1. Spirit Fanfics >
  2. The One >
  3. I will protect you

História The One - I will protect you


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oie, como vocês estão?

Já tinha esse capítulo pronto e revisado, e como já fiz vocês esperarem muito algumas vezes, resolvi postar ele agora porque não sabia quando teria tempo de fazer isso. Era só isso mesmo hahaha

BOA LEITURAAAAAA!

Capítulo 25 - I will protect you


Karol Sevilla

Dois anos depois

Grávida.

Sentei na poltrona da sala de espera do consultório médico e pisquei algumas vezes lendo os exames todos com a frase “positivo para gravidez”. Acabei de sair da consulta com a minha ginecologista. Doutora Júlia disse que não existem dúvidas de que tem um bebê se formando no meu ventre.

Meus olhos seguiam marejados e meu coração batendo a mil por hora. É uma felicidade que não cabe em mim. Sempre tive um instinto materno muito forte e todos ao meu redor sabem que um dos meus maiores sonhos é ser mãe.

Não esperava que isso acontecesse agora. Achei que tudo seria um pouco mais planejado e não que descobriria estar grávida pouco depois de passar por uma estressante reforma e mudança de casa.

Guardei os envelopes dos exames na bolsa, ainda assimilando a situação. Caminhei alguns passos e peguei um copo de água. Observei as pessoas que esperavam para serem atendidas. Alguns casais, algumas mulheres sozinhas e outras com um barrigão enorme. Olhei para baixo tentando colocar na minha cabeça que eu estaria assim em alguns meses.

Como eu contaria isso a Ruggero? Deixando o envelope com o resultado positivo em baixo do travesseiro dele? Comprando um par de sapatinhos e colocando em um lugar estratégico da casa? Tive várias ideias, incluindo as mais tradicionais, mas tudo me pareceu forçado. Eu quero estar olhando nos olhos dele no exato momento em que souber que vai ser pai.

Sei o quanto isso pode ser difícil para ele e tenho plena consciência de que a reação dele pode não ser a que eu espero. Conversamos sobre isso já, ele abriu o coração e eu fiz o mesmo. Ele sabe da minha vontade de ter um filho e eu sei do medo dele de ter que enfrentar um parto novamente. Sei também que ele já pensou da possibilidade de termos um bebê. Vejo que sempre que entramos no assunto ele se esforça para não deixar a ansiedade e os traumas aparecerem, mas percebo que o medo dele de me perder da mesma maneira que perdeu Bianca existe.

Estou prestes a começar a cruzar um caminho totalmente escuro e desconhecido. Não sei o vai acontecer daqui para frente. Já li muito sobre e em teoria sei muitas coisas, mas na prática a gravidez é um mundo completamente novo e quero que Rugge esteja ao meu lado em todas essas descobertas. Quero que ele esteja feliz e não preocupado a todo tempo. Espero muito que ele seja forte para conseguir lidar com todos os traumas e consiga desfrutar de tudo isso de uma maneira linda.

Peguei um táxi e passei no mercado. Faria um jantar diferente e na hora decidiria o momento exato de dar a noticia a ele.

Ontem depois da consulta onde a médica, assim como eu, estranhou os meus sintomas e pediu os exames, liguei para minha mãe e pedi que ela ficasse com Matteo essa noite, não precisei inventar nenhum motivo, apenas pedi que ela ficasse com ele. Se o resultado desse positivo era óbvio que eu precisaria de um momento a sós com Ruggero e se desse negativo, o que eu esperava, no fundo eu ficaria mal com mais um alarme falso e precisaria de algumas horas a mais de sono até a breve tristeza passar.

Alguns meses atrás aconteceu a mesma coisa. Tive alguns sintomas e comprei um teste de farmácia. Deu positivo. Liguei para a doutora Júlia e ela me mandou fazer exames, mas no fim era apenas um desajuste hormonal. Criei expectativas quando os testes deram positivo e doeu ver um grande negativo no exame. Dessa vez, logo que senti os primeiros sintomas procurei minha médica, não queria ter a mesma sensação novamente.

Olhei a hora no relógio e me apressei para terminar de comprar o que precisava e ligar para Rugge avisando do jantar que faria.

 

Ruggero Pasquarelli

- Oi, amor. – coloquei as sacolas com as compras na bancada e dei um beijo rápido em seus lábios – Trouxe algumas frutas frescas pro fondue e um vinho pra acompanhar.

Karol me ligou hoje mais cedo dizendo que aproveitaria que Matteo vai dormir com os pais dela, que agora também são avós dele, para fazer um jantar diferente, já que o clima frio estava propício para isso. Eu não negaria a ideia. Uma noite fria com fondue, vinho e a companhia dela, era uma preciosidade.

- Rugg, eu já tinha comprado tudo. – ela apontou para a geladeira e eu dei de ombros – Como foi o dia?

- Cansativo. Preciso de um banho. - os últimos dias na empresa estão caóticos e exaustivos demais.

- Vai lá enquanto eu termino tudo por aqui. – falou e eu não pude deixar de reparar como especialmente hoje ela estava radiante.

- Não vou demorar. – dei-lhe um beijo e segui até o quarto.

Coloquei meu terno no cabide e o resto das roupas no cesto de roupa suja. Tomei um relaxante banho quente e liberei qualquer problema relacionado ao trabalho ali naquela água. Não deixaria problemas minúsculos atrapalharem meu momento com a minha esposa. Não é sempre que temos um tempo só pra gente, temos que aproveitar.

Voltei e ela estava terminando de colocar as coisas na mesa. As taças já estavam preenchidas até a metade com vinho, as frutas cortadas e postas em pequenos potes, assim como as torradas, e as panelas com chocolate e queijo no centro.

- Olha, pra quem só sabia fazer sanduíche de frango, você está se saindo muito bem.

- Quem sabe um dia eu não aprenda tudo que me ensina da culinária italiana. Achei que a noite de hoje combinava mais com isso. – me aproximei e a puxei para um pouco longe da mesa.

- Está completa de razão. – rodeei sua cintura com as mãos – E o que você acha de depois aproveitarmos que estamos sozinhos e fazer essas coisas que os pais fazem quando os filhos não estão? – sorri de canto apreciando os brilhantes olhos verdes a minha frente – Você está mais linda que o comum hoje. – as esmeraldas penetrantes dos olhos dela brilharam mais ainda.

- Obrigada, amor. – ela sorriu escondendo o rosto no meu pescoço – Mas sinto lhe informar que seu plano de não estar na companhia dos filhos vai ficar para a próxima.

- Como assim? Seus pais ligaram enquanto eu estava no banho? Vão trazer Matteo de volta? – encarei-a sem entender.

- Não é a ele que estou me referindo. – ela mordeu os lábios nervosa, olhou nos meus olhos, pegou minhas mãos e levou até a barriga.

Encarei minhas mãos em seu ventre por alguns segundos e depois voltei a olhar para cima, encontrando-me com olhos marejados e um sorriso encantador nos lábios. Eu quase podia ouvir o coração dela batendo de alegria.

- Mesmo? – perguntei com um sorriso confuso nos lábios, acariciando sua barriga. A resposta veio em forma de um aceno positivo com a cabeça. – Meu amor. – abracei-a com força, tirando seus pés do chão, e não demorou muito para que meu rosto também estivesse molhado.

Nesse momento eu estou sentindo uma mescla intensa de emoções. E não posso negar que medo é uma delas. Mas ele não consegue ser maior que a surpresa e a imensa alegria que se instalou no meu coração. Sabia que esse dia chegaria, não imaginei que fosse ser tão rápido, mas sabia que algum dia passaríamos por isso e que minhas lembranças me atormentariam, mas errei ao imaginar que por isso não conseguiria expressar o quão me fez feliz saber que vou ter um filho com Karol.

- Fiz uns exames e peguei o resultado hoje. – ela disse me tirando dos meus pensamentos.

- Exames? Então desconfiou que estivesse grávida e não me contou?

- Queria ter certeza. Não queria criar expectativas e não ser. – o tom que ela usou para dizer isso me partiu o coração. Sabia mais que ninguém o quanto ela queria ser mãe.

- Fez isso outras vezes? – tive que perguntar depois de ver o modo com que ela falou.

- Uma apenas. Há alguns meses, pensei que fosse, mas era apenas um alarme falso. – acariciou a própria barriga e me senti um idiota por não ter reparado quando isso aconteceu – Dessa vez não. – vi seus olhos vacilarem e o nervosismo novamente tomar conta de seu rosto calmo – Você está feliz? – sua voz saiu cortada, segurando o choro.

- Se eu estou feliz?– sorri e acariciei seu rosto – Quero gritar ao mundo inteiro que vou ser pai. – os olhos verdes ganharam um brilho especial ao ouvir minhas palavras - O importante agora é você. Como se sente meu amor? – ela estava feliz e queria compartilhar isso comigo.

- Apavorada serve como resposta? – ela riu – Sinto-me abençoada e poderosa também. Tem... Tem um ser humano se formando dentro de mim. – agora fazia sentido o brilho que parecia sair dela. Ela descobriu que vai ser mãe. Eu já tinha passado por essa situação, mas para ela tudo seria novo, e eu faria questão de acompanhar cada momento de descoberta junto a ela – Mas confesso que estou um pouco perdida ainda.

- Não precisa se apavorar. Tenho experiência com isso. – meus olhos me traíram e uma lágrima solitária caiu. As pequenas mãos da minha esposa seguraram meu rosto – Vou te proteger e estar aqui. – levei uma de suas mãos até os lábios e depositei um beijo – Não vou sair do seu lado, não vou cometer o mesmo erro. – a imagem de Bianca sendo sedada enquanto eu era tirado da sala de parto aos prantos pelos médicos invadiu minha mente e novamente fui traído pelas minhas emoções. Um silêncio se formou.

Encostamos nossas testas e entrelaçamos nossas mãos enquanto deixávamos todas as nossas fraquezas, medos e inseguranças escorrerem pelos olhos. Tudo que me atormentou por tantos anos e veio à tona novamente se transformou em lágrimas compartilhadas com ela. Não queria que fosse assim. Que ela tivesse que passar por isso em um dos momentos mais felizes da vida. Ela não merecia isso. E por mais que eu tenha superado tudo com sua ajuda, a ferida de ter deixado Bianca sozinha naquela sala, sem ter nem ao menos tentado permanecer lá, ainda não cicatrizou.

- Sei que não esperava por isso agora. Eu também não. Mas vamos passar por isso juntos. – nunca vi Karol sendo tão forte e ao mesmo tempo tão frágil como agora. Ela queria me passar confiança, mas estava com medo. Nesse momento ela precisava de mim – Você está realmente feliz? Eu preciso que me diga a verdade.

Respirei fundo.

- E como não estaria feliz meu amor? – coloquei uma mecha de seu cabelo para trás – Tem um pedacinho de mim crescendo em você, não existe algo que possa me fazer mais feliz que isso. – sequei seu rosto com o polegar – Não importa o quão difícil seja para mim, a alegria de ter um filho seu é maior que qualquer um dos meus medos.

Levei minhas mãos ao seu ventre e ela colocou suas mãos sobre as minhas.

- Está tudo bem com você? Com o bebê? Já marcou a consulta com o obstetra? – embolei minhas perguntas.

- Estamos bem. Minha médica também é obstetra e já me passou todas as recomendações que tenho que seguir durante esse iniciozinho.

- Perdão por ter estragado o momento. – sei que não tenho culpa, mas me senti a obrigação de fazer isso.

- Você não estragou nada. – ela enxugou as ultimas lágrimas – Ainda temos fondue de chocolate para alegrar a noite. - e o sorriso mais lindo do mundo timidamente apareceu no rosto dela – Vamos ser pais, meu amor.

- Vamos ser pais, minha linda.

Beijei seus lábios de modo lento, aproveitando o sabor que eu nunca me cansaria de provar. Não havia nenhuma necessidade de aprofundar o beijo. Queria apenas sentir seus lábios e através deles dizer a ela o que não sou capaz de demonstrar.

Beijei sua testa mais uma vez demonstrando que eu daria a minha vida para protegê-la e que tudo ficaria bem.

- Posso saber quando foi que fizemos o nosso filhote? – falei assim que nos dirigimos até a mesa, para por fim, jantar.

- O exame indicou quatro semanas. Com a correria das obras aqui em casa e da mudança, não reparamos que nos perdemos completamente na nossa conta sobre meus dias férteis.

- Parece que eu previ que nossa família iria aumentar quando resolvi dar uma olhada em casas para nos mudarmos. Acho que era para ser.

- Era pra ser mesmo. – ela pegou a taça e levou até a boca.

- Ei, você não pode beber álcool, mamãe. – segurei a peça de cristal.

- É suco de uva. Eu tinha tudo planejado. – olhou para a barriga – Quase tudo.

- Tenho certeza que esse erro de planejamento vai ser a coisa mais linda. Não que eu queira me gabar amor, mas nossa mistura não tem como dar errado. – ri da minha própria fala.

- Já imagino os olhinhos verdes com cílios enormes como o seu e o cabelo castanho com cachos. – imaginei uma menina. Com os olhos e o nariz de Karol, correndo pela casa com seus cachinhos castanho escuro. Mas também pensei em um menino, igualzinho a Matteo, mas com duas esmeraldas brilhantes no lugar do castanho-mel do irmão mais velho.

- Minha mãe vai enlouquecer com a notícia. É capaz de dez minutos depois dela saber, já aparecer aqui com cinco pares de sapatinhos para você escolher o que mais gosta.

- Não imagino que será diferente disso, mas tem uma pessoinha para quem temos que contar primeiro.

- Ele vai pirar. – Matteo está exatamente na fase de pedir um irmão porque todos na sala dele tem, e ele não – E vai sentir um ciúme desse irmão que já estou vendo. Ele quer, mas pensa que vai querer dividir sua atenção com alguém? Ele é grudado em você. – Matteo e Karol tem uma relação linda. Quanto mais o tempo passa e ele cresce, mais tem orgulho de ter ela como mãe.

- Por isso eu acho que a relação dele comigo durante a gravidez vai ser linda. – ela piscou – Já estou me emocionando de novo. – abanou os olhos - Ele já tem oito anos. Está numa fase de novas descobertas e também de criar laços com novas pessoas. Mas é normal crianças sentirem ciúmes da mãe. E sua miniatura não vai ser diferente.

- E pode ter certeza que nós dois vamos cuidar e mimar essa mãe até não podermos mais. – acariciei a palma de sua mão - Agora vamos comer que você está devorando essa panela de chocolate com os olhos.

Observei-a durante todo o jantar. Enquanto conversávamos eu não conseguia parar de olhar para cada detalhe dela. Uma luz parecia envolver seu corpo e fiquei hipnotizado, contemplando-a.

Não passaram nem dez minutos que deitamos no sofá para assistir filmes e ela já estava dormindo. Com cuidado levei-a para cama e apaguei as luzes do quarto. Eu ainda tinha coisas a fazer.

Peguei o telefone a digitei o numero da empresa de segurança que contratamos para cuidar das duas sedes do escritório. Não esqueci do que André tentou fazer no dia do nosso casamento e agora, com a gravidez de Ka, todo cuidado seria pouco.

O sumiço dele não me tranquilizou, pelo contrário. Não sei onde ele está e não sei o que ele pode fazer, mas se for preciso, darei a minha vida para manter minha mulher e meus filhos a salvo.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
Sim, sim e sim. Sei que iludi vocês alguns capítulos atrás, com o Rugge perguntando de se a Karol estava grávida, mas agora é oficial: Matteo vai ganhar um irmão/irmã! ♥
Façam suas apostas. É menino? É menina?
E assim, André desapareceu, mas continua por ai, eu se fosse vocês teria um pouquinho de medo do que ele pode fazer...

Nota extra: por fim, depois de meses de resistência, criei uma conta no twitter. Me sigam lá (@aboutlutteo) e me contem suas teorias, quero saber quem são vocês :)
Ah, e agradeçam a senhorita Camila (@forpasquarelli), porque graças a insistência diária dela eu criei uma conta fandom hahahah Bjs Cami, sei que você vai ler isso <3
É isso, nos vemos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...