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  3. November.

História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - November.


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


Esse capítulo foi escrito para ser triste, então nem vou dizer mais nada.

Capítulo 46 - November.


Gray

 

02 de Novembro.

Um Ano e Nove Meses e Meio do Capitulo 24: Nomes, de True Bloods.

 

Cada vez que o corpo de Lizi sacudia nos meus braços o meu peito apertava.

Não apenas o meu, mas não posso dizer que o rosto duro de Clarisse mesmo as lágrimas demonstrava o que ela sentia.

Lana parecia desolada e prestes a sair correndo, o que sei que ainda não fez em respeito à irmã mais nova.

Reynald e Halley estavam abraçados ao meu lado em um aperto tão forte que os poucos presentes poderiam confundi-los com namorados.

Mas tudo que eu queria era fingir que não estava ali, olhando pra o ministro que fazia a cortesia fúnebre de tia Kira como se fosse absolutamente normal.

E provavelmente era.

Morrer é normal pra todos.

Só que foi bem traumático ver a tia Kira morrer daquele jeito.

Presa em uma cama, tendo espasmos e sem conseguir respirar.

Eu sei que foi o melhor para ela a àquela altura da doença, quando seu corpo já havia ultrapassado todos os limites de resistência inimagináveis.

Mesmo assim, não conseguia aceitar aquilo.

Com todos os problemas de saúde, a cabeça meio maluca e o humor inapropriado, Kira foi tão minha mãe quanto a minha própria mãe.

O caixão já estava fechado há muito tempo.

Ninguém aguentava olhar para tia Kira ali dentro.

Quando a conheci há três anos ela já estava bem doente, mas havia vida nela e era vibrante.

Lana admirava a beleza dela, a beleza real.

Até Clarisse admirava essa beleza simbólica, o que era um milagre na opinião de muitos colegas de acampamento.

Claro que naquela época tia Kira ainda era realmente linda em aparência, assim como em personalidade.

Eu não acreditei quando a conheci que havia algo de errado.

Tia Kira era uma mulher de trinta e poucos anos e não muito alta, com um corpo magro, a pele parecia ser de alguém que passava todos os dias na praia de tão bronzeada e longos cabelos castanho claro, com tons de bronze polido. Isso sem falar naqueles olhos que mudavam de cor e me impressionava.

Mesmo um pouco mais magra do que deveria, ela era o retrato de perfeição e força.

Até a primeira crise.

Era noite quando o som de alguém sufocando começou e Lizi pulou da cama assustada.

Eu estranhei que tia Kira não estivesse na cama depois de arrastar nós dois para a grande cama de casal no quarto dela, então segui a Liz até o outro quarto onde encontramos tia Kira vomitando sangue sem conseguir respirar.

Fiquei tão assustado naquele dia que não conseguia me mover enquanto Liz socorria a mãe, algo que ela já havia feito outras vezes.

No dia seguinte, Lizi achou que eu deveria ir embora, mas percebi que ela fazia isso tanto por mim como por si mesma.

De certa forma nossa irmandade se consolidou por completo naquele dia.

Também foi a única vez que visitamos tia Kira em algum tempo, mas quando voltamos ela estava ainda mais debilitada.

Nunca soube o que aconteceu para o estado dela piorar daquela forma, mas lembro que Lizi parou de chama-la de Kira para usar o Alexis quando a conversa era mais séria ou queria chamar a atenção da mãe.

Eu não tinha essa coragem.

Nem mesmo quando tia Kira fazia algo estupido como tentar fazer nossas refeições quando mal conseguia andar, por que eu sabia que ela estava tentando nos dar algum descanso. Fazer com que acreditássemos que estava melhor.

Senti o corpo pequeno de Lizi sacudir em outro soluço nos meus braços e um cutucão no meu braço.

Clarisse moveu os olhos indicando o lugar que o ministro estava antes e entendi que era a minha vez de falar, porque em algum momento entre conhecer tia Kira e hoje eu havia de modo infantil aceitado fazer o discurso fúnebre dela como se isso nunca fosse acontecer.

Entreguei Lizi para Clarisse segura-la e andei até a frente do caixão sentindo como se meus pés fossem de chumbo, mas mesmo assim precisei fazer aquilo.

Encarei Clarisse que parecia me apoiar e Liz chorando abraçada a ela, assim como Lana que ainda parecia querer sair correndo e respirei fundo para não fazer isso quando comecei a falar.

-Eu sei que deveria fazer um elogio fúnebre, mas não consigo. –Senti metade das pessoas me olhar de forma acusadora, mas os olhares de Clarisse e Lana me incentivaram. –Eu poderia falar bem até da vaca da Drew nesse momento, o que seria uma mentira e faria a tia Kira rir horrores, mas não consigo fazer isso para ela. –Tentei não me sentir mais idiota que o normal, mas isso apenas me lembrou de como Kira sempre me dizia que esse era o meu jeito. –Ela vivia me chamando de idiota quando eu tentava ser legal, por que eu fico bem idiota nesses momentos e faço tudo do jeito errado.

Ouvi alguém rir e reparei que era Lizi, o que me fez continuar.

-Sabe, eu estou um pouco irritado com Kira Alexis nesse momento, principalmente por que ela ainda me deve duzentas pratas. –Dessa vez Lizandra gargalhou. –E por que ela me prometeu pagar meu casamento. –E a nova risada foi de Clarisse, enquanto Chris parecia não acreditar no que via e ouvia. –E principalmente por que ela me fez fazer esse elogio idiota hoje. –As lágrimas me impediam de ver qualquer coisa agora, havia apenas borrões. –Estou irritado por que tia Kira era uma pessoa incrível e não posso mais conversar ou pedir conselhos que ela dava tão bem. –Tentei secar as lágrimas em vão. –Alguém pode dizer que ela era boba e irresponsável, o que pode ter um fundo de verdade, mas ela era uma pessoa incrível e que vai fazer muita falta nas nossas vidas.

Contive a vontade de chorar agarrando a barra da blusa com força.

-Minha mãe é uma pessoa incrível, como a tia Kira era e ontem quando contei sobre o enterro ela chorou pelo telefone. Nunca tinha visto minha mãe chorar por alguém que não fosse eu ou meus meios-irmãos, então isso não é simples de aceitar. Tia Kira era como minha mãe, ainda mais incrível e sei que os outros pensam assim. Droga! Ela fazia a Clarisse sentir medo e é difícil assustar essa praga ou ela obedecer, duas coisas em que Kira tinha sucesso. –Notei o olhar atravessado de Clarisse quando sequei as lagrimas. –Então todos vamos sentir falta desse jeito enlouquecedor e carinhoso que a tia Kira tinha. Muita falta.

Voltei para o lado de Lizi mal enxergando onde pisava, mas fui recebido pelo abraço apertado da minha irmã e um cascudo carinhoso de Clarisse.

-Falou bem purpurinado.

Mas tudo que consegui fazer foi retribuir o abraço de Liz e chorar.

 

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Lilliel

 

03 de Novembro.

 

Eu estava realmente ansiosa para rever Oliver depois do fim de semana.

Com o fim de ano se aproximando e as festas na casa dos meus parentes, que não posso ir por qualquer motivo idiota, era bom ter alguém com quem conversar e confiar.

-Parece animada com o colégio hoje meu anjo.

Não consegui não sorrir ao ouvir minha mãe curiosa.

-Eu estou animada.

Ela pareceu confusa, mas não perguntou mais nada por que já estávamos na frente da escola.

-Até mais tarde.

-Até mais mãe.

Eu não gostava do colégio novo até começar a conversar com Oliver e desde então sempre estou animada até para subir essas escadas.

Os corredores pareciam um pouco vazios para a hora, ainda que houvesse aqueles que chegavam sempre atrasados cinco minutos para o sinal bater e corredores praticamente desertos não era um bom sinal.

Andei poucos metros até me deparar com um panfleto.

Não parecia boa coisa.

“Reunião especial de alunos no auditório antes do sinal. Venha se divertir.”

Não é o tipo de anuncio para boas notícias.

Me perguntei quem era o pobre infeliz que eles iriam importunar e pedi aos deuses que Oliver não estivesse metido nisso. Divertido ou não, ele tem um péssimo senso de humor para provocação.

Com os poucos alunos não foi difícil chegar ao auditório do colégio bem a tempo de ver Oliver no palco.

-Sério pessoal. Aquela maluca tem cicatrizes pelo corpo que tornariam celulites e varizes a coisa mais sexy do mundo. Segundo ela, a família da mãe é meio que formada por psicopatas que gostam de se torturar e aos filhos com treinos mortais. E... –Ele me encarou na porta e sorriu debochado, não que eu precisasse de outra explicação para o que estava acontecendo. –E agora com vocês pessoal, a Piranha Pirada Lilliel Eucaristia.

Alguém na parte de cima do palco direcionou um holofote na minha direção e outro o foco de uma câmera. E apesar de achar que não havia nada mais ridículo do que ter caído na lábia de Oliver, tinha que admitir que a minha cara no telão superou essa ideia.

As lágrimas pareciam um rio e se alguém já viu um deus da desilusão eu deveria estar igual.

-Como podem ver, fiz minha parte do acordo e levei essa coisa pra cama. Admito que por baixo dessas roupas ela é gostosa, mas é muito chata. Mas pra quem quiser usar, passou no teste drive. –Eu realmente não acreditava nas palavras que Oliver dizia como se não fosse nada demais, muito menos quando ele me encarou sorrindo. –Valeu por tudo, mesmo que tenha demorado mais do que esperava.

Eu não conseguia respirar e minha cabeça girava quando alguém passou pela porta parecendo irritado.

-Mas que carnaval é esse? –E pela primeira vez na minha vida fiquei realmente feliz em ouvir a voz irritante de Félix.

-Estamos festejando a minha aposta ganha professor. Afinal, levar essa esquisitona pra cama foi relativamente simples. –Eu queria vomitar ao ouvir aquelas palavras cínicas.

-Ora seu... –Mas apesar de parecer querer matar Oliver, Félix não parecia poder se mover e acabei agarrando a manga do seu terno de vinil.

-Olha só como essa vadia é oferecida dando em cima do professor.

Mas tudo que via agora era uma imagem turva e borrada.

A vontade de chorar até perder o folego era gigante, mas Félix esticou a mão.

-Se quer sair daqui criança vai precisar segurar minha mão com força, com raiva, desejando matar alguém e que tudo queime. Se segurar a minha mão com essa força eu tiro você daqui e te faço chegar à sua casa em segurança.

Eu não entendi o que Félix queria dizer com aquilo, mas ele era a única pessoa que podia confiar agora e segurei sua mão como se minha vida dependesse apenas disso. Com toda a força, do jeito que ele falou.

Então tudo ficou confuso.

Senti o chão praticamente sumir e o ar faltar.

Quando dei por mim estava na garagem do prédio, ofegante e chorando.

Minha mente parecia um borrão em meio a uma tempestade.

Tentei lembrar o que havia acontecido e como havia parado ali.

Lembranças de Oliver na sala de aula contando para todos sobre nós e cobrando o dinheiro da aposta invadiram a minha mente.

Levantei de onde estava e subi para o apartamento pelas escadas, parando todas às vezes precisava chorar.

Quando abri a porta do apartamento minha mãe pareceu se assustar.

-Meu anjo, o que houve?

Mas eu não conseguia falar.

E eu não queria falar.

Quando minha mãe se aproximou me afastei e corri para o meu quarto.

Tranquei a porta e me encolhi na cama sob as cobertas.

Esperava acordar e descobrir que tudo não passou de um sonho muito ruim, mas sabia que não iria acontecer.

Então continuei chorando até dormir.

 

==========X==========

 

08 de Novembro.

 

Me encolhi na cama quando a porta do quarto se abriu e os passos lentos se aproximaram da cama.

Queria dizer para a minha mãe sair.

Que minha avó entendesse que não estava com fome.

Ou que minhas tias parassem de dizer que precisava falar sobre o que havia acontecido.

Também queria que meus primos parassem de tentar me animar com planos de vingança.

Só queria fica ali, encolhida na cama debaixo das cobertas no quarto escuro.

-Esse deve ser o lugar mais depressivo do mundo. –Mas em assustei ao ouvir a voz de Vivian, por que de todos os meus primos ela era a mais ocupada para aparecer ali. –Acho que Hades poderia vir aqui e te usar de portal para os espíritos.

E eu tinha esquecido que desde que ficou grávida e teve um filho, Vivian ficou praticamente pior que nossos pais e avós.

-Sai daqui.

Ela riu.

-Só por que você foi uma garota tonta que acreditou no primeiro idiota que foi legal e parecia um príncipe, não precisa se culpar por ter ido pra cama com ele.

-Como se você pudesse falar de algo sobre confiar em caras.

-Na verdade eu posso falar muito.

Sai de baixo das cobertas irritada e acendi a luz do abajur.

-O seu cara te deixou grávida e com um filho antes de sumir sem nem se importar, então não pode falar nada. –Vivian começou a rir daquilo e eu fiquei olhando com cara de “Qual o seu problema?” enquanto ela continuava a rir. –Qual a graça disso?

-É que vocês estão sempre tão equivocados sobre a minha situação com o pai do Taylor que chega a ser engraçado.

Juro que demorei que mais que o normal para entender o que ela queria dizer.

-Espera. Se ele não te deixou, se ele se importa com vocês dois e não sumiu, por que não tá aqui ou você com ele?

Vivian suspirou um pouco pensativa e me encarou.

-Já ouviu quando as pessoas falam “as coisas nem sempre acontecem como queremos”, não é mesmo?

-Sim. Todo mundo já ouviu isso, mas qual a importância?

-Importa por que eu tenho o cara ideal, só não podemos ficar juntos agora por que ele tem problemas de família para resolver.

-Ele não é casado, é Vi?

Ela riu.

-Ele se preocupa com os irmãos dele, com os pais, com os outros parentes e comigo. Então ele meio que tá tentando agradar e ajudar todo mundo, mesmo que às vezes erre.

Fiquei olhando par Vivian que parecia extremamente calma com aquela situação em que estava.

-Você não liga pra isso?

Ela sorriu como se ouvisse uma história divertida.

-Até ligo, mas nós temos um acordo.

-Que tipo de acordo.

Mas ela apenas fez um sinal de silêncio com o dedo sobre os lábios e piscou na minha direção.

-Isso é um segredo.

Não demorou muito e Vivian levantou andando até a janela distraída.

Fiquei curiosa com a reação dela.

-Você o ama de verdade Vi?

Minha prima se virou e sorriu de uma forma que nunca vi alguém além dos meus avos quando se olhavam.

-Quem não ama alguém por quem esperou por tanto tempo, alguém que me esperou por mais tempo ainda e que é capaz de tudo para ver o outro sorrir? –Eu não respondi a pergunta dela, mas fiquei pensando que havia algo único na forma como aquelas palavras soavam. –Eu vou indo e você deveria começar a procurar a próxima porta, dessa vez a certa.

Não entendi o que Vivian queria dizer com isso, mas deitei na cama me sentindo exausta.

Havia dias que não saia do quarto e mal comia ou dormia de verdade, apenas me culpando por ser idiota.

Acabei dormindo, mas dessa vez descansei.

Quando minha mãe veio com minha avó e uma bandeja de café da manhã, não me recusei a comer, nem mesmo a tomar o banho que elas tanto insistiram.

Não me sentia pronta para um dia normal ou para enfrentar as perguntas da minha família, mas tentei pelo menos acalmar minha mãe e minha avó.

Era um começo para o que quer que Vivian tenha tentado me dizer.

 

====================X====================

 

Clarisse

 

10 de Novembro.

 

Encarei Lizandra deitada no sofá do meu chalé com a cabeça nas pernas de Reynald que falava que deveriam fazer uma viagem pela costa para nadar no mar ou entrar em uma caçada de tempestades.

Mas tudo que Liz fazia era ficar em silêncio.

Agora as lagrimas haviam cessado e eu esperava que ela reagisse um pouco, mas não estava dando muito certo.

-Vamos lá. Isso pode ser bom para todos nós.

Mas quando Lizandra levantou, ela apenas andou até a cozinha e pegou um pouco de água antes de subir para o quarto.

Vi Reynald começar a chorar quando Liz não estava mais por perto e sentei ao seu lado.

-Por favor, fala comigo. –Pedi já exausta.

Ele parecia ainda mais frágil que o normal, o que é extremamente irônico em um cara como Reynald que é enorme como ele e com uma cara invocada de poucos amigos.

-Por que ela tinha que morrer? Por que uma das únicas pessoas que pareciam me aceitar de verdade tinha que morrer?

Tentei não considerar que meu irmão realmente um cara com problemas de família e sensível no sentido mais difícil de explicar, mas isso pode ser complicado para alguém como eu.

-Rey, eu sei o que você passa. Não entendo, admito, mas sei. Só não esqueça que nosso chalé é cheio de pessoas que mesmo não sendo boas em demonstrar isso te amam. E você ainda tem a Ashlley e a Lana, mesmo que sua mãe seja burra o suficiente para ouvir o seu padrasto e te colocar pra fora de casa.

-Esqueceu de dizer que ela fez isso por que sou gay. –Ele parecia um pouco irritado agora.

Mesmo assim segurei seu ombro com força.

-Não esqueci nada, só não me importo com o motivo. –Ele me encarou surpreso. –Ela seria burra se fizesse isso por que você não passou no vestibular ou perdeu o emprego ou fez a má escolha de usar drogas, mas quer ajuda. –Olhei firme em seus olhos. –Se daqui a dez ou quinze anos Charles ou Silena me disserem que são gays, não vou abrir mão dos meus filhos por isso e se Chris não gostar vou bater muito nele. Coloco meu marido pra fora de casa, não meus filhos.

Meu irmão sorriu.

-Você é uma boa mãe.

-E a sua uma péssima. –Reynald pareceu ficar triste. –Mas você é um ótimo filho por ainda tentar ajuda-la.

Ele pareceu um pouco mais calmo.

Aproveitei a chance e agarrei a gola da sua blusa.

-O que foi? Tem alguma coisa errada?

-Tem sim. Você ainda está aqui e preciso que respire ar novo, faça algo diferente. –Peguei um ingresso que Teresa me arrumou há dois dias e entreguei para meu irmão. –Você vai dar uma volta, quem sabe beber um pouco nessa festa e paquerar alguém. Só vai voltar amanhã ou depois e não é uma sugestão, é uma ordem e uma missão solo.

-Mas a Lizi...

-Eu sei. Mas não quero outra pessoa ainda mais deprimida do que ela. –Ele parecia ainda mais surpreso dessa vez. –Puxa o carro e volta só se for chamado ou em dois dias.

Reynald encarou o ingresso da festa curioso.

-Onde conseguiu isso?

-Presente.

Ele não parecia querer prolongar a discussão, para a minha felicidade, e virou andando em silêncio até o chalé.

Tentei não pensar no que Teresa me disse quando entregou aquilo pra mim, mas foi impossível:

“-Se tudo der certo e Reynald for a essa festa, mais de uma vida pode se ajeitar.”

Me perguntava o que ela queria dizer com aquilo e de quem ela falava, mas algo me dizia que as coisas não seriam assim tão simples para Rey e os outros envolvidos.

Algo que nem Teresa poderia arrumar.



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