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História The One - You make my heart feel like its summer


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


OLHA QUEM CHEGOU COM O CAPÍTULO MAIS ESPERADO, VULGO CASAMENTO DE RUGGAROL?
Preparem os corações, lencinhos, fofurometros (onde tem Matteo, tem coisa fofa) e tudo mais que precisarem.
Esse também é um dos meus capítulos fav <3

*ALERTA*: PRECISO QUE PULEM PARA AS NOTAS FINAIS SEM LER O CAPÍTULO, não vale roubar. Vou deixar o link de uma música lá e preciso que abram, mas só coloquem para tocar no momento exato. Vocês vão saber qual é.
Ah, e imaginem que é o Rugge cantando!

BOA LEITURAAAAAA!

Capítulo 24 - You make my heart feel like its summer


Karol Sevilla

Meu grande dia chegou.

Nunca sonhei em ter um casamento enorme. Ainda que tivesse certo apego a história da Cinderela, a príncipes, princesas e sapatinhos de cristal, eu idealizava algo muito mais simples para este dia. Cheguei até a desenhar um modelo de vestido e tenho guardado até hoje. O vestido que escolhi é um pouco diferente, mas o formato e o estilo seguiram fielmente as minhas ilusões da infância.

A parte de cima definia bem minha cintura. As alças eram apenas um toque de delicadeza, cobertas de pequenos brilhantes, e as costas cobertas por um espartilho. A saia ela solta, e eu quase poderia flutuar com a leveza dela. A frente cobria meus pés, e a parte de trás era um pouco maior, quase como uma cauda, mas sem exageros.

Passei minha manhã em um spa, presente dos meus pais para hoje e agora estou com Victória em um estúdio especializado para noivas, arrumando o cabelo e fazendo minha maquiagem. E sim, estou um pouco nervosa e cheia de expectativas. Conforme o tempo passa, meu corpo se da conta de que falta pouco para que eu me torne oficialmente uma Pasquarelli.

- Pronta para colocar o vestido? – Victória já estava pronta.

- Você está linda. Essa cor de vestido realmente te favoreceu muito. – Vic já tinha uma beleza natural, e com a roupa certa, ela exalava uma beleza ainda maior.

- Hoje é seu dia de ouvir que está linda. Deixe os elogios para depois e vamos logo que eu preciso te ver vestida de noiva nesse exato momento.

Precisei da ajuda de algumas pessoas para colocar o vestido. A costureira também estava presente e fez os últimos ajustes. Um espelho cobria uma das paredes do teto ao chão, e uma lágrima escorreu dos meus olhos quando me olhei pela primeira vez, pronta para me casar.

Cabelo, maquiagem, vestido, sapato, uma pequena coroa de flores na cabeça e o buque de cores claras nas minhas mãos.

A minha imagem mostrava muito mais que uma jovem de vinte e um anos prestes a se casar. Mostrava todo caminho que vou ter daqui pela frente. E também a força que tenho. Como pessoa, como mulher, como mãe. Orgulho-me muito de tudo que passei até chegar aqui.  Não foi fácil. Tive que ter garra, coragem e acima de tudo, não desistir de lutar. Lutar não apenas para fazer Ruggero feliz, mas também pela minha felicidade.

Alugamos um carro para nos levar daqui até a igreja. Todos os convidados já estavam lá, com exceção de Victória e Agustín, que estranhamente insistiu em nos acompanhar o dia todo, ficando do lado de fora de cada lugar onde entravávamos.

Procuramos por ele na saída, mas avistamos apenas o carro que nos levaria.

Um aperto tomou conta do meu peito quando tive a sensação que estávamos sendo observadas.

Olhei ao redor do lugar mais uma vez, e o fato da rua ser movimentada não ajudava no meu pressentimento de que alguma coisa ali estava errada.

- Eu preciso ligar para o Rugge. – falei levando as mãos ao peito.

- Agora? Negativo. Vocês só vão se falar na igreja.

- Victória, tem algo muito errado aqui. Agustín passou o dia nos seguindo e agora tenho a sensação que alguém está nos observando.

- Isso é complexo de noiva. Sempre achando que tem alguma coisa que vai acabar com o casamento.

O carro se aproximou de nós, estranhei os vidros serem totalmente escuros, mas Vic conferiu o modelo e a placa, e aquela era mesmo o carro certo.

Uma limusine se aproximou, era normal elas passarem por aquela rua com tantas noivas se arrumando por ali, mas como sempre desviavam a atenção de todos.

Nos dirigimos para o carro, mas o grito de Mike me fez dar um passo para trás.

- Acho que estão indo no carro errado! – ele disse saindo da limusine.

- Fala sério! – Victória riu – Acho que algum noivo maravilhoso pai gato do seu aluninho vulgo filho fofinho mandou te buscar de limusine.

- Ele só pode estar ficando maluco. Não podemos ficar gastando dinheiro com coisas assim apenas por charme.

Andamos até Agustín, ainda perdidas com o que acontecia. A presença dele ali me deixou um pouco mais segura.

- Pode me explicar o que está acontecendo aqui? – perguntei.

- Está se referindo a limusine? Não foi Ruggero que mandou. É um presente meu como seu padrinho de casamento e também estou querendo agradar para me chamarem para ser padrinho do filho de vocês quando tiverem um. – tive que rir do modo sério com que ele disse que estava querendo nos comprar.

- Agustín, não precisava ter gastado dinheiro com isso. E quanto ao bebe, ainda vamos ter tempo para discutir sobre isso.

- Arrasou amor. – Vic se jogou nos braços dele – Amiga, é feio recusar um presente, vamos entrar logo nessa coisa linda.

- Mas e o motorista que contratamos? Temos que avisá-lo.

- Acho que ele já entendeu o recado. – Agus cruzou os braços – NÃO É, AMIGO?

- Você está bem, amor?

- Perfeitamente bem, loirinha. Agora vamos que tem um Ruggero Pasquarelli ansioso esperando pela sua mulher. Não se preocupe com o resto Karol, Agustín aqui já cuidou de tudo.

- Bem, se é assim, vamos logo porque vocês também tem uma Karol Sevilla louca para ver o noivo.

 

Ruggero Pasquarelli

Sai de perto dos meus pais para ver a mensagem de Agustín. Ele disse que já estava com Karol e que ela acreditou na desculpa que ele deu sobre a limusine. Também falou que ela estava cheia de perguntas sobre o porque dele resolver acompanhar todo o dia delas, e que eu teria que me resolver com a minha noiva depois.

André simplesmente desapareceu. Não tivemos rastros dele a não ser pelo carro que traria Karol e Vic para cá. Agus estanhou o fato do carro ter ficado parado muito tempo esperando por elas e desconfiou que o motorista pudesse ser alguém contratado por André. Foi ai que utilizamos nossos contatos para de uma hora para outra conseguir uma limusine de noiva.

Liguei para Cristal para saber se estava tudo bem com ela e se ela tinha noticias dele, mas ao contrário do que pensamos, ele não procurou por ela para saber se as coisas tinham dado certo hoje de madrugada no meu apartamento.

Preocupa-me não saber onde ela está, mas acho que ele não teria coragem de aparecer no meio da festa, com várias pessoas por perto. Se ele fosse agir, agiria quando a Ka estivesse sozinha, então por agora, tudo estaria bem.

 

Respirei e voltei ao meu posto de noivo.

Sei que é normal noivos ficarem ansiosos na eterna espera por suas noivas no altar, mas estar passando por isso nesse exato momento é quase torturante.

Já afrouxei e apertei minha gravata algumas vezes, mas é absolutamente inútil fazer isso quando se tem duzentas pessoas sentadas em uma igreja olhando para mim, também a espera da minha noiva. Todas entendem o quão nervoso estou, mas ninguém para de me olhar e cochichar que eu preciso tomar um calmante.

Como se fosse adiantar. Já tomei chá de camomila, suco de maracujá e meus calmantes diários e nenhum deles teve efeito. Parece que quanto mais os ponteiros do relógio se aproximam do horário previsto para o atraso da noiva, mais meu coração bombeia sangue, acelerando meus pensamentos.

Já perdi as contas de quantas vezes andei de um lado para o outro no altar esperando por ela. Sei que está tudo bem, que Agus esteve com ela durante todo o dia, mas preciso vê-la. Além de, é claro, estar completamente louco para ver como Karol ficará ainda mais linda em um vestido de noiva.

Fechei os olhos e me lembrei de tudo que passamos desde o dia que nos conhecemos no hospital até aqui. O cuidado dela com Matteo e as noites em claro que passamos conversando por vídeo. A primeira vez que ela nos visitou e o destino nos fez dormir juntos, e o nosso primeiro beijo, no dia seguinte. Cada um dos nossos encontros e cada momento onde ela esteve ao meu lado. Nossa primeira noite e todas as outras, e ela sendo minha fortaleza quando estive prestes a cair por medo de perder Matteo.

E assim seria durante a nossa vida inteira.

- Minha mãe chegou, minha mãe chegou! – Matteo correu de um lado para o outro gritando e expondo seu melhor sorriso de felicidade.

Miguel, que estava ao meu lado no altar, saiu em direção a entrada principal, e Agustín veio na minha direção, arrumando o terno e a gravata.

- Obrigada por tudo. – falei o cumprimentando.

- Não fiz nada que você não faria por mim. – nos abraçamos e ele arrumou o terno mais uma vez – O coração está preparado para ver ela? Amigo, com todo respeito devo te dizer que eu nunca vi uma noiva tão linda quanto ela está.

- Ela é a noiva mais linda, amigo. Não importa a roupa que esteja vestindo. – sorri e ajeitei a gravata mais uma vez.

Todos se colocaram em pé, os padrinhos e madrinhas entraram primeiro, depois as damas de honra e junto a elas, Luna, a sobrinha de Victória. Ela e Matteo entrariam trazendo as alianças, mas a prima de Karol que traria as rosas se machucou e colocamos a pequena Luna no lugar dela, entrando a frente de Karol.

Levantei meu olhar e tive a mais bela visão que poderia ter. Karol estava esplendidamente linda. Seu vestido era solto, mas sem muito volume. Simples, mas elegante o suficiente para me fazer ter certeza que estava me casando com a mulher mais linda do mundo.

Ela distribuía sorrisos aos convidados e senti que a qualquer momento eu poderia flutuar de tanta felicidade por estar ali, a poucos segundos de me casar com o meu grande amor.

Ela entregou o buque de flores a Victória e eu dei um passo a frente, para por fim, me aproximar dela. Com todo cuidado do mundo peguei as delicadas mãos da minha noiva e entrelacei com as minhas.

- Você está linda. – disse para que apenas ela escutasse e dei um beijo leve em sua testa.

Posicionamo-nos de frente para o altar e estaria mentindo se dissesse que prestei atenção em todas as coisas que o padre falou. Eu estava constantemente alternando meu olhar entre ele e Karol, que seguia com a atenção voltada para o senhor já de certa idade à nossa frente.

- Não consigo expressar em palavras o que sinto aqui dentro. – levei uma das mãos ao coração assim que iniciei os votos – Poderia passar horas exaltando suas qualidades, mas me contenho dizendo que você é exatamente como deveria ser. Você trouxe a alegria de volta aos meus dias, é minha força, meu porto seguro, minha melhor amiga, minha conselheira. Você venceu minhas batalhas junto a mim e me tornou uma pessoa melhor, curou minhas feridas e me compreendeu como eu sou. Você me ensinou a amar quando eu achei que jamais voltaria a sentir. E sei que em todos os dias da minha vida você vai me ensinar mais um pouco sobre o amor, e eu estarei pronto para aprender.

- Eu pedi à vida que me desse a oportunidade de te conhecer melhor e te ajudar a vencer suas batalhas, mas ganhei muito mais que isso. – lágrimas corriam por sua face – Ganhei a oportunidade de aprender a amar junto a você, de despertar um amor sincero e cheio de esperanças. Ganhei a chance de conhecer a pessoa mais importante da minha vida e de compartilhar com ela uma vida inteira. Somos pequenos demais para saber tudo, mas sei que juntos nós aprenderemos ainda mais sobre o amor. – não contive minhas emoções, não tinha motivos para conter. Eu queria que todos soubessem o que eu estava sentindo naquele momento, e mais ainda, que ela soubesse que estar com ela era minha maior felicidade.

Matteo entrou trazendo a caixinha das alianças. Devo confessar que minha mãe fez um bom trabalho vestindo ele em um terninho, mas que dei meus toques de estilo no meu pequeno. Karol sorria em meio a lágrimas de emoção ao ver nosso filho se aproximar cada vez mais de nós.

- Cuida bem da minha mãe, se não, não divido mais bolacha com você. – ele tentou parecer sério, mas arrancou gargalhadas de todos, inclusive do padre.

- E você, mãe, cuida bem do meu pai porque ele não sabe se cuidar sozinho. – ele nos entregou a caixinha e voltou para o lugar como já tinha ensaiado varias vezes nos últimos dias.

Segui ele com os olhos e depois olhei para Karol, que secava as lágrimas do rosto. Agora oficialmente nós seriamos uma família. Eu, ele, ela, e quem sabe em alguns anos, mais um bebe.

- Ruggero Paquareli, aceita Karol Sevilla como sua esposa? – ouvi a pergunta ao fundo, mas minha concentração estava apenas nos vibrantes olhos verdes a minha frente.

- Aceito. – respondi como havia ensaiado e com as mãos um pouco trêmulas coloquei a aliança na mão esquerda de Karol, que tinha os olhos marejados. Os meus estavam do mesmo modo. Levei suas mão a minha boca e a beijei.

- Karol Sevilla, aceita Ruggero Pasquarelli como seu marido? – uma corrente elétrica passou pela minha espinha e se dissipou por todo corpo nos breves milésimos de segundos que antecederam a resposta.

- Aceito. – também com as mãos tremulas, ela colocou o anel na minha mão esquerda e levou-a até seus lábios.

- Se existe alguém presente nesta celebração que é contra a união deste jovem casal, que fale agora ou cale-se para sempre.

Atravessamos diversas barreiras até aqui. A maior delas, eu mesmo. Nosso amor se fortaleceu e nesse momento, nada seria capaz de nos separar.

Olhei atentamente para todos os lados, assim como Karol e o padre celebrante, mas como já era esperado, todos ali estavam tão de acordo com nosso casamento quanto nós mesmo.

- Sendo assim, eu vos declaro marido e esposa. – ele deu um leve sorriso – Pode beijar a noiva meu rapaz.

- Eu te amo. – sussurrei encostando nossas testas.

- Eu te amo. – ela fez o mesmo e rodeei seu corpo com as mãos. De leve encostei meus lábios nos dela, mesclando o salgado das nossas lágrimas com o sabor doce que sinto cada vez que nossas bocas se encontram.

 

...

Faz parte de uma festa de casamento cumprimentar os convidados um por um e tirar fotos com todos eles, o que no geral pode ser bem cansativo, mas estando com Karol ao meu lado, minhas energias se recarregavam, era impossível me cansar de ver os olhos dela brilhando. Apenas com um piscar de olhos ela já era capaz de fazer meu dia valer a pena.

Minha sogra a tirou de perto de mim e a levou até o banheiro. Essa era a hora. Planejei uma surpresa para ela e precisei da ajuda de toda nossa família para que tudo pudesse sair perfeitamente.

Uma poltrona foi colocada no meio do grandioso salão que alugamos para a festa e varias luzes no chão, formavam um caminho entre ela e a área onde os músicos faziam sua apresentação.

O nervosismo se apossou de mim, mas em hipótese alguma eu desistiria de surpreendê-la e de mostrar a ela o quanto ela é única na minha vida.

Minha mãe e minha sogra a trouxeram novamente para o salão. Uma expectativa podia ser vista nos rostos de cada um dos convidados. Ela ainda não via nada, as mãos de Victória cobriam seus olhos enquanto seu vestido era arrumado para todas as tomas de fotos que seriam feitas.

Respirei uma ultima vez e Vic tirou as mãos dos olhos dela.

Todas as luzes se apagaram e apenas as que foram colocadas entre nós estavam acesas.

 

Karol Sevilla

Abri os olhos e tudo ao meu redor era uma escuridão. Um caminho de luzes surgiu revelando para mim Ruggero, ao lado dos músicos, segurando um microfone.

Antes mesmo de saber o que ele estava aprontando, meu olhos já se encheram de lágrimas.

- Meu amor, se eu tivesse o dom de compor uma musica, com toda certeza ela não seria capaz de representar o que você é para mim, assim como está musica é. Nossa musica. A musica que desde o inicio me lembrava você e que me encorajou a estar aqui hoje, em frente a todos os nossos familiares e amigos, para dar a todos uma pequena ideia do que você representa para mim.

Não tive nenhuma reação além de pegar uma caixinha de lenços e colocar no meu colo. Se ele tinha a intenção de me fazer chorar durante todo o casamento, está realizando a tarefa com sucesso.

Ouvi os primeiros acordes e logo em seguida a voz calma dele começando a cantar.

 

Diga-me

Diga-me que você me quer

E eu serei seu completamente

Para o melhor ou para o pior

Eu sei

Nós temos nossos desentendimentos

Brigamos sem razão

Eu não mudaria de jeito nenhum

Porque eu sei

Que no primeiro dia que te conheci

Eu nunca te deixaria

Te deixaria escapar

E eu

Ainda me lembro de estar nervoso

Tentando encontrar as palavras para

Te trazer aqui hoje

 

Você faz meu coração sentir como se fosse verão

Quando a chuva forte cai

Você faz meu mundo todo parecer tão certo quando está errado

É assim que sei que você é a única

É assim que sei que você é a única

 

É fácil ter medo da vida

Com você, estou preparado

Para o que está por vir

Porque nossos dois corações tornarão mais fácil

Unindo os pedaços

Juntos, fazendo um só

 

Você faz meu coração sentir como se fosse verão

Quando a chuva forte cai

Você faz meu mundo todo parecer tão certo quando está errado

É assim que sei que você é a única

É assim que sei que você é a única

 

Quando estamos juntos

Você me faz sentir como se minha mente estivesse livre e meus sonhos fossem alcançáveis

Você sabe que eu nunca acreditei no amor

Eu acreditei um dia que você apareceria aqui

 

Me liberte

 

Você faz meu coração sentir como se fosse verão

Quando a chuva forte cai

Você faz meu mundo todo parecer tão certo quando está errado

Ele se aproximou de mim, enquanto eu apenas conseguia derramar lágrimas.

É assim que sei que você é a única

Rugge se sentou no pequeno sofá e segurou minhas mãos.

É assim que sei que você é a única

 

The One – Kodaline

 

Encostei nossas testas e não consegui dizer nada.

As luzes se acenderam e as pessoas ao nosso redor aplaudiam e assobiavam em aprovação a surpresa, mas eu estava imersa apenas ao nosso mundo. Essa musica foi a maneira que ele encontrou de se declarar de forma completa e eu não poderia pedir mais.

Nossa musica.

Um momento que vai ficar guardado para sempre no meu coração.

Vários fotógrafos e pessoas com câmeras nos rodearam e fomos quase que obrigados a sair da posição que estávamos, mas nossas mãos continuavam entrelaçadas. Porque além delas, nossos corações já estavam assim há muito tempo.

 

...

Saímos ainda no meio da festa, deixando nossos amigos no comando, e com o coração partido de ter que deixar Matteo com meus sogros por uma semana ao som de perguntas como “Por que não posso ir junto?” “O que vocês vão fazer?” “Não tem crianças lá?” e um pouquinho de choro, seguimos até o hotel que Rugge reservou para passarmos nossa noite de núpcias.

- Finalmente estamos sozinhos. – Rugge disse depois de colocar nossas malas para dentro do quarto e agradecer ao rapaz do hotel pela gentileza de ter conseguido a melhor suíte.

- Finalmente. – senti seus braços ao meu redor e seu queixo pousado sobre meu ombro.

- Não via a hora de ficarmos a sós. – ele afastou meu cabelo e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço – Não sabia que casar cansava tanto.

- Eu que o diga. Passei grande parte do meu dia em cima de um salto e com um espartilho me apertando.

- Agora que estamos sozinhos posso te dizer o quão sexy você ficou nesse vestido. – sorri de canto – E ao mesmo tempo continuou sendo minha e só minha doce e romântica Karol – ele afastou uma das alças do vestido e beijou meu ombro – Pedi para deixarem a banheira preparada pra gente, sabia que chegaríamos cansados.

- Olha, um banho seria muito bom agora. – suspirei e virei de frente para ele – Eu só preciso tirar essas coisas que estão prendendo meu cabelo, e já vou.

- Vou checar se está tudo certo então. – demos um beijo rápido e ele entrou no outro cômodo do quarto.

Com certa dificuldade consegui tirar os grampos e a coroa de flores do meu cabelo. A quantia de spray usada para fixar, deixaria fixo por alguns dias se duvidar. Olhei-me no espelho pela ultima vez com o vestido de noiva e comecei uma batalha para conseguir abrir o espartilho nas minhas costas.

Desisti pouco tempo depois ao ver que seria impossível fazer isso sem ajuda. Entrei no banheiro e mordi os lábios ao ver meu marido tirando as roupas e prestes a entrar na banheira.

- Preciso de ajuda. – falei manhosa – Não consigo abrir sozinha.

- Vou ter o maior prazer em te ajudar. – ele levantou uma das sobrancelhas e veio até mim.

Puxei meu cabelo todo para frente e esperei ele afrouxar todos os laços até que estivessem soltos. Suas mãos deslizaram as alças do vestido pelos meus braços e todo pano branco que me cobria caiu ao chão. Uma onda de calor desceu pela minha espinha ao sentir a proximidade de Ruggero.

- Ainda falta esse pequeno pedaço de renda. – ele enrolou o elástico da minha calcinha no dedo – Imagino que seja incomodo tomar banho com ele. – mais uma onda de arrepio passou pelo meu corpo quando seus dedos desceram lentamente o tecido fino e quase transparente até meus pés.

Seus braços me giraram e nossos olhares percorreram toda extensão de nossos corpos nus.

- Acho que temos alguns deveres a cumprir como marido e mulher. – seus polegares acariciaram a lateral do meu corpo.

- E o banho? – sinalizei com a cabeça, entrando no jogo dele.

- O banho fica para depois. – ele me pegou no colo e correu até o quarto em meio as minhas gargalhadas.

- EU TE AMO SEVILLA! – ele gritou e começou a girar, ainda comigo no colo.

- Ruggero, ficou maluco? Estamos em um hotel, não pode gritar assim a essa hora da noite. – falei tentando contar o riso, mas isso ao lado dele era quase impossível.

- Somos um casal recém casado, tem até uma placa na porta indicando isso, imagino que as pessoas já esperam ouvir barulhos vindos daqui – dei um tapa eu seu braço e ele me encarou sério – Você ousou bater no seu marido? - assenti com a cabeça – Pois então vai ter o castigo que merece.

Ele me deitou na cama e começou a fazer cócegas em mim. Sim, cócegas. E como sou uma pessoa propícia a sentir isso, me contorci inteira enquanto ele chorava de rir.

- Pensei que os deveres como casal não incluíam fazer cócegas no outro. – admito que estava adorando nossa brincadeira.

- Se isso acontecer numa cama com nós dois nus, inclui. – ele parou com as cócegas, apoiando o peso nos cotovelos.

- Precisamos conversar sobre isso então. – soltei uma ultima risada.

- Quer conversar agora? - seu olhar penetrante me dizia exatamente o que responder.

- Não precisamos de palavras para conversar. – acariciei seu rosto e nossas bocas se encontraram com necessidade. Acariciei suas costas enquanto movíamos nossas cabeças aproveitando o beijo.

Arqueei as costas e fui de encontro a ele quando meus seios receberam a devida atenção, sendo sugados e massageados deliciosamente.

Os arranhões feitos por mim nas costas dele com toda certeza sangrariam e deixariam marcas. Éramos beijos e toques. Já sabíamos o que fazer para levar o outro a loucura e ainda assim, eu tinha a sensação de estar fazendo isso pela primeira vez.

Mãos que recorrem cada parte do corpo. Bocas que traçam caminhos de saliva que ardem como fogo. Caricias ousadas que apenas nós dois conhecemos. O calor da do atrito dos corpos. Juras de amor que jamais cansaremos de professar.

Quando passamos a ser um só, fui calada com um beijo caloroso, como se nossas bocas fossem imãs que pareciam não querer se soltar.

Girei meu corpo mudando de posição e fiquei em seu colo, nosso ritmo também mudou, agora mais leve, mais suave. Rugge distribuía beijos por toda extensão do meu colo. A boca dele na minha pele era uma das melhores sensações que eu poderia sentir. Rolamos na cama mais uma vez e a sensação de êxtase profundo se apoderava cada vez mais de mim.

- You... You are the one. – Rugge pronunciou as palavras com certa dificuldade, e eu cerrei os olhos e sorri. Ao abri-los ele também sorria.

Entrelacei nossas mãos e continuamos nos movimentando juntos até a chegada do clímax, quando o som das nossas respirações ofegantes pareceu mais alto e tomou conta de todo quarto.

Sem nem um pouco de energia, senti meus olhos pesarem assim que ele deitou ao meu lado. Aninhei-me em seu peito e ele cantarolou novamente as melodias da nossa musica até que eu caísse completamente no sono

- That's how I know you are the one. That's why I know you are the one.


Notas Finais


Link da musica: https://www.youtube.com/watch?v=xLPGtQoRUbk
Já leu? Se não leu, não vale roubar, abre a musica e lê.




E ai?
O que me dizem?
SIM, senhoras e senhores, é da musica que vem o nome e a inspiração da fic. Vocês tanto me perguntaram e aqui está a resposta.
RUGGAROL CASOU E NÃO DESCASA MAIS! Alguém sobreviveu a isso?
Espero que sim, quero ler os comentários de vocês sobre tudo.
E bem, minha parte favorita do capítulo é ele cantando para ela (coloquei a tradução pra todos entenderem), porque foi uma das primeiras cenas que vieram na minha cabeça quando tive ideias para escrever fic.
Eu estou um pouco empolgada e falando demais, mas é que esse capítulo merece <333333
Nos vemos em breve
Bjssss


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