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História The Past Is Back - Capítulo 17: Galpão de Horrores


Escrita por: thebextk

Capítulo 17 - Capítulo 17: Galpão de Horrores


Fanfic / Fanfiction The Past Is Back - Capítulo 17: Galpão de Horrores

Estava demorando muio para chegar, já que minha mãe não está em Lakewood. Não me lembro, agora, o nome da cidade. Audrey acabou dormindo no meu colo, ela é tão fofa dormindo. Estava quase pegando no sono também até que escutei um barulho de notificação no celular. Haviam várias mensagens de Eve, o que era estranho já que não passei meu número pra ela e nos beijamos da última vez que nos vimos. Desbloqueei a tela para poder responder, mas antes de começar a digitar alguém me liga. 

"Eve?" - ainda estava sem entender. 

"Sim. Eu soube o que aconteceu na sua escola. Você está bem?"

"Sim, eu acho." - acabei me mexendo um pouco e Audrey acordou. - "Como conseguiu meu número?"

"Você me deu, bobinha." - ela riu. Não acreditei muito mas dei de ombros.

"Dei? Hm, não me lembro disso." 

"Bom... Só queria saber se está tudo bem mesmo."

"Ah, está sim. Não se preocupe." - passei a mão na cabeça de Audrey.

"Não se esqueça que ainda temos que sair, hein!"

"Pode deixar." - ri.

"Tenho que voltar ao trabalho, tchau."

"Tchau, Eve." - desliguei.

Bloqueei o celular e olhei para baixo. Audrey estava me encarando, séria.

- Quem era?

- Eve. 

- Quem? - Audrey com ciúmes?

- Uma amiga que eu fiz no avião. Ela foi na... - me lembrei daquela cena e quis remover aquilo imediatamente. - Ela está morando em Lakewood. 

- Ela foi onde, Beatricce? - ela se levantou, sua sobrancelha também.

- Na festa. Do Kieran. Nada demais. - menti. - Relaxa.

Ela apenas me olhou de lado, ainda séria. Como se não acreditasse em mim, mas dei de ombros e a abracei. Ela me retribuiu com um beijo. Aquilo me deixou um pouco magoada, não gosto de mentir pra ela. Mas de qualquer jeito, ela beijou a Zoe e o Noah, e ainda não comentou nada comigo. 

Olhei o horário no celular e eram 17:30, já estava anoitecendo. O policial foi parando aos poucos, provavelmente estávamos para chegar no local. A rua estava deserta e ele parou em frente a um galpão. Assim que ele puxou o freio de mão, desci da viatura. Senti que Audrey tentou me segurar, mas estava agoniada. Fiz menção de andar mas parei por uns segundos. Audrey já tinha saído e dado a volta, ela encostou em meu ombro. 

- Ei, você está bem?

- Acho que sim. - expirei. 

Ela segurou minha mão e olhou nos meus olhos. Aquilo me deixou um pouco aliviada. Milhares de coisas rodeavam minha cabeça. As outras viaturam chegaram em seguida, e os policiais estavam se preparando para entrar no tal galpão. Um moreno e alto, veio até nós, dizendo que não poderíamos entrar. Pensei em retrucar, mas eram tantas coisas se passando pela minha cabeça que repensei. 

Eles entraram e eu fiquei encostada na viatura com Audrey. Havia apenas dois policiais fora. Minha perna não parava um segundo, sequer. 

- Ei. - Audrey segurou minha perna e soltou um riso. - Relaxa. 

- Não tem como! - expirei. - Não com ele à solta.

- Sua mãe é forte, assim como você.

Se passaram 20 minutos. Nenhum sinal. Audrey sempre puxando assunto, tentando me fazer sorrir e baixar a tensão. Sou tão sortuda de ter ela comigo. Eu estava me acalmando aos poucos, até que meu celular vibrou ao mesmo tempo que o dela. Senti o sangue subir pela cabeça e abrimos a mensagem. Era um vídeo da minha mãe, amarrada e desacordada. Audrey olhou pra mim imediatamente.

- Não posso ficar aqui. - falei colocando o celular no bolso. Ela me segurou. - Você vem? Porque mesmo se você não vier, eu preciso ir!

Percebi em seus olhos que queria falar algo, mas não falou. Ela apenas assentiu comigo e me seguiu. Olhamos para os dois policiais e estavam quase dormindo, foi a nossa chance. Corremos e entramos no galpão. Estava tudo escuro e só conseguia sentir os dedos de Audrey entrelaçados nos meus. Dava passos sem ao menos saber onde estava pisando. E havia uma luz ao fim do corredor, era o que me guiava. Parecia o caminho da morte.

Quando chegamos a tal luz, percebi que não era luz de uma lâmpada, e sim do céu. Há pouco tempo até ficar escuro, então precisamos achar minha mãe logo. O que mais estava me matando era o silêncio, cadê meu pai e os policiais?! 

Com as sombras, ficava difícil de enxergar. Audrey me cutucou e me mostrou uma escada, então subimos. Haviam dois corredores, um bem ao meu lado e o outro estava do outro lado de uma pequena passarela. Ela me olhou e eu sabia o que ela queria com aquilo, então a puxei para o corredor do meu lado e ela resistiu.

- B, você sabe que é muito mais fácil eu ir por lá e você por aqui.

- Ele está aqui dentro, Audrey! Minha mãe está nas mãos dele!

- Exatamente! Me deixa ir! Eu grito se ele aparecer ou achar sua mãe.

Fiz corpo mole mas ela insistia. Tudo bem, concordei com muita dor no coração. Dei um beijo rápido nela e ela seguiu a passarela. 
~ AUDREY ON ~

Tenho que admitir que estava morrendo de medo, mas isso tudo é pela B. O corredor havia várias portas, com salas, e eu abria todas mas não havia sinal de ninguém. Me assustei quando escutei um barulho alto, até que o assassino apareceu próximo a uma das últimas portas. Corri sem olhar para trás, até que esbarrei com alguém e caí no chão. Era o pai da B. 

- O que está fazendo aqui? - ele estendeu a mão e me ajudou a levantar. Quando olhei para trás de novo, o assassino não estava mais lá. 

- Nós decidimos entrar.

- Nós quem? - ele sussurrava e eu abaixei meu tom de voz aos poucos.

- Eu e a B.

- Beatricce?! Cadê ela?

- Ela seguiu por um corredor.

- Como vocês se separam assim?

Ele não parecia bem. Nem um pouco. Ia responder qualquer coisa até que escutei um grito. Droga, B! Corri de volta pelo mesmo corredor, não olhei para trás mas conseguia escutar seu pai vindo atrás de mim.
~ BEATRICCE ON ~

- Mãe, acorda! Acorda! Por favor! - falei dentre soluços.

Haviam feridas e sangue por grande parte de seu corpo. Deus, como puder ser tão cega? Como não consegui vê-la aqui antes? Ela ainda estava desacordada e eu tentava desfazer os nós para soltá-la mas estava fraca. Por um segundo pensei em parar, e só chorar. Mas continuei. Ela finalmente estava acordando.

- Mãe? Mãe, olha pra mim!

- Beatricce? - ela falou baixo.

- Sim, sou eu mãe! - sorri.

Ela começou a respirar muito rápido, não entendi. Isso era felicidade? Escutei passos e olhei para cima, Audrey. "B!", ela gritou e apontei para minha mãe. Assim que apontei, senti algo entrar em mim, pelas costas. Provavelmente uma faca. Junto do corte, fui arremessada para o chão. Conseguia sentir o sangue saindo de mim. Fechei bem meus olhos, já sabia quem era. Quando os abri de novo, consegui ver Audrey tentando avançar nele. Eu estava gritando mas ninguém me ouvia. O assassino empurrou Audrey no chão e parecia se preparar para matá-la, então, com muita dor, me levantei e tentei impedir mas fui arremessada longe. Dessa vez forte e acabei batendo minha cabeça. Depois disso, não consegui ouvir e nem ver mais nada. 



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