Mister C veio charmoso do banheiro, ainda com os cabelos humedecidos.
Me olhou nua na cama com desejo, me fazendo rir.
—Está gostando do que vê, Mister C? - Perguntei, trincando o lábio.
—Harley... Eu já te avisei... Está entrando num jogo perigoso... - Ele se ajoelhou na cama e aproximou as nossas bocas.
—Explique. - Pedi, o olhando intensamente.
—Se você pisar o risco... Eu te mato! Tão simples assim... - Ele estala os dedos e começa a gargalhar.
—Você não seria capaz... - Eu o desafio.
—Já jogou roleta russa, Harley? - Joker começa a divagar pelo quarto , enquanto ri lunático.
O pai do pequeno garoto deu três passos para a frente e depois de virou, encarando o pequeno de grande olhos azuis brilhantes.
—Meu filho... Se sente com sorte hoje? - Seu pai perguntou, rindo maquiavélico.
—Eu sou um garoto com sorte. - Ele, apesar de ter apenas nove anos, tinha coragem de enfrentar o seu temível pai.
—Veremos se tem tanta sorte assim...
O pai ri e aponta a arma na cabeça do pobre rapaz. Prime o gatilho. Nada. Apenas o silêncio. Um silêncio conturbado. Agitado. Medonho.
—Mamãe disse para eu te matar... - O pequeno diz, observando os delírios de seu pai.
—Você vai ligar para o que uma pega fala?
Ele leva a boca á garrafa de whisky e bebe de uma vez, rindo tresloucado.
—Agora minha vez... Se sente com sorte hoje? - O pequeno encara o pai, pegando a arma do chão e dando três passos para a frente o encarando de seguida.
—Com quem julga que está lidando, garoto?!
O pai dá passadas largas e pesadas, atirando a garrafa de whisky no garoto e o fazendo cair no chão inconsciente. Esperou que ele acordasse e lhe bateu. Lhe bateu tanto que ficou uma semana no hospital.
Harley olhava assustada para Joker que agarrava os seus cabelos com força, enquanto o suor escorria pela sua testa branca.
—RESPONDA! - Ele grita, assustando a psiquiatra.
—Não... eu nunca...
—Ahhh... - Ele suspira, interrompendo-a. - Minha querida... Eu tive um ótimo professor! AHAHAHAH!
—Mister C... Há algo te incomodando?
Harley sente Joker mais alterado do que o habitual.
—Sim... sim... sim... - Ele sussurrou, dando voltas rápidas pelo quarto. Ele estava claramente perturbado.
—O que está acontecendo, Mister C? - Ela o olhava preocupada, pegando suas roupas e se vestindo.
—A culpa é deles, Harley... -Ele murmurava num tom muito baixo, olhando para os seus braços pálidos e tatuados.
—Culpa de quem?
—CALE-SE! - Ele ajeitou os cabelos verdes e começou a rir novamente.
—Mister C...?
—EU DISSE PARA VOCÊ ESTAR CALADA, PORRA! - Pontapeou a mesa de cabeceira e agarrou os seus cabelos loiros com força e depois a jogou no chão com força.
—Eu te quero ajudar! Me diz o que se passa! - Harley se levanta e ergue a voz para Joker. Ele se vira rápido e firme e a encara. Os seus olhos raiados de sangue, mostravam quanta raiva estava sentindo naquele momento.
—Ajudar? - Ele ri se aproximando da loira. - Tire isso de dentro da minha cabeça, Harley e depois os mata! Não... - Ele ri novamente, mas agora se afastando. - Traz eles para mim, Harley...
A escuridão já não assustava mais o pequeno garoto. Já esperava aquela visita de sua mãe todas as noites.
A porta abriu-se e o garoto viu a silhueta da mulher se aproximar.
Ela se sentava na beira da cama e o beijava. Depois tocava seu corpo e por fim, seu membro ainda por desenvolver. No inicio ele chorava, até que aprendeu a não demonstrar seu medo.
—HARLEY! TIRA ISSO DA MINHA CABEÇA!
Joker gritava, batendo na cabeça, enquanto ria alto. Aquilo estava realmente assustando Harley. Depois a psiquiatra se lembrou que tinha um comprimido que "relaxaria" Mister C naquela momento.
Os tirou do bolso do casaco e com coragem chegou perto de Joker que estava delirando no chão.
—Tome isso! - A médica entregou e sem duvidar Joker tomou de uma só vez. No espaço de um minuto, os delírios haviam passado e, agora, o Rei de Gotham City, estava chorando no chão, deixando Harley preocupada.
—Mister C... - Ela tentou uma palavra de conforto.
—SAÍ DAQUI! - Gritou, a olhando nos olhos. Harleen, seu real nome, conseguia ver todo seu sofrimento, raiva e dor escorrendo pela face de Joker sob forma de lágrimas. Decidiu fazer o que ele pediu.
—Espera! - Ele se levantou rápido, secou as lágrimas e riu alto, a assustando. - Você precisa esquecer o que viu!
Ele aperta o seu braço com força e a empurra das escadas, fazendo a psiquiatra ficar inconsciente.
Ele precisava que ela esquecesse que o tinha visto assim - seu lado fraco e saberia exatamente o que fazer.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.