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História The Past Is Back - Capítulo 19: Escolha Uma


Escrita por: thebextk

Capítulo 19 - Capítulo 19: Escolha Uma


Fanfic / Fanfiction The Past Is Back - Capítulo 19: Escolha Uma

Já se passaram seis dias desde o episódio no galpão. Ainda não superei a morte da enfermeira e do Jake. Parece que o tempo parou em Lakewood, um sinal de luto, talvez? Já é o quarto dia da minha mãe em casa, e ela parece ter se adaptado bem. A dúvida que ainda me intriga é: onde ela estava esse tempo todo? As possibilidades ainda se passavam pela minha cabeça, até porque...

- O café está bom? - ela me interrompeu nos pensamentos. 

- Hm, está sim mãe. - sorri. - Você sabe que não precisa ficar fazendo essas coisas, né? Você acabou de voltar.

- Filha, eu não estou sendo obrigada. Eu faço porque gosto. Era minha rotina, você sabe. 

- O pai vai ficar em casa hoje? - falei assim que terminei o café.

- Acho que sim.

- Teria algum problema eu pegar o carro emprestado, por hoje? - ela me olhou com cara feia e eu fiz um sorriso de criança.

- Tudo bem. Mas depois você conversa com ele.

- Obrigada. Te amo. - dei um beijo em sua testa e saí. 

Assim que entrei no carro tentei ligar para Audrey. Ela não me responde desde ontem à noite. Parece perseguição, mas em um lugar como Lakewood é para ficar assustado. Depois do quarto toque, ela atendeu. Finalmente.

"Ei, B. Como você está?" - sério?

"Onde você estava? Por que não me atendeu?" - disse séria.

"Desculpa, eu vim aqui no Noah pra poder explicar tudo pra ele."

"Nossa deve ter demorado muito, né? Passou a noite toda aí?"

"Eu dormi aqui. Ei, não está com ciúmes, né?"

"Lógico que não. Só preocupada."

"Relaxa. Você quer que eu te encontre agora?"

"Não sei, se você quiser me acompanhar... Eu vou conversar com a Brooke."

"Você quer que eu te acompanhe né?" - ela me conhece muito bem.

"Quero, quero muito."

"Tudo bem. Pode passar aqui?"

"Ok. Chego em poucos minutos."

Depois de me encontrar com ela, fomos à casa da Brooke. O pai dela abriu a porta pra nós e subimos sem avisar. Ao entrar no quarto me deparo com a seguinte cena: Brooke sentada no chão, abraçada as suas pernas e chorando, haviam penas de travesseiro pelo quarto inteiro e uma tesoura em cima da cama. A pior cena da minha vida foi vê-la naquele estado, apenas soube sentar ao seu lado e abraçar. Durante toda a conversa ela chorou e confesso que acabei marejando. No final, nos resolvemos e Audrey foi pra minha casa. 

- Qual o nome do filme mesmo? - disse tirando a pipoca do microondas. 

- "Quem Matou Rosemary?" - ela gritou do sofá.

- Ótimo nome para o que se passa em Lakewood. - ela riu enquanto sentava ao seu lado. - Deixa eu adivinhar, Noah?

- Você é uma espécie de vidente? 

- Boba! - nós rimos e um celular começou a tocar.

- Não é o meu. - ela mostrou dando de ombros.

- Droga, esqueci na cozinha. 

Ignorei mas ele tocou novamente, então fui atender apesar de muita preguiça. Era minha mãe. 

"Mãe? Tá tudo bem?"

"Sim! Só liguei pra saber se está tudo bem e para avisar que consegui um trabalho pra você!" - oi?

"O que?"

"Vai trabalhar de babá. Depois eu te explico, vou passar no mercado e já volto pra casa."

"Tudo bem. Tchau." - revirei os olhos e voltei pra sala.

- Quem era?

- Minha mãe. Não se preocupe, vamos só assistir o filme. 

Depois de algumas horas e várias mãos bobas, o filme finalmente acabou. Estava no colo da Audrey, beijando-a intensamente, suas mãos percorriam livres pelo meu corpo. Estava pronta pra tirar sua blusa até que...

- Beatricce? - PORRA! MINHA MÃE!

Audrey me empurrou para o lado, sabíamos que coisa boa não viria. Minha mãe estava me olhando com total desgosto.

- Mãe, eu...

- Não me chame de "mãe". - ela me interrompeu e eu abaixei a cabeça.

- Sra. Hayes, nós só estávamos...

- Eu sei exatamente o que eu vi. - também a interromepeu. - Audrey, saia da minha casa! Eu quero conversar com a Beatricce.

- Por que não fala enquanto estou aqui?

- Você é teimosa, não? 

- Só não entendo.

- Audrey, é melhor você ir... - disse ainda de cabeça baixa.

- Não, estamos nessa juntas.

- Audrey, é sério.

- Tudo bem... Me liga depois.

Minha mãe a tirou de casa, quase empurrando. E quando voltou estava de braços cruzados e olhando para o chão.

- Não precisava tratar ela desse jeito. - falei em tom baixo.

- Isso é um abusrdo!

- O que? Eu gostar de garotas? Surpresa!

- Fala direito comigo, eu sou sua mãe!

- Você não esteve presente por metade da minha vida, quer bancar de protetora agora? - passei por ela indo em direção a escada.

- Volta aqui, Beatricce!

- Eu a amo! Você gostando disso ou não. 

- Você não a ama, pelo amor de Deus! Você está louca!

- A única louca aqui é você. - apontei para ela e seus olhos marejaram. 

- Ei, ei, fale direito com a sua mãe. - era meu pai. 

- Sério pai?

- Sobe pro seu quarto, vou conversar com ela, ok? - assenti.

Subi as escadas correndo e me joguei na cama assim que encostei a porta do quarto. Gritei e muito, por sorte o som estava abafado. Alguém bateu na porta. 

- Vá embora, estou morrendo. 

- Ah, qual é. - ele abriu a porta.

- O que você quer, Mike?

- Só conversar, posso? - me encostei pro lado da cama e ele se sentou.

- Sobre?

- Você sabia que isso ia acontecer, eu te conheço.

- O que?

- Achou mesmo que ela ia aceitar? Por favor. 

- Sou apaixonada pela Audrey desde o primeiro olhar, mas minha mãe não estava aqui desde que a conheci... Então, nunca parei pra pensar sobre isso direito. Mas, ainda passou pela minha cabeça a possibilidade dela aceitar, sei lá. - joguei o travesseiro longe.

- Se realmente a ama, não importa o que a Rose faça.

- Quem diria que você sabe dar conselhos. - nós rimos. - Por que está sendo legal comigo?

- Não posso? - sorri de canto. - Se precisar esfriar a cabeça, podemos assistir um filme ou sei lá, só conversar mesmo. 

- Vou lembrar disso. 

- Ok, vai dormir. Talvez amanhã ela mude de ideia. 

- Boa noite, Mike.

- Boa noite.

Não conhecia essa lado afetivo do Mike, eu gostei. Fazia um tempo que não conversavámos. Assim que ele saiu do quarto, me virei pro lado e dormi com aquela roupa mesmo. Acordei com o  número desconhecido me ligando. Olhei para a janela e ainda estava escuro.

"Gosto do estilo da sua mãe."

"O que você quer? Me deixa dormir."

"Fundo do cinema. Venha rápido, posso perder minha paciência."

"O quê?"

Ele desligou e apareceu uma mensagem imediatamente. Havia um vídeo anexado,  abri. Audrey e Alison amarradas em cadeiras e inconscientes, DROGA! Pulei da cama. Não poderia deixar minha mãe me ver, então saí pela janela. Infelizmente deixei a chave do carro na cozinha, sem chances, fui correndo como uma condenada.

Chegando lá, torci para ser apenas uma brincadeira, mas não. Havia uma arma no chão, a peguei imediatamente. Ligação de novo.

"O que você fez com elas?"

"Relaxa. Ainda estão vivas, digo, por pouco tempo."

"Não pode matá-las, não vou deixar."

"Pobre B. Não sou eu que vou matar, é você. Escolha uma."

"Não!"

"Se tentar alguma gracinha, as três morrem."

De um lado, Alison, minha ex melhor amiga, que já fez coisas que me magoaram mas estão no passado; de outro, Audrey, o amor da minha vida. Não conseguiria matar o amor da minha vida, mas também nunca me perdoaria por matar Alison. Sem muito sofrimento e com os olhos fechados, atirei nela. 



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