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História The One - Friendship


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oie
Estou muito feliz que vocês abraçaram a história da fic ♥
Eu disse que voltaria só no feriado, mas resolvi adiantar um cap
Esse cap não tem tantas partes Ruggarol, mas a partir do próximo os cap começarão a ser basicamente cenas deles

BOA LEITURA!!!

Capítulo 3 - Friendship


Karol Sevilla

Matteo estava de atestado há uma semana e voltaria apenas hoje. Como todos os dias, desci do ônibus no ponto perto da escola e fui caminhando duas quadras. Quando cheguei, reconheci o carro parado perto do portão e estranhei. Normalmente Matteo chega bem cedo, mas hoje pelo visto ele tinha acabado de chegar.

- Tia Karoooooool! – veio correndo – “Saudadi”

- Oi, pequeno. – o peguei no colo – Também estou com saudades.

- Oi. – Ruggero falou descendo do carro junto com uma moça ruiva.

- Oi. – falei ainda com Matteo no colo.

- Estou meio preocupado em deixar ele voltar assim com o braço enfaixado. Mas o atestado acabou e ele insiste em vir pra escola.

- Não tem com o que se preocupar. Vamos todos nos comportar direitinho, não é Matteo? O papai pode ficar tranquilo que nada vai acontecer. – Matteo assentiu.

- Desculpa, mas você seria o que mesmo? – a moça ruiva falou.

- Sou a professora. Me chamo Karol. Muito prazer. – sorri.

- Essa é a tia Cami. – o pequeno falou.

- Camila. Namorada do Ruggero. – ela o abraçou.

- Pai, quando nós vamos comer pizza com a tia Karol de novo? – Matteo falou criando uma situação um tanto quanto constrangedora.

- Como? – a ruiva se manifestou. Estranhei o fato dela não saber sobre isso.

- Acho que é melhor nós entramos, Matteo. Já está na hora da fila. Dá um beijo no seu pai e na sua tia e nós vamos. – coloquei ele no chão para se despedir dos dois e logo em seguida saímos em direção ao pátio.

 

Ruggero Pasquarelli

A única coisa que eu pensava nesse momento era em porque crianças dizem coisas em momentos nada oportunos. Eu não havia contado a Cami sobre o jantar com Karol e nem pretendia contar, mas como o boquinha aberta do meu filho me fez o grande favor de comentar isso perto dela, agora eu teria que ouvir suas reclamações e explicar toda a situação até que ela cansasse, porque duvido que ela iria entender.

- Pode me explicar em que momento você saiu com a professora? – entrou no carro furiosa.

- No dia que Matteo se machucou.

- No dia do aniversário dele?

- Sim. – antes que ela pudesse falar alguma coisa, eu continuei – Matteo insistiu muito para que ela fosse conosco comemorar o aniversário dele e eu realmente não tinha como negar um pedido do meu filho. Conheci ela lá no hospital, antes que você pergunte isso também, e depois fomos na pizzaria. Foi isso.

- Ah, foi isso. – me imitou – Ruggero, por favor, você não conhece uma pessoa e no mesmo dia sai pra jantar com ela a menos que tenha segundas intenções.

- Foi o Matteo que pediu. Será que vou ter que soletrar? – ótimo, mais uma briga.

- E você aceitou na hora. Você nunca deixou ninguém passar o aniversário dele com vocês e agora justamente aparece essa professora e tudo muda. Aliás, eu queria entender porque o Matteo tem tanta admiração por aquela garota.

- Não. Eu não aceitei na hora. Mas eu tive que aceitar pelo meu filho. – a verdade é que se eu contasse tudo o que aconteceu para Cami, nem sei o que ela poderia fazer – E ele gosta dela porque ela é uma boa pessoa e sabe lidar muito bem com crianças.

- Isso você deve ter percebido nesse dia também. – virou para a janela.

- Será que podemos passar um dia sem brigar?

- Você não colabora.

- Camila, eu não fiz nada. Você está surtando simplesmente porque eu jantei com a professora do meu filho de cinco anos.

- Ah é? Claro, eu sou a surtada. Então por que não me contou isso antes?

- Achei que não precisasse ficar te contando sobre todos os meus passos.

- Quando eles envolvem uma garota talvez você devesse dar explicações.

- Quer saber, tenho um dia muito cheio hoje. Esses dias que o Matteo ficou em casa, não consegui fazer as coisas da faculdade e tive que faltar no trabalho pra cuidar dele, então vamos dar uma trégua. Eu preciso estar com a cabeça vazia e calma para fazer tudo o que tenho que fazer hoje. – ouvi ela respirar fundo.

- Certo. – deu uma pausa – Me desculpa, amor. Eu tenho essas crises de ciúmes e as vezes não me controlo.

- Tudo bem. – sorri e continuei o caminho até a faculdade.

A verdade é que não consegui prestar muita atenção nas aulas. Fiquei um pouco incomodado com o escândalo de Cami. Tudo bem que ela só surtou quando estávamos no carro, mas percebi que Karol ficou um pouco desconfortável quando expressou não saber que ela tinha ido jantar comigo e com Matteo naquele dia. Cami tinha o dom de estragar meu dia, e agora estava querendo estragar o inicio da minha amizade com a Karol. Nessa semana nós conversamos um dia pelo telefone porque Matteo me fez ligar para ela. Peguei o numero dela no dia da pizza caso precisasse ligar por alguma coisa de Matteo, e não deu outra. É muito estranho o carinho que meu filho tem por ela, nesse tempo que ele ficou em casa não parou de falar que estava com saudades dela e que queria que ela viesse nos visitar. Eu confesso que não teria me importado se ela viesse nos ver. Gostei de conversar com ela, foi como se pudesse contar os meus problemas e as minhas tristezas pra alguém sem que essa pessoa me julgasse. Nem minha psicóloga me entende como ela pareceu me entender. Eu precisava pedir desculpas pelo que aconteceu hoje cedo e eu sabia como fazer isso.

 

Karol Sevilla

- Muito bem, agora nós vamos fazer um desenho.

- Um desenho de que? – Lara, uma das alunas mais animadas, perguntou.

- Vamos desenhar um momento que tenha sido legal pra gente. – comecei a andar pela sala, e os olhinhos dos pequenos me acompanharam – Eu por exemplo, vou desenhar a minha família comemorando o Natal, porque é o meu feriado favorito. E vocês, podem desenhar qualquer coisa que lembre e que pensem “uau eu queria tanto que isso acontecesse de novo”. – terminei minha explicação e voltei para a mesa na frente da sala.

- Prof? – Matteo veio até mim algum tempo depois – Posso mostrar meu desenho pro meu pai?

- Claro. Eu entregarei tudo para ele no final do mês.

- Não. Quero mostrar hoje. – voltou pra mesa e trouxe o desenho – Olha só. – eu olhei para o desenho e um sorriso surgiu no meu rosto. A folha branca trazia um desenho meu, junto a Matteo e a Ruggero e o que eu creio que seria uma pizza desenhada perto de nós – Eu queria que isso acontecesse de novo. – deixou o desenho na minha mesa e voltou a lugar. Com toda certeza eu não esperaria até o final do mês para mostrar aquilo para Ruggero. Uma coisa passou pela minha cabeça, mas eu não podia dizer isso a ele. Eu mostraria o desenho e se ele tivesse a mesma impressão que eu, teríamos que conversar com Matteo. Mas se ele não falasse nada, eu teria que ficar quieta com meus próprios pensamentos. Posso estar ficando maluca, mas acho que Matteo está começando a associar a minha imagem a imagem da mãe. E isso me fez pensar no quanto ele sente a falta dela, mesmo não a tendo conhecido.

- Matteo, pode vir aqui fora comigo um momento? – ele veio – Pode me explicar o seu desenho?

- Somos eu, você, o papai e uma pizza.

- Certo. E o que somos nesse desenho?

- Como assim?

- Lara desenhou ela e as amigas, Pedro desenhou ele e a família, Gabriela desenhou os animais de estimação. O que eu, você e o seu pai somos nesse desenho?

- Eu não sei. – fez bico – Por que está perguntando isso, tia?

- Por nada, meu amor. Pode voltar pra sala. – senti um alívio por ele não responder que nos via como uma família. Tenho muito medo que ele confunda isso e possa acabar ficando mal. Mas deve ser coisa da minha cabeça, isso é só um desenho. Nada mais.

 

Ruggero Pasquarelli

Passei na padaria depois que sai da empresa. Lembrei que Matteo tinha dito que Karol gostava de bolo. Eu tinha que me desculpar com ela. Cheguei um pouco mais cedo, já que ela geralmente saia antes do horário que eu chegava para buscá-lo.

- Ruggero? – ela pareceu estranhar o horário – Resolveu mudar os horários de chegada? – riu.

- Hoje foi um caso especial.

- Tenho uma coisa pra você. – falamos juntos – Você primeiro. – falamos de novo e rimos do fato de sermos atrapalhados.

- Bom, eu só queria pedir desculpas pelo ocorrido de hoje cedo, com a minha namorada. – tirei a caixinha com o pequeno pedaço de bolo da sacola.

- Imagina. Eu só não imaginava que ela não soubesse. Mas tudo certo. – dei a caixa pra ela – Espera, esse bolo é pra mim?

- Sim, como pedido de desculpas. Não sabia se você gostava de cartões, chocolate, flores ou balinhas, então resolvi trazer bolo porque foi a única informação que o meu pequeno espião me trouxe. – gargalhou me fazendo gargalhar também.

- Obrigada. Realmente não precisava. Mas eu não vou recusar. – pegou o bolo.

- O que você ia me dizer?

- Ah. Espera aqui. – ela saiu e voltou com alguns papeis na mão – Hoje pedi que as crianças desenhassem momentos felizes para elas e que elas gostariam que acontecessem de novo e Matteo fez este desenho. – me entregou um papel com um desenho meu, junto a ela e Matteo.

- Ele realmente gostou desse dia. Mesmo tendo ido parar no hospital. Talvez porque tenha sido o primeiro aniversário que ele passou com alguém diferente. – olhei o desenho várias vezes e a única coisa que me vinha a cabeça era a ideia de que Matteo esta associando a Karol à ideia de mãe. Mas é óbvio que eu não diria isso a ela, talvez pudesse a assustar e isso não seria bom. Depois eu conversaria com Matteo sobre isso.

- Bom, se quiser ficar com ele, pode ficar. Já anotei que ele participou da atividade.

- Não, ele é seu. Assim você se lembra da gente.

- Vou guardar então. Vou buscar o Matteo.

- Espera. – falei num impulso – É... Você acha que ele tem alguma dificuldade na escola por causa da falta da mãe?

- Na escola não. Pelo menos não nesse tempo em que eu estou aqui. Mas vejo que ele tem sim a falta de uma figura feminina como espelho de mãe. Até pensei que sua namorada fosse, mas não sei. O que posso dizer é que ele é uma criança de bom coração, que sempre procura ajudar os outros em tudo e interagir bastante com as outras crianças, o que às vezes faz com que ele seja um pouco hiperativo e se desconcentre.

- Às vezes eu fico um pouco preocupado com isso. Não sei se estou educando ele da forma correta, ou como deveria ser.

- Acredito que você está se saindo bem. Na outra escola eu dava aula para uma menina que perdeu a mãe e era bem mais complicado lidar com ela, do que lidar com o Matteo.

- Obrigada pelo parecer. É bom ter um olhar feminino sobre como educar os filhos, ainda mais se esse olhar vem de uma professora infantil.

- Você pareceu um velho falando agora, mas eu fico feliz de ter ajudado.

- Eu tenho alma de velho. – rimos. Era incrível como ela tinha uma facilidade de tirar sorrisos meus em apenas alguns minutos de conversas – Pensei que você poderia dar algumas aulas particulares para o Matteo caso ele precisasse.

- É um caso a se pensar. Mas só tenho horários livres a noite, e fica um pouco complicado pra mim, como você sabe.

- Não se preocupe. Te levo em casa caso precise. – a verdade era que eu queria conversar mais vezes com Karol e a aula particular para Matteo era apenas uma desculpa para vê-la.

- Vai ser bom conversar com você também. Assim quem sabe você não deixa esse seu medo de viver pra trás e começa a enxergar a vida como uma dádiva, assim como eu enxergo.

- Você é só professora ou também é psicóloga? – perguntei fazendo uma careta.

- Sou mil e uma utilidades. - falou convencida – Gosto de ajudar os outros, só isso.

- Paaaaaaaaaaaai! – Matteo veio correndo.

- Tampinha. O que você acha da ideia da tia Karol sair pra tomar sorvete com a gente qualquer dia desses? – acho que chamá-la para sair pareceria menos obvio desse jeito. Mas não seria um encontro. Eu só queria conversar com ela, como já disse.

- Eu quero. Eu quero. – falou todo animado.

- Então convida ela.

- Tia Karol, meu pai quer sair com você. – quase me engasguei ouvindo a frase que ele disse e Karol começou a rir da minha cara – O que foi? – ele não entendeu o que disse.

- Nada, pequeno. – Karol falou – Aceito ir tomar sorvete com vocês.

- É só marcar um dia então. Tchau Karol.

- Tchau Ruggero. – e novamente ela tinha colorido meu dia cinza. Eu estava gostando muito da nossa amizade.


Notas Finais


E ai?
Só tenho uma coisa a dizer: Matteo é o cupido mais fofo do mundo hahahahah

Vejo vocês quinta ou sexta que vem
Bjss ♥


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