1. Spirit Fanfics >
  2. The Past >
  3. 07. Party I

História The Past - 07. Party I


Escrita por: ballantines

Notas do Autor


Olá amores, não vou alugar vocês, então LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 8 - 07. Party I


Fanfic / Fanfiction The Past - 07. Party I

O caminho até o escritório do Bieber parece mais longo do que o normal e eu me esforço para que realmente seja assim. Não faço a mínima ideia do que ele quer comigo. Será que ele pensa que estou envolvida com toda a merda que rolou? Se ele me acusar injustamente, sendo que a única coisa que eu fiz foi ter salvo a sua vida, eu juro que o esgano até lhe faltar o ar.

Bato na porta um pouco receosa e ouço a sua voz rouca me pedindo para entrar, voz essa que me causa arrepios. Ao adentrar o local, o vejo limpando suas mãos cheias de sangue em uma toalha, droga, má hora para estar aqui. Será que sou a próxima? Ele que tente pra ver.

— Não se assuste, eu não vou matar você. — Ele diz com um sorriso doentio em seus lábios.

— Acredite... Eu não estou nem um pouco assustada. — E realmente não estou.

Se ele queria me ver morrendo de medo, só por vê-lo limpando suas mãos cobertas de sangue em um pano, afirmo que ele falhou miseravelmente. Ele vai precisar fazer de muito mais, do que simples mãos ensanguentadas, para me causar algum tipo de pavor.  Só pretendo saber o motivo dele ter me chamado até a sua sala, sendo que todos já se foram.

— É disso que quero falar com você... — Ele joga o tecido numa lixeira, que está ao lado da sua mesa, acende um isqueiro e o lança no objeto fazendo-o começar a queimar.

Observo atentamente as chamas queimando a toalha e qualquer outro vestígio que havia ali. Ponho meus olhos em Bieber e ele encara o fogo se alastrando com uma expressão séria. Ah, se ele soubesse o quão fica sexy… Que merda eu estou pensando? Balanço minha cabeça para afastar os meus pensamentos perversos.

— Quer falar sobre o que me assusta e o que não me assusta? — Digo voltando para a realidade. Ele ri baixinho ao se sentar e balança a cabeça de um lado para o outro, enquanto me analisa friamente.

— Senta aí, Voltter, vamos conversar. — Concordo, mas ainda estou intrigada com o por quê de estar aqui. Caminho até a cadeira à frente da sua mesa e me sento. — Você tem sido um enigma para mim, sabia?

— Hãn? — Olho suas expressões, para tentar entender aonde ele pretende chegar com isso, mas nada.

Bieber também é um enigma para mim.

— Eu pesquisei sobre você. — Ele diz simplesmente.

— O que encontrou? — Dou de ombros indiferente.

Sei que ele não teve êxito em sua “pesquisa”, então não me preocupo com o que ele pode ter possivelmente descoberto.

— Nada... Você acredita? Claro que sim, você mesma deve ter feito isso. — Bingo. Ele entrelaça suas mãos e me olha fixamente, sem ao menos desviar seu olhar de mim.

— Você está insinuando que eu apaguei meus registros? — Finjo estar ofendida e começo a rir baixinho, pois ele está certo.

Para um babaca, ele até que não é tão burro.

— Não estou insinuando nada, eu sei disso! — Ele diz convicto.

— Você não sabe de nada, Bieber. — Reviro meus olhos em desdém.

— Sim, eu realmente não sei nada sobre você e isso vem me tirando o sono frequentemente. — Ao ouvir suas palavras, senti todos os meus pelos se enrijecerem e um arrepio percorrer toda a minha espinha. Ele está mesmo perdendo o sono por minha causa? — Você é misteriosa e isso me deixa muito curioso, sabia?

— Você também é tão misterioso quanto eu. Tudo bem, eu não cheguei a perder o sono por isso… — Minto. — Como por exemplo, aquela noite do tiroteio... Você realmente acha que me esqueci do que aconteceu? — Ele começa a rir novamente.

— Estamos falando de você, não de mim. — Solto uma risada irônica.

Babaca.

— Você quer falar de mim, mas eu não posso falar de você? Quanta hipocrisia, Bieber. — Finjo estar desapontada. — Porém, eu acredito que você me deve uma explicação sobre o que ocorreu naquela noite, afinal você estaria morto agora, se não fosse por mim! Então me diga... Quem eram aqueles atiradores? Por quê eles queriam matar um simples dono de boate? Pois, eu sei que não era um assalto. Você efetivamente achou que eu iria simplesmente ignorar o que aconteceu?

— Não tenho que responder nenhuma das suas questões, Voltter. Na verdade, não te devo caralho de explicação alguma! — Ele aumenta o seu tom de voz.

— Claro que deve, eu estava envolvida. — Digo simplesmente.

— Tudo bem, eu posso até te contar, porém com uma condição… — Ele me observa com um olhar sugestivo.

— Que condição é essa, Bieber? — O questiono intrigada.

— Venha jantar comigo novamente. — Ele me propõe com um sorriso cínico em seus lábios. — Assim posso responder todos as suas dúvidas e quem sabe...

— Eu não vou jantar com você outra vez, Bieber! — O interrompo antes que ele termine de falar merda. — Agora anda… Diz logo.

— Algum dia… Quem sabe, eu conto tudo à você. — Ele se levanta ficando de pé logo a minha frente, com suas mãos dentro do bolso de sua calça. — E você? Vai me contar sobre seus segredos e mistérios agora?  

— Algum dia… Quem sabe, eu conto tudo à você. — O respondo usando a mesma frase que ele havia utilizado anteriormente. E também me levanto, ficando de pé em sua frente.

— Está foi boa… — Ele começa a gargalhar e eu não consigo me conter, e o acompanho.

Essa é a primeira vez que conseguimos ter uma conversa equilibrada, tudo bem, nem tão equilibrada assim. Mas se tratando de nós dois, foi um verdadeiro avanço.

— Agora você me pegou de jeito. — Percebo a malícia em sua frase e meu corpo automaticamente parece ter recebido um choque elétrico.

Estamos tão perto que consigo sentir o seu perfume amadeirado invadir as minhas narinas, tão quente e tão intenso, como sândalo. Encontro o seu olhar e me sinto tão perdida em suas íris castanhas que me observam de uma maneira tão ardente.

Sinto suas mãos pousando em minha cintura devagar, seus movimentos são sutis e ele parece estar com medo de me assustar. E eu estou tão envolvida nessa merda, que não consigo me afastar. A minha mente grita. Afaste-se. Mas não consigo me mexer. Ele me puxa para perto e se escora em sua mesa. Com o seu ato um objeto acaba caindo e o barulho parece me despertar, então tomo uma certa distância do seu corpo.

— Bom… é-ér… — Pigarreio enquanto tento não gaguejar novamente. — Acho que era só isso mesmo, então eu tenho que ir. — Seu olhar aparenta estar perdido, mas por fim ele apenas concorda com a cabeça e eu esboço um pequeno sorriso de volta. Não sei por quê eu sorri. Me viro e caminho até a porta para sair do escritório.

— Eu posso te deixar em casa… — Paro de andar ao escutá-lo. — Se quiser, é claro. — Abaixo a cabeça e involuntariamente abro um singelo sorriso.

De novo, por que eu sorri?

— Acho que você deveria se preocupar com a sua noiva, Bieber. — Olho pra ele que me encara com um sorriso divertido nos lábios. Por que ele está sorrindo desta maneira? Estranho.

— É apenas uma carona, Voltter. — Ele me olha sugestivo e o observo morder os lábios. Tão sexy. Que merda está acontecendo? O que deu em mim e por que eu estou flertando com ele?

— Não vai ser preciso, eu pego um táxi. — Me retiro da sua sala sem ao menos esperar uma resposta.

Na calçada do lado fora da boate, eu aguardo pacientemente um táxi passar. Vejo um carro passando pela avenida bem devagar e quando se aproxima mais, ele para bem na minha frente.  

— Nossa, até que enfim eu te encontrei, não foi fácil. — Joe. Não acredito que ele conseguiu me achar até no meu trabalho. — Será que nós podemos conversar?

— Não podemos, agora vai embora. — Dou as costas para ele e começo caminhar em outra direção. Ouço a porta do carro batendo e praguejo mentalmente por isso. Me forço a olhar para trás, e percebo que ele caminha na minha direção apressadamente.

— Por favor! — Ele suplica ao se aproximar e o sinto segurar meu braço devagar.

— Joe… Olha, eu não quero ter que conversar com você agora. — Ele aperta meu braço, ao mesmo tempo, que me puxa para perto do seu corpo.

Seu olhar em mim é uma mistura de raiva e desejo. Eu costumava me derreter quando ele me olhava desta forma, mas agora, eu só quero que ele me solte para me manter longe.

— Mas eu quero conversar agora! — Ele fala com firmeza e eu tento soltar o meu braço, mas a cada tentativa, ele apertava ainda mais suas mãos na minha pele.

Eu vou matar esse puto.  

— Me solta, Joe! — Digo aos berros e ele nega com um sorriso perverso se formando em seus lábios.

Solta ela! — Ouço uma voz rouca atrás de mim e não posso negar o quanto eu estou aliviada por ouvi-la.

— Quem é esse, Debs? — Joe me questiona com o cenho franzido.

Meu nome é Justin Bieber e eu acho melhor você soltar ela agora. — Ele diz com segurança. A sua expressão está mais séria que o normal e o seu maxilar está travado.

Joe finalmente me solta e me olha incrédulo.

— Então era por isso? — Joe diz apontando para o Bieber que o encara com um olhar de raiva. — Eu vim de Oro Valley até aqui, para tentar concertar tudo entre nós e você está com outro? Sou um idiota mesmo. Meu pai tem razão, você é mesmo uma vadia, eu deveria ter o escutado. — Ao ouvi-lo me insultar sem nenhum motivo, meu sangue ferve.

Levanto minha mão e o acerto com um tapa forte em seu rosto.

— Você nunca, eu estou dizendo, NUNCA! Nunca mais me ofenda desta maneira. — Tento manter a calma, mas no fim percebo que já estou gritando.

Joe leva sua mão aonde eu o atingi e me olha com extrema raiva.

— Isso não vai sair barato, você irá me pagar por ter me trocado por esse merda. — Ele diz aos berros e se afasta a caminho do seu veículo.

— Merda é você! — Bieber grita e anda atrás dele, mas eu o seguro pelo braço. — Se voc... — Ele ia dizer algo, mas eu o interrompo puxando seu braço para que ele permaneça calado.

— Eu não tenho medo das suas ameaças, Joe, você que deveria ter medo de mim. — Grito para que ele possa escutar. Ele me observa pela última vez e entra no seu carro, saindo em alta velocidade logo em seguida.

Desgraçado.

— Voltter… — Bieber se vira para mim, enquanto meus olhos estão presos na avenida. — Você está bem?

— Estou... — Digo voltando minha atenção ao loiro a minha frente. Ele segura minha mão e observa o meu braço, que está vermelho e até um pouco dolorido por causa daquele idiota, mas não é nada demais. — Obrigada por ter me ajudado, mas não era preciso, estava tudo sobre controle.

— Claro, eu percebi quando vi você atingir seu namorado com o tapa. E que tapa, você tem mãos pesadas demais para uma garota. — Ele zombou e eu revirei os olhos.

O Bieber tem sempre que cagar tudo né? Estava indo até bem, mas estragou tudo falando de força feminina. Que babaca. Qual é? Só por que eu sou uma mulher, não posso bater em um cara sem que comparem a minha força com a de um homem? Mulheres podem bater em alguém tão forte quanto um “homem”. Ele deveria se manter calado mais vezes, para evitar defecar palavras ao vento toda vez que ele decidi abrir a boca. 

— Correção, ele é meu ex namorado. — Digo e ele abre um sorriso satisfeito. — E minhas mãos são pesadas sim, quer ver só como são pesadas? — Ele me olha assustado, mas logo começa a rir baixinho e levanta suas mãos para o alto em sinal de rendição.

— Tudo bem, me desculpe. — Concordo com seu pedido de desculpas, só porque não estou afim de mais brigas. — Venha, eu vou te deixar em casa e não adianta negar.

Parece até que ele leu a minha mente, pois eu realmente ia negar. Mas como ele foi gentil a maior parte do tempo, resolvo aceitar a carona.

03 Months Later

June 06th — NY, New York:. 08:44 PM

Estou em Nova York a três meses e alguns dias, e sim, estou contando. Pois esses meses foram os melhores de toda a minha vida. Eu me sinto livre pela primeira vez, me sinto verdadeiramente feliz, posso até dizer que hoje, eu sou uma nova mulher. A versão Debbie Ava Voltter 2.0, melhorada, confiante e mais alegre.

Quando decidi vir para Nova York, eu estipulei metas para mim mesma e até agora conseguir cumprir duas delas. 

A primeira meta: arrumar um emprego. Essa foi cumprida com sucesso logo no meu primeiro dia na cidade, tudo bem que não é o trabalho dos sonhos, eu não ganho muito e ainda tenho que aturar um bando de riquinhos esnobes me cantando a noite toda, entretanto é honesto. Estou ganhando dinheiro com o meu esforço e depois de todas as coisas que passei nessa vida, é muito gratificante receber salário de um trabalho de verdade.

Segunda meta: conhecer novas pessoas e fazer amigos. Desde que cheguei, eu consegui conhecer pessoas incríveis, como o Harry. Que inicialmente era só um amigo da Jody, mas acabou virando o meu melhor amigo de tabela. Conviver com ele todas as noites acabou nisso. Sua companhia durante o trabalho me deixa tão leve, compartilhamos tantas coisas e sem dúvidas, ele foi a pessoa mais extraordinária que conheci. Eu o chamo de meu gift. Pois ele é o melhor presente que ganhei em anos. 

Também conheci alguns outros amigos da Jody, ela tem muitos contatos na cidade. Ser editora de uma das revistas de moda mais populares do mundo, tem seus privilégios. Mas de todas as pessoas que ela me apresentou, os que mais ficaram próximos de mim, foram a Hailey, Cecile e o Blake.

A Hailey trabalha como modelo, ela é aquele tipo de menina mulher. Por fora, uma verdadeira deusa sexy, mas quando você a conhece, percebe que na verdade, ela é só uma menina “inocente”, doce e gentil. Já a Cecile, ou melhor, Cece, é o contrário. Ela tem o temperamento forte e sempre tem resposta para tudo, assim como eu. Viciada em sexo, ela adora falar sobre isso e sobre suas inúmeras experiências sexuais. Cece trabalha com a Jody na revista. E por fim o Blake, o nerd gostosão, apelido que eu pessoalmente criei. Pois além de gostoso, ele é um geek e maravilhoso artista também. Ele é fotógrafo, já trabalhou em várias campanhas de moda. A alguns dias, ele me mostrou algumas fotografias do seu portfólio, e nossa, eu fiquei maravilhada com as imagens, elas são verdadeiras obras de arte e ele um artista muito talentoso.

Nós seis sempre damos um jeito de estarmos juntos. Como Harry e eu, trabalhamos quase todas as noites na boate, as meninas e o Blake, sempre aparecem nos finais de semana para fazer companhia para nós dois e claro, para que possamos nos divertir a noite toda.

Como eu disse, passo quase todas as noites trabalhando e por isso acabei me aproximando do pessoal da boate, principalmente do Ryan, Chris e Chaz, os amigos do Bieber. Afinal eles sempre estão por lá e são tão legais comigo. Eu não entendo o por que deles serem amigos daquele azedo, eles são tão divertidos e o Bieber é tão… Bieber.  

Nunca tive tantas pessoas próximas a mim como eu tenho agora. Antes eu só tinha a Jody ao meu lado, mas ela se mudou para cá e eu fiquei sozinha naquela maldita cidade onde a maioria das pessoas me odeiam. Eu estava solitária, até que conheci a Roxie, nossa amizade era improvável de acontecer, mas aconteceu. Eu cuidava dela e ela de mim, nós nos ajudamos e nos protegemos.  

Ultimamente eu não tenho falado tanto assim com ela, não como eu gostaria, mas eu consigo compreendê-la. Sei que ela tem muitas coisas a resolver, ainda mais agora que eu não estou mais lá para ajudá-la. Eu acho até melhor assim, eu amo a Roxie e amo nossa amizade, ela é como uma irmã, assim como Jody, mas falar com ela me trás lembranças do passado. Passado esse, que eu quero e pretendo manter esquecido.

Bieber e eu conseguimos conviver civilizadamente agora, claro que as provocações e a minha vontade de matá-lo algumas vezes, ainda permanecem, mas ao menos conseguimos manter uma boa relação.

Faz um mês que não o vejo. Ele viajou a negócios com os garotos e até então não deu as caras, o que foi uma maravilha, a boate está numa paz. Porém, eu confesso que sinto falta dele pegando no meu pé, ele é insuportável, mas o clube não parece ser a mesma coisa sem sua presença.

Quem está tomando conta do lugar é o Francis, um dos homens de confiança do Bieber e do Senhor Lamberttini, pelo menos foi o que Harry me contou. Falando nele... Ele foi outro que sumiu, mal apareceu por lá. Consigo até contar nos dedos de uma mão as vezes que ele veio até a boate, acho que não chega a dar três visitas rápidas. E das poucas vezes em que ele esteve lá, nós não tivemos nenhum tipo de contato.

Mas nem tudo foram flores durante esses meses. Joe apareceu novamente, logo após o dia em que eu o acertei com um tapa, ele me procurou para conversarmos. Eu bem que tentei manter uma conversa civilizada, mas como todas as outras vezes, acabamos brigando no final. Ele não aceita que acabou e fica tentando forçar a barra para me ter de volta, no entanto, eu não consigo perdoa-lo. Eu nem sequer o amo mais, todo o amor que eu sentia pelo Joe acabou... Tudo bem, não totalmente, mas grande parte dele se foi. E desde então, nunca mais o vi e espero que permaneça assim, mas soube pela Jody que ele ainda está em Nova York.

Hoje vai ter uma festa na mansão do Bieber, ele voltou — finalmente — e pretende dar uma grande festa para comemorar sua volta a cidade dos sonhos. O que é bem a cara dele mesmo, como um homem egocêntrico, uma festa é o lugar perfeito para ser o centro das atenções de todos.

Alguns dos funcionários da boate foram convidados, como Harry e eu, fiquei surpresa de ter recebido o convite. Dizem que as festas do Bieber são as melhores da cidade e nem todos têm a “sorte” de ser convidado para tal evento. Sinceramente? Caguei pra isso. Foda-se ele e sua festa idiota.

Eu não queria ter que pisar naquela casa hoje, nem estou no clima para festejar, mas Jody e Harry, insistiram tanto e me perturbaram a semana toda com essa merda, que tive que aceitar ir. Eu me sinto até um pouco ameaçada, já que eles prometeram fazer milhões de coisas comigo, caso eu não fosse.

No convite dizia que teríamos direito de chamar um acompanhante, de nossa escolha. Harry chamou a Jody para vir conosco e eu preferi não convidar ninguém. Até pensei em chamar o Blake, mas do jeito que ele é, acabaria por criar falsas esperanças e eu não quero misturar as coisas, ele é meu amigo, não quero dar a ele uma impressão errada. Então escolhi ir sozinha mesmo, para tentar aproveitar a noite com meus melhores amigos.

Jody e eu fomos ao shopping mais cedo, para comprarmos os vestidos que usaremos nesta noite. Também arrumamos o cabelo e fizemos as unhas. Quando chegamos em casa, nós corremos para o banho, pois logo iria dar a hora de ir para a tal festa e Harry pediu para sermos rápidas.

June 06th —  NY, New York:. 10:00 PM

O relógio já marcava dez horas da noite, o horário que Harry disse que viria nos buscar para irmos juntos. Eu já estava quase pronta, só faltava o batom. Ouço a campainha tocar e imagino que deve ser ele. Como sempre, pontual.

— Deixa que eu atendo. — Jody diz ao passar correndo pelo corredor.

— Está bem. — Termino de passar o batom e agora sim, estou finalmente pronta.

Estou usando um vestido longo de cetim prateado, ele possui uma fenda profunda na minha perna direita e um corte na frente, mostrando o meu belo decote. Nos pés optei por usar um strappy stiletto nude. A minha maquiagem estava leve nos olhos, bem simples, porém elegante, então resolvi passar um batom vermelho para finalizar todo o look.

— Debs, vamos logo! — Harry grita da sala e eu bufo irritada. Ele odeia ficar esperando e eu odeio que me apressem.

Pego minha bolsa de mão no meu closet, coloco meu celular, documentos, as chaves e meu batom dentro dela, e isso é o suficiente para enchê-la, não vai ter espaço nem para um docinho. Droga, malditas bolsas pequenas, infelizmente é a única que eu tenho que combina com a minha roupa. Saio do meu quarto e caminho em direção a sala.

— Nossa, você está maravilhosa nesse vestido. — Falo para Jody que estava se olhando no espelho da sala. Ela está usando um vestido que bate no meio das suas coxas, ele é preto e tem uma textura aveludada. Na parte da frente, há um decote profundo deixando seus belos e fartos seios, bem mais convidativos.

— Obrigada, Debs. — Ela me observa pelo reflexo do espelho e diz. — Uau, você também está maravilhosa. Viu? Eu sabia que esse era o vestido perfeito para você. — Quando eu vi esse vestido na loja, confesso que não havia gostado muito, mas a teimosa Jody, insistiu que ele era perfeito para mim e agora me vendo toda produzida, assumo que ela realmente tinha razão.

Levo meu olhar ao Harry, que nos encara com uma expressão de surpresa. Ele também está lindo nesse terno vinho. Mas também, não tem como nada ficar mal nele, gato do jeito que é, até de cueca ele fica bonito e nossa como fica, senhor.  Deus que me perdoe, mas homens de terno me causam um tesão inexplicável, não consigo controlar meus pensamentos vendo esse pedaço do céu bem na minha frente.  

— Sou sortudo demais, por estar acompanhado das mulheres mais sexys e gostosas desse mundo. Uau, assim vocês acabam comigo. — Jody e eu trocamos olhares, e caímos na gargalhada logo em seguida. — Ah, não tem graça alguma, estou me segurando aqui.  

— É melhor irmos, Harry... — Jody diz após recuperar o fôlego e eu concordo tentando parar de rir.

June 06th — NY, New York:. 10:26 PM

Harry para o carro na frente da mansão de Bieber. Daqui de fora é possível ouvir a música que vem de dentro da casa. Há algumas pessoas entrando, e logo aparece um chofer, que abre a porta do carro para Jody e Harry também faz o mesmo, e estende sua mão para me ajudar a sair do veículo. Ele entrega a chave do automóvel ao homem, para que ele possa estacioná-lo e nós andamos em direção a entrada.

— Boa noite, senhores, os nomes, por favor. — Um segurança que estava na porta diz.

— Debbie Voltter, Jody Miller e Harry Styles. — Respondo ao homem. Ele checa em sua lista os nossos nomes e logo nos dá passagem para que possamos entrar.

Como a Jody era a acompanhante de Harry, eles entram juntos, logo atrás de mim. Assim que entramos na mansão, eu senti vários olhares em mim, principalmente dos homens. A grande, se não toda a maioria das pessoas dessa festa, estão acompanhados, eu sou uma das poucas que estava sozinha e eu não me importo com isso.

Sou o tipo de mulher que não precisa estar com alguém importante ao meu lado para chamar atenção, eu consigo isso sem nenhum esforço.

Caminho por entre as pessoas e como imã, cruzo meu olhar com o de Bieber, que estava me observando do andar de cima. Parece mesmo perseguição, tantas pessoas por aqui e logo de cara tenho que vê-lo?

Nossa, faz tanto tempo que não o vejo, que ele parece estar mais bonito, se é que é possível. Bieber está usando um terno todo preto com o paletó branco, o deixando ainda mais em evidência. O cabelo platinado, perfeitamente penteado, ele está tão sexy e o seu olhar me secando não me ajuda em nada. Que Deus me ajude com meus pensamentos essa noite.

Desvio meu olhar do seu e me viro a procura dos meus amigos. Droga, acabei os perdendo de vista.

Volto a caminhar na mesma direção a procura deles e no caminho cruzo com o Alexander Lamberttini ao lado de uma morena. Ela é bem alta e usa um vestido longo, de azul prussiano. Ele possui um decote sutil, sua saia é toda desenhada com alguns babados, posso notar o volume em sua barriga, com certeza está grávida.

— Olá, Debbie, como está? — Ele pergunta ao me ver passar. O meu plano de passar despercebida por ele falhou. — Faz tempo que não há vejo, não é mesmo? Você está linda esta noite. Bem, essa é a minha mulher, Amanda Lamberttini. — Ela segura minha mão e eu a comprimento com um beijo no rosto. — Meu amor, essa é a Debbie Voltter.

— Olá, muito prazer em conhecê-la, você está belíssima e parabéns pelo bebê. — Solto sua mão e sorrio gentilmente. — E obrigada, Sr. Lamberttini.

— Obrigada querida! — Ela diz com um largo sorriso em seus lábios. — Fico feliz por finalmente poder conhecê-la, Alex me falou sobre você.

Falou de mim? Será que ele contou tudo a ela? Até sobre o dia que quebrei o pulso dele? Deus amado.

— Amanda... — Ele olha para ela com um olhar de reprovação, como se ela tivesse falado demais. Ela apenas concorda ao balançar a cabeça.

— Perdão, meu querido. — Ela sussurra em seu ouvido, pensando que eu não havia à escutado. — Obrigada novamente. Estou tão ansiosa para o nascimento.

— Por nada. Me desculpem a pergunta, mas você está grávida de uma menina ou menino? — Pergunto curiosa.

Eles se entreolharam e começaram a sorrir, um para o outro. O modo que eles se olham é tão lindo, parece que realmente estão apaixonados.

— Um menino. — Alexander responde por ela enquanto sorri gentilmente. — Ele vai se chamar Evan, o que você acha?

— É um belo nome, Senhor Lamberttini. — Por quê diabos ele está me questionando sobre o nome de seu filho? Eu não tenho nada com isso.

— Voltter. — Ouço uma voz rouca tão conhecida, logo atrás de mim. Voz inconfundível.

Pela primeira vez fico feliz ao vê-lo. Essa conversa com o Senhor Lamberttini e sua esposa, já estava começando a ficar esquisita demais.

— Bieber. — Digo simplesmente, fingindo indiferença.

— Amanda... Você está linda como sempre. — Ele diz a mulher que o cumprimenta com um singelo sorriso. — Como o pequeno Evan está?  

A morena neste momento leva suas mãos a sua barriga e a acaricia por cima do tecido do vestido. Olho para o Senhor Lamberttini e sua expressão não parece estar nada contente.

— Bem, está crescendo a cada dia, não vejo a hora de ver o seu rosto. — Ela responde ao loiro, que sorri de volta para ela.

— Que ótimo, fico feliz por você. — Ele enfatiza o “você”. A cara que o Lamberttini faz é impagável. — Vou tomá-la por alguns minutos, com licença.

Bieber coloca suas mãos em minhas costas e eu agradeço aos céus por seu ato. Apesar de não fazer ideia do que ele quer comigo, já me sinto aliava por terminar essa conversa estranha.

— Até mais, Sr. e Sra. Lamberttini. — Me despeço dos dois e deixo Bieber me guiar por entre as pessoas.

Se eu fosse esperta o suficiente, não o deixaria me conduzir pela sua casa sem um questionamento antes, porém eu não estou tão consciente dos meus atos nesse momento. Além, é claro, de estar bastante curiosa.   

Ele me leva até um cômodo tranquilo, que está mais para uma sala de estar, com uma lareira no centro, sofás e poltronas em volta dela.  

— Eu preciso te dizer algo. — Ele fala nas minhas costas e eu me viro para encará-lo.

O seu olhar me seca de cima a baixo, ele parece analisar cada centímetro do meu corpo e acho até que corei neste instante.

— Então diga... — O respondo e ele se aproxima do meu corpo devagar.

A sua mão toca a minha cintura e num rápido movimento, e até com uma certa brutalidade, ele me puxa para perto. Fazendo meus seios baterem em seu peitoral rígido. Sinto sua respiração pesada em meu pescoço e em menos de segundos, me encontro toda arrepiada. Chega a ser ridículo, o fato dele despertar em mim coisas absurdas, com simples movimentos.

Então ele sussurra em meu ouvido:

— Me dê um único motivo, apenas um, para que eu não arranque esse seu belo vestido e te foda aqui mesmo.

 


Notas Finais


Desculpem pela demora para atualizar amores, eu estava muito ocupada fazendo capas para o pessoal aqui no Spirit e me esqueci completamente de escrever o novo capítulo. Mas em compensação, eu passei o dia todo ontem escrevendo esse capítulo. Na verdade são dois, esse ficou tão grande que tive que dividi-lo em dois.

Sério gente, eu nunca passei tanto tempo assim me dedicando a um único capítulo, então espero ver bastante comentário em?

Quero agradecer a todos os comentários do capítulo passado, fiquei tão feliz com todos os números e o carinho de vocês comigo. Eu ainda estou respondendo todos, vocês sabem como eu sou enrolada né? Mas eu sempre respondo a todos. Aos favoritos recentes também, muito obrigada, a todos que leem a fanfic e aos leitores fantasmas também. Obrigada a todos.

Por fim, vocês acham que a Debbie vai ceder pro Justin? Me digam nos comentários.

Beijos e até mais <3

Trailer: https://youtu.be/kf0veBoI324
Personagens: https://youtu.be/EVhLZT5ZcRE


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...