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História The Other Man - O Amante - Nada como uma festa livre. WILLA


Escrita por: natalycosta

Notas do Autor


Olá!
Espero de verdade que gostem da história. Se sim, comentem o que acharam (é opcional, mas se favoritarem apenas já vão me deixar feliz).

Tenham uma boa leitura! <3

Capítulo 1 - Nada como uma festa livre. WILLA


Califórnia. Havia chegado ao meu destino aguardado, afinal.

Após atravessar a saída do Aeroporto Internacional de Los Angeles e ficar de frente a ensolarada rua de L.A, tão povoada de gente (não tanto quanto Nova York), da qual senti tanta falta, embora tenha sido apenas sete dias que tenha passado distante ao ir visitar os meus pais, fechei os meus olhos e soltei um longo – e exausto, considerando que havia acabado de chegar de exatas 3 horas de viajem – suspiro. Em casa, pensei, ainda de olhos fechados e alargando os meus lábios em um meio sorriso. Enfim, em casa.

Comecei a arrastar a minha grande mala pelo caminho, da qual achei estritamente desnecessário tê-la levado, já que não iria passar nada menos que uma semana em outro lugar, mas que por insistência de Sophia, minha colega de apartamento e trabalho, resolvi levá-la. Segundo ela – apesar de eu sentir uma leve e pequena impressão de que era apenas porque tentava se livrar de mim –, qualquer coisa inesperada seria capaz de acontecer em uma semana, obrigando-me a ficar por mais tempo e com isso seria necessário levar praticamente o meu guarda-roupa inteiro dentro de uma única mala para Nova York.

Avistei um táxi acabando de encostar próximo ao meio fio e senti alívio imediato, pois não iria ter que esperar. Estava exausta e a primeira coisa que me ocuparia a fazer assim que chegasse ao meu apartamento, seria encher uma banheira com aromáticos sais de banho e relaxar dentro dela por umas boas e longas horas. Isso era tudo o que precisava... Sim, sem sombra de dúvida.

Assim que me acomodei no acento e, depois de muito esforço, consegui pôr a mala para dentro também, indiquei até aonde o motorista deveria me levar e recostei-me ao banco de trás, suspirando novamente e agradecida por enfim estar voltando para casa. Não demorou muito para que sentisse o celular, que estava no meu bolso da calça, começar a vibrar em uma chamada. Sophia.

Willa! – exclamou ela dramaticamente do outro lado da linha, o jeito típico "Sophia" de ser. – Você já deve ter chegado há horas, eu me esqueci de que marquei de ir te pegar. Me perdoa?

Abri um sorriso. Havia sido somente uma semana, mas senti sua falta.

– Está tudo bem, o voo atrasou e com isso eu acabei chegando mais tarde do que o previsto. E já consegui um táxi, não se preocupe. Como vai aí?

Ela bufou.

Você sabe, o mesmo de sempre... Trabalho, casa e trabalho. Depois que você viajou, Carolyn despejou todas as atividades da biblioteca para cima de mim e ainda me colocou no seu lugar como recepcionista e encarregada da seção de livros de romance para cada turma que a visitaria durante a semana. Acredita? Eu sei que foi só por alguns dias... – suspirou. – Mas acho que já dá pra deduzir o quanto foi cansativo. Às vezes eu acho que aquela mulher me detesta.

– Sinto muito, Sophia.

Bom, o que importa é que você está de volta agora, não é?

– Claro. Terá alguma surpresa esperando por mim quando chegar? – brinquei.

E deveria ter? – retrucou Sophia.

– Mas é claro. Hoje é o meu aniversário, esqueceu?

Ela demorou a responder, então soltou uma risadinha nervosa.

Se esqueci? É claro que não!

– Eu acredito em você... – menti.

Ah, que ótimo. O seu aniversário será uma perfeita desculpa para que a vaca da Carolyn nos dê pelo menos um dia de folga. Feliz aniversário, a propósito! – eu ia responder, mas fui interrompida assim que entreabri a boca. – Sabe, acabo de ter uma ideia. Que tal se saíssemos à noite? Você que escolhe, amiga. A qualquer lugar. Considere um presente.

– Obrigada, Sophia – respondi, sem conseguir conter uma risada. – Sair à noite? – dei de ombros, mesmo consciente de que ela não poderia ver. – Eu não faço a mínima ideia de qual lugar poderíamos ir. Estou aberta a sugestões.

Eu conheço umas boates interessantes...

Conversamos durante todo o caminho que levei para chegar em casa. Sophia decidiu que iria me levar a uma casa noturna conhecida em Los Angeles e, segundo ela, iríamos virar a noite e nos divertir bastante. Quando entrei no apartamento, não me surpreendi ao ver que não tinha ninguém. Olhei no relógio e já passava um pouco das 12h30min. Ela certamente falara comigo do trabalho, durante o intervalo do almoço.

Assim que acomodei minha mala no corredor, já para ir direto ao banheiro e tratar de encher a banheira, antes de me ocupar em comer alguma coisa na cozinha – pois, pude jurar ver pelo vidro retrovisor o motorista do táxi fazer uma careta ao ouvir minha barriga roncar, e, céus, foi bem constrangedor –, ouvi a campainha tocar. Bufei, dando meia volta e indo até a porta. Quem poderia ser numa hora dessas?

Peter.  

Meu rosto se iluminou no mesmo segundo. Ele segurava um belíssimo buquê de rosas vermelhas, abrindo um largo sorriso assim que olhou para mim.

– Eu planejava fazer uma surpresa no aeroporto, mas aí Sophia ligou para mim e avisou que você já tinha chegado. Sinto muito.

– Ora, não seja bobo – falei, segurando-o pela mão e o fazendo que entrasse. – Já é uma surpresa maravilhosa você ter vindo até aqui – puxei o seu rosto para um beijo.

– Como foi a viajem? – perguntou ele, passando a mão que segurava as rosas ao redor de minha cintura e usando a outra para acariciar o meu rosto. – Você parece cansada.

Suspirei.

– Foi exaustiva, como sempre, mas fico feliz em estar de volta. 

– Eu senti sua falta.

– Peter... – senti o meu rosto corar. – Só fiquei uma semana longe.

– Mesmo assim. Senti sua falta todos os dias.

Sorri, afastando-me um pouco de seus braços para direcionar minha atenção às rosas.

– São para mim?

Peter assentiu.

– E isso daqui também – ele tirou algo do bolso. Uma pequena caixinha de veludo azul-marinho. – É o seu aniversário, lembra?

– Não é todo mundo que esquece quando se está fazendo 32 anos – respondi rindo.

Com um sorriso, ele me entregou o buquê. Então abriu a caixinha. Era um colar. O pingente era uma minúscula letra P, adornada à prata e pendurada em um delicado cordão também cor prata. Tão lindo que senti meus lábios se entreabrir e arfei fascinada.

– “P” de Peter... – murmurei. – É lindo. Muito obrigada. Irei usá-lo sempre.

Peter abriu um amplo sorriso.

– Apenas gostaria que tivesse algo que ligasse a nós dois. Fico feliz que você tenha gostado – ele se colocou atrás de mim e, afastando o meu cabelo para o lado, pôs com cuidado o colar em meu pescoço. Fechou-o e depositou um beijo na minha nuca. – Feliz aniversário, minha linda.

Como eu não tinha palavras, somente me virei e me lancei em seus braços, beijando-o forte. Coloquei o buquê dentro de uma pequena jarra que havia em cima da mesinha de canto próxima a porta. Estava sem água, mas podia me preocupar com isso depois. Estava muito concentrada em fazer outra coisa agora.

Aproximei minha boca da orelha de Peter, começando a abrir os primeiros botões de sua camiseta e falei baixinho:

– Que tal se matarmos a saudade agora? Uma semana inteira sem fazer sexo tem me deixado maluca.

...

– Não acha que ficou curto demais? – indaguei, olhando-me no espelho. Sophia havia escolhido para mim um de seus vestidos justos e decotados.

– Claro que não. Você está muito gata – elogiou ela enquanto se maquiava em frente a penteadeira, e apesar de que um pouquinho exagerada, eu sabia que estava sendo sincera.

Não era sempre que costumava me produzir para sair à noite e confesso que não me senti muito à vontade com os saltos enormes e o vestido quase na altura de minhas coxas (que inclusive, não parava de subir a cada passo que eu dava). Mas até que me senti bonita.

– Eu digo o mesmo. Você está linda.

Sophia e eu viramos nossas cabeças para a entrada do quarto e deparamos com Peter parado no vão da porta. Eu havia insistido para que ele fosse conosco.

Sorri para ele, enquanto colocava um dos brincos pequenos em minha orelha.

– Mas não acha que esse vestido está curto demais? – indagou ele enquanto se aproximava.

– Foi o mesmo que eu disse a Sophia, mas ela insiste que...

– Claro que o vestido e a ideia tinham que vir de Sophia... – murmurou Peter para provocá-la, interrompendo-me. Sophia lhe deu a língua.

– Para sua informação, o vestido ficou ótimo em Willa.

– Não estou dizendo que não ficou, apenas não quero minha namorada expondo as pernas para qualquer tarado e bêbado que com certeza não será o mínimo daquele lugar – retrucou ele. Sophia bufou, descartando o seu argumento e voltando o olhar para mim.

– Eu disse que não seria boa ideia levarmos ele. Quando é que vai aprender a me escutar?

– Não fale como se eu não estivesse aqui! – protestou Peter.                

Revirei os olhos. Seria uma longa noite...

...

Umas três horas depois, estávamos eu e Sophia, bêbadas e disputando com mais dois caras que havíamos conhecido minutos depois que chegamos ao bar quem conseguiria virar mais copos de bebida. Peter havia entrado na brincadeira, mas decidiu não ir muito longe, já que era ele que nos levaria de volta para casa e não queria arriscar dirigir alcoolizado.

– Vira! Vira! Vira! – ambos exclamavam para mim e Sophia enquanto segurávamos o copinho cheio com o uísque. Olhei bem para o líquido, e fiz uma careta quando de repente senti o meu estômago revirar.

– Acho que vou vomitar...

– Disse alguma coisa? – indagou Sophia, que sentava ao meu lado e não ouvia muito bem devido à música alta que ressonava na pista de dança piscante logo em frente onde estávamos.

– Preciso descobrir onde fica o banheiro! – falei um pouco mais alto próximo ao seu ouvido, abandonando o copo em cima do pub e dando um salto do banco em que sentava para o chão. Mas ela apenas assentiu com a cabeça, alheia demais com os dois rapazes que ainda disputavam – quase prestes a tombarem no chão de tão embriagados – na sua frente para prestar atenção.

Atravessei cambaleando a pista de dança, passando por todo  aglomerado de pessoas que dançavam com o ritmo ribombante da música eletrônica e tendo que empurrar algumas delas para conseguir chegar até o corredor dos banheiros. Meu estômago embrulhou novamente e pude jurar sentir o vômito subir pela minha garganta. Apressei os passos.

Banheiro, banheiro, banheiro, banheiro...

– Ah, graças a Deus! – exclamei quando enfim cheguei à primeira porta do corredor. Empurrei-a sem nem olhar se entrava no feminino ou não, e corri para uma das primeiras cabines que havia entre a fileira.

Após isso, foi instantâneo, tudo o que tinha dentro do meu estômago logo sendo despejado para fora.

Droga. Odiava vomitar.

Quando terminei, cobri meus lábios com as costas da mão e levantei-me desajeitadamente do chão. Agradeci porque só havia eu e mais ninguém ali.

Fui até a pia e lavei minhas mãos. Peguei um dos papeis-toalha e limpei o enorme borrado vermelho de batom no canto de minha boca que ia até o meu queixo.

Após alguns minutos passados que levei para me recompor, tratei de arrumar os cabelos desalinhados e descer mais o vestido sobre minhas pernas – apesar de não adiantar muita coisa; o maldito tecido voltava pro mesmo lugar onde estava em seguida.

Dei uma última checada no espelho e, por fim, saí pela porta.

Refiz todo o caminho que havia percorrido e mais rápido do que antes, consegui recorrer ao bar onde estava anteriormente. Sophia dava uns amassos escandalosos em um dos carinhas que fazia a disputa das bebidas junto conosco pouco depois de chegarmos. Pedi um copinho com tequila e o virei em um único gole somente para tirar o gosto ruim de vômito da boca. Fiz uma careta ao sentir o álcool forte descer queimando minha garganta.

Após deixar o copo vazio e com a grana em cima do pub, olhei ao redor e avistei Peter, que gesticulava de forma descontraída enquanto conversava com um homem. Resolvi me aproximar. Ele sorriu e me deu um beijão na boca quando parei ao seu lado, passando um de seus braços em torno de minha cintura e me puxando para perto. Estranhei de imediato, Peter não costumava agir assim, mas não deixei transparecer.

Ele examinou bem o meu rosto, então franziu a testa.

– Está tudo bem? Você parece pálida.

Somente assenti com a cabeça. Eu estava bem... Só me sentia zonza, e com dor de cabeça, e ainda estava com o hálito ruim na boca, e... É, eu estava bem.

– Jared, conheça minha namorada, Willa Sterling. Willa, este é Jared Leto, um amigo de longa data.

Ergui o meu olhar. O mesmo homem do qual avistei conversando com Peter, sorriu e ergueu uma taça de bebida como em um cumprimento para mim. Como não tinha como retribuir o gesto, pois estava sem nenhuma bebida em mão, apenas sorri de volta para ele e fiz um breve aceno com a cabeça.

– É um prazer, Willa – ele levou minha mão até os lábios e a beijou cordialmente. Arqueei uma sobrancelha. – Ela é ainda mais bonita do que como me descreveu, Pete.

Descreveu? Olhei para Peter com curiosidade.

– Peter fala muito de você. – Acrescentou o homem, fazendo-me voltar minha atenção para ele.

– Jared, tenho certeza de que não é neces...

– É mesmo? – indaguei, interrompendo o tom repreendedor de Peter.

Jared assentiu com a cabeça, com um pequeno sorriso divertido começando a contornar os lábios. Era um homem muito atraente, eu tive que admitir, com cabelos escuros e bem cortados na altura da nuca, penteados meticulosamente para trás, dando-lhe um ar social e fino. Tinha quase a mesma estatura de corpo atlética que Peter, sendo somente um pouco mais forte, apesar de magro, e uns três centímetros mais alto. Uma grossa barba escura cobria parte de seu rosto, deixando-o com uma aparência um tanto selvagem. Deduzi que não teria mais do que seus 35 anos, também.         

Ele e Peter retornaram a falar de um assunto sobre o qual não prestei muita atenção, mas que, em certo momento, ergui uma sobrancelha desconfiada e um leve arrepio percorreu minha espinha como um estranho aviso, pois pude jurar ver Jared, por umas cinco frações de segundos, me sondar com o olhar.

Eu não sabia ao certo. O ambiente não tinha uma iluminação muito satisfatória para me fazer ter certeza. Mas eu vi. Tenho certeza que vi.

Ok, podia ter sido só impressão.

– Então, Willa... Você e o Peter estão juntos há muito tempo?

Comecei a piscar ao ouvir a súbita pergunta. Só então notei que Peter não estava mais do meu lado.

– Ele só foi buscar mais um copo de bebida, irá voltar em alguns minutos – Jared logo tratou de explicar, e voltei o meu olhar para ele.

Péssima ideia, pensei no mesmo segundo, pois ao olhá-lo com devida atenção, somente foi quando vi o quanto estava redondamente enganada. Ele não era simplesmente atraente. Na verdade, chegava a ser tão bonito de perto que era capaz de desestabilizar até mesmo uma mulher compromet...

Ah, merda. Contenha-se, Willa.

– Desculpe, mas o que você disse antes? – perguntei, dando-lhe um sorriso educado.

– Apenas perguntei se você e Peter... – ele se interrompeu, olhando através de meus ombros. – Ah, ali vem ele!

Olhei para trás. Peter vinha em nossa direção segurando dois copos com bebida, um em cada mão.

– Imaginei que você fosse querer um também – ele me estendeu um copo.

– Ah, não, eu... – fitei o líquido com gelo por alguns segundos, até que pensei, por que não? – Claro. Quero sim, obrigada.

– Algum problema com a bebida, Willa? – perguntou Jared, aparentemente percebendo minha hesitação ao aceitar o copo.

Encarei bem os seus olhos antes de responder – eram azuis, aliás; muito azuis. E além de ter um certo brilho de divertimento transpassando por eles (e eu não entendia exatamente o porquê), não pude deixar de notar o tom vagamente provocante ao pronunciar a pergunta.

Fiz questão de devolver o olhar; um gesto um tanto quanto atrevido, eu sei, mas foi inevitável.

– Não. Nenhum.

– Vodca Martini é uma bebida bem forte. Se já bebeu antes, então eu sugiro que deva pega mais leve dessa vez.

Eu ia responder, mas Peter se intrometeu.

– Willa sempre foi fraca com bebidas. Uma vez...

Ah, não. Jesus, me salve.

Ele começou a contar sobre o dia em que nos conhecemos. Jared de vez em quando sorria (forçadamente, claramente desinteressado em saber da entediante história) e depois voltava o olhar para mim. Sorria e voltava o olhar para mim. Sorria e voltava o olhar para mim...

Tomei um gole do Martini na taça. Aquilo já começava a ficar estranho e desconfortável.

Foi então que ouvi Peter dizer:

–... Nós estávamos tão bêbados, que só chegamos a nos lembrar da noite anterior depois que acordamos em um quarto de hotel na manhã seguinte e havíamos transado feito loucos.

Engasguei-me com a bebida e quase a cuspi para fora. Peter se aproximou e começou a dar tapinhas em minhas costas.

– Meu Deus, amor, você está bem?

– Ótima. Peter, meu bem, tenho certeza de que não é necessário contar todos os detalhes sobre isto para...

– Ora, mas eu não vejo problema algum – interrompeu-me Jared. Ele sorriu descaradamente quando olhei boquiaberta para ele.

– Bom, mas a questão disso tudo é que... – prosseguiu Peter, alheio à minha troca de olhares com seu amigo com aparência de presunçoso, então me lançou um olhar afetuoso – foi simplesmente impossível não ficar louco só de primeira. – Voltou a atenção para Jared, que já olhava para ele com a mesma expressão neutra de anteriormente. – Ela estava linda naquela noite, cara. Você nem imagina o quanto.

– Ah, eu certamente imagino – respondeu ele.

– E como você sabe disso? – perguntei a Peter. – Pensei que tivesse dito que estávamos bêbados demais para sequer lembrarmos.

– Mas você sempre está linda, meu anjo.

Controlei a súbita vontade que tive de revirar os olhos.

– Acredito que Peter tenha razão. – Retrucou Jared, de repente, e o meu rosto imediatamente ficou quente. – Não consigo imaginar por que ele não ficaria encantado assim que colocou os olhos em você pela primeira vez, Willa. – Ele se dirigiu a Peter, com um sorriso nem um pouco inibido nos lábios. – Com todo o respeito, é claro.

– Viu só? – sussurrou Peter no meu ouvido, beijando-me em seguida no rosto.

Jared começou a comentar algo sobre o quão havia sido bacana e ao mesmo tempo inesperado ter reencontrado Peter, e depois que a conversa foi crescendo de acordo com o tempo que se passava, não foi preciso muito para já deduzir que realmente se conheciam havia tempos, como Peter mencionara anteriormente.

Um bom tempo se passou, e Jared recuou para ver algo no celular. Certamente uma mensagem de texto.  Ele o guardou de volta no bolso e ergueu o olhar.

– O assunto estava mesmo ótimo, gente, mas infelizmente eu tenho que ir agora.

Não sei exatamente por que, mas a primeira coisa que senti foi o peso do alívio ao ouvir isso. Aquela sensação estranha que sentia somente com a proximidade de Jared e os olhares enigmáticos dele em minha direção já começavam a me irritar e deixar desconfortável.

– Peter – ele estendeu uma mão –, foi uma agradável coincidência ter encontrado você aqui. Espero que aconteça mais vezes.

– Manteremos contato – respondeu ele, apertando a mão de Jared.

O olhar do mesmo se voltou para mim.

– Foi um prazer conhecê-la, Willa – um pequeno sorriso esboçou-se em seus lábios finos e rosados. – Quem sabe não nos veremos em breve?

– Quem sabe. – Respondi, retribuindo o sorriso e igualmente estendendo minha mão, da qual ele pegou e levou-a até os lábios para um segundo beijo ao que dera de início.

Então, com um último aceno de cabeça para mim e para Peter, Jared se afastou e logo sumiu entre a multidão de gente.

– Se divertindo bastante? – indagou Peter no meu ouvido. Assenti com a cabeça, sorrindo para ele. – Onde está Sophia?

Dei de ombros.

– Não faço a mínima ideia. Só espero que ela tenha lembrado de guardar os preservativos na bolsa – falei. Peter abriu um sorriso.

– Tenho certeza que sim – ele apertou de leve minha cintura. – Sabe, a gente podia ir a algum lugar mais reservado agora, você não acha?

– É mesmo? – perguntei com ar de inocência.

Peter fez que sim, começando a beijar meu pescoço. Ele estava bêbado, concluí no mesmo instante.

– E pra fazer o quê, exatamente?

– O que é que você acha? – mordeu meu lóbulo.

Peter! – comecei a rir.

– Desculpe, é que você está mesmo de tirar o fôlego com este vestidinho. – Ele desceu uma das mãos até o meu traseiro, da qual afastei imediatamente.

– Peter, sério, aqui não.

Peter rosnou, dando uma última mordiscada na minha orelha e afastando-se.

– Vem comigo.

Entrelaçou nossos dedos, decidido, e me puxou para onde quer que planejasse ir.

– Peter...

Mas ele continuou andando. Soltei um suspiro. Os meus pés estavam me matando, mas o que podia fazer além de ceder e acompanhá-lo?


Notas Finais


Eu dei algumas revisadas antes de postar, para que não houvessem erros. Então desculpem se deixei passar alguma parte!

Xoxo, e até o próximo!


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