela já deve ter deixado as crianças com alguma ninfa de confiança e está aproveitando as horas que tem livre de Deméter na companhia de Hades.

Eu pensei em dizer para ela não falar aquilo tão abertamente perto dos campistas, mas poucos deles conheciam os deuses como nós nos últimos anos e pensariam que era uma piada.

Mesmo que isso não se aplique a Lizandra e Gray, ou a outra meia-dúzia de campistas.

Mas até ai não é novidade.

 

==========X==========

 

No final das contas as coisas estavam correndo melhor do que o esperado.

Claro que depois de uma hora com os campistas nos irritando nenhuma de nós aguentou mais aquilo e logo eles tinham uma nova deusa e uma semideusa com a Benção de Ares ameaçando mata-los de forma cruel, o que ajudou a fazer com que todos obedecessem.

Ryuu por outro lado pegou Melissa e Edward no colo e não largou mais.

Para Edward era divertido ficar no alto e para Melissa a barba de Ryuu parecia mais do que interessante. E aquilo fazia Ryuu sorrir de uma forma triste.

-O que aconteceu com o grandão?

Não me surpreendi com o fato de Clarisse notar que ele estava diferente.

-Se estiver certa sobre tudo que ele tem feito e o que me disse antes de chegar, está apaixonado e, talvez, tenha um filho.

-Uau! –Encarei Clarisse que logo ergueu as mãos em rendição. –Admita que não se sentiu assim e aceito a minha culpa.

Acabei rindo.

-Tudo bem, ganhou essa.

-Mas e ai, o que mais sabe sobre isso?

-Levando em conta que não sei nada, só posso dizer que isso deve ter relação com a raiva recente com os irmãos.

-Que pena. –Fiquei surpresa com o que ela disse. –Não me entenda errado, eles são ótimas babás, mas contrata-los separados deve ser difícil.

Caímos na risada quando vi que Lizandra estava perto de uma estátua de Hera e parecia pensativa.

Fui até ela um pouco preocupada.

-Tudo bem?

Ela pareceu se assustar, mas voltou a olhar a estátua.

-Sim.

Sinceramente eu não sei tanto assim sobre a Lizandra quanto gostaria ou faço parecer.

Sei que ela é diferente dos outros meio-sangues por que está óbvio demais para ignorar, mas não sei o quanto isso pode ou não ser perigoso ou o porquê Teresa parece ter medo ou uma espécie de respeito incomum por ela, como se fosse sua igual.

-Tem medo dela?

Dessa vez a garota nem piscou para mim.

-Não. –Então ela me olhou com aqueles olhos profundamente azuis. –Ela é bonita. –Lizandra voltou a observar a estátua. –Eu gosto dela. É como ver uma mãe para todos que precisam de uma.

Só quando ela falou isso lembrei que a mãe de Liz está doente.

-Sinto muito, não era a minha intenção.

-Tudo bem. –Ela esticou a mão e tocou o manto de pedra da estátua que parecia reluzir sob seu toque. –Muito obrigada por tudo Majestade.

Achei estranha a forma como ela parecia lidar com Hera, mas quando pensei em perguntar Gray apareceu.

-Já fez o que queria? –Lizandra apenas balançou a cabeça fazendo que sim. –Então vem, comprei alguns doces pra gente.

Lizandra saiu correndo com Gray até algum lugar calmo onde poderiam descansar em paz.

-Ela estava agradecendo Hera?

Não precisei olhar para Clarisse e perguntar como ela sabia.

-É. Sabe de alguma coisa?

-Tirando que ela passa algumas horas da semana no chalé de Hera, não muito. Mas é raro um semideus se sentir confortável com Hera, mais até do que um semideus se tornar imortal.

-Eu sei.

 

==========X==========

 

-Estou vendo que sobreviveu aos semideuses.

E era claro pelo som cansado da voz de Teresa que ela queria matar alguém pelo Solstício, mas isso é normal.

-Não foi difícil depois que eu e Clarisse ameaçamos matar todos.

-Até Galatea e Rigardo?

-Não. Eles desapareceram nos primeiros dois minutos e só voltaram bem mais tarde.

-Estavam na nossa reunião.

-Imaginei algo assim. –Aquilo era parte da verdade, por que pensei que haviam invadido alguma biblioteca também.

-E Lizandra e Gray?

-Se comportaram mais do que todos juntos. –Teresa sentou na poltrona a minha frente e achei uma boa ideia tentar descobrir mais sobre a garota. –Lizandra parece gostar da Hera, pode me dizer se sabe algo?

-Sim, Hera é madrinha dela.

Levantei do sofá assustada.

-Como?

-Hera é madrinha dela. Só isso. Não que Lizandra saiba disso. –Mas Teresa realmente parecia bem calma como isso tudo.

-E quem é a Lizandra? De verdade. Sem essa história de descendente de vários deuses. Pode até ser verdade, mas sei que não é tudo.

Ela me encarou e fez sinal para que sentasse.

-Lembra do Kaíros?

-O irmão gêmeo do...? –Ela concordou com o meu sinal indicando o relógio no pulso. –Lembro. Ele pareceu muito simpático no seu casamento.

-Ele é o ancestral da Lizandra.

Demorei algum tempo para entender o que aquilo queria dizer.

-Descendente do Kaíros, tipo uma cria do tempo?

-Uma Linhagem do Tempo.

Parei para encarar Teresa.

-É de gente como ela que vocês falam quando dizem “Linhagem”? Gente que pode matar um deus?

-É. E só pra saber eles podem mesmo.

Fiquei sem fala quando ela me confirmou e, principalmente, muito assustada ao pensar naquela garota.

Uma criança com poder de matar um deus e afilhada de Hera.

Quando lembrei como a mãe dela era isso não tornou aquela sensação melhor.

-Tenho algum motivo real para ter medo dela, Teresa?

Teresa me olhou um pouco surpresa.

-Claro que não. Se existe alguém que você pode confiar a sua vida como deusa, esse alguém são as pessoas da Linhagem, por que eles podem te proteger de praticamente tudo. Até de um Titã ou um Gigante.

E apesar de uma pequena dúvida sobre o assunto, achei que deveria confiar em Teresa sobre aquilo tanto quanto o resto desde que nos conhecemos.

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Continua...



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