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História The One - Pillowtalk


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Volteeeeei
Muito obrigada por todos os comentários e pelos mais 100 favoritos na fic, fico muito feliz que vocês estejam gostando ♥

BOA LEITURAAAAA!

Capítulo 7 - Pillowtalk


Ruggero Pasquarelli

Estava mais nervoso que o normal hoje. Combinei de sair com Karol. Vamos ao show de dois amigos meus. Como ela não iria conhecer ninguém lá, combinamos que ela iria com a melhor amiga, e eu levaria meu melhor amigo, Agus, que ela conheceu essa semana quando num dia que ele teve que vir buscar Matteo no meu lugar. Mas o meu nervosismo agora nem é pelo nosso encontro, mas sim porque Matteo insistiu em comprar um presente de dia das mães para Karol e eu não sabia com que cara entregaria isso a ela. Desde o dia que ele viu a primeira propaganda de dia das mães na TV há umas duas semanas, ele me pergunta todos os dias sobre isso. Bem, hoje é o tal dia. Pensei e mandar o presente de manhã e ele entregaria pra ela durante a aula, mas me atrasei e acabei esquecendo, assim que terei que entregar agora que vim buscá-lo.

- Ei, campeão. – choquei nossas mãos.

- Trouxe o presente pai? – perguntou animado.

- Presente? Presente pra quem? – Karol apareceu ainda vestindo seu jaleco.

- O carinha aqui tem um presente pra você. – apontei para ele e tirei a pequena sacola com o presente de dentro do carro – Entrega pra ela, filho.

- Toma tia Karol. – deu a sacola pra ela.

- Obrigada Matteo. – Karol abriu o presente e deu um sorriso ao ver o pequeno pingente de coração com o nome de Matteo dentro de uma caixinha – É lindo.

- Fui eu que escolhi. – o pequeno se manifestou orgulhoso.

- Mas porque me deu um presente se não é meu aniversário?

- Porque domingo é dia das mães, e eu gosto de você como se fosse minha mãe, tia Karol. – percebi que ela ficou com os olhos marejados – Então pedi pro papai comprar um pingente de coração e colocar o meu nome pra você nunca se esquecer de mim. – meu filho falou com os olhos fixados na professora.

- Ai pequeno. – ela o abraçou – Nunca vou me esquecer de você. – eu só observava a cena.

- Porque está chorando? – ele perguntou preocupado.

- Pelo que você disse, meu amor. – limpou as lágrimas – Sua mãe com certeza era uma pessoa incrível e eu me sinto muito feliz por você gostar de mim como gosta dela. – o abraçou mais uma vez. Me senti mais leve por Karol ter compreendido a situação e ter se assustado. Seria um baque para o pequeno se ela não aceitasse o presente.

- Filho, nós temos que ir. Lembra que hoje você vai ficar na casa da vovó?

- Sim. Tia Karol, você tem que conhecer a vovó, já falei um montão de você pra ela. – ok, Matteo já tinha falado de Karol para a minha mãe, não sei se encaro isso como um sinal bom ou ruim.

- Qualquer dia você nos apresenta. – Karol disse dando uma piscadela para ele – Bom, eu também tenho que ir, então tchau pra vocês. – ela deu um beijo em Matteo e um em mim, no rosto claro, nosso lance ainda era muito novo para que meu filho soubesse, era melhor que fosse assim.

 

(...)

Deixei Matteo na casa dos meus pais e voltei para meu apartamento. Faz muito tempo que eu não saio assim. A verdade é que nas poucas vezes que eu saí nesses últimos tempos, não me diverti e nem aproveitei o momento. Gastón e Maxi são dois amigos meus que cantam bem pra caramba e vão fazer um show hoje. Eu nem estava tão afim de ir, mas lembrei que essa poderia ser uma boa oportunidade para sair com Karol então convidei ela para ir comigo. Combinei com Agustín que iríamos com o meu carro, e ele me encontraria aqui em casa. Karol iria com a amiga dela e nos encontraríamos lá.

- Definitivamente hoje vai chover. – Agus entrou no carro.

- Engraçadinho.

- Essa Karol tem um alto poder de transformação mesmo. Quando eu iria imaginar te ver saindo de novo numa sexta-feira a noite pra ter um encontro.

- Eu acho que esqueci como se faz isso.

- Claro, com a Cami sempre na sua cola era meio difícil. – Agus era meu melhor amigo desde o colégio.

- Nunca entendi sua implicância com ela.

- Fácil. Sempre que você estava com ela, você não era você. Vem cá, você conhece a amiga dela que vai?

- Agustín, Agustín... – falei rindo.

- Não podemos perder as oportunidades que a vida nos dá. – Agus era o tipo de cara que canta e trata bem todas as mulheres ao redor dele. Acho que desde que nos conhecemos nunca vi ele estar sozinho por muito tempo, mas também nunca vi nenhum dos namoros dele durar – Vamos aproveitar a noite Ruggero. Como quanto tínhamos 16 anos.

- E pegávamos todas as meninas nas festas? Não, isso eu passo.

- Não precisa pegar todas se estiver bem com uma só. – ri e entrei na avenida que nos levaria ao local do show.

 

Karol Sevilla

- O que acha desse? – falei olhando o vestido preto curto e de mangas que ela tinha me emprestado.

- Uau, amiga você está um arraso. – ela disse virando para me ver no vestido.

- Não é meio curto? Será que não é melhor eu ir de calça?

- O vestido ta ótimo e o pai gato vai cair pra trás quando te ver nele. – no fundo essa era a intenção, mas eu não estava acostumada a ser assim. Meu estilo era mais tranquilo e não assim.

- Não sei Vic... Não estou acostumada com isso.

- Eu sei. Sei que você é toda doce, meiguinha, menininha, mas também sei que é um mulherão. Tá ai a prova. – me virei e me vi no espelho. Vic tinha razão, eu estava muito linda.

- Ok, vou ter que concordar com você.

- Quanto tempo temos?

- Combinei que estaríamos lá ás 21.

- O que? Ok, tenho que correr com a minha maquiagem.

- Como se você precisasse de maquiagem.

- Eu tenho que sair com maquiagem ou não me chamo Victória Marques.

Eu e Vic terminamos de nos arrumar e fomos direto para o lugar do show dos amigos de Ruggero. Quanto mais perto do lugar nós chegávamos, mais eu ficava nervosa. Estou parecendo uma adolescente de 15 anos que vai ter o primeiro encontro com o cara que está afim. A diferença é que isso não é um encontro e eu e Ruggero apenas estamos nos conhecendo. Certo, talvez seja um encontro, mas a finalidade dele não é amorosa. Talvez seja também, quando eu fico nervosa não penso coisa com coisa. Por mais que eu seja a pessoa mais calma do mundo, pensar que estou prestes a encontrar com Ruggero me causa diversas coisas.

 

Liguei para Ruggero perguntando onde ele e Agustín estavam e entramos na casa de shows a procura dos dois. Vic não ajudaria muito já que não conhecia as pessoas que estávamos a procura, mas não foi muito difícil encontrá-los, logo avistei duas criaturas extremamente arrumadas perto de um barzinho.

- Oi. – disse me aproximando deles.

- Oi. – senti os olhos de Ruggero percorrem meu corpo e logo se arregalarem – Você está linda. – minhas bochechas com certeza coraram com o trajeto dos olhos dele e com comentário.

- Buenas noches señoritas. – disse Agustín.

- Oi Agus. – respondi.

- Agus? – Vic disse – Quanto tempo. – veio até ele e o abraçou – não entendi muito bem, não sabia que eles já se conheciam – Vai me dizer que esqueceu da Victória aqui? – percebi que Vic deu uma piscada para que ele entendesse alguma coisa.

- Vic, quanto tempo mesmo. Achei que não fosse te encontrar de novo. – Agus respondeu e vi que Ruggero estava tão surpreso quanto eu com o fato deles se conhecerem – Você não quer tomar alguma coisa enquanto me conta por onde andou?

- Claro. Vamos aproveitar que o barzinho é aqui do lado. Nos vemos depois amiga. – os dois saíram.

- Me diga que você também não faz a menor ideia do que acabou de acontecer aqui. – Ruggero disse rindo.

- Nenhuma. – fiz uma careta.

- Sobre o que aconteceu hoje mais cedo, espero que não tenha se assustado.

- Do presente? Na verdade fiquei tão emocionada que não tive nem como me assustar. – criei um amor tão grande por Matteo que ouvir ele dizendo que gostava de mim na mesma intensidade que gostava da mãe era  uma coisa incrível.

- Ele insistiu muito pra isso. – Ruggero coçou a nuca – Não me lava a mal, mas eu preciso dizer de novo o quanto você está linda. – ele disse e eu sorri timidamente.

- Você também está lindo. – e um silêncio se formou. Acho que nenhum dos dois estava contente com a configuração encontro amoroso que aquilo tinha tomado.

Ruggero me puxou para mais perto do palco e eu agradeci mentalmente por ele ter acabado com o constrangedor momento de silêncio. Logo os dois amigos dele estavam no palco cantando alguns cover de musicas conhecidas. Mas o que eu não esperava era que ele também cantasse. Os amigos dele o chamaram para subir ao palco e ele hesitou em ir, mas o convenci e me aproximei mais ainda para ouvi-lo cantar.

“Pillow talk

My enemy, my ally

Prisoners

Then we're free, it's a thriller"

 

Eu estava completamente apaixonada pela voz dele cantando.

 

'I'm seeing the pain, seeing the pleasure

Nobody but you, 'body but me

'body but us

Bodies together

I'd love to hold you close, tonight and always

I'd love to wake up next to you"

 

Eu podia o sentir cantando e olhando diretamente para os meus olhos.

 

"So we'll piss off the neighbors

In the place that feels the tears

The place to lose your fears

Yeah, reckless behavior

A place that is so pure, so dirty and raw

Be in the bed all day, bed all day, bed all day

Fucking in, and fighting on

It's our paradise and it's our war zone

It's our paradise and it's our war zone”

 

No final da musica eu estava completamente desnorteada. Não sabia nem quem eu era direito e nem o que estava fazendo ali. Ele apareceu do meu lado alguns minutos depois.

- E ai? Ficou surda ou passei no teste de canto? – ele perguntou meio sem jeito depois da troca de olhares que tinha acontecido durante a musica.

- Por que nunca me disse que cantava? Estou arrepiada até agora com a sua voz. - droga. Essa frase não deveria ter sido dita em voz alta.

- Eu costumava cantar quando era mais novo, mas como você sabe, perdi a vontade de tudo.

- Agora que descobri esse seu talento você vai ter que cantar mais vezes pra mim. Além disso, eu amo essa musica. – ele fez uma cara estranha – O que foi?

- É que você tem razão no que disse.

- E no que tenho razão?

- Que eu terei que cantar mais vezes pra você. – ele mordeu o lábio inferior abaixando o olhar – Como cantei hoje. Cantei pra você. – aquilo foi como um tiro certeiro que acertou meu coração em cheio.

- Rugge eu... – fiquei sem reação. O fato de que combinamos que iríamos deixar rolar não impedia que ele fizesse esse tipo de coisa, mas eu não sabia muito bem como reagir e nem o que eu sentia quando ele fazia isso.

- Tudo bem, não precisa dizer nada. – ele sorriu e me puxou pela mão – Vamos dançar.

Gastón e Maxi continuavam com os covers de musicas românticas, então Rugge passou a mão pela minha cintura enquanto eu envolvi seu pescoço. Minha eu sentia que meu coração poderia sair pela boca a qualquer momento, já que eu estava completamente hipnotizada pelos olhos castanhos do homem a minha frente. Giramos lentamente ao ritmo da musica e ele encostou nossas testas, fazendo com que qualquer distancia entre nós fosse quebrada.

- “I'd love to hold you close, tonight and always” – repetiu o verso da musica que havia cantado minutos antes.

Fechei os olhos me permitindo apenas sentir o momento. Sentir seu perfume, sua respiração, seu coração batendo ao mesmo ritmo que o meu. Seus lábios nos meus. Nossas línguas em perfeita sincronia. Meu corpo sendo apertado contra o dele por suas mãos. Minha mente me dizendo o que eu já sabia: estou apaixonada por ele.

 

Ruggero Pasquarelli

Quando eu estava com Karol o tempo parecia parar a minha volta. Tudo nela me hipnotizava de uma forma tão intensa que era impossível nos me sentir assim. Separei nossas bocas por falta de fôlego, mas mantive nossos rostos colados dando leves mordidas em seus lábios.

Tudo o que cantei olhando nos olhos dela era verdade, eu queria ela comigo, eu queria que abraçá-la e acordar todos os dias ao lado dela, queria que tivéssemos conversas de travesseiro, por que ninguém além dela consegue me entender. Por que só ela foi capaz de preencher o vazio existente em mim.

Beijos, beijos e mais beijos. A boca dela parecia ser um imã que atraia a minha numa espécie de magnetismo oculto. Ao mesmo tempo em que existia tempestade, existia calmaria, uma mescla perfeita de algo veroz e algo tranquilo, uma mescla perfeita de Ruggero e Karol. O ritmo da musica mudou completamente e eu e Ka nos separamos ainda mexidos com o que havia acabado de acontecer.

- Isso foi... – tentei falar, mas as palavras não saiam.

- É, foi... – ela tampouco sabia como palavrear o momento.

- Ka, desculpa se eu não segui o combinado, é que simplesmente não consegui. – falei um tanto envergonhado.

- Nosso combinado é deixar rolar. E é isso que estamos fazendo. – ela levou uma das mãos ao meu rosto – Sei que esses sentimentos são novos pra nós dois e por isso parece muito estranho. – eu ficava bobo de ver como ela conseguia decifrar o que eu estava sentindo apenas com o olhar.

- Seu jeito é viciante Karol Sevilla. Me explica como você faz pra me deixar parecendo um adolescente bobo e idiota te olhando? – ela corou e escondeu o rosto no meu pescoço – Quer beber alguma coisa? – perguntei mudando de assunto.

- Pode ser. – assentiu – Na verdade estou curiosa pra saber onde a Victória e o Agustín se meteram. – fiz uma cara sugestiva e Karol entendeu o recado. Se eu bem conhecia meu amigo, não era só eu que estava aproveitando muito bem o show.

Nós sentamos em uma mesa perto do bar enquanto aguardávamos nossas bebidas. Eu mantinha minhas mãos na cintura dela e ele havia deitado a cabeça no meu ombro. Talvez eu esteja resistindo para admitir que estou apaixonado por ela. Mas essa é a verdade.

- Eu adoraria dizer que vocês são um belo casal, é uma pena que isso não seja verdade. – Camila apareceu na nossa frente fazendo Karol se afastar bruscamente de mim.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
O que acham que vai acontecer?
Vejo vocês no próximo capítulo ♥
Bjsss


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