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História The Past - 13. Dismissed


Escrita por: ballantines

Notas do Autor


Olá amores!!!
EU SEI, EU SEI, não me matem tá?
Demorei mais cheguei, uma boa leitura a todos <3

Capítulo 14 - 13. Dismissed


Fanfic / Fanfiction The Past - 13. Dismissed

​Não sei por quanto tempo fico paralisada, apenas olhando para a tela do meu celular, tentando entender o porquê desta mensagem anônima. De que coisa em particular esta pessoa se refere?

"Eu estou te observando e sei o que você fez."

Essa pequena frase está ecoando na minha cabeça. Que merda eu fiz? Céus, tanta coisa. Preciso descobrir quem me mandou isso, preciso saber disso agora.

Observo que há um notebook na mesa do escritório, talvez eu consiga rastrear o número que me mandou a mensagem, utilizando algum programa de hacker. Porém, não posso correr o risco de ser pega no flagra pelo Bieber.

Ando até a sua mesa e abro a primeira gaveta, à procura da chave do escritório, para que eu tranque a porta. No cacifo há alguns documentos e outros objetos, mas no fundo encontro um chaveiro gravado com suas iniciais, com duas chaves presas nele. Caminho até a porta de madeira apressadamente e a tranco.  

Volto para a mesa com as chaves em mãos e me sento na poltrona do Bieber, abro o notebook e ele está bloqueado com uma senha. Eu já estava esperando por isso, ele não seria tolo o bastante, para deixá-lo desbloqueado dando sopa em sua sala.

Ok, se eu fosse o Justin Bieber, qual tipo de senha eu colocaria em meu computador? Será que ele colocou o nome da pessoa que ele mais ama neste mundo? Digito o seu nome completo na barra, mas sem sucesso. Droga. Ele não é tão egocêntrico quanto eu pensei.

Tento o nome de suas bebidas favoritas, o nome da boate, dos seus amigos e até mesmo o da Amber, mas nada, só aparece a notificação de senha incorreta. Isso já está me tirando a paciência. Inclino o meu olhar para a gaveta aberta ao meu lado direito, tem que haver algo dentro delas que me ajude a descobrir essa maldita senha.

Vasculho com atenção a primeira gaveta novamente, mas não há nada de relevante, apenas documentos de controle da boate, como as compras de bebidas, comida, gastos com a manutenção de alguns equipamentos, novas dançarinas contratadas, treinamentos e eventuais gastos. Na segunda gaveta, há pastas dos funcionários que trabalham aqui, com fotos, as fichas de dados pessoais e o contrato de admissão. Talvez tenha a relação do pessoal que também trabalha na sua casa aqui, pois são muitas pastas, mas nada que vá me ajudar. A terceira e última gaveta, são a minha última esperança. Tem alguns cabos USB's e agendas. Folheio todas as páginas das agendas e percebo que elas foram escrita em outra língua, pois desconheço essas palavras, posso chutar por alto, ser em italiano, mas não faço a mínima ideia se de fato é mesmo.  

A gaveta parece ser tão maior por fora, pode ser que haja um fundo falso. Retiro todas as agendas e cabos, os coloco sob a mesa, examino cada detalhe e encontro a brecha do fundo, como eu já imaginava. Sou mesmo um gênio.

Levanto o compartimento e dentro dele encontro logo de cara, uma arma dourada, que tem um brilho reluzente e muito bonita por sinal, provavelmente deve ser de ouro, é a cara dele ter uma arma de ouro. Tão prepotente. Há uma caixa média de madeira, que está trancada com um cadeado, há um pequeno caderno de capa dura e vermelha, e bem abaixo da caixa, uma fotografia de papel gasto.

Eu reconheço essa mulher da imagem, é a mesma daquela foto que encontrei em seu quarto, quando estive lá há alguns meses.

Volto a minha atenção para o caderninho vermelho, talvez a senha possa estar escrita nele, já que ele o mantém escondido nesse fundo falso. Leio os vários nomes escritos em muitas páginas, na frente de cada um há um símbolo. Alguns nomes contêm um círculo em azul e outros uma cruz vermelha, não compreendo o que esses símbolos significam, mas posso tentar descobrir depois, agora tenho que focar no meu objetivo principal.

Seguro a foto da mulher desconhecida para analisar os detalhes com cuidado. Ela é tão bonita e aparenta ser feliz, apenas pelo modo que sorri na imagem. Viro a foto e observo que atrás dela, há alguma coisa escrita, mas não está aparentemente nítido, devido a qualidade que se encontra o papel fotográfico Coloco a fotografia contra a luz e vejo com certa dificuldade um nome, no que eu acredito pertencer a essa mulher.

Patricia.

Digito o nome na barra e o notebook desbloqueia. Patricia? Quem poderia imaginar isso. Quem pode ser essa mulher? O que ela é do Bieber? Efetivamente ela é de extrema importância para ele, já que mantém as suas fotos escondidas. Tantas perguntas e todas sem respostas, que talvez eu nunca vá saber a verdade

O papel de parede dele é uma imagem junto à Amber. Eles estão bem vestidos, provavelmente está foto foi tirada em uma ocasião especial, eles se olham tão intensamente, que parecem se amar desta forma. Parando para analisar, até que eles formam um casal bem bonito, pena que essa beleza só é expressa por fora, porque por dentro são duas pessoas desprezíveis.

Balanço a minha cabeça para afastar os meus pensamento deste casal "perfeitinho".

Na área de trabalho há um programa de hacker. Agora, como eu sei disso? Bom… Digamos que já usufrui de todas as ferramentas que esse aplicativo disponibiliza. Pego um dos cabos que está jogado na mesa e o conecto no meu celular, em seguida acoplo a outra ponta na entrada do notebook.

Abro o programa, dou a permissão necessária para que ele encontre o destinatário da mensagem. Enquanto ele procura pelo dono do número, eu pego a caixa de madeira no fundo da gaveta. Olho para a segunda chave no chaveiro e tento abrir o pequeno cadeado com ela, mas não encaixa. Bufo frustrada e contemplo a tela do computador. Estou curiosa para saber o que tem dentro dessa caixa.

O aplicativo encontra algumas informações. Merda. É um aparelho pré-pago, ou seja, não há nenhuma informação sobre quem comprou esse aparelho ou de quem me enviou essa mensagem. Eu deveria ter previsto isso, essa pessoa não é nada amadora. Bom ao menos o programa me deu uma informação útil, que pode servir para algo, o chip foi comprado em Phoenix e a mensagem foi enviada de um dos bairros periféricos de lá. A pessoa com certeza deve morar por entre as redondezas.

Por algum motivo, me recordo de Oro Valley. Ela fica bem longe da capital, mas pode estar ligado a algo que aconteceu lá. Não consigo ligar as coisas, que droga, normalmente eu poderia resolver essas questões com facilidade, mas estou travada e perdida, tanta coisa passa pela a minha mente, mas não estou conseguindo raciocinar com clareza.

Ouço a maçaneta se mexendo e dou um pulo da poltrona, por causa do pequeno susto. Desconecto o meu celular do notebook rapidamente, coloco a foto na gaveta deixando a caixa de madeira por cima e o caderno. Fecho o compartimento do fundo falso, arrumo todas as agendas e cabos, deixando tudo da mesma forma que estava antes, para que o Bieber não desconfie de nada. Fecho o programa e logo depois o seu computador.

Ando até a porta com certa cautela e a destranco. Ele entra na sala as pressa, aparentemente furioso, por conta da minha demora para abrir ou por eu ter trancado mesmo. Fecho a porta calmamente e me viro para encará-lo com a expressão mais serena possível.

— Quem mandou você trancar a porta? — Ele questiona nervoso, ao mesmo tempo, que entrelaça os dedos em seu topete loiro. — Não me lembro de ter deixado a chave na tranca.

— Só queria te dar o troco. Você me mandou ficar aqui até voltar, não mandou? O mínimo que poderia fazer, era te deixar do lado de fora esperando um pouquinho. — Afirmo com um sorriso largo, na tentativa de convencê-lo da minha história, pois se ele desconfiar que eu estava mexendo nas suas gavetas e no seu computador, eu posso me considerar uma mulher morta.

— Argh, cala a boca... Você está conseguindo me deixar ainda mais irritado. — Ele fala a caminho da sua mesa e eu o observo se sentar em sua poltrona.

— Não me manda calar a boca. O que houve? Alguma garota não quis transar com você essa noite ou foi algum problema com a sua noivinha? — O indago em ironia e ele rola seus olhos, enquanto balança a cabeça de um lado para o outro.

— Ninguém diz não ao Bieber. — Agora é a minha vez de rolar os olhos. — Quem me dera que fosse mesmo problema com a Amber. — Ele diz por fim, fecha os olhos e solta um suspiro pesado.

— O que aconteceu afinal? — Ele abre os olhos novamente e me encara durante longos segundos. Parece que ele está pensando, se vai ou não me dizer o que está acontecendo, e toda essa enrolação está me deixando nervosa e ainda mais curiosa. — Vai me contar o que houve ou vai ficar aí, me olhando feito bobo?

— Ah Voltter, você sabe que eu amo olhar para você. Faz um bem danado para os meus olhos. — Ele afirma com um sorriso sacana em seus lábios e eu bufo irritada.

Sei exatamente o que ele quis dizer.

— Será que dá pra falar logo de uma vez, Bieber? — O rebato seriamente.

— É o filho da puta do Cohen King, esse imbecil perdeu o pouco de juízo que tinha. — Ele fala tranquilamente, enquanto me olha fixamente com os seus olhos castanhos.

— Disso eu já sabia, mas o que ele fez desta vez? — Pergunto com curiosidade e me sento na cadeira a frente de sua mesa.

— Primeiro que ele teve a coragem e audácia de entrar na minha boate, já o proibimos de vir até a Red, ele está ciente disso e mesmo assim veio. Juro que vou acabar matando aquele puto. — Ele expressa ao socar a sua mesa com raiva.

— Ah… e por que você não me chamou? Eu adoraria acertá-lo novamente. — Digo divertida, mas o olhar de Bieber em mim é de reprovação, então tento me conter.

— Você também perdeu o juízo? O Cohen não é esses bundões que você está acostumada, ele é barra pesada, Voltter, se ele quisesse poderia acabar com a sua vida num piscar de olhos, então não brinque com isso. — Ele me adverte sisudo.

— Mesmo? Eu sei me cuidar. — Digo com firmeza.

— Ele está obcecado por você, será que não entende? Ele queria te ver de qualquer forma, se não fosse por mim, ele teria conseguido te achar e sabe-se lá o que teria tentado fazer com você hoje. — Ele declara cheio de si, como se tivesse salvado o dia.  

Até parece, eu poderia ter cuidado dele sozinha.

— Ops, me desculpe, será que devo te agradecer então? — Cruzo meus braços abaixo dos meus seios e o encaro furiosa.

— Sim, estou esperando por isso. — Ele diz em deboche ao terminar a sua frase.

— Será que tenho que te lembrar, meu amor? Eu conheci o idiota do Cohen King, na SUA maldita festa. Ele criou essa obsessão pavorosa por mim, por SUA causa, Bieber. Por que? Porque aquele acéfalo acredita firmemente que nós dois somos amantes e nos amamos em segredo, resumindo a história, toda essa merda é por SUA causa. — Profiro aos berros, enquanto ele me observa com uma expressão surpresa.

Acredito que ele não estava esperando esse meu pequeno surto, mas é a verdade, tudo isso que aconteceu, foi por culpa dele.

— Você acha que eu não sei que a culpa é toda minha? — Ele levanta da sua poltrona. — Por isso eu estou cuidando disso.

— Céus, Bieber, eu não estou falando disso... Eu já falei que sei me cuidar, não preciso de você para me proteger. — Digo furiosa e também me coloco de pé.

Será que ele nunca vai entender que eu posso me virar sozinha? Sou adulta e sei me virar muito bem sem a ajuda dele.

— Para de ser teimosa, Voltter, e me deixe cuidar disso. — Ele suplica com um tom de voz mais calmo.

— Não precisa fazer nada por mim. — Afirmo por fim. — Por que você fica querendo cuidar de mim? Eu sou apenas a porra de uma garçonete que trabalha pra você, por que esse papo agora?

— Eu não sei, ok? Apenas tenho vontade de fazer isso, caralho, você me estressa. — O seu tom de voz volta a ser ríspido novamente.

— Bom, então controle as suas vontades, Bieber, você tem que se preocupar com outras coisas, vá cuidar da boate, dos seus amigos e da sua noiva. — Falo simplesmente.

— Você não conhece o Cohen como eu conheço, não sabe do que ele é capaz....

— Capaz de matar? — Exponho o interrompendo. — Bieber, se você acha que eu sou uma garota burra e ingênua, mude o seu roteiro comigo. Não sei com que tipo de mulher você está acostumado a lidar, mas eu não sou nenhuma idiota sem cérebro. Eu sei quem é Cohen King, sei que ele é um traficante de drogas. Sei que você e o Alexander também são traficantes. Ele muito provavelmente está conseguindo a cada dia mais espaço, espaço esse que pertencia a vocês dois ou o contrário, não sei ao certo, quem quer roubar o território de quem, mas vocês não gostam disso e por isso o odeiam tanto. — O observo me contemplar boquiaberto.

Pelo jeito ele não está acostumado a lidar com mulheres que usam o cérebro.

— De onde você tirou essa baboseira? Por acaso fez alguma pesquisa? — Ele desconversa, na tentativa de me convencer do contrário, mas eu não sou tola. A reação dele só me confirmou a verdade.

— Não foi preciso, se você tenta esconder essas coisas das pessoas, esconde muito mal, mas vamos ligar os pontos. Primeiro sinal: o tiroteio misterioso na boate, alguém tentou matá-lo naquela noite; Segundo: a sua belíssima mansão, os vários guardas no seu jardim e os seus bens materiais. Nenhum dono de boate tem condição de manter todo aquele palácio e não precisa de todos aqueles homens no jardim de sua casa; Terceiro: sua grande festa, eu pude observar bem as pessoas que estavam ali, para um empresário você tem bons contatos em? E por último: Cohen King, que tipo de pessoa tem aquele homem como inimigo? — Digo utilizando os meus dedos para explicar todos os acontecimentos que me ajudaram a chegar a essa conclusão óbvia.

— Nossa, você ficou maluca de vez, acho que andou vendo filmes demais. — Ele afirma com um pequeno sorriso em seus lábios.

— Ah Bieber, você vai continuar negando e mentindo? Logo pra mim? — Solto uma risada irônica e o encaro fixamente. — Nos poupe dessa refusão medíocre, por favor, eu já te falei, eu não sou burra e sou uma ótima observadora. Vocês podem passar despercebido para algumas pessoas, mas a mim vocês não enganam. Você acha que devo acreditar que a sua vida de alta elite de Nova York é por conta do que você ganha com a boate? Eu trabalho aqui, Bieber, tenho conhecimento que a Red te dá bastante lucro, mas não o suficiente para bancar os seus luxos e o do seu sócio. Não conheço o senhor Lamberttini, nunca estive na casa dele para saber como é o seu estilo de vida, mas só pelas jóias que a mulher dele estava usando na sua festa ontem, deu para notar que ele está rodeado de riqueza, assim como você. — Pronuncio confiante.

Coitado dele por achar que pode me enganar.

Ele começa a rir de nervoso, a cabeça balança em negação, ainda sem acreditar na minha certeira observação.

— Voltter… Você é uma mulher surpreendente. — Ele admite, enquanto caminha de um lado para o outro.

— Sim, eu sei disso. — Concordo sorridente.

— Você conseguiu descobrir bastante coisa sobre a minha vida, agora eu preciso saber sobre a sua. — Ele confessa e mantém o seu olhar matador fixo em mim.

— Boa sorte tentando. — Ele vai mesmo precisar de sorte. — Bom, vou voltar ao trabalho, se não se importa, nem todos nesta sala são milionários como você.

Tento sair do escritório sem a sua permissão, mas ele rapidamente envolve sua mão feroz em meu braço, me mantendo presa em seu aperto. Me permito me virar minimamente para encará-lo.

Me conte os seus segredos, Voltter. — Ele sussurra bem próximo à mim e puxa o meu braço com uma certa força, me deixando a poucos centímetros do seu corpo.

— Não v… — Sinto o seu dedo indicador tocar em meus lábios ao me interromper.

Outra vez o seu toque me causando milhares de sensações.

— Não vou te deixar sair daqui, você terá que me contar pelo menos um dos seus vários mistérios. — Ele solta o meu braço, mas antes que eu escape, ele coloca sua mão forte em meu cóccix e me puxa para o seu corpo, fazendo os meus seios baterem com brutalidade em seu tórax. Sinto um pequeno desconforto, mas o calor que seu corpo emana para o meu, me faz simplesmente ignorar isso.

— Por que você sempre faz isso comigo? — O questiono indignada contra o seu rosto.

— O que eu sempre faço, Voltter? — Ele questiona curioso e me contempla profundamente com o cenho franzido, demonstrando a sua confusão.

— Você está sempre me puxando pelo braço, o tempo inteiro, a toda hora, será que você pode parar com essa mania insuportável? — Falo séria e observo um sorriso divertido surgir em seus lábios carnudos. — Tire esse sorriso idiota do rosto.

— Não tente mudar de assunto, você não vai mesmo me contar? — Ele indaga contente.

— Óbvio que não, ainda tem dúvidas? — Tento me soltar, mas ele me aperta ainda mais em seu corpo.

Nossos olhares se cruzam e eu já me sinto hipnotizada pelos seus olhos castanhos.

Justin Drew Bieber! — Amber o adverte aos berros, quando entra na sala, me tirando do meu transe. — O que eu perdi? Será que pode me explicar o por que está agarrado com ela?

— Não aconteceu nada, eu juro. — Ele afirma e eu o encaro sem acreditar.

Como alguém pode ser tão falso? Se ela não estivesse aparecido aqui, provavelmente a sua língua estaria dentro da minha boca neste exato momento. Até quando ele vai ficar enganando a Amber desta forma? Ela não é imbecil, já sacou o que está rolando.

— Garota, você não tem um namorado não? — Ela me questiona com raiva.

— E desde quando isso é da sua conta? — A rebato com irônia e empurro o corpo do Bieber, para que ele me solte de uma vez e se afaste.

— Se você não tem um, deveria arrumar logo. — Ela diz fazendo uma careta estranha. — Talvez assim, você para de dar em cima do meu noivo e se ocupe com alguém que esteja disponível.

— Que?! Escuta aqui garota… — Me aproximo dela e a contemplo com fúria. Estou farta de sair sempre como a culpada. — Não estou dando em cima de ninguém, eu já estava de saída, mas o seu maravilhoso noivinho, não para de me perturbar e ainda tenta me agarrar sempre que pode, a culpa não é minha se você não consegue mantê-lo satisfeito.

Ao terminar a minha frase, sinto a minha bochecha direita esquentar, levo a minha mão até onde ela me atingiu e a encaro furiosamente.

— Você ficou louca? — A empurro com agressividade e a acerto com um tapa no rosto, assim como ela fez comigo, porém utilizo mais força.

Que merda é essa que está acontecendo?

— Debbie… Você está demitida. — Ela grita comigo depois de se recuperar do tapa.

Me viro rapidamente para encarar o Bieber, a espera de alguma pequena reação que seja, mas ele se mantém calado e quieto atrás de mim, ele não fez nada para acabar com a nossa discussão. Que grande babaca. Ele não vai mesmo fazer nada, nem consegue me encarar agora. Volto o meu olhar para a Amber e digo de peito aberto.

— Quer saber, eu cansei disso... Você não precisa me demitir, Amber, eu estou pedindo demissão desta merda. Ah Bieber, não precisa entrar com toda a burocracia trabalhista, você não tem que acertar nenhum pagamento comigo, dê o meu pagamento para o Harry, eu faço questão de nunca mais pisar nesse lugar ou olhar para a cara de algum de vocês dois. — Grito por fim e olho os dois pela última vez com nojo, antes de sair andando pelo corredor para descer as escadas.

Dirijo-me em direção a sala dos funcionários, no caminho esbarro em algumas pessoas que estavam dançando feito loucas na pista de dança. Adentro a sala feito um furacão e vou até o meu armário, pego as minhas roupas e resolvo me trocar aqui mesmo. Quanto mais rápido eu sair desse lugar, melhor para todo mundo.

Sei que passei de todos os limites naquela sala, eu não deveria ter jogado a culpa na Amber, ela não tem culpa se o homem que ela diz amar, não a respeita. Eu estava nervosa com ele, ela apenas me provocou quando não deveria. Ainda assim, ela não deveria ter me dado aquele tapa, ninguém toca no meu rosto, a não ser que eu permita. Aquilo me encheu de ódio e não tinha a menor possibilidade de que eu não pudesse revidar. Foi automático. Auto defesa. Quando vi já tinha acertado um tapa na cara dela.

Mas o motivo da minha fúria é o maldito Justin Bieber.

Não acredito que ele não disse nada. Ele ficou parado em silêncio, deixando toda aquela merda acontecer, sendo que o maior culpado da história, é ele. Céus, preciso me acalmar, para não voltar até aquele escritório e dar um chute nas bolas dele. Como eu o odeio neste momento. Mas quer saber, não vale a pena. É melhor eu sair dessa boate mesmo, antes que algo pior aconteça. A parte boa de ter sido demitida, é que pelo menos não vou mais ter que olhar para a cara daqueles dois nojentos, eles se merecem. Espero que sejam felizes longe de mim.

Saio da sala e passo rapidamente entre as pessoas, sinto algumas mãos assanhadas, tentando me apalpar, mas desvio de todos aqueles bêbados nojentos. Chego do lado de fora da boate e finalmente consigo respirar. Acho que vou ir caminhando até a estação de metrô mais próxima, assim posso colocar meus pensamentos no lugar.

Agora terei que procurar um novo emprego. Que maravilha. Logo agora que estava tudo dando tão certo, eu gosto tanto das pessoas que trabalham na Red, droga, algo tinha que acontecer para acabar com essa fase boa. Habitualmente é assim que as coisas funcionam na minha vida. Sempre que está correndo tudo bem, quando eu acho que estou feliz e segura de algo, acontece alguma merda, assim do nada, para acabar com toda a minha alegria. Sou tão patética, que chega a ser cômico. Eu já deveria ter me acostumado com essas coisas que acontecem aleatoriamente, mas apesar da minha inútil vida, eu ainda tento manter o pensamento positivo, insisto em acreditar que as coisas vão finalmente ficar bem.

Porém eu me cansei dessa merda. Nada nunca vai ficar bem nesse caralho.

Ouço o som de um carro andando em alta velocidade na avenida iluminada, olho levemente para trás para observá-lo e sou surpreendida. O veículo se aproxima com rapidez, ele freia bruscamente ao subir no passeio e quase passa com o motor em cima de mim. A minha primeira reação é gritar todos os palavrões que possuo em meu vocabulário chulo, pois esse imbecil me matou de susto e quase me atropelou, foi por muito pouco. Notando que ainda estou viva e bem, eu chuto a lataria do automóvel branco.

— Seu maluco, desgraçado e imbecil, você poderia ter me atropelado, filho da puta, presta atenção... Só pode ter comprado a carteira. — Digo ferozmente ao dar outro chute no veículo.

O homem abre a porta do carro com uma expressão séria e diz:

Entra no carro.


Notas Finais


Meus anjos, eu sei que não tem desculpas pela demora, eu mesma não sei nem o que dizer. Só espero que me desculpem por demorar, prometo não demorar tanto da próxima vez e eu espero que gostem do capítulo.

Esse capítulo pode estar um pouco chato, mas juro que vocês vão AMAR MUITO o próximo, eu sei que vão.

NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR, EU FICO TÃO FELIZ E ME MOTIVA TANTO!!!

AMO VOCÊS, BEIJOS E ATÉ O PRÓXIMO <3

Trailer: https://youtu.be/kf0veBoI324
Personagens: https://youtu.be/EVhLZT5ZcRE


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