História The original forgotten - Just forgive me

POV Kierah:
Aquilo me machucava tanto, eu e Kris nunca brigamos assim, por mais que parecesse uma briga boba... não era... nunca brigamos para falar a verdade, eu conseguia ver o ódio no olhar da Kris e eu simplesmente não conseguia aceitar que minha própria mãe está causando todo esse desentendimento. Caroline me olhava com as sobrancelhas arqueadas como se fosse bobo eu chorar por causa de uma briga.
 - Kierah vamos ajeitar isso, eu prometo...
 - Espero que saiba o que está falando Klaus... eu não esqueço promessas... 
 - Você tem a minha palavra, vamos detê-la o mais rápido possível.
 - Eu... eu vou dar uma saída... preciso de "ar fresco".
 - Leve alguém com você!!!
 - Se alguém se atrever a vir atrás de mim, eu arranco o coração!!! - Falei sem paciência pra ele e sai do lugar o mais rápido possível.
O primeiro lugar que me passou pela cabeça foi o bar onde Camille trabalha, nossa antipatia continua, mas agora não tão intensa quanto antes. O bar ainda não estava aberto, então dei meia volta e voltei para o Quartel, Elijah e Marcel conversavam na porta sobre o ocorrido e procurando formas de fortificar a defesa do lugar. Nem olhei para eles direito, só peguei a chave da minha Range Rover e fui para o carro. Entrei, coloquei o cinto e comecei a dirigir para fora da cidade, eu não aguentaria ficar naquela cidade por muito mais tempo.
Comecei a ficar mais calma a cada minuto que eu ficava longe de New Orleans, parei o carro em uma cidadezinha à uns 1.500 quilômetros de New Orleans e me hospedei em um motel bem baratinho, com uma cama e um banheiro, o que eu precisava no momento. Peguei a bolsa que eu sempre tenho no porta malas do carro com coisas essenciais. Entrei no quarto trancando a porta, joguei minha mochila na cama e fui tomar banho. 
Tomei um banho longo, lavei minha cabeça e aproveitei para pensar um pouco sobre a situação na qual me encontrava. Enquanto eu dirigia o dia inteiro, praticamente o dia inteiro, tentei ao máximo me focar no trajeto e não pensar em nada muito importante. Sai do banheiro enrolada na toalha, abri minha mochila, coloquei minhas roupas íntimas e minha camisa de lã, que vai até o topo da minha coxa, e deitei na cama. 
Fechei meus olhos e o cansaço de um dia, praticamente todo, dirigindo se abateu sobre mim. Acordei no dia seguinte com meu corpo dolorido, pois dormi de mal jeito, mas pelo menos, a raiva e tristeza haviam passado praticamente todo a sua influência. Coloquei uma calça preta colada por cima da minha blusa de lã e calcei meu vans preto. Arrumei minhas coisas, após lavar o rosto e paguei minha estadia no lugar. 
Entrei no carro e dirigi até a cadeira que tinha na próxima rua, por ser uma cidade pequena, provavelmente aquela era a única cafeteria da cidade... Já sentia a necessidade de tomar sangue começar a ficar maior, o estabelecimento estava relativamente movimentado, pois era manhã e todos tinham que ir trabalhar, mas não antes de tomar café. Um homem, de no máximo 30 anos, me chamou a atenção e parece que também chamei sua atenção, porque eu apontei discretamente para os fundos do lugar e ele assentiu quase imperceptivelmente. Sorri e me levantei fingindo ir ao banheiro, já que era para o mesmo lado. O homen veio atrás, senti sua mão passar pela minha cintura e logo virei de frente para ele. 
 - Olá... você não é daqui, o que faz nessa pacata cidade?? - ri baixinho de sua pergunta e avancei para seu pescoço deixando chupões e alguns beijos, arrancando gemidos baixos dele
 - Eu vim pelos homens... e porque tive uma briga... com minha melhor amiga... não quero falar disso... - falei centímetros de distância de seu pescoço 
 - Você é quem manda. - ele me puxou para seu corpo e começou a me beijar. Retribui, mas logo a imagem de Marcel veio a minha mente e me separei do beijo.
 - Sinto muito...
 - Pelo que??? - hipnotizei-o para não gritar e ataquei seu pescoço com uma grande velocidade. O sangue descia quente pela minha garganta e a sensação era de alívio e desejo. Me separei dele depois de me sentir satisfeita, dei meu sangue para ele se curar e hipnotizei-o para esquecer de tudo. Sai pelos fundos e entrei no carro, comecei a dirigir de volta para New Orleans, minha mente já estava mais organizada, talvez agora eu conseguisse pensar com mais clareza... 
Cheguei em New Orleans no meio da tarde praticamente, estacionei o carro na rua mesmo e entrei dentro da mansão Mikaelson. Os melhores vampiros rastreadores se encontravam na mesa da cozinha junto com Klaus e Marcel, que planejavam algo com muita concentração. Joguei a minha bolsa na bancada da cozinha, que fez o maior barulho e chamou a atenção de todos. Dei a volta e fui até a geladeira ver se havia mais muito sangue ou se eu precisaria ir pegar.
 - Onde você estava??? - Klaus e Marcel falaram juntos com uma raiva no olhar, mas também com um certo alívio 
 - Sai, fui para uma cidadezinha um pouco longe daqui e desliguei o celular, não queria falar com ninguém...
 - Você sabe o quanto nos desesperou??? Os vampiros estão sendo caçados e você ainda fica sumindo desse jeito!!! Você tem noção do que nós fez passar??? - Marcel falou já começando a gritar comigo, Klaus tentou impedi-lo de gritar, já que parecia estar um pouco mais calmo que o Marcel.
 - Olha Marcel... eu sou a híbrida original, não é fácil de me matar e você ainda fica dando chilique igual criança??? Vai cuidar da sua vida e me deixa tá bom??? Você não sabe o que aconteceu... Além disso, nunca pedi para que ficassem se preocupando comigo!!! - acabei falando o que não devia, me arrependi no momento em que percebi o que falei. Os olhos de Marcel marejaram e ele só virou o rosto para os homens que assistiam a cena.
 - Acabou... já sabemos onde ela está... estão dispensados... - Marcel disse duro e se virou indo para outro lugar, um desespero me tomou e corri atrás dele.
 - Marcel desculpa, eu sei que fiz errado e eu sinto muito... minha briga com a Kris me abalou muito e causou essa "explosão"!!! Fiquei com medo de avisar onde eu iria e você ir atrás de mim!!
 - Isso não é motivo Kierah!!! Você sabe muito bem como um namoro funciona!!! E ainda sim, me preocupo com você depois de tudo e você vem com esse papo de "fiquei com medo de te contar"??? Agora é minha vez, não venha atrás de mim ou eu juro que você vai se arrepender de me amar... - terminando de falar, ele se virou e sumiu com sua rapidez de vampiro. Suspirei tentando conter ao máximo minhas lágrimas e fui para meu quarto. 
Tomei um banho rápido e gelado, coloquei meu roupão e me deitei na cama. Ouvi batidas na porta, eu não queria conversar ou ver ninguém naquele momento, então fechei meus olhos e fingi dormir. Senti alguém colocando a mão na minha testa e acariciando minha bochecha. Senti seus lábios macios contra a pele da minha testa e um murmúrio baixinho de boa noite. Não reconheci a voz, já que minha mente estava processando todo o meu dia. 
Assim que a pessoa foi embora, virei pro outro lado da cama e abri os olhos, lágrimas silenciosas saiam deles e não tentei contê-las. Puxei a coberta para me cobrir e enterrei minha cabeça no travesseiro, eu era um monstro, como pude falar daquela maneira com o Marcel??? Eu só quero que ele me perdoe e possamos continuar a ser felizes...