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História The Other Man - O Amante - Não é um adeus. AMBOS OS PONTOS DE VISTA


Escrita por: natalycosta

Notas do Autor


Olá. Ainda tem gente aqui?? Kkk

Gente, peço MIL DESCULPAS por todos esses meses que levei para atualizar a fic. Talvez tenho até feito algumas de vocês pensarem que abandonei a estória, mas venho aqui para afirmar que NÃO, eu não fiz isso e também não pretendo nunquinha.

O motivo inicial por eu ter demorado todo esse tempo, foi porque não estava com a mínima inspiração para escrever. Tentava e tentava, e não saía nada. Tem autoras aqui no site que certamente já passaram por isso e sabem o quanto é ruim.
E, mesmo com todo esse bloqueio, eu ainda pretendia postar o capítulo, no máximo na duração de um mês, porém o meu computador acabou quebrando juntamente com o carregador e tive que mandar os dois pro conserto. Para completar e piorar, quando FINALMENTE pude voltar a ter acesso ao pc para escrever, fiquei sem internet. Daí complicou tudo!

Pra ser sincera com vocês, eu não estava pretendendo postar hoje. Ainda queria acrescentar mais parágrafos e melhorar algumas partes, mas como por algum milagre eu consegui terminar tudo, fiquei com pressa de liberar ele logo, devido à demora, e resolvi postar hoje mesmo. Infelizmente não ficou muito grande, porque esse foi o máximo que consegui encaixar. Mas ainda assim eu espero muito que tenha ficado bom!

Não respondi aos 5 comentários do capítulo anterior porque, como já disse, estou postando aqui às pressas e ainda com a internet roteada pelo celular do meu pai, que é lentíssima. PORÉM, prometo que assim que for possível, vou ler e responder a todos!

Beijos e até as notas finais! <3 <3

Capítulo 15 - Não é um adeus. AMBOS OS PONTOS DE VISTA


– Porcaria, não era para eu ter dito isso! – Repreendeu-se Sophia e estalou a língua, soltando um gemido frustrado.

Eu estava estática, os lábios entreabertos em um misto de choque e surpresa. Fechei os meus olhos e somente respirei fundo, precisando de alguns segundos para me recompor, mas assumindo a mais serena expressão possível em meu rosto tão logo ergui o meu olhar para encará-la.

– Há quanto tempo sabe disso e não me contou? – indaguei em voz baixa.

– E-ele pediu para não contar, Willa. O que mais eu podia fazer?

– Há quanto tempo, Sophia? – eu insisti, querendo saber de uma vez.

– Ontem à noite. Ele ligou e pediu para que não contasse a você, porque ainda está avaliando se deve ou não fazer o pedido. Queria um conselho de minha parte, encorajamento, ou sei lá. – Ela se recostou à cadeira com um suspiro cansado. – Willa, Peter é louco por você...

Ergui uma de minhas mãos em um sinal para que parasse de falar, e ela o fez de imediato. Não queria ouvir mais nada. Aquilo era simplesmente demais para assimilar.

Sob os olhos atentos e indagadores de Sophia, eu me levantei da cadeira.

– Espera, aonde você vai?

– Voltar para a biblioteca. – Respondi rapidamente, pegando minha bolsa. – Eu só preciso... pensar um pouco. Você paga a conta dessa vez, certo? – sem lhe dar tempo para que dissesse mais nada, me encaminhei até a porta de saída da lanchonete e a abri, sentindo o ar fresco vindo da avenida movimentada do centro de Los Angeles pela manhã bater logo de encontro ao meu rosto. Segui rumo ao meu trabalho que ficava logo do outro lado da rua e não me importei em deixar minha amiga para trás.

Casamento. Peter iria me pedir em casamento. Se antes eu já sentia a culpa pelo que tinha feito às suas costas me espezinhar por dentro, agora ela vinha em dobro.

O pior de tudo fora que ao longo de todo o dia, a frase à qual eu tinha a consciência de ser a que menos deveria me preocupar naquele momento, era a que mais martelava incessantemente em minha cabeça. E eu lembrava nitidamente do tom determinado que soara em sua voz ao proferir cada palavra:

“Isso não é um adeus, Willa. Que fique bem claro”.

Não sabia o que faria quanto ao pedido de casamento que supostamente iria acontecer. Mas o que eu tinha a absoluta certeza era que enquanto não chegasse esse dia, o que mais eu teria de me concentrar em fazer seria impedir a todo o custo qualquer possibilidade de encontrar Jared Leto novamente, por mais insistente que ele pudesse ser ao me ligar, e mesmo que lá no fundo, ainda que eu me recusasse a admitir, estivesse com uma vontade tentadora de vê-lo.

No entanto, pensei, estava determinada a não deixar que isso acontecesse. E não iria.

 

Jared Leto

A minha semana seguiu corrida e com a agenda, como sempre, repleta de compromissos. Estava com a cabeça acumulada de trabalho, reuniões e mais reuniões relacionadas à banda e uma possível turnê que estávamos planejando para 2017, juntamente com a finalização do álbum novo, que ainda não havia prévia de lançamento e eu me sentia tão sob pressão com relação a isso que precisava desesperadamente de alguma distração que não fosse aquela, porque iria explodir caso isso não acontecesse.

E é claro, para piorar o meu estresse constante de cada dia, a “distração” à qual eu me referia e almejava, estava mais do que longe do meu alcance. Willa.

Sabia que não devia pensar nela, no entanto mesmo quando não queria, podia estar fazendo qualquer merda de coisa, o seu rosto sempre vinha em um súbito à minha mente. E antes que me desse conta já estava trazendo de volta à memória cada detalhe do que fizemos a última vez que a vi. Ali, no escuro do meu carro e em meio ao mais absoluto silêncio da madrugada, o qual era apenas cortado pelo som de nossos suspiros e gemidos, de nossos beijos esfomeados e respiração entrecortada.

À noite, então, antes de dormir, era quando meus pensamentos definitivamente corriam soltos. Fechava os meus olhos e imaginava sentir sua pele macia novamente, seu cheiro, sua língua molhada e gosto, o suor de seu corpo e cada curva perfeita que nele continha. Mas era só tornar a abrir os meus olhos e me deparar com a outra mulher que havia deitada em minha cama, que a terrível realidade de que ela não estava ali vinha à tona e eu me levantava, irritado por isso me tirar o sono e ia para a sacada somente para xingar sozinho, fora do alcance dos ouvidos de Susana que dormia no quarto.

O que me deixava mais puto era o fato de que havia ligado e mandado mensagem diversas vezes, mas ela não atendia e não respondia a nenhuma delas.

Eu não era de correr atrás de mulher alguma e Willa Sterling estava fazendo com que fosse totalmente o contrário. Por este exato motivo havia passado os últimos dias em meu limite do estresse e agora, que estava com a paciência por um fio, Emma Ludbrook, minha assistente pessoal, para piorar, estava na minha frente tagarelando sobre a tal proposta que havia recebido para um novo filme que também estava previsto para o ano que vem, e que eu teria de ver e assinar a porra de um contrato, blá, blá, blá...

Enquanto isso, eu apenas a olhava, fingindo prestar atenção e recostado de modo exausto sobre a poltrona de couro, pressionando fortemente os dedos na minha têmpora e sentindo que latejava ininterruptamente.

– Jared! Você está me ouvindo?

Caralho.

– Sim.

Emma plantou as mãos nos quadris e cerrou o olhar para mim de maneira severa.

– Não, você não está e não entendeu um terço do que eu disse. – Ela bufou. Mas não demorou muito e sua expressão se suavizou ao parecer me avaliar por um instante, e então sorriu de maneira... terna? Ah, pelo amor de Deus.

– O que foi? Por que diabos está sorrindo? – eu franzi o cenho.

– Você fica uma graça desse jeito, com essa carranca irritada. Eu diria que até mesmo fofinho.

Como sabia que falava aquilo para me zoar, como não somente ela, mas também todo o resto da Mars Crew tinha praticamente como hobby fazer a maior parte do tempo, eu apenas revirei os olhos.            

– Era só o que me faltava. A última coisa que eu sou é “fofinho”, Emma – resmunguei e ela riu, indo até a mesa cheia de papéis e recolhendo sua pasta, celular e bolsa.           

– De qualquer forma, eu vou indo nessa. Mas só porque vejo o quanto está cansado e como eu não sou assim tão má, vou te dar uma trégua. Você precisa. – Deu uma piscadela e inclinou-se para beijar brevemente o meu rosto. – Boa noite.

– Para você também.            

– Mas não pense que seu descanso irá durar muito! – avisou ela ao caminhar até a porta do estúdio e então virando-se para mim. – Daqui a dois dias eu estarei de volta.           

– Tchau, Emma.

– Dois dias, Jared!

– Já entendi!

Ela foi embora e soltei o ar pesadamente, aliviado, ao ouvir a porta bater. Enfim, só.          

Levantei-me e fui até um frigobar que havia no canto. Shannon havia trazido para o caso de eu, ele ou o resto do pessoal sentíssemos vontade de beber alguma coisa enquanto estivéssemos trabalhando no estúdio. Abri-o e só me deparei com cerveja, o que era incrivelmente raro eu tomar, porque não gostava muito. O máximo de bebida alcoólica que usualmente ingeria ou era vinho ou uísque. Abria uma exceção para champanhe quando se tratava de alguma ocasião social ou comemorativa, mas nunca me atrevia a extravasar muito. Uma ou duas taças era o suficiente.

Bufei ao ver que não tinha colocado minha garrafa de uísque ali dentro, erguendo-me já para ir buscá-la no bar que ficava no lado externo próximo a área da piscina da casa, quando estaquei ao virar para a porta e ver a mulher que estava parada logo ao batente, me fitando com ar meio tímido.

Era a empregada que contratara havia poucos dias.

– Hã... Jeniffer, certo? – indaguei, no que ela logo assentiu.

– Eu... eu vim avisar que já estava de saída. O senhor precisa de mais alguma coisa?

Era uma garota bem jovem, que se eu bem me recordava tinha seus vinte e poucos anos, e eu já havia sacado os olhares interessados que vinha me lançando ultimamente. Era bonita. Loira e esguia, com um belo rosto e sorriso. Estava sempre corada e envergonhada em minha presença, o que consequentemente acabava me deixando sem jeito quando tinha que me dirigir a ela. Como agora.

Claro que eu não era de ficar sem jeito diante da forma como as mulheres reagiam à minha aparência ou pelo fato de ser quem eu era. Pelo contrário, eu tirava muito bem proveito disso e já até me acostumara. Mas era diferente quando a mulher em questão estava todo santo dia trabalhando em minha casa e ainda me devorava com o olhar a cada vez que cruzava o meu caminho pelos corredores.

– Na verdade, sim, Jeniffer. – Respondi, sorrindo minimamente. – Estou atrás de uma garrafa de uísque. Eu mesmo iria buscar lá no bar, mas já que está aqui, poderia ir para mim? 

– Claro, Sr. Leto. Com licença.

– Só Jared. – Falei quando ela já ia se retirar, o que só a deixou ainda mais vermelha, se é que era possível. Acabei rindo, e acrescentei: – É que me sinto um velho quando me chamam de “senhor”.

Ela sorriu, ficando mais à vontade. Então mordeu o lábio inferior e me secou de cima a baixo, sem esconder a admiração no olhar.

– Se me permite dizer, Jared... Com essa aparência, “velho” é a última coisa que alguém compararia você. – Fez uma mesura com a cabeça. – Com licença.

Dei um riso abafado quando ela saiu.

– Mulheres... – murmurei para mim mesmo, indo pegar um dos copos de vidro que havia ao lado do frigobar. – Todas iguais.

Pouco tempo depois, Jeniffer já estava de volta com uma de minhas melhores safras de uísque, parada ao pé da porta como se aguardasse um comando. Apontei em silêncio para que ela a depositasse na mesa, e foi enquanto a observava fazer isso que uma súbita ideia me veio à cabeça.

– Quer me fazer companhia?

Ela me olhou de imediato.

– A-aqui?

Eu sorri lentamente.

– Aonde mais seria?

O convite ao que eu queria estava mais do que explícito, e para o meu agrado, ela não se fez de ingênua ou despercebida. Começou a vir até mim devagar, como quem não queria nada, mas que eu sabia muito bem se tratar do contrário.

– Está tarde... – falou baixinho. – Já passou da minha hora de ir.

– Mas eu gostaria que ficasse. E tenho certeza que você também. – Então, indo direto ao ponto e sem paciência para enrolações desnecessárias, fui logo acrescentando: – Tem essa carinha de menina inocente, Jeniffer, mas você se deixa entregar somente pela forma como me olha. Acha que não vejo?

Jeniffer na mesma hora corou, entreabrindo os lábios e evidentemente ficando excitada.

– Você é bem direto, sabia? – sua voz agora estava em um tom mais rouco e despudorado.

– É uma das minhas melhores qualidades. – Dei de ombros, indo pegar mais um copo e depositando-o à mesa. Abri a safra e despejei a bebida âmbar em ambos. – Além do mais, tem horas que detesto beber sozinho. Aceita?  

– Obrigada. – Ela sorriu de modo sedutor. Porque é claro que não iria negar, pensei ao lhe entregar o copo.

Levei o uísque até os meus lábios e o saboreei devagar, observando-a compenetrado. Era realmente bonita. Não exatamente o tipo o qual eu estava habituado a ficar, já que tinha uma aparência jovial até demais, mas ainda assim continha um certo tipo de confiança vinda de uma mulher que era mais adulta e segura de si.

No entanto, é claro, ela não chegava nem aos pés de Willa – isso uma parte do meu subconsciente fez questão de me fazer constatar, e com isso me veio logo a raiva por lembrar dela quando isso era tudo o que eu vinha tentando evitar a maior parte do tempo.

Mas foi impossível não compará-las, por mais que eu detestasse fazer isso. Pois diferente de todo o ar inseguro e verdadeiramente tímido que tanto me atraía em Willa, Jeniffer nem ao menos parecia estar nervosa pelo fato de estar ali, sozinha comigo, e eu via a clara expectativa e até mesmo o ar pecaminoso refletido no seu olhar enquanto me avaliava de volta, sem nem fazer questão de disfarçar.

Tão típico, pensei, já prevendo que provavelmente seria mais uma que nem ao menos precisaria chegar à metade do serviço para que já me deixasse entediado.

Foi quando ela terminou de esvaziar o copo e o depositou à estante, que então indagou, insinuando-se descaradamente ao abrir um botão da blusa:

– Está calor aqui dentro, não acha?

Eu senti vontade de bufar, mas me contive. Droga, Jared. Agora que começou, tem que terminar! 

Forcei-me a abrir um sorriso sedutor e, pousando a bebida ainda pela metade ao lado da dela, comecei a caminhar em sua direção.

– Sabe, Sr. Leto, você tem uma casa realmente muito linda e gran...

– Obrigada. – Interrompi, fazendo-a se calar assim que parei em sua frente. Levei minha mão à sua nuca e a segurei ali. – Agora, por que não vamos logo ao que interessa? Não sou um cara muito paciente.

Jeniffer deu um sorriso atrevido e levou as duas mãos ao meu peito. Era impressionante como só bastava dar uma mínima liberdade a uma garota “tímida” como ela para que de um instante para outro já colocasse as garras para fora, pensei ironicamente.

– Essa é uma das suas melhores qualidades também? – retrucou ela em voz baixa.

Sem mais conversa, saqueei sua boca na minha e não é necessário ressaltar que nem sequer reclamou; me agarrou e fizemos sexo ali mesmo. Claro, fora tudo frio e mecânico como todas as outras mulheres que a antecederam naquela mesma semana.

Quando acabamos e Jeniffer foi embora, tentei me convencer com veemência que o motivo de ter feito aquilo não havia passado do simples fato de ter sido porque eu era daquele jeito: gostava de transar e precisava ocupar minha mente com outra coisa que não fosse trabalho. Mas, no fundo, sabia o quanto não passava de uma mentira. Que a verdade mesmo era que estava sim trabalhando e transando feito louco nos últimos dias – mas com o único intuito de ocupar minha mente com qualquer outra coisa que não fosse ela.

– Maldita mulher...

Irritado, saí da minha cama e desci as escadas indo até o bar na varanda da casa, enchendo outro copo com mais uísque e tomando logo a metade em um único gole. Sentia-me inquieto.

E foi assim que, mesmo contra a minha vontade, passei aquela madrugada inteira em claro.


Notas Finais


É isso. Ficou pequenininho, sei, mas o próximo garanto que será maior.

Ah, e gente! Pelo amor de Deus, não odeiem o Jared! Eu sei que ele é muito cafajeste e tem umas atitudes que chegam a irritar um pouquinho, tem hora, porém, levem em conta o fato de que ainda estamos praticamente no início da estória, e o personagem sempre pode evoluir e surpreender mais de acordo com o tempo. Não acontece de uma hora pra outra.

Mas enfim! Quero agradecer desde já pelo tempo que vocês dedicaram para ler até aqui. Pode parecer um motivo pequeno, mas me deixa bastante feliz *---* Espero que apesar de toda essa demora, não tenham desanimado em acompanhar a estória.

Beijos, beijos e mais beijos e até o próximo <3 <3


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