— Como preferir. — Digo segura, apesar de estar mais nervosa do que o normal. Não sei qual é o meu problema, eu não costumo agir desta forma.
— Por favor, Srta. Voltter, sente-se. — Ele aponta para o assento que está a frente da sua mesa e eu me sento na poltrona de couro preta.
O seu olhar traça um caminho perigoso em direção às minhas pernas nuas. Que eu delicadamente às cruzo, ao mesmo tempo, que ele se mantém atento aos meus movimentos. Não estou fazendo de propósito. Longe de mim fazer algo cruel.
O ouço praguejar algumas palavras bem baixinho, mas não consigo entender nitidamente o que ele acabou de sussurrar.
— O senhor disse alguma coisa? — Pergunto com a curiosidade presente em minha fala.
Ele me contempla intrigado, mas logo se recompõe.
— Não é nada do seu interesse. — Ele pigarreia e me lança um olhar furioso. Eu até consigo ver as chamas queimando em suas pupilas. Parece que eu o irritei um pouco. — Tudo bem, eu vou ser rápido e direto.
— Ok, isso é ótimo... — Quanto mais rápido essa conversa acontecer, mais vou me sentir segura, pois ficar neste escritório pouco iluminado, com este homem me encarando desta forma, não é nem um pouco prudente. — O senhor deve ter milhões de coisas para resolver, assim como eu… Eu acabei de me mudar para Nova York, sabe como é, muita correria…
Ele se levanta ferozmente da poltrona enquanto eu trato de fechar a minha maldita boca. O loiro para bem na frente da mesa com os olhos fixos em mim.
— Escute as minhas palavras, Voltter... — Ele coloca suas mãos no encosto do assento de couro e se aproxima. O seu rosto está tão próximo, que sinto a sua respiração batendo em minhas têmporas. — Eu sou o dono dessa boate. Eu que mando e decido todas as coisas neste lugar. Então se eu exigir que você fique por aqui a noite toda, você vai ficar e vai me obedecer. Não me interessa se você acabou de se mudar e está cansada. Não me importo com a sua vida, a única coisa que importa pra mim, sou eu mesmo e nada mais.
— Sr. Bieber, eu entendo que você é o dono da boate, se eu tinha alguma dúvida, agora não tenho mais… Porém isso não lhe dá o direito de mandar em mim. Eu não assinei nada até agora e mesmo se estivesse, não mudaria o fato de que o senhor não possui qualquer poder sobre mim, além d…
— Cala a boca! — Ele coloca a sua mão esquerda sob o meu rosto e a fecha em minhas bochechas. — Eu detenho o poder sobre quem eu desejar.
O seu maxilar está travado e consigo ver nitidamente as veias da sua testa saltadas de irritação. Não sei por quê ele está tão furioso e agindo como um completo babaca. Eu nem disse nada, realmente, eu não disse nada demais. Só estava concordando com o seu processo de contratação expedito. Ele que é um desequilibrado que surta atoa. Ah, mais eu juro… Juro pela minha mãe, que se esse imbecil não soltar o meu rosto agora, eu vou socar com muito gosto o seu belo rosto.
— Me.Solta — O encaro com o meu olhar furioso enquanto ele estuda cautelosamente a minha expressão. Aos poucos ele diminui a pressão que faz em minhas bochechas até me soltar completamente. — O senhor não terá nenhum tipo de controle sobre mim. Sinto em te decepcionar, mas não sou esse tipo de garota que obedece e segue as regras, ainda mais vindas de um homem arrogante. Eu vim até aqui para assinar um contrato de trabalho, foi o que eu vim fazer e que vou fazer... Se o senhor parar de ser um pouco grosseiro.
Ele abre a boca algumas vezes para dizer algo, mas desiste de pronunciar qualquer palavra.
Graças ao bom Deus.
O analiso tomar o caminho de volta a sua mesa. Ele abre uma das gavetas do móvel, pega uma pasta cinza e tira dela um documento em papéis brancos. Ele estende as folhas em minha direção, sinaliza com a cabeça para que eu segure o contrato e assim o faço.
Bieber me explica que devo ler todas as páginas minuciosamente, antes de assinar, em caso de alguma dúvida, ele estará bem à minha frente para me ajudar.
O contrato dispõe de vinte folhas no total, com toda aquela burocracia de direitos de contratado e contratante. Enquanto leio o documento que está em minhas mãos, observo de soslaio que o loiro não consegue tirar os seus olhos de mim. Quinze minutos então se passam e termino toda a leitura da papelada.
— Agora você precisa deixar a sua assinatura na página dezessete e também na vinte… — Ele faz uma pequena pausa e continua. — Para que eu possua poder sobre você. — Ele balbucia a última parte em um tom baixo, mas para o seu azar e a minha sorte, acabo escutando.
— Que fique bem claro, você só poderá mandar em mim sobre assuntos relacionados ao meu trabalho na boate. — Ele solta uma lufada de ar pesada e joga uma caneta preta em cima do contrato.
— Tanto faz. — Ignoro as suas palavras, para não perder o pouco de paciência que ainda tenho e assino o contrato com agilidade.
— Quando eu posso começar? — Entrego a ele os papéis e me coloco de pé em frente à sua mesa, para aguardar uma resposta.
— Eu preciso de você o mais rápido possível… Então você está disponível para começar amanhã ou está ocupada demais para trabalhar? — Ele diz em desdém ao mesmo tempo que percorre seu olhar pelas vinte páginas do contrato. Eu aposto o dinheiro que eu não tenho, que ele está checando se eu assinei ou não.
— Não, amanhã está ótimo. — Digo finalizando a conversa.
Caminho em direção a saída do escritório, mas sou obrigada a parar de andar, quando sinto a mão quente de Bieber, segurar o meu braço esquerdo. Parece até que enfiei um dos meus dedos em uma tomada, pois uma corrente elétrica move-se por toda a extensão do meu corpo neste momento.
— Não tolero atrasos, então chegue na hora! — Assinto e o contemplo me examinar de cima a baixo. O modo que ele verifica cada parte do meu ser me deixa nervosa. Então me extraio do seu toque e saio com urgência da sua sala.
A minha pressa para escapar do recinto é tanta, que nem observo se há mais alguém no corredor. Só me dou conta de que não estou sozinha, quando o meu corpo se esbarra no de outra pessoa. O impacto do choque é tão forte, que acabo caindo de bunda no chão.
— Mil desculpas, senhorita, eu não tinha te visto… Me deixe ajudá-la. — O homem de voz grave, estende sua mão em minha direção e eu a seguro com firmeza enquanto ele me ajuda a ficar de pé novamente.
— Não… Quem tem que se desculpar sou eu. Perdoe-me, sou tão desajeitada, estava com tanta pressa que saí andando como uma desesperada, eu só... Ah, esqueça. — Reparo o homem à minha frente.
Ele é, com certeza, bem mais alto do que eu. Aparenta ser mais experiente, talvez a sua idade beire aos quarenta, nada mais que isso. Mais um quarentão conservado, pois sua beleza é inegável. A cor da pele levemente bronzeada, a barba rala bem desenhada… Ele está usando um lindo terno azul, que no seu corpo musculoso e forte, fica bastante apertado, destacando ainda mais sua forma física vigorosa. Mas o que mais me chama atenção nele, são os olhos. Eles são tão azuis. Um azul claro e vibrante. Tão lindos que me fazem lembrar das águas cristalinas das praias do caribe. O que será que um homem tão bonito e bem vestido faz numa boate? Ele está mais para uma reunião de negócios, do que precisamente uma noite de curtição na balada.
— Me desculpe pela pergunta... Mas o que você está fazendo andando por aqui? Este é um lugar que somente os funcionários ou pessoal autorizado podem ficar, acredito que está perdida, não é mesmo? — Ele fala com um tom de voz doce e abre um pequeno sorriso gentil.
— Não estou perdida… Acabei de sair do escritório do Sr. Bieber, estava assinando o meu contrato de trabalho. Sou a nova garçonete da Red, começo amanhã. — Ele me olha surpreso e o seu sorriso se abre ainda mais.
— Isso é maravilhoso. Deixe-me apresentar então… Alexander Lamberttini. — Ele estende a sua mão direita e me cumprimenta sutilmente. — Bieber e eu somos sócios, mas é ele que cuida de tudo por mim.
Isso explica o porquê dele estar aqui. Meio óbvio. Não sei como não me toquei disso antes.
— Prazer em conhecê-lo, Sr. Lamberttini... Eu sou a Debbie.
— É um prazer também conhecê-la, Debbie. Eu preciso tratar de negócios com o Justin agora, seja bem vinda à Red, nos esbarramos por aí uma outra vez. — Ele diz com humor, mas nem espera uma resposta e logo entra na sala do Bieber.
Caminho pelo corredor com mais atenção e desço as escadas para a pista. Nossa, a boate parece estar mais cheia, se é que isso é possível. Quando eu cheguei já estava lotado, até parecia que o lugar ia transbordar de tanta gente, mas agora parece pior. Nem sei como vou caminhar nesse mar de pessoas.
Resolvo ir até o bar para pegar uma bebida antes de tentar achar a Jody e o Harry.
— Duas doses de tequila, por favor. — Peço ao barman, quando finalmente consigo chegar até o bar. Está difícil andar por aqui.
— Aleluia, eu te encontrei, vadia. — Jody brinca ao pousar sua mão em meu ombro, aparentemente bêbada. Ela não tem um estômago forte para bebidas, bastam duas doses e ela já fica embriagada.
— Acabei de sair do escritório do meu chefe, onde você estava? — Imediatamente meu olhar se cruza com o de um moreno que está atrás dela e já consigo entender tudo.
— Acho que já encontrei o que eu queria... Então estou indo para casa, quer ir conosco ou prefere ficar? — O seu olhar já me diz tudo. Não quero empatar o sexo dela.
— Não, eu estou bem. Vou ficar mais um pouquinho, pode ir tranquila, tenho o endereço do apartamento no meu celular, eu pego um táxi depois ou chamo um Uber. — Eu estou cansada e o que eu mais queria era ir embora, mas não vou ficar ouvindo os gemidos dela a noite toda enquanto transa com esse homem.
— Tudo bem então... Mas fica com uma cópia da chave do apê. Devo estar um pouco ocupada quando você voltar. — Ela me olha com um olhar divertido enquanto manda uma piscadela ao me entregar a chave.
— Tenha uma boa noite e vê se toma cuidado, ok? — Jô concorda e sai de mãos dadas com o moreno desconhecido.
O barman finalmente aparece com as minhas doses de tequila. Eu logo trato de engolir o líquido quente que desce queimando por minha garganta. Como eu amo o gosto ardente de um Jose Cuervo.
Passo alguns minutos sentadas na banqueta do bar, apenas observando as pessoas se acabando na dança, até que resolvo ir para o centro da pista. Eu preciso me divertir e relaxar um pouco.
Está tocando uma música sexy e animada. Não faço a mínima ideia de quem é o cantor, mas me recordo de já ter escutado algumas músicas dele, pois a voz é muito familiar. O som é gostoso e não dá para ficar parada com essas batidas. Levanto meus braços no ar enquanto balanço meu corpo no ritmo da melodia. Me sinto livre.
“E eu sei que ela é capaz de qualquer coisa, é fascinante. Mas quando você acorda ela sempre já se foi, se foi, se foi. Na noite ela o ouve chamar, na noite ela está dançando para aliviar a dor… na noite quando ela chega se rastejando notas de dólares e lágrimas continuam caindo em seu rosto, e ela nunca irá embora — The Weeknd (In The Night)”
Meu quadril se movimenta suavemente de um lado para o outro enquanto toco no meu próprio corpo. Eu estou curtindo a batida, até que sinto a mão de um homem assanhado pousar sob a minha cintura. Ele me segura com firmeza e deleite, e logo depois me puxa com vontade, fazendo minhas costas irem de encontro com o seu tórax definido. Penso em deixar rolar, mas ele está sendo abusado demais e eu não estou pronta para isso ainda. Agarro o pulso do sujeito que me enlaça em seu corpo e o desloco com rapidez, o obrigando a me soltar imediatamente.
Me afasto e me permito olhar minimamente para trás por alguns segundos. Vejo que o homem que me agarrava, era Alexander Lamberttini. Droga. Ele está encarando o seu pulso com uma expressão de dor, acredito que o machuquei mesmo. Droga.
Corro o mais rápido que consigo, para longe do seu campo de visão. Céus. Que merda eu fui fazer? Não acredito que isso está acontecendo. Será que eu quebrei o pulso do meu chefe? Estou tão ferrada. Ah quer saber… Que se foda. Eu não o mandei me prender em seus braços, a culpa é dele, por ser um safado sem escrúpulos.
— Hey Debs… Aonde você vai com essa pressa toda? — Harry grita chamando minha atenção e me fazendo parar de correr.
— Meu Deus, Harry… Você não imagina a grande merda que aconteceu agora pouco. Eu posso ter quebrado o pulso do nosso chefe... Eu estou ferrada. Ele vai me demitir. — Minha respiração está irregular e não consigo falar corretamente. Ai meu Jesus Cristo. Vou ser demitida antes mesmo de começar a trabalhar. Meus parabéns, Debbie Voltter, você está mandando super bem no seu primeiro dia em Nova York.
— Você fez o que? — Ele questiona um pouco confuso. — Por que fez isso? Olha… Eu até entendo que o Justin Bieber pode ser um grande cuzão as vezes, mas não precisava quebrar os ossos do cara, né? — O ouço soltar uma gargalhada abafada, enquanto eu o encaro com reprovação.
Isso não é nada engraçado.
— Bieber?! Que?!... Não! Olha, cala a boca... Eu quebrei foi o pulso do Sr. Lamberttini. Eu estava curtindo a música e me soltando na pista de dança, até que alguém me agarrou. Ele me agarrou. A minha reação foi torcer o pulso dele. — Harry leva suas mãos macias até o meu rosto e acaricia o local com a ajuda do polegar.
— Hey… Muita calma e respira fundo. Você não precisa se preocupar, nada vai te acontecer e ele não vai te despedir por conta disso. O errado nessa história toda é ele, por tentar te pegar a força. Mas se for pra te deixar mais tranquila, eu posso falar com o Justin… Explicar o que houve. Ele está me devendo um favor mesmo. — Seguro as mãos de Harry no meu rosto e as retiros devagar.
— Obrigada, Harry… Eu te agradeceria imensamente. — Me aproximo moderadamente e deposito um beijo em seu rosto.
— Não precisa me agradecer. Agora vamos esquecer isso e aproveitar o restante da noite, onde Jô está?
— Ah, ela foi embora pra casa com um cara bonitão. — O respondo com um sorriso divertido.
— Então só restou nós dois. Aceita minha companhia?
— Você não tem que trabalhar? — Ele solta outra gargalhada. Eu realmente sou tão engraçada assim? Porque até agora não vi nenhuma graça.
— Tenho, mas não há problemas. Você irá entender melhor quando começar a trabalhar aqui. — Apenas concordo, porque não consegui entender nada mesmo. — Vamos apenas curtir essa linda noite!
Ele diz por fim e caminhamos juntos em direção ao bar.
March, 04th — NY, New York:. 10:00 AM
O sol da manhã bate em meu rosto cansado. Não consigo me lembrar de quase nada da noite passada e nem de como cheguei viva em casa. A última coisa que me recordo… É de estar bêbada pra caralho, dançando com o Harry loucamente e de estar segurando uma garrafa de Absolut. Me ocorre de como arranjei aquela bebida? Eu não deveria estar portando um recipiente de vidro dentro de uma boate. É proibido. Alguém tinha que ter arrancado aquele troço das minhas mãos.
Percebo a presença de mais alguém na cama e me viro lentamente para olhar a pessoa ao meu lado. Ai meu Deus, é o Harry, que merda. Levanto o edredom para ver se estava ao menos vestida. Estou usando a minha calcinha e uma blusa masculina, deve ser dele. Encaro Harry por debaixo dos cobertores e ele está nu. Totalmente peladão! Será que nós transamos? Céus. Como fui capaz de esquecer uma noite com esse homem deslumbrante? Esse é um acontecimento que não se pode esquecer.
— Harry?!... Harry?! — Chamo seu nome enquanto balanço o seu corpo para acordá-lo.
— Hmm… O que foi?... Me deixa dormir, caramba! — Ele resmunga sonolento e cobre o seu rosto com o edredom macio.
— Acorda logo antes que eu jogue um balde de água fria em cima de você. — Ameaço e ele rapidamente se senta na cama.
— Bom dia pra você também, Debs... O que você quer? — Pergunta sem humor.
— O que eu quero? Eu quero uma explicação! — Exclamo histérica. — Você precisa me contar tudo o que aconteceu ontem. Não me lembro de nada. Nada mesmo. Só me recordo de estar dançando com você com uma garrafa nas mãos, de resto, a minha noite se passa como borrões. Me ajuda aí, estou usando uma blusa que não é minha e ainda estou só de calcinha, para completar você está pelado. Me conte todos os detalhes, eu dei muito vexame? Nós fizemos sexo?
— Não se lembra da nossa noite ardente? Poxa... Foi tão bom e você gostou bastante. — Ele abaixa a cabeça com uma expressão de desapontado.
Então aconteceu mesmo. Eu provavelmente esqueci uma noite incrível. Droga. Nunca mais vou beber.
— Me desculpe, Harry... Eu não me lembro do que aconteceu entre nós dois. — Ele parece estar decepcionado, mas logo começa a rir descontroladamente. — Do que você está rindo?
— Estou rindo da sua cara. — Ele diz após recuperar o fôlego. — Você precisava ver a sua cara. Não acredito que você caiu nesse papo. Você acreditou mesmo? — Confirmo impaciente e ele volta a rir como um louco.
— Bom… Eu acordo numa casa desconhecida, com um homem pelado dormindo ao meu lado, você quer que eu pense o que? — Ele me lança um olhar malicioso e eu solto uma risada nasalada. — Sem piadinhas de mal gosto agora, me conte exatamente o que aconteceu.
— Resumindo tudo rapidamente. Você exagerou na bebida, estava muito maluca e eu tive que tomar conta de você, para que nada de ruim te acontecesse. Jô não iria conseguir cuidar de você naquele estado, então achei melhor te trazer pra minha casa. Te dei um banho gelado quando chegamos e sua roupa molhou, não ia deixar você pegar uma gripe, por isso você está de calcinha e usando uma das minhas blusas.
— Você me deu banho? — Sinto que minhas bochechas ruborizaram de vergonha agora. — E ainda por cima trocou a minha roupa?
— Sim… Mas não precisa surtar. Eu não vi nada, troquei sua roupa de olhos bem fechados.
— Jura? — Ele assente. — Me desculpa, devo ter te dado muito trabalho, a minha versão bêbada é uma saco. — Me levanto da cama à procura da minha roupa.
— Não tem problema algum, eu adorei cuidar de você... — O seu tom da voz é dissimulado e provocativo.
— Onde está o meu vestido? — O questiono intrigada depois de passar meu olho pelo quarto.
— Aqui está. — Me viro assustada e me esbarro nele. Harry segura meu vestido preto em suas mãos. Tento não olhar para a sua região íntima, mas meus olhos são indecentes, cria vida própria e encaro o membro robusto dele.
— O-obrigada. — Digo envergonhada por conta da minha falta de noção. Meu Deus. Eu estava encarando o pau do Harry, que depravada.
Pego o meu vestido e me viro de costas para me trocar. Retiro a blusa branca, deixando-a cair no chão e me visto depressa. Percebo que o seu olhar contempla meu corpo fixamente e fico ainda mais envergonhada.
— Tudo bem, vou me trocar e te deixo em casa. — Ele finaliza a conversa e entra no banheiro do quarto, fechando a porta atrás de si.
Céus. Ele tem um corpo maravilhoso, não pude deixar de reparar na sua bela bunda e bom… No seu amigão também. Não acredito que eu fiquei olhando pro pênis dele. Que merda eu estou fazendo da minha vida?
A única coisa que posso concluir depois disso tudo, é que vai ser complicado não me envolver com ninguém. Ainda mais quando esse alguém é sexy pra caralho e tem um grande consolo no meio das pernas.
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