História The only daughter - Meu nascimento.

14 de Outubro de ???, Jardim do Éden.

Hoje eu nasci. Pode parecer loucura, mas é verdade: hoje, meu pai, Deus, me criou. Foi uma surpresa coletiva para os anjos, ninguém esperava uma menina. Mesmo eu sendo praticamente um extraterrestre para eles, eles resolveram cuidar de mim e com o tempo, me amar como se eu fosse a vida deles.

Não vou listar aqui meus irmãos preferidos ou os mais bonitos porque sei que, assim que sair dos meus aposentos em direção ao jardim, um batalhão de anjos invadirá meu quarto e lerá esse diário. Letra por letra. Mas, apenas para não decepciona-los totalmente, deixarei aqui um pequeno resumo da personalidade e aparência de cada um deles ( pelo menos com os irmãos que falei a essa altura)

Miguel: Por ser o primogenito, se sente responsável por todos os anjos do Paraíso. Ele costuma ser cavalheiro e gentil, mas se ele estiver de mal- humor, não chegue nem perto dele! Ele é o clássico anjo: cabelos encaracolados loiros e olhos muito azuis.

Gabriel: Toda família tem um irmão ou um filho folgado, não é? Bom, é esse o papel de Gabriel na nossa . Seus olhos verdes sempre brilham quando ele está aprontando alguma, e seu cabelo castanho sempre bagunçado era um portal para o bullying de família!

Castiel: Ele é o perfeito soldado. Também tem vivos olhos azuis, que brilham intensamente quando ele sorri... Seus cabelos pretos sempre em perfeito alinhamento reflete o brilho de suas enormes asas douradas. Parece estar desesperado por um amigo...

Lúcifer: É o mais novo entre os anjos. Ciumes faíscam em seus olhos vermelhos, o que é péssimo! Toda vez que olho para ele tenho um mal pressentimento. Reservado, ele nunca desfruta da companhia dos demais irmãos, apenas de Miguel. No seu resto de tempo livre fica isolado em um canto do Jardim, sentado em um dos vários bancos claros distribuídos por lá, somente falando com Deus...

É isso. Os anjos por trás da mascara perfeita. Não sei quando será a próxima vez que abrirei suas páginas, mas tenho absoluta certeza que não será amanhã. Espero que me perdoe e que compreenda.

Até o próximo século ( ou mais do que isso),

Com Carinho,

Raquel.