1. Spirit Fanfics >
  2. The One >
  3. Don't waste your time

História The One - Don't waste your time


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Oi
Estou muito feliz que vocês estão gostando da história e fazendo comentários positivos, eles são bem importantes ♥
Espero que gostem de cap

BOA LEITURA!!!!

Capítulo 5 - Don't waste your time


Karol Sevilla

Acordei sentindo alguém se mexer do meu lado. Abri os olhos e vi Matteo se virando para o lado de Ruggero. Ele tinha dormido ali. E estava me abraçando pela cintura. Quando foi que isso tudo aconteceu? Provavelmente eu cai no sono junto a Matteo e ele deve ter feito o mesmo, mas isso explica a mão na cintura. Tentei levantar, mas suas mãos puxaram tanto a mim quanto a Matteo para mais perto. Eu não sabia o que fazer. Não era como se isso estivesse me incomodando, pelo contrário. Eu estava gostando da sensação, era como se ele estivesse nos protegendo. Sorri de canto vendo os dois dormindo, acho que é a cena mais terna que eu já vi.

Matteo se virou mais uma vez, agora com mais dificuldade já que praticamente não existia nenhum espaço entre Ruggero, ele e eu. Ouvi o pequeno resmungar alguma coisa e percebi que ele estava acordando. Tirei com cuidado a mão da Ruggero da minha cintura e dei espaço para que Matteo se mexesse.

- Bom dia, tia Karol. – disse coçando os olhos.

- Bom dia, Matteo. – ele olhou para o pai – Acho que ele ainda vai dormir mais. – falei fixando os olhos em Ruggero.

- Estou com fome.

- Bom, se você me mostrar onde ficam as comidas, eu posso preparar seu café.

- Vem! – o pequeno pulou do sofá e puxou a minha mão para que eu fosse junto - Tem tudo na geladeira.

- E você come tudo o que está aqui?

- Não. A tia Cami faz o papai comprar frutas, mas eu não gosto. – fez uma careta – Gosto de comer leite com pão.

- Você não gosta de frutas? Sério? – perguntei já planejando uma maneira para que ele comesse.

- Não. É ruim. – mais uma careta.

- Acho que diz isso porque não conhece a minha super salada de frutas. – dei ênfase no super.

- Super salada de frutas? O que ela tem de especial?

- Ela é feita com muito amor e carinho. – dei um beijo na sua bochecha – Vou fazer pra você ver como ela é boa. – peguei algumas frutas da geladeira, acho que Ruggero não iria se importar – Vem cá. – coloquei Matteo em uma das banquetas para que ele ficasse da altura da bancada – Você vai me ajudar a fazer.

- Eba, eba! – a expressão em seu rosto mudou. Eu era ótima em despertar curiosidade em crianças. Cortei algumas frutas e dei as mais macias para que ele fizesse o mesmo. Logo já estava colocando as mesmas em potinhos para tomarmos café.

- E ai? Gostou da minha super salada de frutas?

- Gostei. – colocou mais uma colher na boca – Quero mais. – me deu o pote.

- Certeza que você não gosta de frutas? – ele assentiu com a cabeça.

- O meu pai precisa comer também.

- Eu preciso comer o que? – Ruggero apareceu bagunçando o cabelo e me olhou de cima a baixo. Droga. Eu tinha esquecido totalmente que estava usando só o moletom que ele tinha me emprestado.

- A super salada de frutas da tia Karol. – o pequeno respondeu o pai.

- O que? Você está comendo frutas? Você está com febre? Isso é um milagre? – Ruggero colocou a mão na testa de Matteo e uma gargalhada gostosa da criança pode ser ouvida.

- Desculpa sair mexendo na sua geladeira, mas ele estava com fome e eu vi essas frutas sobrando. – falei tímida.

- Não tem problema. Agora eu quero saber como é que você conseguiu o fazer comer frutas. Tento isso desde que os dentes dele começaram a nascer e Cami sempre traz várias pra ele, mas nunca conseguimos que ele aceitasse numa boa.

- Acho que vocês estavam fazendo da maneira errada. Não que eu esteja tentando ensinar vocês a criar Matteo, mas ele não funciona desse jeito. Alias, todas as crianças funcionam melhor quando são estimuladas.

- Você vai ser uma ótima mãe. – ele disse se sentando e pegando um dos potinhos com frutas.

- Eu espero que sim. – sorri e entreguei um potinho a Matteo.

- Quem diria que eu veria essa cena: o tampinha comendo salada de frutas numa boa sem reclamar. Você causou uma revolução Karol Sevilla.

- Mas não é só de frutas que alguém para em pé assim que acho bom vocês dois comerem essas torradas ai também. – falei apontando o cento da mesa.

- Sim senhora! – Matteo e Ruggero falaram em conjunto me fazendo rir.

- Você podia dormir aqui mais vezes, tia Karol.

- Acho que a namorada do seu pai não gostaria disso. – falei e Ruggero concordou – Só dormi aqui por causa da chuva, pequeno, isso não vai acontecer de novo.

- Mas podia. – ele repetiu.

- Acho que você está acostumando ele muito mal, Karol. –  Ruggero me acusou.

- Você é que acostuma ele mal. Eu não faço nada. – falei me defendendo.

- Você mima ele um monte que eu sei, não negue.

- E você faz tudo o que ele pede também, assim que a culpa não é só minha. – sim, estávamos discutindo sobre Matteo – Além disso, você é o pai e eu sou só a professora.

- Ok, você venceu. Eu mimo ele. – sorri vitoriosa e ouvi meu celular tocar – Foi bom ter a companhia de vocês, mas já está na hora de eu ir embora. – falei depois de atender a ligação.

- Era seu namorado? – Matteo perguntou curioso.

- Não. Era minha amiga. Combinei de sair com ela hoje e ela vai passar aqui me buscar. – olhei para meu próprio corpo – Bom, eu vou trocar de roupa. – sorri fraco e fui em direção ao banheiro. Voltei já arrumada e com o moletom de Ruggero na mão.

- Posso falar com você antes de ir embora? – sinalizou que seria longe de Matteo.

- Claro. - respondi

- Ei, campeão, porque você não vai ligando a TV lá no quarto do papai pra ver desenho? Eu já vou. – falou para o filho.

- Tchau tia Karol. – Matteo me abraçou – Até depois de amanhã.

- Tchau. – dei um beijo em sua bochecha e ele saiu.

- O que queria falar?

- Só queria te agradecer pela companhia. – falou meio envergonhado – Esse seu jeito de ser consegue alegrar a vida de qualquer pessoa.

- Fico feliz de estar te fazendo bem. Acho que todos deveriam fazer isso com todos, sei que não é bem assim. – eu também estava envergonhada. Logo que ele agradeceu me lembrei dos braços dele rodeando a minha cintura quando acordei. Ele nem deve ter se tocado disso – Sabe que se precisar pode me chamar.

- Obrigada Ka. – era a primeira vez que ele me chamava assim – Posso te dar um abraço?

- Claro. – em poucos segundos senti os braços dele rodeando minha cintura novamente e minhas mãos envolverem seu corpo. Foi como se vários impulsos elétricos estivessem sendo distribuídos pelo meu corpo. Uma sensação completamente diferente de tudo. Com a nossa proximidade pude inalar um pouco do perfume dele o que me fez estremecer um pouco, mas logo nos separamos do abraço e voltei ao meu estado normal – Obrigada por me deixar te conhecer melhor.

- Poucas pessoas têm essa oportunidade depois do que aconteceu.

- Eu sei. Você tem muito medo de perder as pessoas e por isso se fechou tanto. Mas sei que tem muita gente que gosta de você e espera que essa fase passe. Eu só estou te ajudando porque sei que essas pessoas merecem você por completo e não só alguém que sobrevive.

- Você diz isso pela Camila. – assenti – Não sei como você consegue entender tão bem meus sentimentos se nem eu os entendo.

- Já disse, tenho uma empatia muito pelas pessoas. – mal ele sabia que quem estava começando a ficar com os sentimentos confusos era eu – Bom, eu vou indo. Tchau.

- Tchau. – nos despedimos com um beijo na bochecha.

 

(...)

- Pode ir me explicando essa história de que você dormiu na casa do pai gato do seu aluno fofinho. – Victória nem me deixou entrar no carro direito e já perguntou.

- Bom dia pra você também Vic. Como você está? Eu estou bem. – falei.

- Desculpa amiga, mas estou curiosa desde que você disse que tinha dormido lá.

- Dormi lá por causa da chuva. Não tinha como eu ir embora e ele achou melhor que eu ficasse.

- Ah, ele achou melhor. Só ele, você não. – ela riu maliciosa.

- Deixa de ser assim, Victória.

- Karol, eu nunca te vi falar tanto de um cara como você fala dele. É obvio que você está gostando do tal Ruggero.

- Vic, você sabe que é uma situação complicada, já te expliquei.

- Já me explicou mesmo. Só não me explicou o que aconteceu quando dormiu lá.

- Ele me emprestou um moletom e nós dormimos juntos. – despejei as palavras deixando um leve sorriso surgir em meus lábios.

- O QUE? – ela gritou – Vocês dormiram juntos? To passada.

- Sim. Mas com o Matteo no meio. – ela fez uma careta – Foi graças a ele que acidentalmente dormimos juntos.

- Já amo essa criança. – Victória era minha melhor amiga desde sempre e me conhecia muito bem. Apesar de sermos completamente diferentes, ela e eu sempre fomos muito próximas. Meus pais trabalhavam na casa dos pais dela e desde pequenas tivemos essa ligação de amizade – Teve mais alguma coisa, pode contar.

- Não teve não. – neguei.

- Karol Sevilla você é uma péssima mentirosa, pode falar.

- Dormimos abraçados. – falei tímida – Quer dizer, quando acordei estávamos abraçados.

- Ele te quer, amiga. – Vic falou rindo – O cara te abraçou enquanto dormia, normalmente amigos não fazem isso.

- Já disse pra você parar com isso. Ele é meu amigo e tem namorada, ok? Qual o problema de sermos amigos?

- Não teria problema nenhum se eu não visse seus olhos brilhando ao falar que dormiram abraçados.

- Acho que você deveria prestar atenção no transito e não nos meus olhos.

- Você está na fase de negação, super normal. Daqui um tempo você vai admitir que gosta dele. – ela disse convencida de que eu faria isso – Esse cara te fez ficar mais alegre do que você já é, pra mim isso mostra que ele é uma pessoa boa e tem minha aprovação. – revirei os olhos.

- Somos amigos, Vic. Pelo meu jeito de ser pode até parecer que eu vivo em um conto de fadas, mas não é bem assim. Tenho plena consciência da realidade e sei que entre mim e Ruggero não pode acontecer nada.

- Então você admite que gosta dele. Ka, não desperdice seu tempo negando um sentimento.

- Admito que ele é uma pessoa que me faz bem. Rugge é uma pessoa de bom coração e me despertou curiosidade toda a história dele e senti que precisava ajudar. Só isso.

- Ta bom, ta bom. Vou te deixar em paz. Sei que ele ainda vai voltar a ser assunto entre nós.

- Não sei como eu te agüento Zenere. – dei um leve tapa em seu braço e nós mudamos de assunto.

 

Ruggero Pasquarelli

Não sei o que aconteceu na noite passada e nessa manhã, só queria que se repetisse. A Karol me faz um bem indescritível como já disse milhões de vezes, mas hoje pude ver que ela faz um bem maior ainda ao meu filho. Eu sabia que eles tinham uma boa relação, mas hoje percebi que eles se dão muito melhor do que eu imaginava.

Peguei o moletom que ela tinha usado e deixado no banheiro e senti o perfume que havia ficado nele. Fechei os olhos e lembrei da cena que vi ao acordar: Karol e Matteo na cozinha tomando café da manhã. Ele com o mesmo pijama de sempre e ela com a minha roupa que pareceu ser feita exatamente para entrar naquele corpo. Imaginei como seria se aquela cena se repetisse todos os dias, se todos os dias eu acordasse e visse aquele sorriso contagiante e aqueles olhos verdes.

Pela primeira vez em cinco anos tenho que admitir que estou sentindo alguma coisa novamente. Estou com a Cami, mas é diferente. Karol, não sei como, está quebrando as barreiras que eu construí e lentamente está chegando a um lugar que eu não achei que nenhuma outra pessoa fosse chegar. Mas tenho medo de estar confundindo as coisas, essa nossa proximidade toda pode estar me fazendo ver as coisas da maneira errada e isso não pode acontecer. O problema é que talvez eu já tenha criado uma ligação com ela e seja tarde demais pra conter algum sentimento.

- Papai? – Matteo apareceu – Porque está sorrindo para a blusa? – perguntou curioso.

- Nada. Só estou lembrando que tenho que levar as roupas.

- É porque ela tem o perfume da tia Karol, né? – um sorriso sapeca se formou no rosto dele.

- O que? Da onde tirou isso?

- Você gosta dela. – sorriu e saiu pulando pela casa.

- Matteo Balsano Pasquarelli eu exijo uma explicação desse comentário. – sai atrás dele.

- Você gosta dela, papai. – ele se escondeu atrás do sofá – Eu sei, eu sei.

- E como você sabe disso, tampinha? – disse pegando ele no colo e fazendo cócegas.

- Porque você nunca fica feliz com a tia Cami como fica com a tia Karol. – e ele tinha razão.

- Você é muito esperto sabia? Mas eu e a tia Karol somos apenas amigos, filho. Não confunda as coisas. – meu maior medo era que tudo não passasse de um devaneio meu e que isso afetasse meu filho.

- Mas ela pode curar as pessoas, papai. Você não lembra que ela curou meu braço no hospital? Ela pode curar seu coração também. – ela está curando meu coração, filho, ela está.

- Você acha que ela seria capaz disso?

- Claro que sim. Ela nunca falha. – vi os olhos dele brilharem ao falar isso – Não perca seu tempo com outras pessoas, papai.

A campainha tocou, provavelmente era Cami.

- Filho, não comente sobre a visita da tia Karol, ok?

- Ok. – pisquei e fui abrir a porta.

- Oi amor. – ela entrou.

- Oi.

- Com a chuva de ontem eu não consegui vir dormir aqui.

- Eu imaginei que não viria.

- Mas pensei que podemos fazer alguma coisa só nós dois hoje. Quem sabe você deixa o Matteo na casa da sua mãe e... – de repente ela parou de falar – Ruggero de quem é esse casaco? – Camila virou com o casaco de Karol nas mãos. Droga, ela tinha esquecido ele em cima do sofá – Ah, não precisa me responder. Eu já sei de quem é.

- Cami... – e mais uma vez iríamos brigar.

- É da sua mais nova e inseparável amiga não é? Esse maldito casaco é da Karol.

- Ela veio aqui ontem para uma das aulas do Matteo.

- Entendo. Por isso você não se importou se eu vinha ou não, estava com ela.

- Se nós vamos brigar é melhor você ir embora.

- Não, Ruggero. Nós vamos conversar. Eu quero que você diga olhando nos meus olhos que não sente nada por aquela professorinha idiota. – engoli seco – Anda, responde logo, Ruggero. Você está apaixonado por ela?


Notas Finais


E ai?
O que acharam?
O que ele vai responder?
Vou tentar postar um capítulo sábado, se não, vejo vocês quinta que vem
Bjssss ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...