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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - I Can See The Stars. I Dream For You.


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


Leiam as notas finais.

Capítulo 51 - I Can See The Stars. I Dream For You.


Leon

 

15 de Dezembro

Dois Anos e Onze Meses Depois do Capitulo 24: Nomes, de True Bloods.

 

Eu não fazia questão de olhar para a cara de Lana nesse exato momento.

Sinceramente, ela parecia mais irritada do que eu, não que isso fosse difícil de entender.

Quirón e Percy praticamente me expulsaram com ela, Halley, Reynald, Lizi e Gray do acampamento grego para o romano com a desculpa de que precisávamos fazer mais intercâmbios com nossos irmãos do outro lado.

Queria poder dizer pra eles que existem mentiras melhores para esse tipo de jogo, mas só os deuses sabem como eles são péssimos nisso com a gente.

Então era óbvio que eles queriam tirar todos do acampamento não só pra evitar confusão com os outros campistas, mas por que não queriam outros problemas além dos que já pareciam andar acompanhando Rigardo e Galatea depois do nascimento das irmãs divinas do Gray.

Por isso os dois foram mandados para o acampamento romano uma semana antes ou a guerra civil de semideuses não precisaria dos romanos para acontecer.

E agora aqui estou eu sentado no gramado da colina da cidade de Nova Roma olhando as estrelas e sendo novamente o “melhor amigo” da Liz tentando não soar idiota para conversar com Lana enquanto quero dar um tiro na minha cara.

-Para com isso Leon. Tá me irritando.

Não precisei olhar para a Lana, nós somos absurdamente ferrados para que palavras sejam necessárias.

-Então me ajuda ou a Lizi vai ficar me pedindo para conversar com você a cada cinco minutos.

O suspiro cansando dela me dizia mais do que preciso ou quero saber de verdade.

-Lembra o sonho que te contei?

-O sinal de Ártemis?

-Estou sonhando com aquilo três vezes por semana.

-Legal.

-Não é legal.

-Eu sei.

Continuei olhando para as estrelas antes de ter alguma ideia do que dizer para Lana, algo que não a fizesse querer me bater.

-Você não cansa de olhar as estrelas?

Acabei olhando pra ela surpreso com aquela pergunta.

-Vindo da garota que pediu pra Ártemis ajudar a encontrar a sua alma gêmea eu acho essa pergunta irônica.

-E é. –Continuei encarando Lana até fazê-la me olhar nos olhos. –Uma vez há um ano, mais ou menos, você me disse que acha o brilho das estrelas parecido com o brilho nos olhos da Liz.

Voltei a olhar para as estrelas.

-É parecido sim, mas não tão bonito.

-Você é masoquista.

-E você sabe ser um pé no saco. –Ela nem esperou pra me dar um cascudo forte pra caramba na cabeça. –Isso dói.

Mas quando olhei pra Lana novamente ela estava sorrindo um pouco.

-É só não me chamar de pé no saco.

-Nós somos melhores amigos ferrados, posso te mandar pro meio do Tártaro.

-Verdade.

-Mas não é isso que está te preocupando pra fazer a Liz me mandar aqui é?

Ela riu irônica.

-Sabia que tinha dedo daquela doida.

-Vocês duas se amam, só pode.

-Ela é minha irmã Leon. A única além de Connor e Travis a não me odiar, claro que eu amo a Liz.

Voltei a sentar do seu lado.

-Então, do que tá precisando exatamente?

-Você consegue rastrear um sonho?

-Depende do que você quer que eu encontre.

Eu tentei não dar esperança pra ela na resposta, por que não é algo simples de fazer.

-O outro sonhador.

-Merda. –Duas vezes merda.

-É difícil assim?

-Não é fácil Lana.

-Quanto?

-Depende de quem é o outro sonhador.

-Então quanto mais forte ele for, mais difícil vai ser.

-Não só isso, mas você não chegou a ver o rosto dele no sonho da última vez que me contou e acho que isso não mudou, não é?

-Não.

-Mesmo que eu consiga algo, pode não levar ao outro sonhador e nem é um ritual simples de fazer ou que qualquer um poderia fazer.

-Mas você pode, não é mesmo?

-É, posso sim.

-Imaginei isso depois daquela noite quando organizou aquela punição pra Drew. Podia ter feito aquilo sozinho não é mesmo?

-Teria sido mais difícil e levaria dias para pegar os quatro.

-Iriam te descobrir.

-Com certeza.

Nós dois rimos daquela conversa, não por que era idiota ou engraçado, mas por que é tão triste pra nós que só sobrava essa opção.

-Só podemos fazer o ritual no dia do Solstício ou no Natal ou no Ano Novo.

-E depois disso, quando poderíamos fazer isso?

-Em outro Solstício ou no 4 de Julho, talvez no dia das Crianças ou na Ação de Graças.

-Por que tão poucas oportunidades no resto do ano?

-Algo sobre bons desejos e sonhos serem gerados com mais frequência nesses dias, por isso dá pra ter um melhor resultado na busca.

Continuamos em silêncio olhando para as estrelas por alguns minutos antes da resposta dela.

-Tudo bem, vamos tentar no Natal. Isso se não for difícil prepara tudo até lá.

-Na verdade o preparo pode ser difícil para outras pessoas, eu tenho os meios e sei o que é necessário. Tenho tudo o que preciso para fazer o ritual aqui no Acampamento Júpiter.

-E o que seria isso?

-Pra começar seis poderosos semideuses a menos de dez quilômetros de distância e eu tenho nove contando comigo.

-Nada humilde você.

-Algumas arrogâncias tem sentido.

Ela riu da minha afirmação, mas eu sabia que Lana tinha consciência de que é um dos semideuses que me referia.

-Tem mais alguma coisa difícil que vai precisar e que pode ser perigosa?

-Uma pedra preciosa trazida à superfície por um filho do submundo e dado de coração para o ritual.

-Hazel.

-É. Vou precisar contar um pouco do que faremos para ela.

-Isso vai interferir no ritual.

-Não, mas ela vai contar para a Reyna e essa sim pode resolver interferir ou participar dessa nossa aventura pelo mundo dos sonhos.

-Isso seria ruim?

-Não exatamente, só não sei se ajudaria.

-Bom, o maior interesse é meu e eu escolho arriscarmos, mesmo que a pretora resolva vir junto no dia.

Tentei dizer que aquilo poderia não ser tão simples, mas na verdade era.

Com ou sem a Reyna junto na hora o ritual poderia ser inútil e eu não precisava dizer isso a ela.

Lana sabe melhor do que ninguém que procurar alguém é doloroso.

Estava realmente preocupado com o resultado do ritual quando senti a pancada no ombro.

-Larga a mão de ser frouxo. –Olhei para ela um pouco irritado. –Não precisa ficar ai tão baixo astral.

-Eu te odeio, sabia?

-Você me ama. Sou sua melhor amiga e por isso você me ama mesmo quando me odeia.

-Irritante convencida.

-O dia que você transar com a Liz ai sim eu vou te zoar muito Leon, mais do que todos os dias antes. Nesse dia, eu realmente serei uma irritante convencida.

-Eu realmente te odeio.

-Nem tanto quanto o Percy vai me odiar quando zoar ele pelo que a irmãzinha dele parece que tá planejando fazer com o Rigardo nos próximos dias

Mas dessa vez, nós dois rimos.

 

==========X==========

 

24 de Dezembro

 

A noite de Natal não estava tão fria quanto para os mortais já que o Acampamento Júpiter tem às mesmas defesas que o Acampamento Meio-Sangue, mesmo assim eu ainda acho que é uma ideia arriscada conduzir um ritual dos sonhos na companhia da Pretora de Nova Roma.

Ter Aurum e Argentum andando ao nosso redor não melhora a situação, mas pelo menos eles parecem calmos.

-Pode dizer, eu não sou burra e sei que não me queria aqui.

O susto maior não foi de Lana com a declaração de Reyna, mas meu por ambas saberem o que eu pensava naquele exato momento.

Tentei parecer menos amedrontado do que estava, por que Reyna infelizmente é o tipo de pessoa que me deixa com muito medo de morrer.

Tipo a Kira ou a Lana ou a Clarisse, raramente a Liz ou a Annabeth, essa última menos por que não vejo com frequência.

-Desculpe, mas não sei se é uma boa ideia ter você aqui no meio do ritual.

-Bom, depois a gente descobre.

Aquilo me preocupou.

-Não me entenda errado, Reyna. –Ela me olhou. –Pelo pouco que entendi das insinuações da Téa, sua situação sentimental não é das melhores e esse ritual é pra rastrear um sonhador atrás do suposto amor da Lana.

Minha amiga riu.

Na verdade até Reyna riu.

-Relaxe Leon. Apesar do meu problema sentimental, não a nada que eu queira mais do que ajudar alguém como a Lana. Isso seria algo que me faria bem. Especialmente se for pra que essa pessoa não passe pelo que tenho passado.

O que Reyna falou me fez sentir um pouco de vergonha por duvidar da sua intenção.

-Desculpe. -Murmurei.

-Deixa as desculpas para quando precisar, vamos tentar fazer isso acontecer.

Senti vontade de rir, mas me concentrei em terminar de arrumar as pedras do ritual no círculo antes se encarar Lana.

-Pode ficar no meio do círculo.

Ela fez o que pedi e olhou ao redor curiosa.

-Agora eu deito e tento dor... –Mas antes que Lana voltasse a me olhar joguei o pó no seu rosto.

Segurei seu corpo antes dele cair no chão enquanto Reyna me olhava desconfiada.

Deitei o corpo desacordado de Lana e voltei a arrumar as pedras que Hazel nos deu ao seu redor junto com os outros materiais que havíamos reservado.

-Vai me dizer o que fez com ela ou vou precisar te bater?

Acabei rindo, antes de responder um pouco mais calmo, mesmo com os galgos me encarando a distância.

-Pó de papoula. –Olhei Reyna esperando um complemento. –Ela precisava dormir sem perceber ou estar tentando, ou do contrário o ritual já era.

Reyna pareceu aborrecida, mas como os galgos voltaram a andar de forma calma entendi que ela estava bem com a resposta.

-Sinceramente, essas coisas de magia e poderes dos deuses são sempre cheias de frescura. Não sei nem por que me surpreendendo.

Tentei não concordar com ela, mas é uma coisa difícil na nossa área.

-Bom, vamos nos concentrar nisso por hora. –Joguei o óleo de oliva na testa de Lana e levantei do seu lado e me sentei atrás da sua cabeça. –Sente aos pés dela Reyna.

Mas a Pretora pareceu desconfortável.

-Tem certeza?

-Bom, vamos descobrir.

Ela sentou, os galgos imitaram-na, sentando a alguns metros, e antes de começar disse um pouco ansioso.

-Não conte a ninguém sobre o que vai ver, mas não se assuste.

E antes que ela pudesse perguntar eu virei um sonho vivo e a envolvi no turbilhão.

-Mas o quê?

-Relaxa Reyna, é só uma parte dos meus poderes. Eu sou um sonho vivo. O mundo dos sonhos é mais real pra mim que a sua lâmina.

Ela ainda pareceu confusa por alguns segundos, mas logo relaxou.

-Ok. Acho que entendi um pouco.

Eu sabia que ela não iria questionar mesmo sem realmente ter entendido muita coisa, porque mesmo Reyna não gosta de falar muito dos seus poderes.

Logo nós avistamos o sonho da Lana.

Eu não conseguia ver direito, tudo parecia embasado, mas isso era normal já que o sonho não era meu. Lana provavelmente estava vendo tudo com mais clareza. Talvez até perfeitamente, como se não fosse um sonho, mas um momento real.

Aos poucos todo o cenário foi ficando mais nítido mesmo para mim e notei que Reyna parecia mais ansiosa que antes. O aumento gradativo do meu poder estava vindo dela e isso estava impulsionando o sonho de Lana.

Eu pude ver Lana se aproximar do rapaz do sonho mais do que ela já havia contado que conseguiu e os dois estavam prestes a se tocar.

Me concentrei e procurei o lugar em que o rapaz estava, seu repouso naquela noite.

Forcei meus poderes quando senti a resistência por parte dele e mais ainda quando senti o impulso dos poderes de Reyna.

Eu continuei forçando a busca e quando toquei a linha do sonho dele tudo se dividiu.

Eu podia ver ele em dois lugares diferentes. Um apartamento na cidade de Nova York e uma casa no norte do estado de Nova York.

Era como se ele estivesse nos dois lugares ao mesmo tempo.

Continuei tentando encontrar a origem dele naquela noite, mas sempre que me aproximava da casa no norte era mandado de volta para Manhattan ou o contrário, como se eu não pudesse saber onde ele realmente estava.

Cada nova tentativa encontrava mais resistência e com isso ficava mais difícil retomar do ponto anterior, o que fazia com que tentar chegar onde estava antes fosse ainda mais demorado. Minutos que eu não podia gastar só tentando alcançar a resposta, mas que já deveria ter conseguido.

Era como se a segurança dele fosse feita por um dos doze Olimpianos ou algo mais poderoso.

E então, tudo se quebrou.

Senti algo como um chute no estômago e aquilo doeu, algo que não deveria acontecer enquanto era um sonho vivo dentro de um sonho.

Tentei recuperar a conexão com a ajuda do poder de Reyna, mas percebi que ela estava cansada demais e seu poder não podia mais me impulsionar.

Foi o poder dela, me alimentando sob a ligação do ritual, que me deixou chegar tão longe mesmo depois de tanto tempo, mas mesmo ela tinha suas limitações.

Antes de ser rechaçado por completo para fora daquele sonho ainda pude ver Lana tocando o rosto do rapaz no sonho enquanto ele tocava o rosto dela.

Esperava que mesmo depois do fim do ritual Lana e o rapaz continuassem sonhando, quem sabe o bastante para se encontrarem depois, quando acordados.

Quando voltei para o mundo real, ainda na forma de sonho vivo, vi Reyna ofegante parecendo prestes a desmaiar, Aurum e Argentum andavam ansiosos ao nosso redor.

Tentei levantar para ampara-la, mas meu corpo ainda meio humano meio sonho tombou para o lado.

O corpo dela tombou para trás e eu mal podia ver se ela respirava, muito menos se estava consciente.

Os galgos pareciam querer se aproximar, mas também pareciam preocupados em manter o perímetro de defesa de Reyna.

Sem alternativa forcei as palavras mesmo sem conseguir respirar direito.

-Re... Reyna.

-Me deixa. -Ela resmungou.

Queria rir, mas me faltava força.

Felizmente ou não, Lana acordou.

Ela parecia confusa, como se não soubesse onde estava ou por que, e entendi que de algum modo à quebra do ritual terminou com o efeito da papoula acordando-a.

Quando Lana percebeu que havia acordado procurou eu e Reyna, mas levou um susto quando nos viu quase desmaiados.

Sorte ou não, Lana é muito inteligente e a primeira coisa que fez foi puxar nós dois para fora do círculo do ritual.

Depois correu até a mochila e pegou duas garrafas de água e o pacote de pão.

Lana não perguntou nada até que eu e Reyna estivéssemos parecendo menos mortos, mas eu imaginava bem quais seriam as suas perguntas.

Especialmente se a quebra do ritual a tinha acordado.

Os galgos de Reyna se acalmaram e voltaram a andar ao nosso redor de forma protetora, o que me deixou curioso.

Demorou alguns minutos para que nos recuperássemos, mas pelos menos ainda estávamos conscientes.

-Achei que ia passar a noite de Natal desmaiada aqui. –Acabei rindo do que Reyna disse, por que eu meio que pensei o mesmo quando cai.

-Bom, eu sinto muito que ficaram assim. Pelo menos eu acordei em tempo de ajudar os dois. –Mas mesmo com Lana tentando manter a calma eu sabia que ela queria uma resposta.

-Lamento Lana, nós tentamos muito mesmo, mas não consegui achar ele. –Fui o mais sincero possível.

-Então não deu mesmo. –Ela parecia decepcionada.

-Sinto muito. –Reyna parecia se sentir culpada.

-Não sinta. –E ela me olhou curiosa. –Sem você me dando seu poder para o ritual, duvido que tivesse feito metade do que conseguimos. Acredite, não foi falha de nenhum de nós. O Cara é protegido por algo do nível de um dos Doze Olimpianos e não consegui manter ele fixo para localizar nada além de um apartamento em Manhathan e uma casa no norte do estado de Nova York.

-Então você achou. –Lana pareceu tentar conter a ansiedade.

-Infelizmente não. –Fechei o solhos tentando lembrar os detalhes do que tinha visto. –Tanto a casa como o apartamento que vi eram bem ricos em detalhes, mas não consegui ver nada que identificasse o lugar exato. O apartamento tinha uma parede com um quadro da Liga da Justiça e outro dos Vingadores, mas sem vista para o lado de fora e eu só sei que é em Manhathan por que vi vários prédios antes do interior do apartamento aparecer. Já a casa, bem, não foi melhor que isso. Eu pude ver algumas estradas rumo ao norte do estado e depois um quarto grande com livros em uma mesa e a vista da janela tinha uma piscina. –Abri os olhos e encarei Lana que pareceu até conformada com o que ouvia. –Era como se eu pudesse saber algo, mas nunca tudo que procurava. Nunca vi uma defesa dessa até hoje, é algo único.

-Então ele não é um cara normal. –Reyna acabou dizendo aquilo que eu e Lana pensávamos.

Mas minha amiga riu antes de finalmente sentar à nossa frente na grama conformada com o resultado.

-Bom, ele tem a defesa de sonhos do nível de um deus e, fora os Doze, só os deuses dos sonhos podem fazer aquilo. Então ou ele é um deus dos sonhos, o que é pouco provável, ou ele tem a proteção de um deus muito poderoso. Pelo menos eu espero que seja isso e não algo mais complicado, por que do contrário a pesquisa seria difícil.

-Pesquisa? –As duas pareciam curiosas.

-Sim, vou ver o que exatamente causou a interferência ou pelo menos chegar o mais perto possível de uma resposta e, quem sabe em um ano a gente não possa tentar novamente.

-Não poderíamos tentar em uma semana? –Me surpreendi com a pergunta de Reyna.

-Infelizmente não. Esse ritual, como você vai descobrir amanhã, pode deixar todas as terminações do seu corpo doloridas ou dormentes por alguns dias e não é algo que seja fisicamente confortável para se querer pensar em repetir a dose em uma semana.

-Fora que as pesquisas do Leon são muito detalhadas, mas costumam demorar um pouco para ficar prontas. –Olhei para Lana um pouco curioso, assim como Reyna. –Somos amigos, eu te conheço.

Acabamos rindo, os três.

-Então, vamos continuar por aqui ou vamos para a festa? –Perguntei mais por educação, por que não aguento festa nenhuma.

-Mais meia hora de descanso e a Lana ajuda a gente a se arrastar para a pretoria. –Reyna não deixou margem pra dúvidas.

-Pretoria? –Mas Lana perguntaria mesmo se fosse uma ordem.

-Tenho vinho e pão lá, além de um quarto de hospedes fora de uso e um sofá muito confortável. Vai ser bom ter companhia amanhã e, pelo que o Leon disse, vou precisar de uma enfermeira.

Dessa fez nós gargalhamos.

Reyna olhou para o céu e disse algo que me deixou surpreso.

-Eu posso ver as estrelas.

Lana me olhou parecendo tão surpresa quanto eu.

-Você conhece? –Estava curioso.

-A história. –Reyna não me olhou. –Thalia me contou a história há alguns anos e pedi para Annabeth e Percy me contarem as suas versões há alguns anos, mas o meu motivo é diferente. –Ela pareceu não se importar em explicar e nós não perguntamos, mas Reyna olhou para Lana curiosa. –Vai sonhar com ele novamente?

-Acho que sempre vou sonhar com ele. –Lana desviou o olhar para o céu estrelado um pouco triste e me senti mal por isso. –Eu sonho com você.

Não falei nada e não levantamos pela meia hora seguinte.

Mas eu fiquei observando aquelas duas garotas apaixonadas, lindas, solitárias e, provavelmente, longe demais do que queriam.

Pela primeira vez eu realmente rezei para Hera, não por educação, mas por que Liz sempre diz que ela gosta de nós mais do que imaginamos e que, acima de tudo, a Rainha dos Deuses gosta de ver famílias felizes.

Rezei para Hera e desejei que Lizi estivesse certa.

-

-

-

Continua...


Notas Finais


*Lana Robin Cavendish: Lana é um nome que eu confesso não ter pensando muito. A Liz tinha uma irmã que precisava de um nome e Lana apareceu na minha mente, então eu usei. Já o Robin não veio do ajudante do Batman, mas da Nico Robin de One Piece (aliás a mãe da Lana chama Elene Olvia por que a mãe da Nico chama Nico Olvia). Na hora me pareceu interessante por que a Robin de OP tem uma personalidade bem interessante e a Lana ainda era um personagem em desenvolvimento na minha mente. Já o Cavendish apesar de vir do mesmo mangá que o Robin não tem muita relação além de o Cavendish do mangá se considerar muito bonito e imbatível (assim como muitos campistas consideram a Lana bonita). Mas eu acabei escolhendo o Cavendish pela sonoridade mais que por qualquer outro motivo.

*Carlo Ian Eucaristia: vamos pular o Eucaristia. Carlo é um nome que me soa muito mais agradável do que Carlos (não me perguntem o motivo) e a ideia inicial era que o nome fosse Carlos para soar um pouco mais latino (um nome de origem em línguas latinas). O problema é que sempre que pensava Carlos ou dizia esse nome me dava coceira, então resolvi tirar o “s” e deixar Carlo. A coceira passou (piada idiota). No caso de Ian, eu queria um contraste com um nome mais do norte da Europa, talvez até meio alemão, para mostrar a diversidade dentro dos Eucaristia. O problema é que de todos os nomes que pensei esse era o mais pronunciável. Por isso acabou ficando Ian mesmo. Ainda que Ian possa ser um nome bem genérico.


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