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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Às Vezes Surpresas de Natal Podem Ser Boas.


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


FINALMENTE!
Não, ainda não é o capítulo que nivela tudo, mas é tão bom quanto.
Notas finais.

Capítulo 55 - Às Vezes Surpresas de Natal Podem Ser Boas.


Reyna

 

24 de Dezembro

Durante os eventos da festa no Capítulo 63: Acho Que Isso Pode Ser Considerado Um Dia Cheio de Bloodlines Time.

 

Sinceramente eu não curto muito essa coisa de Natal.

Pra começo de conversa isso nem é uma festa grega ou romana, se fosse grega eu poderia até fazer um esforço sincero para participar.

Pelo menos os deuses seriam similares e eu tenho alguns amigos gregos.

Só que no Natal, tirando os presentes e a visita que Hylla faz ás vezes, eu não tenho muitos motivos decentes para participar disso.

Especialmente esse ano que Leon e Lana não vão ficar aqui.

A ligação de última hora dos dois até me deixou bem feliz em saber que seus problemas amorosos se resolveram, mas também significa que vou passar o fim de ano sozinha.

O que me deixa com a opção de cuidar da papelada que o conselho administrativo do acampamento Júpiter me deixou de presente.

Em momentos como esse que sinto falta de poder chamar a Annabeth para me ajudar. Se ela estivesse aqui daria uma rápida olhada nessa montanha de papéis e tudo terminaria em umas quatro horas, ao invés de um dia inteiro.

Eu podia pedir ajuda para o Frank e a Hazel, mas só se eu fosse muito estúpida para fazer isso hoje.

Aqueles dois estavam a dias de segredinhos sobre o que fariam no Natal e eu não preciso ser Afrodite para saber o que esses planos incluem, por que nem que eu quisesse daria para ignorar o que eles vão fazer.

E que os deuses tenham piedade da alma do Zhang no seu julgamento, por que Hades vai querer mata-lo uma segunda vez.

Pensar nisso fez um riso irônico escapar dos meus lábios.

Ainda era cedo e os papéis não haviam nem de longe começado a serem lidos, mas eu estava mais interessada em pensar no julgamento da morte do Zhang que me concentrar no meu trabalho.

Droga!

Eu realmente preciso de um hobby.

Hylla sempre me irrita com isso, só que no caso dela esse “hobby” não tem o sentido de um passatempo e sim um namorado ou um “amigo colorido”.

Ainda quero entender o que Annabeth tinha em mente ao sugerir um “amigo colorido”.

Sinceramente, desde que virou uma deusa aquela garota ficou um milhão de vezes mais pervertida, e ela não era exatamente puritana com esse assunto, era mais o contrário algumas vezes.

Até a Piper conseguia ser mais delicada que ela e ainda consegue.

Suspirei cansada jogando os papeis sobre a mesa novamente.

Respirei fundo e resolvi esvaziar a minha mente.

Sentei melhor na cadeira, relaxei os ombros, fechei os olhos e tentei não pensar em nada, só me concentrando na minha respiração.

Era algo que eu não fazia á anos, mas funcionava bem para clarear os pensamentos e chegar a respostas sobre todos os tipos de problemas e dúvidas.

Não lembrava o porquê parei de fazer isso.

Pelo menos até aquele momento.

A imagem surgiu na minha mente tão clara e tão perfeita que me assustou e encantou ao mesmo tempo.

Da mesma forma como quando o vi pela primeira vez.

A pele de prata e os olhos como sóis, os cabelos vermelho alaranjado e o porte calmo, porém imponente.

O sorriso suave e completamente perfeito.

Vi ele apenas uma vez, o bastante para me perturbar para sempre e deixar a lembrança da sua imagem preencher minha mente sempre que não tinha nada mais para pensar.

Yue, filho de Apolo e da “Coroa” Teresa.

Abri os olhos, totalmente irritada e cansada.

Peguei pequena faca sobre a mesa e arremessei-a contra a parede do outro lado da sala. A faca ficou fincada na parede, o que por algum motivo deixou Aurum e Argentum felizes.

Procurei tirar a imagem de Yue da minha mente, ainda que na verdade isso fosse impossível pelos próximos meses.

Passei os últimos cinco anos desde o nascimento dos filhos do Percy e Annabeth tentando esquecer o dia da festa, o dia que conheci Yue e me apaixonei por ele.

O que nunca deu certo, mas eu havia conseguido que no último ano isso ficasse sob controle.

Agora era como se eu tivesse voltado a aquele mesmo dia no exato momento que olhei em seus olhos pela primeira vez, o momento que soube que ele não se envolvia com ninguém, imortal ou não.

Levantei da mesa cansada.

Eu poderia ir treinar, mas duvido que isso vá fazer algum efeito agora.

Seria mais provável que eu cortasse minha própria cabeça na verdade.

Peguei alguns itens de higiene pessoal e segui até o banheiro privado que a casa de pretor tinha.

Não costumava usá-lo com tanta frequência quanto me era de direito, afinal, os banhos da legião eram tão ou mais bem preparados do que esse.

Porém hoje eu não queria ficar saindo pelo acampamento.

Mais uma vez respirei fundo tentando acalmar meus pensamentos.

Logo seria dia vinte e cinco, em poucos dias seria ano novo.

Em pouco tempo eu estaria um ano mais velha e um ano mais distante de ficar próxima dele.

Realmente, o amor não parece querer me ajudar muito.

 

==========X==========

 

Respirei o mais fundo que consegui ofegando.

Minha respiração ainda pesava.

Mas era normal depois de ficar com a cabeça debaixo d'água até quase desmaiar.

Passei as mãos pelo cabelo jogando os fios que estavam sobre meus olhos para trás e automaticamente olhei ao redor conferindo que não havia ninguém ou nenhuma mensagem de Íris me esperando.

Voltei a encostar no canto da banheira cansada.

Acho que depois de dez tentativas de bater o limite humano de prender a respiração para tentar relaxar eu realmente teria que desistir.

Isso infelizmente não tiraria aquele deus idiota da minha mente e muito menos conseguiria me acalmar, só me deixaria mais cansada para quando fosse desmaiar na minha cama.

O que já era um começo.

Não o começo que eu realmente queria, mas algum com certeza.

-Acho que preciso ouvir Hylla e Annabeth sobre aquele “amigo colorido”. –Murmurei contrariada para mim mesma enquanto saia da banheira.

Aquela não era nem de longe a minha melhor opção, mas o que mais eu podia fazer?

Se a pessoa que eu amava não iria me olhar, precisava pelo menos começar a aceitar as minhas outras opções.

Ainda que eu gostasse menos delas do que de ter que lutar com os gigantes.

Coloquei o roupão que Hylla me deu de presente no último Natal, apesar de não gostar dessa época do ano, ela me rende algumas coisas muito boas.

Peguei uma toalha para secar o cabelo, o que fiz realmente sem prestar atenção. Qualquer que fosse o motivo, não conseguia deixar a sensação de que deveria ir ao lado de fora da pretoria. Algo realmente idiota de se fazer vestida como eu estou.

Se bem que depois de tudo que já pensei nessa noite, é um pouco difícil que isso seja algo realmente problemático.

Arrumei meu cabelo da melhor maneira possível e deixei-o solto, não faria diferença mesmo com ele molhado daquele jeito. Coloquei o manto roxo por cima do roupão, cobrindo bem meu corpo. Desde a luta contra Órion esse manto era, literalmente, o meu escudo contra tudo. Incluindo eu mesma.

Ainda que fosse a ideia mais idiota do meu dia, decidi que iria dar uma olhada no lado de fora da pretoria, pelo menos do lado de fora da porta.

O máximo que eu veria seria um gato vagando ou algum casal de campistas cambaleando aos beijos pelos caminhos do acampamento.

Respirei fundo enquanto Aurum e Argentum se manifestavam pela primeira vez desde que comecei meu banho, algo bem estranho de certa forma.

Decidi ignorar o comportamento estranho dos meus galgos e sai do banheiro em direção à porta.

Estava a dois passos da soleira quando notei a forma de alguém, um homem provavelmente, parado no meio da via, encarando o interior do prédio.

Sabia que ele encarava, pois seus olhos brilhavam no escuro de uma forma que era terrivelmente familiar e assustadora. Principalmente, por que eu sabia quem podia ser e isso me assustava ainda mais.

Quando meus olhos se acostumaram com a escuridão e realmente vi quem era, as palavras saíram mais rápido do que pude pensar:

-Yue?

Mas, ao invés de sumir em uma nuvem de prata, ele virou e saiu pela via em direção à fronteira do acampamento.

Mais estranho que isso, só eu seguindo ele por esse caminho apressada e com roupas nem um pouco convencionais para a pretora de Nova Roma.

Levou, ao menos uns cinco minutos com ele andando apressado e eu correndo logo atrás para que Yue parasse. Não que isso mudasse muito do nosso status atual, por que eu não fazia a menor ideia do que fazer ou falar, ou foi o que eu pensei.

-O que está fazendo aqui a essa hora? –A pergunta saiu antes mesmo de surgir na minha mente.

E isso não foi nem de longe mais estranho que o meu tom irritado.

Yue parecia abalado e surpreso.

Bem diferente de como eu estava reagindo.

-Perguntei, o que diabos, você está fazendo aqui? –A nova pergunta pereceu ainda mais irritada que a primeira e eu ainda não entendia se realmente era eu falando ali.

-Não sei. –A resposta dele, me vez dar um passo na sua direção.

-Não sabe mesmo ou não quer me dizer? –Tudo bem, eu realmente deveria estar louca para falar desse jeito com um deus.

Ainda assim eu me sentia bem em questionar Yue dessa forma, por que afinal, ele nunca ficava mais de cinco segundos no mesmo recinto que eu.

-Não consigo aparatar. –Ele pareceu angustiado.

-Por quê?

-Por que você acha que eu estava aqui, é você! –No momento que ele gritou eu realmente fiquei brava.

-Agora a culpa é minha que você é um idiota imbecil que não consegue aparatar?!

Tudo bem, admito que isso não foi inteligente da minha parte.

-Por que mais eu estaria aqui se não por você? Pra poder ficar perto de você. Acha que eu tenho qualquer vontade de ficar perto de semideuses? Não! Odeio ir aos acampamentos mais que qualquer um dos meus irmãos! –A forma como ele falava era tão diferente da figura que mostrava normalmente que me assustou.

Acho que assustou ele também, por que Yue pareceu transtornado quando terminou de falar.

-Ótimo. Então pode ir embora. Nenhum semideus vai sentir falta de um deus a mais ou a menos, nem eu. –Claro que eu estava mentindo na cara dura, só que nunca iria admitir que aquelas palavras me machucaram.

Não podia admitir isso nem como mulher, pretora, filha de Belona ou a semideusa com a benção do Aegis de Atena.

Por isso virei para voltar a pretoria, de onde não deveria nem mesmo ter saído.

Não seria um semideus ou um mortal e muito menos um deus que iria me fazer rastejar aos seus pés ou mendigar seu amor.

Eu mal tinha começado a andar quando fui puxada para trás com força, porém nem Aurum ou Argentum a poucos metros reagiram.

Meu corpo foi de encontro com outro bem maior e mais forte que o meu.

Foi só quando a voz de Yue soou rouca e pesada próxima do meu ouvido que eu realmente desejei que a noite de Natal tivesse o mesmo final com o qual vinha sonhando á anos que meus raros encontros com ele terminassem.

-Você não vai a lugar algum sem a minha autorização Reyna. Pelo menos, não hoje.

-

-

-

Continua...


Notas Finais


* Ryuu: Ryuu (Ryu) significa Dragão e eu tenho uma queda por dragões. Na verdade eu tenho um pingente que uso por baixo da blusa como um amuleto a quase dez anos (na verdade mais de dez anos). Dentro da história esse nome veio de uma pessoa que o Apolo conheceu e se chamava Ryuu, que foi a pessoa que incentivou o Apolo a ter paciência com a Teresa. Apesar de ser o mais animado e extrovertido dos gêmeos Ryuu lembra muito o amigo do seu pai sobre ser paciente, não apenas com os irmãos ou Vivian, mas sobre ter tido paciência não apenas para esperar se apaixonar novamente como em aceitar suas limitações e pedir ajuda. O que ironicamente é uma característica dos dragões que no oriente são descritos como seres sábios e imortais, absurdamente poderosos que podem ser gentis ou ameaçadores.

* Yue: Yue significa Lua e é o nome de um personagem de Sakura Card Captor (além de ser menos complicado que Getsu ou feminino que Tsuki). Na verdade arrumar um nome compatível com um personagem ligado à Lua e que não soasse estranho quando associado a uma figura grande como Yue é e apesar do nome soar mais suave do que o dos demais irmãos essa foi a melhor opção. Além disso, o nome representa bem a ligação dele com às fases da Lua e as mudanças de humor ou mesmo suas inseguranças (o que se reflete bem no conflito dele sobre a Reyna).


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