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História The One - I love you


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oi meus queridos <3
Queria dizer que fiquei imensamente feliz com cada comentário positivo no capítulo passado. Bianca ganhou um lugar no coração de vocês? Por que no meu ela já tinha um lugarzinho desde o inicio da história.

*Aviso aos que amam a Bianca tanto quanto eu que peguem lencinhos. E a todos, que preparem os corações* hahahaha

BOA LEITURAAAAA!!!!

Capítulo 18 - I love you


Ruggero Pasquarelli

Matteo estava passando o fim de semana na casa de Carmen. Por mais que eu não quisesse deixar ele com ela, minha ex-sogra poderia usar isso contra mim, e sei que ela não vai fazer nada que também possa prejudicá-la.

O único problema disse é o vazio e o silêncio no qual meu apartamento se encontra. Nenhuma televisão ligada, nenhum barulho de brinquedos ou de musicas educativas, e nenhuma companhia. Essa era a grande questão. Karol está de férias e temos passado muito tempo juntos, mas hoje em questão ela não está aqui. Disse que tinha algumas coisas para resolver e que voltaria à tarde, e que eu não precisava me preocupar em ir junto.

Queria conseguir aproveitar esse tempo para colocar as matérias em dia. Com todos os problemas, a faculdade é a ultima coisa que eu tenho pensado. As férias vieram em um bom momento, mas preciso dar uma atenção melhor a isso. Minhas notas caíram de forma relevante e estive a ponto de reprovar um semestre, o que não seria nada bom. Por sorte consegui passar e em breve começarei meu ultimo ano cursando administração.

Peguei uma foto com Bianca e deitei na cama. Fiquei olhando a foto por alguns minutos, deixando as lembranças com ela me invadirem. Não é como se eu fizesse isso para sofrer, mas para que de algum modo eu consiga sentir a presença dela aqui comigo, nesse momento de luta por Matteo. Tenho escrito muitas cartas para ela, preciso disso para tirar de mim qualquer peso.

Fechei os olhos e um flash de um momento específico se formou na minha mente.

- Amor, por que tanto suspense? Por que me fez esperar lá fora e agora está me levando de olhos fechados até o seu quarto? – Bianca tapou meus olhos com a mão e estava me guiando até seu próprio quarto.

- É porque tenho uma surpresa. – ela disse e pela voz, sabia que estava sorrindo – Pronto, chegamos. Vou te soltar, mas não abra os olhos até que eu diga.

- Tudo bem. – falei e esperei ela dar um sinal positivo para que eu abrisse os olhos.

Ouvi ela andar e pegar alguma coisa em alguma gaveta. Tenho que confessar que sou péssimo tentando adivinhar qualquer coisa, por isso sempre presto atenção nos detalhes, para tentar descobrir nem que seja alguma coisa. Falho quase sempre.

- Pode abrir.

Abri os olhos e fiquei estático com o que vi. O quarto dela estava cheio de balões e fitas azuis.

Eu tinha razão, ela abriu uma gaveta. Abriu para pegar a camiseta que estava vestindo, na qual estava escrita a frase “mamãe de um menino”. Os olhos continham lágrimas e seus lábios formavam o sorriso mais lindo e sincero que eu já vi. Ela estava se sentindo mãe.

- É um menino, meu amor. – falei e fui até ela, encostando nossas testas – Nosso filho.

- Nosso Matteo. – ela falou, deixando as lágrimas caírem. Já tínhamos definido os nomes. Se fosse menina, seria Maria e se fosse menino, Matteo.

- Nosso Matteo. – me afastei e me abaixei, ficando na altura de sua barriga de seis meses – Ei campeão, eu imagino que você deva estar muito confortável aí dentro e que não queira ser atrapalhado, mas o papai só queria dizer que você vai ser o menino mais amado do mundo. – falei acariciando a barriga dela.

- Você sentiu? – perguntou animada.

- Não.

- Coloca a mão mais para a esquerda. – assim o fiz.

- Ele chutou.

- Sim, Rugg. Ele está te ouvindo.

- Matteo, sei que está me ouvindo, então quero te contar que sua mãe é a garota mais linda do mundo e que sou o cara com mais sorte, por estar com ela. E que você vai ter os melhores pais. – olhei para cima vendo o sorriso que fez com que eu me apaixonasse – Nós vamos ser uma família muito feliz. Nunca vou deixar nada de mal te acontecer. – beijei a barriga dela, ainda o sentindo se mexer lá dentro.

- Acho que está na hora do bebe dormir. – ela disse rindo – Sério, é legal e bonitinho sentir ele chutar, mas dói. – ela passou as mãos na própria barriga – Ouviu filho, é hora de tirar uma soneca.

- Coisa mais linda do meu mundo. – levantei e ela escondeu o rosto do meu pescoço.

- Nós temos que mandar fazer as coisas com o nome dele. Mal posso esperar para ter ele nos meus braços. – ela disse sorrindo animada.

Cada vez que eu olho a foto do meu criado mudo, fechos os olhos e me lembro de um momento diferente que passei com Bianca. Mas dessa vez me doeu muito mais que das outras. Lembrei da felicidade dela em saber que o nosso bebe era um menino. E foi cruel abrir os olhos e saber que ela não teve a oportunidade de conhecer o próprio filho.

Uma mensagem apareceu na tela do meu celular e o nome Camila me fez digitar a senha com rapidez. Era bem provável que Matteo estivesse passeando com ela e Carmen. Nos últimos tempos, as duas se aproximaram muito, visto o interesse que elas têm em tirar meu filho de mim.

Abri a mensagem e vi uma foto de Matteo, sorrindo junto a ela e a família de Bianca, que com exceção de Carmen, eram pessoas por quem eu tinha muito carinho.

“Ele vai ser muito mais feliz com a gente, não se preocupe”

Dizia a legenda da foto.

Aquilo foi como um balde de água fria para mim. Aquela mensagem de inofensiva não tinha nada, e infelizmente, me atingiu da maneira como Camila previu: no estado em que estou, com crises de ansiedade e medo, e perto de cair em uma nova depressão, a ultima coisa que meu filho deve pensar é que eu estou feliz, e isso afeta ele também.

Joguei meu celular na cama com raiva e em seguida derrubei todas as coisas do criado mudo. Eu não podia ser tão idiota a ponto de pensar que os juízes deixariam uma criança de cinco anos aos cuidados de alguém tão desequilibrado como eu.

Me desesperei. Levei as mãos à cabeça e senti todo meu corpo tremer. Tentei achar a caixa do meu calmante, mas parece que tudo estava branco, eu não lembrava onde tinha guardado.

Abri todas as gavetas da casa, jogando tudo no chão, na procura interminável por algo que pudesse me acalmar. Não achei. E isso foi suficiente para terminar de me irritar.

Simplesmente comecei a jogar tudo que via pela frente da parede. Se eu não era capaz de achar uma caixa de remédio, como seria de continuar criando um filho? Como faria caso ele precisasse de mim e eu surtasse? E se isso acontecesse na frente dele?

Todas essas perguntas ecoavam na minha cabeça, enquanto eu ouvia o barulho de vidro quebrando e de coisas caindo. A cada passo que eu dava pelo apartamento, alguma coisa era arremessada na parede ou no chão.

Andei em círculos pelo quarto e em seguida perdi minhas forças. Cai na cama, respirando com dificuldade, como nas outras vezes em que isso aconteceu. Com muito esforço consegui pegar o celular e ligar para Karol. Mas ela não atendeu. E o resquício de força que eu tinha se foi, fazendo meu celular cair no chão.

Agora eu ficaria ali. Não sei por quanto tempo, respirando ofegante, sem conseguir me mover, completamente tomado pelo medo.

Karol Sevilla

Marquei um encontro com André para pedir que ele se afaste de mim e de Rugge. Não tive tempo de fazer isso antes por causa das festas de fim de ano, e nem queria me estressar ou ter uma briga com ele nessa época. Mas também não poderia ficar quieta diante das coisas que ele disse a Ruggero. André não tinha o menor direito de se meter na minha vida e afetar o meu namoro, porque eu sei que a intenção dele ao dizer cada palavra foi afetar Rugge e consequentemente, o nosso relacionamento.

Estou esperando ele em um restaurante, perto do nosso antigo colégio, onde costumávamos ir depois das aulas. Não sei por que pensei nesse lugar, mas achei melhor que nossa conversa fosse aqui. Iria me sentir um pouco desconfortável indo até o apartamento dele, e também não o chamaria para ir até a minha casa, já que meus pais não têm porque saber que André continua sendo o mesmo de sempre.

- Ka. – ele disse ao chegar.

- Quer alguma coisa?

- Não. Fiquei curioso. O que quer conversar? – ele disse sorrindo alegremente.

- Você me decepcionou. – falei sendo breve.

- O que? Como assim?

- Disse que tinha mudado e que não iria interferir no meu namoro, mas não, você continua igual.

- Ka, não sei do que está falado. – ele insistiu.

- Vai dizer que não encontrou Ruggero e não disse coisas ruins a ele? Vai ser capaz de mentir?

- Encontrei com ele sim, mas apenas comentei algumas coisas. – ele começou – Não sei o que seu namorado te falou, mas garanto que não fiz nada de errado.

- E o que é errado para você? Xingar? Bater? Pra você atingir o psicológico de alguém que não está bem é a atitude mais correta do mundo?

- Queria o que? Que eu adivinhasse que ele tinha problemas com os assuntos relacionados a ex namorada? Karol, eu só fiz algumas perguntas e falei o que achei certo. Você não merece alguém que sofre por outra.

- Você não sabe absolutamente nada sobre a vida dele, então para de querer opinar em algo que não compete a você. – era estranho estar brigando com André, mas logo que ele chegou, eu vi como seus olhos sustentavam seu jeito possessivo.

- Eu sei que ele não pode te fazer feliz. Ou acha que do nada ele vai parar se chorar por ela e amar completamente você? Pode falar o que quiser de mim, mas assim como você me conhece Karol Sevilla, eu também te conheço e sei que queria que ele te amasse com a mesma intensidade que amou ela.

- Para de dizer coisas que não sabe. O que eu sinto é problema meu, e escolhi estar ao lado dele porque o amo. Será que é capaz de entender isso? Não vai ter nenhuma atitude sua que mude isso.

- Só quero seu bem. E é você quem não entende que esse cara é maluco. Quer mesmo viver uma vida ao lado dele? Fingindo que está tudo bem? – meus olhos marejaram. André não tinha o direito de falar assim.

- Se você de verdade alguma vez na sua vida sentiu algo por mim, se afasta. – falei segurando as lágrimas.

- Não vou fazer isso. Não me peça isso de novo.

- Vai ser melhor assim. Eu sinto um carinho muito grande por você, mas se não é capaz de entender minhas escolhas e acha que pode mudar minha vida, eu prefiro que fique longe. – fui firme – Prefiro ter uma lembrança das coisas boas e não aumentar ainda mais as lembranças ruins. Eu te dei um voto de confiança e você não aproveitou. Não quero que se aproxime mais de mim e nem do Ruggero. Estou feliz com ele.

- Não te vejo feliz. Sabe que nossos amigos andam comentando que você ultimamente está cansada demais, como se estivesse sobrecarregada, não sabe? Ou esqueceu que temos amigos em comum?

- Não esqueci. E se você quer saber, estamos passando por um momento delicado, pelo motivo que você sabe, já que nossos amigos comentaram isso, mas que poderia acontecer com qualquer pessoa.

- Certo. Não vou discutir mais. Você é que sabe da sua vida.

- Exato, André. A vida é minha. – falei aliviada por ele não ter discutido mais.

- É uma pena que isso termine assim.

- Também acho, mas você sabe porque chegamos a esse ponto. – falei e estava levantando da mesa para atender o celular, era uma ligação de Rugge.

Mas André me beijou.

E eu fiquei sem reação. Não queria fazer um escândalo no meio do restaurante. Empurrei ele e tentei atender o celular, mas não consegui.

- Você ficou maluco? Não quero que se aproxime mais de mim, ouviu?  - peguei minha bolsa e sai furiosa. André não tinha limites e isso foi demais para mim.

Corri até onde André não conseguisse mais me ver e tentei me acalmar. Poucas coisas conseguem me tirar do sério, mas as atitudes dele chegaram a um nível onde nem eu consigo relevar. Não somos mais adolescentes para ele agir como se soubesse mais da minha vida do que eu.  

Tentei ligar para Rugge enquanto voltava para o apartamento, mas nenhuma resposta. Achei estranho ele me ligar e depois não atender minhas ligações. Talvez quisesse avisar que iria sair ou alguma coisa do gênero, mas confesso que não pude deixar de pensar que alguma coisa pode ter acontecido. Uma sensação estranha apareceu no meu peito e eu fui o mais rápido que pude até a casa dele.

- O que houve aqui? – falei assim que abri a porta e vi coisas jogadas pelo chão e o apartamento revirado – Rugge? – não obtive respostas. Fui até o quarto dele e corri até a cama quando o vi – RUGGERO! – ele não me respondia – Meu amor fala comigo. – ele estava estático, olhando para a parede, provavelmente por uma crise de pânico – Estou aqui, está tudo bem. – falei abraçando ele com todas as minhas forças, mas não obtive nenhuma reação, o que confesso, me apavorou um pouco – Rugge você só precisa respirar. – falei vendo a dificuldade que ele tinha para isso.

Corri até as janelas e as abri, permitindo que o ar circulasse com mais intensidade. Depois fui até o armário e peguei um calmante que em teoria fazia efeito na hora. Voltei até a cama e entreguei o comprimido a Ruggero.

- Toma isso. – ele pegou o comprimido e a água e tomou o remédio.

Voltei a abraçá-lo, já que era a única coisa que eu poderia fazer no momento. Passamos alguns minutos na mesma posição, quando percebi que ele já estava mais calmo. Levei meus lábios até os dele e depositei um beijo demorado.

Estou me sentindo culpada por ele ter tido uma crise. Sai e deixei ele sozinho, e depois não consegui atender o telefone. Ele deve ter me ligado pedindo ajuda e eu não atendi. Ele poderia ter caído pelos vidros espalhados pelo chão, se cortado sem querer, desmaiado. Por sorte conseguiu chegar até a cama antes da crise piorar.

Ele envolveu meu corpo com os braços e apertou com força, enterrando o rosto no meu pescoço. Aquilo era um bom sinal, a crise estava passando e ele não iria precisar ir para o hospital.

- Consegue falar? – perguntei olhando nos olhos dele.

- Não quero falar. – ele mudou o olhar para o lado.

- É sobre Matteo? – ele torceu a boca, indicando um sinal positivo para a minha pergunta – Ele está bem?

- Está.

- Então o que houve?

- Ka, eu não... Não quero falar.

- Não precisa falar então.

E um silêncio se fez no quarto por longos minutos.

Ruggero girou meu corpo me colocando em seu colo.

- Me beija, por favor. – pediu com os olhos fundos, cheios de medo, como um pedido de ajuda. Ruggero podia dizer absolutamente tudo com os olhos.

- Vamos conversar depois? – ele assentiu e eu juntei nossas bocas atendendo ao pedido dele.

Ele aprendeu a lidar com a dor deixando para falar sobre ela depois de um tempo e eu não era ninguém para poder julgar isso. O amava mais que qualquer coisa e só me importava ver ele bem.

 

- Senti medo quando cheguei e vi que estava mal. – falei fazendo carinho nele – Desculpa por não ter atendido. – Rugge me contou tudo que aconteceu, desde a lembrança com Bianca.

- Você é tão boa comigo que nem sei... Às vezes penso que não te mereço. – estávamos abraçados na cama.

- Não diga uma coisa assim. – fiz biquinho.

- Não tenho te dado muita atenção e você continua do me lado. – ele sorriu fraco.

- Sou sua amiga e sua namorada, seria estranho se eu não ficasse do seu lado. – dei um beijo em sua bochecha – Tenho que te encher de mimos, de carinhos e de amor, não vou te deixar passar por isso sozinho, Pasquarelli.

- Está vendo, você é tipo um anjo na minha vida. Por mais que tudo esteja desmoronando, você me mantém firme. Sou um peso na sua vida, mas você parece não me considerar um.

- Por que você não é. Relacionamentos não se baseiam só em sexo. O que temos é um relacionamento de cumplicidade, amor e amizade. Eu estou aqui por você e sei que você também está por mim. – eu disse e me aninhei nele.

- Karol. – ele disse me fazendo olhar para seu rosto – Eu te amo.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
Quem acompanha a história sabe o quanto Rugge tem dificuldade em falar sobre os sentimentos...
Preciso confessar que quase chorei escrevendo esse cap, porque sou emotiva hahaha
Espero que tenham gostado
Nos vemos em breve <3


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