Ao chegarmos em Cidade Ocidental...
- Bruna, tu vai dormir lá em casa ?- Renata me perguntou.
- Não, quero dormir em casa.- falei calma.
-Posso dormir lá contigo ?-Stefanny perguntou, esperava vir da Camilla.
-Claro, vai ser bom não estar só.- Camilla fechou a cara, aposto que surpresa com a amiga.- Vem também Camilla.
-Não sei...-respondeu olhando pela janela.
Deixei o assunto quieto, Karollyne dormia no colo de Renata, músicas tocavam no rádio, Stefanny dirigia, e eu ? Perdida em pensamentos.
Chegamos rápido, Stefanny colocou o carro na garagem da minha casa, Renata foi pra casa com a Karollyne dormindo em seu colo, me ofereci pra levar a menina mas ela não disse tá tava tudo bem e não precisava. Camilla ia pra casa, mas eu puxei seu braço.
- Tá tudo bem ?- perguntou preocupada.
- Tá, dorme aqui?
- Não sei, acho que vou dormir em casa mesmo.
- Não, dorme aqui comigo.
- Pra que ? Não já tem a Ste aí contigo.
- Mas se eu passar mal de noite eu não vou ter coragem de acordar ela. - Ela me abraçou e meu descansei minha cabeça em seu ombro, já que ela é mais alta.
- Você é sempre manhosa assim quando tá doente ?- Ri baixo e apenas assenti com a cabeça.- Você devia ficar doente mais vezes.- dei um tapa em seu braço.- Tá eu durmo aqui.
Entramos pra dentro de casa e a Stefanny já estava lá, explorando lugar. Camilla já era de casa, apenas se estou no sofá e enfiou a cara no celular.
-Gostou ? - perguntei enquanto ela mexia nas coisas.
- Aí que susto.- falou colocando a mão no peito.- Desculpa, tava só olhando.
- De boa, pode mexer.- falei e caminhei em direção a cozinha. -Vocês estão com fome ?.
-Não.- adivinha quem disse ? Se você disse Stefanny errou.
- Camilla você vai comer nem que seja a força.- Eu sou muito mãezona.
- Chata.- gritou da Sala.
- Eu mesma Monamour.- gritei de volta.- Ste, vem cá.- chamei a menina, afinal não sabia o que ela gostava ou não, se era vegetariana ou vegana, sei que tem cara de fresca.
- Oi.
- Então, você come de tudo ?
- mais ou menos.- Não disse. Fresca.- o que tá pensando em fazer ?
- algo rápido.
- entendi, frango ?
- é uma boa.
- ou macarronada.
- macarronada !- meus olhos chega brilham.-me ajuda ?
- Claro, o que eu faço?
- bota o macarrão pra cozinhar que eu vou cortar aqui os temperos.
Ste me ajudou em todo momento a fazer a macarronada, ficamos na cozinha conversando e cozinhando.
Ste era uma menina muito legal, descobri que apesar de só ter 20 anos, já tem casa própria e um noivo, mas o mesmo está passando um perrengue atrás de emprego, os anos passam e a crise no Brasil só piora. Depois de pronta, levamos pra mesa com um suco de uva, mas pra mim, só talvez eu tenha posto vinho.
- Camilla vem comer.
- Não tô com fome.
- Ah não tá com fome não ?
- não.- Caminhei até a sala e tirei novamente seu celular, colocando entre meus seios.
-Me dá Bruna.
- Não do enquanto não comer.
Sai da sua frente e caminhei até meu quarto, colocando-o em uma gaveta com tranca, a chave deixei em uma gaveta de peças íntimas. Desci e ela estava sentada no sofá, a cara emburrada, pernas cruzadas.
- Anda, vem comer Cami.
- Eu não quero, não tô com fome.
- Só um pouquinho, tu nem comeu direito hoje.
- Eu não tô com fome.
- Então também não vou comer. - falei indo pra cozinha.
-Já comeu Ste ?
- Não, tava esperando vocês.
- Pode comer, a Camilla não quer e nem eu.
- Tá louca ?- me perguntou.
- Talvez, tô indo pro meu quarto.
Subi pro meu quarto, disposta a dormir, meu corpo parecia ter sido pisoteado por uma manada de elefantes, coloquei uma música calma em meu celular e em pouco tempo me entreguei ao sono.
2:30 da manhã eu me acordo morrendo de sede, desci até a cozinha pra beber água, a casa tava silenciosa. Peguei minha garrafa de água, estava sem sono, então fui fazer o que faço de melhor, trabalhar. Não sabia ao certo se tinha algo pra resolver mas fui mesmo assim, abri a varanda e me sentei na minha mesa. Li e reli contratos, patrocínios, despesas etc...
Era bem tarde, já estava amanhecendo, tomei um banho e fui comprar pão de bicicleta.
O caminho não era muito longo, mas era uma distância significativa, eu estava começando a dar sinais de tontura, mas já estava perto do local.
Assim que cheguei, parei a bicicleta numa sombra, e esperei melhorar um pouco. Me levantei devagar e fiz meu pedido a caixa. A tontura voltou, mais forte, fui obrigada a me apoiar.
- Moça, você tá bem ?- alguém em volta perguntou.
- Alguém me empresta um celular.- falei já sem forças.
- Claro, me diz o número e eu ligo pra alguém, como é seu nome ?
- É Bruna, digita ××××-×××.- e minhas forças se foram, última coisa que me lembro é meu corpo indo de encontro ao chão.
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