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História The One - Saturday I'm In love


Escrita por: miedoaperderte

Notas do Autor


Olha quem voltou, sim, eu mesma
E novamente queria agradecer pelos favoritos e comentários de vocês, não sei nem o que falar, vocês são demais ♥
Espero que estejam preparados pra explosão de fofura chamada Matteo nesse capítulo
Aconselho vocês a ouvirem a musica "Saturday I'm In Love" da banda Auryn, ela se encaixa em uma parte do capitulo

BOA LEITURA!!!

Capítulo 8 - Saturday I'm In love


Ruggero Pasquarelli

O que eu menos esperava era ver Camila ali. Tudo bem que nós temos vários amigos em comum e a probabilidade dela aparecer era grande, mas em nenhum momento passou pela minha cabeça que justamente ela iria vir.

- Se assustou, Karol? Não precisa, quem destrói relacionamentos aqui é você e não eu. – Cami sorriu falsamente e Karol ficou bem incomodada com a situação.

- Não imaginei que fosse te encontrar aqui, você nunca gostou desse tipo de evento. – falei tentando lembrar alguma vez que ela saiu pra algum lugar assim.

- Gabriela e Milena me avisaram que tinham visto você e eu tive que ver com os meus próprios olhos. Só não imaginei que estivesse com a sua amante. – olhei para Karol e vi sua expressão de incomodo ficar muito maior – Você é um cafajeste mesmo Ruggero, mal terminamos e já sai com essa daí. – olhou com desdém para Karol.

- Amante? Enlouqueceu? Deixa de criancice. Karol é minha amiga e se fosse mais alguma coisa, isso não faria diferença na sua vida porque nós terminamos. O que eu faço ou deixo de fazer, com quem eu saio ou deixo de sair não te importa.

- Você está muito enganado Ruggero, e no dia em que enxergar isso, vai se dar conta de todo tempo que perdeu.

- Quer saber, não vou ficar aqui discutindo com você. - levantei e puxei Karol pela mão – Para de se meter na minha vida. – falei para Camila antes de andar rumo a porta de saída junto a Karol.

Não pensei que Cami fosse capaz de fazer um escândalo assim em um lugar publico e com vários amigos nossos por perto.

- Desculpa pela situação. – virei de frente para Karol, sem querer encará-la, por ter feito ela passar por aquela ceninha ridícula.

- Ei. – levantou meu rosto com uma das mãos – Relaxa, você não teve culpa. – eu sabia que ela tinha ficado meio mal.

- Ela estragou nossa noite né? – a resposta veio em um completo silêncio. Se tinha alguma probabilidade daquele encontro continuar, ela terminou no exato momento em que minha ex apareceu. Não queria deixar Karol constrangida mais do que ela já tinha ficado então achei melhor que agíssemos como amigos pelo resto da noite – A gente pode sair pra comer, porque não sei você, mas eu to morrendo de fome.

- E a Victória? Eu vim com ela.

- Serve aquela ali? – apontei para a loira se aproximando de nós.

- Finalmente achei vocês. Onde estavam? – Victória olhou maliciosamente para mim e para Karol, fazendo com que a mesma corasse.

- Eu é que te pergunto, por onde andou, Vic? – não foi preciso que Victória respondesse a pergunta de Karol já que Agus chegou logo atrás dela extremamente feliz.

- Estava falando com a Ka sobre sair pra jantar, o que vocês acham?

- A excelentíssima já foi destilar veneno né? Esbarrei nela agora há pouco. – estava claro que Agus não gostava de Camila.

- Me perdi. – Victória fez uma expressão de confusão que gerou risos em todos nós – É serio, alguém me explica.

- Não vem ao caso amiga. Só responde se você vai ir jantar ao não. – ela pensou um pouco, olhou para Agus e soltou sua resposta.

- Te vejo amanhã Karol, se divirta. – piscou para a morena ao meu lado e saiu na direção contraria.

- Sabe como é, eu adoraria ter a companhia de vocês em um jantar, mas é de uma falta de educação extrema deixar uma dama sozinha em um estabelecimento como esse. Terei que acompanhar a Victória. Quem sabe numa outra ocasião. – Agus falou se segurando para não rir – “Vai que é sua, campeão” – sussurrou para mim antes de sair também.

- Eles são péssimos nessa coisa de serem discretos. – Karol gargalhou – Não fica triste, eu aceito seu convite pra jantar, mas com uma condição.

- E qual seria essa condição? -  perguntei com o semblante confuso.

- Que a gente saia pra comer cachorro-quente numa dessas barraquinhas de rua. – riu da minha cara e falou logo em seguida.

- Sem problemas. Mas por que a escolha?

- Porque acho que a gente vai se divertir mais assim do que num restaurante chique. – nós caminhávamos em direção ao meu carro.

- Certo. Você tem razão. – tudo com ela era mais leve, mais feliz, mas colorido.

 

Karol Sevilla

É tão lindo ver a evolução de Ruggero em relação ao mundo desde que o conheci. Lógico, ele ainda não está totalmente aberto para se permitir sentir novamente, mas consigo ver que aquele cara que não enxergava sentido nenhum na vida está ficando para traz e me sinto muito bem com isso. É como se eu estivesse conseguindo cumprir uma missão que dei a mim mesma no dia em que nos conhecemos. Desde aquele dia eu sabia que ele era uma boa pessoas, mas que tem medo de se machucar, o que no caso dele é totalmente compreensivo, e me faz feliz conseguir arrancar risadas e sorrisos sinceros dele, assim como ele de mim.

- Do que está rindo? – ele gargalhava intensamente enquanto eu comia meu cachorro-quente. Estávamos no carro dele, parados perto da barraquinha onde compramos nosso jantar.

- Você parece uma criança comendo cachorro-quente. – me olhei no espelho e vi meu rosto sujo de molho.

- Ei. – limpei com as mãos – Isso não tem graça. Você podia ter me avisado ao invés de ficar rindo de mim.

- Desculpa, foi mais forte que eu. – ele ainda não tinha conseguido parar de rir – Ainda tem um poquinho.

- Onde? – olhei no espelho tentando enxergar.

- Aqui. – Rugge virou meu rosto e me deu um beijo no canto da boca – Pronto. – eu fiquei sem reação, aquilo foi tão espontâneo que chegou a parecer rotineiro – Agora já sei o gosto do seu, realmente, cheddar é uma ótima escolha de molho.

- Você podia ter me pedido um pedaço, não sou tão esfomeada assim ao ponto de não querer dividir. – finalmente ele tinha parado de rir e voltado a se concentrar na comida, acho que ele não queria admitir que quis me beijar.

- Nós deveríamos sair pra comer assim mais vezes. Aliás, falando em sair, ainda temos que ir ao parque com o Matteo, ele me lembra disso todos os dias. – Rugge pensou um pouco – Você tem alguma coisa amanhã?

- Não que eu me lembre.

- Ótimo, então amanhã nós vamos levar meu filhote ao parque. – eu amava a maneira que os olhos dele brilhavam quando ele falava do filho.

- É um bom passeio para um sábado. E faz muito tempo que não vou a um parque de diversões, acho que a última vez que fui eu ainda era criança.

- Eu sempre levo Matteo nesses parques pequenos, mas tem um maior e com mais brinquedos a uns 40 minutos daqui, acho que podemos ir lá. Passo te buscar amanhã cedo, depois que eu pegar o tampinha na casa da minha mãe. – ele pensou um pouco – Quer dizer, você poderia dormir lá em casa. – ele reparou melhor no que disse – Não, não estou te convidando pra dormir lá é só que ficaria mais fácil e... – ele parou de falar porque eu estava rindo.

- Eu entendi, fica tranquilo. Mas não dá, só tenho essa roupa e digamos que... – olhei para meu vestido – Não combina muito com um parque de diversões.

- Você tem razão. E desculpa pelo convite, realmente não foi nada do que você está pensando. – ele estava muito nervoso.

- Ruggero respira. Tá tudo bem, não foi nada. – sorri docemente e pude ver ele morder os lábios.

- Você é linda. – já perdi as contas de quantas vezes ele já me surpreendeu hoje. Ruggero era um cara completamente encantador. Não é muito difícil perceber isso quando ele mostra realmente quem é.

- Obrigada Rugg. – dessa vez meu sorrido foi tímido e para baixo, escondendo minhas bochechas provavelmente coradas.

- Vou te levar pra casa. Daqui a pouco você vai estar dormindo ai no banco. – ele ainda não conseguia expressar tudo o que sentia, por isso essa mudança constante de assunto, mas eu não via problema, essa era a maneira que ele tinha de evoluir e eu estava feliz com isso.

- Eu acho uma ótima ideia. – concordei e me ajeitei no banco para seguir viagem até a minha casa.

(...)

Ruggero Pasquarelli

Matteo saiu da casa da minha mãe pulando de felicidade quando eu disse que nós iríamos passear com a Ka. Foi o caminho inteiro até o parque repetindo todos os brinquedos que queria ir e eu só conseguia pensar em como aquela pequena criaturinha teria tanta energia para ir a tantos brinquedos.

Karol e Matteo estavam tendo uma conversa sobre os famosos dinossauros voadores que ele jura que existem e eu olhava bobo para os dois. Os dois tinham criado uma relação única, era como se fossem almas gêmeas, assim como Karol mesma me disse uns dias atrás.

Chegamos ao parque depois de uma hora dentro do carro, já que tivemos a sorte de pegar um congestionamento gigante no meio da estrada.

- Quero ir na roda gigante! – Matteo saiu correndo na nossa frente.

- Filho, não faz assim. Você não pode sair correndo pra longe de nós. – ele fez biquinho e olhou para Karol na intenção de que ela o ajudasse.

- Seu pai tem razão, pequeno. Você pode se perder no meio de tanta gente. Nós temos que andar de mãos dadas.

- Ta bom. – resmungou e cruzou os bracinhos – Mas só se a gente tomar sorvete depois.

- Trato feito. Depois nós vamos fazer até competição de quem toma mais sorvete. – estiquei minha mão para “fechar negócio” com ele.

- Então eu vou de mãos dadas. – falou e deu uma das mãozinhas para ela e a outra para mim.

Há alguns meses atrás eu diria que um passeio desses estava fora de cogitação e talvez acabasse até magoando meu filho. Mas agora as coisas mudaram bastante e a melhor ideia que esse carinha teve foi a de chamar a Karol pra vir ao parque conosco.

Passamos por uma situação um pouco constrangedora quando uma pessoa que passeava por aqui nos elogiou dizendo que fazíamos uma bela família. Nem eu e nem a Karol soubemos responder a pessoa, apenas assentimos sorrindo e nos olhamos um pouco sem graça, ali não era hora e nem lugar de discutir nenhuma relação, muito menos na frente de Matteo. O dia era dele e para ele se divertir.

Fomos em vários brinquedos e não sei quem de nós três estava mais feliz. Eu e Karol parecíamos duas crianças e em alguns momentos meu filho é que teve que dizer que tínhamos que sair dos brinquedos. Nem me lembro quando tive um dia tão leve e tão feliz quanto hoje.

Em um momento nós resolvemos correr em volta de algumas mangueiras de água que tinham em um campo, justamente para que as pessoas se divertissem por ali.

- Corre Matteo, seu pai quer nos pegar. – Karol gritou enquanto corria ao lado do meu filho.

- Cuidado, ele ta chegando perto. – o pequeno foi para o lado dela.

- Vamos nos unir e fazer ele cair no chão. – ela pegou ele no colo e veio na minha direção – Cuidado Ruggerito! – gritou.

Karol e Matteo caíram por cima de mim e nós saímos rolando por um morro de grama a baixo.

- Acho que nós nos sujamos um pouquinho. – estávamos os três gargalhando ainda jogados no chão.

- Vamos de novo! – Matteo tinha uma bateria duradoura.

- Você quer ir de novo? Então eu vou ai te pegar. – Karol levantou e nos começamos a correr um atrás do outro de novo.

Cada vez mais ela me faz sentir coisas novas e coisas que eu jamais achei que voltaria a sentir. Cada simples momento ao lado dela me faz repensar se eu realmente quero ser esse cara frio e que repreende os sentimentos, pra sempre. Ela tinha o amor que eu tanto precisava.

- Ok, acho que temos que descansar um pouco. – falei tirando Matteo dos meus ombros.

- Mas eu nem cansei. – o pequeno falou arrancando risos de nós dois.

- Será que é porque você não estava carregando ninguém nos ombros? – falei fazendo cócegas nele e ouvindo sua risada gostosa.

- O papai precisa descansar e a tia Karol aqui também. Nunca vi ninguém aguentar ir em tantos brinquedos sem cansar. – ela disse e colocou as mãos na cintura – Nós não somos super heróis como você que não cansam nunca. – piscou para o pequeno.

- Não revela meu segredo tia Katrol. – ele falou colocando o dedo na boca e fazendo “shiu”. – PAAAAAAAAI – do nada ele apontou pra uma barraquinha com ursos de pelúcia e gritou. – Eu quero um daquele.

- Você tem que conseguir pegar um peixinho pra ganhar o urso. – Karol indicou para ele.

- Eu quero, eu quero. – eu só conhecia alguém mais insistente que Karol, e essa pessoa era Matteo.

- Certo, vamos lá.

Nós fomos até a pescaria e eu paguei para que ele tivesse cinco chances de tentar ganhar o tal urso, e diferente do que eu pensei, ele só não ganhou o urso que queria, mas ganhou também um outro menorzinho com um coração no meio.

- Olha o que eu ganhei. – Matteo mostrou os ursinhos pra Karol que tinha ficado sentada em um banco perto dali.

- Que legal. E você ganhou isso sozinho?

- Não. Meu pai me ajudou.

- Então um desses ursinhos tem que ser meu. – falei e ele segurou os brinquedos me impedindo de pegar um deles.

- Não. Esse é meu. – falou fazendo bico.

- Então o outro é meu.

- Também não. - sentou do lado de Karol – Esse é da mamãe. – ele falou e entregou o urso para ela.

Tanto eu quanto Karol arregalamos os olhos um pouco assustados com o que tinha acontecido ali, Matteo tinha chamado ela de mãe. Talvez tenha sido por causa da senhora que disse que fazíamos uma família bonita, ou porque ele gostava dela como uma mãe, mas mesmo assim, foi impossível perceber isso.

- Obrigada Matteo, mas eu sou a tia Karol, lembra? – ela disse colocando ele no colo.

- Eu sei. Mas você namora com o meu pai e cuida de mim e nós saímos todos juntos, e eu queria que você fosse minha mãe. – ele fez um biquinho e menção a chorar, mas ela o abraçou antes disso – Eu queria ter uma mãe. – meus olhos se encheram de lágrimas e os de Karol também. A sinceridade e pureza com que ele tinha dito aquilo era incrível.

- Ai meu amor. – Karol secou uma lágrima que escorreu em seu rosto – Não fica assim.

- Posso te chamar de mãe, tia Karol? – Karol me olhou receosa, e eu fiz que sim com a cabeça, era impossível não ver o amor do meu filho por ela, e se ele quer tê-la como mãe, não sou eu quem vai negar isso.

- É claro que pode, Matteo. – eu estava com um sorriso bobo no rosto vendo aquela cena, foi de partir o coração ouvir o que meu filho tinha dito, mas ver a emoção que rodeava os dois era de deixar qualquer um sorrindo assim – Mas na escola eu continuo sendo a tia Karol, ok? – ele assentiu.

- Pai, pai! – me chamou – Agora eu tenho duas mães. – a felicidade era visível no rosto dele – Uma lá no céu e uma aqui comigo.

- É mesmo filho? E agora que você tem duas mães você não vai esquecer do seu pai?

- Não, papai. Eu amo você. – me abraçou – E amo você, mamãe. – Karol se juntou a nós no abraço. – E amo a mamãe Bianca. – eu estava me segurando para não chorar, confesso que estava bem difícil.

- Acho que chega de choro né? – Karol secou mais lágrimas de seu rosto – Nós nem tomamos sorvete ainda.

- Você tem razão, nós tínhamos um trato com o tampinha. – respirei fundo, aquela cena mexeu com todos os meus sentimentos – Vamos?

Matteo se posicionou entre nós dois, dando as mãos para ambos e nós saímos em direção a sorveteria. Mas o resto do passeio não seria como antes. Eu e Karol não superaríamos tão fácil as palavras do meu filho. Ele nos via como um casal e como seus pais, isso torna tudo entre nós mais complicado. Agora não temos mais uma relação de... ficantes. Agora nós tínhamos um filho.


Notas Finais


E ai?
O que me dizem?
Eu digo pra vocês que talvez apareça alguém do passado da Karol nos próximos capítulos...
Espero de verdade que tenham gostado, nos vemos em breve
Bjssss ♥


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