1. Spirit Fanfics >
  2. The Patient 193 >
  3. Capítulo 1

História The Patient 193 - Capítulo 1


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Oi gente.
Olha quem voltei.
Isso mesmo. Quem voltei \o/
Cheguei com um dos novos projetos que citei em Heartbeat, e como prometido, chegou na semana do dia 05/09 *-*


Essa Shortfic será composta por 5 capítulos + Epílogo.


Espero, sinceramente, que vocês gostem ♥
Boa leitura.

Capítulo 1 - Capítulo 1


– Doutor. Temos uma paciente no quarto 193. – a enfermeira Delly Cartwright informou, entregando-me uma prancheta.

– Sobre o que se trata? – questionei caminhando pelo corredor, enquanto a enfermeira me seguia.

– Acidente de carro. – respondeu rapidamente.

– Como ela está? – perguntei apertando os passos.

– Ela foi encontrada em estado de choque. Houve fraturas na perna esquerda, contusão na cabeça, e hematomas no braço. Os exames restantes ficam por sua conta. – ela me acompanhava com a mesma velocidade. – O lado do motorista teve mais danos.

– Mortes? – questionei já avistando o quarto mais à frente.

– Uma. Não sabemos nada sobre ela, e nem sobre o rapaz encontrado no carro. – disse. – A doutora Cresta está com ela. – avisou, passando reto pelo quarto. – Qualquer coisa, estou no final do corredor.

Afirmei com a cabeça, entrando no 193.

A garota estava sendo atendida por Annie, que engessava sua perna cuidadosamente.

– Boa noite. – disse calmamente, recebendo o olhar perdido da paciente.

Seus olhos estavam vermelhos. Seu rosto carregava algumas escoriações. Ela estava pálida, com um corte no lábio inferior e na sobrancelha direita. Sua cabeça já havia sido enfaixada para conter o sangramento, e aguardava um exame mais aprofundado, que eu mesmo o faria.

– Boa noite, doutor Mellark. – Annie quem respondeu, ainda realizando seu serviço.

– Alguma novidade, doutora Cresta? – perguntei, deixando minha prancheta sobre a maca vazia, e peguei as anotações de Annie.

– Nenhuma. – respondeu finalizando o engessamento, e retirando suas luvas. – Talvez você as obtenha. – disse olhando em minha direção. Ela descartou as luvas no lixo, e olhou mais uma vez para a paciente. – Esse é o doutor Mellark. Ele é o nosso melhor neurologista. – me apresentou para a garota que piscava algumas vezes, enquanto olhava de mim para Annie. – Se precisar de mim, sabe meu nome. – Cresta sorrio gentilmente saindo do quarto.

– Consegue me dizer seu nome? – perguntei lendo as anotações de Annie.

A garota permaneceu em silêncio.

Ergui os olhos em sua direção, podendo notar que seu olhar estava direcionado para a janela localizada em seu lado direito.

– Ele morreu, não é? – sua voz saiu rouca e fraca.

Sinceramente, eu estava há pouco tempo atuando como médico de verdade. Foram quase 12 anos de estudo, contando com o tempo de residência. Em todo caso, era a primeira vez que eu via alguém naquele estado, e não era nada bom.

– Eu fui direcionado a cuidar da sua saúde. Não tenho informações sobre o outro paciente. – menti descaradamente.

O fato dela ter sido encontrada em estado de choque, era necessário ter cuidado com certas informações, como por exemplo, não dizer que a pessoa que estava presente com ela no acidente, estava morta.

– Katniss. Katniss Everdeen. – a garota respondeu, voltando a olhar em direção a janela.

Senti uma pequena dor no coração por fazê-la falar comigo, depois de uma mentira.

Deixei a prancheta de Annie de lado para usar a minha.

Anotei seu nome no alto da ficha. Depois anexaria com as da Cresta.

– Idade? – perguntei, voltando a olha-la.

– 23. – respondeu prontamente.

– Do que se lembra, Katniss? – disse anotando no papel.

– Cato cortou o sinal vermelho, um caminhão bateu no lado do motorista. Não sei quantas vezes capotamos, nem quanto tempo fiquei tentando sair do carro. Na verdade nem me lembro de ter sido tirada de lá. A última coisa que me lembro, é que Cato parecia morto com os olhos abertos e assustados. – sua fala parecia em modo automático.

A garota contava tudo completamente imóvel. Seus olhos haviam se voltado pra frente, mas ela mal piscava.

Apesar de necessitar das informações, e precisar saber o quão bem ela estava raciocinando, não sentia-me bem em ouvi-la. Não daquela forma.

– Cato é alguma coisa seu? – perguntei.

– Namorado. – falou franzindo o cenho e olhando pra mim. – Quando poderei vê-lo?

– Precisaremos fazer alguns exames, Katniss. Preciso saber qual a gravidade do ferimento em sua cabeça. – expliquei, aproximando-me da maca que ela estava sentada. – Está sentindo dor? – questionei, podendo notar que seus olhos eram mais cinzas do que azuis, e que mesmo estando quase sem brilho, eu havia achado a coisa mais linda do mundo.

– Não. – disse piscando algumas vezes, e voltando a olhar a janela.

Com certeza a falta de dor ainda era resultado do recém estado de choque. Eu sabia que logo as dores fortes viriam, por isso eu precisava agir rápido com os exames, e medica-la da maneira correta.

– Tudo bem. Então faremos os exames. – disse apertando o botão ao lado de sua maca, pedindo por uma enfermeira.

A garota não me respondeu.

Permaneceu imóvel, com os olhos perdidos em um ponto fixo.

 

~||~

 

– Não pode ser. – a voz de Katniss era cortante, e confesso que meu coração doeu ao ver as lágrimas molhando suas bochechas.

Sua mão direita, que estava com muitos hematomas, foi levada a boca, demonstrando o horror que transbordava em seus olhos.

– Mantenha a calma, Katniss. – o rapaz que passara a noite ao seu lado disse, segurando sua mão esquerda.

– Cato... Ele não... – ela disse confusa depois de sua mão cair sobre seu colo.

– Eu sinto muito. – foi o que consegui dizer depois de dar a notícia sobre seu namorado.

Meus olhos estavam parados em Katniss, que chorava silenciosamente. Eu queria ter as palavras certas para conforta-la, mas não parecia possível.

O que me incomodava de verdade, era sentir a sua dor invadindo meu peito, algo que nunca havia acontecido comigo.

Depois dos exames do dia anterior, constatei que nada de grave havia acontecido com sua cabeça, mas que as dores viriam logo, por isso a mediquei, fazendo-a dormir à noite toda e acordar há poucas horas.

– Annie. – a chamei, vendo-a passar pelo corredor. – Você pode ficar com Katniss por um momento? Preciso falar com o... – parei de falar olhando para o rapaz.

– Finnick Odair. – ele disse ainda com os olhos em Katniss.     

– Claro. – Annie concordou, entrando no quarto.

O rapaz olhou para a Cresta e depois pra mim, voltando a olhar para Katniss.

– Eu já volto. – Finnick veio em minha direção, saindo comigo, quando decidi que era melhor irmos para o corredor.

– Você é parente de Katniss? – questionei.

– Melhor amigo. – disse. – Eu sei que não poderia ficar com ela, mas eu e Katniss não somos daqui. Viemos do Texas pra fazer faculdade. Sua família já está sabendo sobre o acontecido, mas não conseguirão vir para a Califórnia. – ele cruzou os braços. – A doutora Cresta conseguiu permissão para que eu passasse a noite com Katniss.

– Tudo bem. Não pensei em contrariar isso. – falei recebendo seu semblante de confuso em troca. – Katniss não poderia ficar sozinha. Foi bom que Annie tenha permitido isso. – expliquei.

– Claro. Entendi. – falou descruzando os braços. – O que o senhor gostaria de falar comigo?

– Sobre Cato. Você acha que Katniss vai superar isso? – perguntei preocupado.

Finnick franziu as sobrancelhas, mas as relaxou em seguida.

– Ela só está tentando digerir as informações. Fazia pouco tempo que estavam juntos. – começou a falar. – Ele era um idiota. – deu levemente de ombros. – Katniss só está perplexa. Ela poderia ter morrido também.

– Sim, poderia. – afirmei.

– Mas ela vai ficar bem? – Finnick perguntou.

– Eu precisarei deixa-la internada. Algumas lesões cranianas demoram algum tempo para aparecer seque-las. – expliquei. – Mas pelos exames, há grandes probabilidades dela ficar 100% logo.

– É que eu não vou poder ficar aqui hoje à noite, e eu não queria deixa-la sozinha.

– Eu estarei de plantão. Ficarei com ela, enquanto não precisar atender outros pacientes. – falei prontamente, vendo-o relaxar um pouco.

Não era comum um médico ficar com um paciente, porém, assim como Finnick sentia necessidade em não deixa-la sozinha, eu também sentia, por isso me dividiria em dois se fosse preciso para acompanhar Katniss quando necessário.

– Obrigado. – agradeceu, movendo sua cabeça em seguida, assim que notou Annie saindo do quarto.

– Preciso atender um paciente, Peeta. – ela avisou parando próxima de nós dois. – Katniss parou de chorar, mas voltou ao seu estado quase catatônico. – explicou, voltando seus olhos para Finnick. – Acho que ela precisa do melhor amigo no momento.

– Sim, sim. Eu vou lá agora mesmo. – concordou dando uma última olhada em Annie e se encaminhando para o quarto.

– Parece que alguém gostou de você. – falei enquanto caminhava com Annie pelo corredor.

– Finnick é gentil. – disse reservadamente, colocando as mãos nos bolsos de seu jaleco.

– Somos amigos, Cresta. Não precisa mentir pra mim. – falei abrindo a porta para ela passar na minha frente.

– Tudo bem. Ele é gentil e bonito. – pude nota-la revirar os olhos. – Mas sempre surge esses caras assim por aqui. – Annie deu de ombros, parando no balcão principal. – Eu não estou desesperada pra arrumar um namorado, Mellark. – rebateu, pegando a prancheta com seu nome.

– Eu não disse isso, Annie. – voltei a andar ao seu lado.

– E você com a Katniss? – questionou chamando o elevador.

A olhei confuso, recebendo seu olhar acusador em troca.

– Eu ouvi você dizendo que ficaria com a garota quando Finnick fosse embora. – disse voltando sua atenção para a prancheta. – Eu trabalho aqui há um ano, e pude notar que você não costuma se envolver com pacientes dessa forma.

– Tenho 32 anos, ela tem 23. Além da diferença de idade, seria imprudente da minha parte por N motivos, pensar em me envolver com Katniss. – falei baixo, entrando no elevador.

– Eu vi como olhava pra ela durante os exames ontem. – disse no mesmo tom me acompanhando. – Eu tenho 25 anos, e mesmo assim, não sou idiota. – Annie sorrio pra mim, apertando o botão número 8 no painel.

– Eu trabalho aqui há 2 anos, Annie. Ela foi a primeira pessoa que vi naquele estado. – tentei explicar. – Nem mesmo os anos de residência foram o suficiente para me preparar para aquele momento. – balancei a cabeça negativamente. – Ela parecia estar em outro lugar. Seus olhos perdidos, não conseguiam ao menos focar em mim por mais de um minuto.

– Tome cuidado, Peeta. Mesmo que seja preocupação extrema, por falta de preparo para momentos tristes, seu coração pode te enganar. – alertou, olhando para as portas que haviam se aberto. – Você a conheceu ontem, e mesmo assim quer cuidar do caso dela de perto, como fará hoje à noite. – Annie saiu do elevador. – Lembre-se de toda a situação antes de se deixar enganar.

As portas se fecharam, deixando-me completamente confuso.

De onde Annie tinha tirado tudo isso?

 

~||~

 

– Como está se sentindo agora? – perguntei ao entrar no quarto 193.

– Melhor. – Katniss respondeu olhando diretamente pra mim. – Finnick me disse que você se ofereceu para ficar por aqui. – ela se ajeitou devagar em sua cama. – Não é necessário.

– Realmente não é. – passei a mão direita por meus cabelos, notando seu olhar atencioso sobre mim. – Mas eu estou de plantão. Ou eu fico aqui, ou fico na sala de descanso com alguns médicos que aproveitam pra cochilar nos intervalos.

– Posso te chamar de Peeta? – perguntou.

– Claro. – respondi.

– Você não gosta de ficar lá, Peeta? – perguntou curiosa.

– Não com alguns deles roncando. – expliquei, sentando-me na cadeira que Finnick usara na noite anterior.

Katniss deu um sorriso fraco, olhando suas mãos que estavam sobre seu colo.

– Me sinto estranha. – soltou a frase segundos depois.

Ela suspirou pesadamente, fechando os olhos em seguida.

– Estranha de que forma? – questionei preocupado.

– Não tem a ver com meu estado físico. – respondeu abrindo os olhos, e olhando em minha direção. – Eu só acho que era pra eu ter morrido também. – disse com a voz falha.

Em seus olhos haviam se formado lágrimas.

– Como assim? – me ajeitei na cadeira, levemente desconfortável.

– Eu estava com Cato há poucos meses. Ele sempre foi imprudente, e eu não me importava com isso. – começou a falar, deixando algumas lágrimas escaparem. Sua voz estava embargada, o que parecia tornar difícil sua fala, mas mesmo assim ela continuou sua história. – Ontem, quando saímos da faculdade, Finnick veio até o carro de Cato pra tentar me tirar de lá. Sabia que pra onde íamos não era coisa boa. Obviamente eu chamei meu melhor amigo de imbecil, e não me importei em ouvir sua opinião. A última coisa que Finnick Odair me disse antes de Cato sair em disparada, foi para que eu colocasse o cinto de segurança. – ela deu um riso fraco e sem vontade. – Estranhamente foi a única coisa que dei ouvidos.

E então eu notei o quão tensa era a situação. Se fosse em uma outra noite, talvez eu jamais a tivesse conhecido.

Só de ter esse pensamento algo se agitou em meu estomago.

– Não pense nisso agora, Katniss. – decidi falar. Seus olhos estavam em mim. – Você está tendo uma segunda chance agora.

– Talvez eu precise mesmo. – ela abriu um sorriso fraco, encarando suas mãos novamente. – Passei anos da minha vida arranjando cara errado após o outro, e eu não me importava. Só gostava de me divertir. Finnick tentava me avisar a merda que eu estava fazendo comigo mesma, mas eu nunca parei para escuta-lo.

– Infelizmente precisou acontecer uma tragédia pra você me dar ouvidos. – a voz séria de seu amigo nos surpreendeu, fazendo-nos olhar em direção ao som.

Ele estava parado na porta do quarto, olhando em direção a Katniss.

– Eu sinto muito, Finn. – Katniss disse, me fazendo olha-la novamente. Seus olhos haviam avermelhado. – Eu sei que deveria ter dito isso assim que eu te vi sentado me vigiando, mas eu não consegui. Eu sabia que era culpa minha você estar tão preocupado. – as lágrimas dela voltaram a cair, o que me deixou mais desconfortável.

Acabei me levantando da cadeira, para dar espaço para Finnick que se aproximara.

– Está tudo bem, pequena. – ele disse se curvando para beijar a testa dela. – Eu nunca mais vou te deixar namorar alguém daquele jeito. – sua mão acariciou os cabelos loiros de Katniss. – Nem que eu tenha que te amarrar no nosso apartamento. – afirmou.

Katniss chorava feito uma criança, mas riu entre as lágrimas, quando seu amigo disse a última frase.

Dei alguns passos em direção a saída do quarto.

– Espera ai, Peeta. – Finnick disse, me fazendo parar e olhar em direção aos dois. – Eu só passei aqui pra ver se ela estava bem antes de ir pra faculdade. – explicou. – Obrigado por estar fazendo companhia a essa cabeça dura. – ele agradeceu voltando a olha-la. Ele passou as mãos cuidadosamente pelo rosto machucado de Katniss. – Para de chorar, pequena. Vai derreter. – Finnick deu um pequeno sorriso dando outro beijo na testa dela. – Se precisar de mim, peça para o Peeta ou a Annie me ligarem. – pediu.

– Pedirei. – ela fungou, secando com as mãos os resquícios de lágrimas de suas bochechas.

– Nos vemos amanhã. Até mais. – Finnick disse, indo em direção a porta e sumindo por ela.

– Desculpa fazê-lo me ver chorar tanto. – a voz suave de Katniss chamou minha atenção, fazendo-me olha-la. – Acho que está acostumado né? – ela deixou suas mãos caírem ao lado de seu corpo.

– Trabalho aqui há dois anos, fiz residência em outro hospital antes disso, e mesmo assim vê-la sofrer tem mexido comigo. – confessei, colocando as mãos nos bolsos do meu jaleco. – Annie acha que é uma fraqueza minha.

– Acho que isso o torna apenas mais humano do que os outros médicos, que costumam atender os pacientes, sem ao menos olhar na cara. – Katniss disse com os olhos atentos em mim.

Dei um pequeno sorriso, voltando a sentar na cadeira.

– Faz faculdade de quê? – decidi perguntar.

– Engenharia Civil. – respondeu. – Eu deveria estar no último ano, mas eu repeti em algumas matérias. – suspirou parecendo cansada. – Quase acabei com a minha vida de todas as formas possíveis.

– Acho que você deveria parar de se culpar. – falei calmamente. Katniss me olhou franzindo o cenho. – Assim que eu te liberar, você vai voltar a estudar, e ser a melhor da turma. Escuta o que estou dizendo. – afirmei convicto.

– O que te faz pensar que sou do tipo inteligente? – questionou.

– Se não fosse, não escolheria Engenharia Civil, e muito menos estaria preocupada com matérias que ficaram pra trás. – pontuei.

– Parece que você é um bom observador. – Katniss deu um sorrisinho. – O que mais pode dizer sobre mim?

– Não sou tão bom assim. – respondi rindo baixo.

– Posso tentar te analisar. – ela disse, deixando-me curioso. – Você tem 27 anos.

– 32. – a corrigi, o que pareceu causar-lhe surpresa.

– Você parece novo demais pra 32 anos.

– Obrigado. Eu acho. – me ajeitei na cadeira.

– De nada, foi um elogio. – ela deu um sorrisinho e continuou a me olhar. – Você gosta da cor azul. – deduziu.

– Laranja. Mais parecido com o pôr do sol, para ser exato. – respondi. – O que mais?

– Vamos ver. – Katniss franziu as sobrancelhas parecendo se concentrar enquanto me olhava dos pés à cabeça. – Solteiro, gosta de correr pra equilibrar as porcarias que você deve comer já que sua vida é corrida demais para refeições saudáveis.

– Se minha vida é corrida, como deduziu que saio pra correr? – perguntei sorrindo e erguendo a sobrancelha esquerda, desafiando-a.

– Suas pernas são grossas. – ela deu de ombros.

Acabei rindo de sua teoria, fazendo-a soltar uma risada baixa.

– Eu corria muito antes de trabalhar aqui. Agora, realmente não tenho mais tempo. – expliquei.

– Quando eu tirar o gesso, devíamos correr juntos. Aposto que tenho mais fôlego que você. – ela me desafiou com o olhar.

– Combinado então. – sorri pra ela.

– Peeta. Emergência na U.T.I. – Annie disse entrando no quarto. – Precisamos de você.

Coloquei-me de pé rapidamente.

– Assim que eu puder, volto aqui. – disse a Katniss, que sorrio brevemente.

– Obrigada. – agradeceu.

Sai correndo com Annie em meu encalço.

– Peeta. O que eu te disse sobre isso? – questionou entrando no elevador comigo.

– Para eu tomar cuidado. – apertei o número do andar da U.T.I. – Eu estou tomando. Não se preocupe com isso.

Annie decidiu se calar, enquanto em minha mente eu sabia que eu havia mandado o cuidado por ralo abaixo assim que a vi chorar pela segunda vez.


Notas Finais


E é isso amores.
Deixem suas opiniões, please ♥

Até mais :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...