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História The Patient 193 - Capítulo 5


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Oi gente. Boa leitura *-*
Leiam as notas finais.

Capítulo 5 - Capítulo 5


– Não pode ser coincidência. – resmunguei tirando os fones. – Você mora há mais de uma hora daqui.

– E daí? É meu dia de folga. Posso correr onde eu quiser. – Peeta respondeu alongando sua perna esquerda no mesmo banco que eu havia acabado de usar.

– Quem te disse que eu estaria aqui? – perguntei semicerrando os olhos, e desligando completamente minha música.

– Finnick. – respondeu. – O que custa uma corrida comigo? – indagou alongando a outra perna.

Mordi o lábio inferior observando-o se alongar.

– Gosta do que vê? – perguntou debochado.

– Você deveria calar a boca. – rebati sentindo minhas bochechas esquentarem.

– Desculpa. – Peeta disse parando exatamente ao meu lado. – Até onde costuma correr? – perguntou.

– Apenas corro. – respondi, já saindo a sua frente, enquanto ajeitava meus fones em meu pescoço, para que não caíssem.

Logo pude ouvir que Peeta me acompanhava, me decidi não dizer nada.

Fazia uma semana que ele havia aparecido em minha porta, e desde então Peeta surgia toda noite com um sorriso torto em seus lábios finos, e um olhar pidão que quase, eu disse quase, me amolecia. Era difícil pensar com coerência quando eu o via. Peeta me deixava desestabilizada, e não era apenas sua cara de cachorrinho abandonado. Eu acabava me distraindo por alguns segundos observando seus belos olhos azuis, seus cabelos castanhos desarrumados, e até mesmo sua barba por fazer, que apesar de ter me arranhado um pouco quando nos beijamos, eu amava. Foi chegando a essa conclusão, que passei a bater à porta em sua cara, sem ao menos cumprimenta-lo.

Porém Peeta havia achado uma forma de me abordar, sem que eu o ignorasse. Quando eu estivesse fora do meu quarto de hotel. Eu não teria uma porta para me proteger do poder que ele tinha sobre mim, e talvez ele soubesse disso.

Corremos em silêncio por quase uma hora, até que Peeta decidiu voltar a falar.

– Você sabia que os quase seis meses que ficamos sem nos ver da outra vez, na verdade deram 193 dias? – questionou. – E que essa quase uma semana que te deixei pensar deu 193 horas? – falou enquanto ainda corria ao meu lado.

O olhei de cenho franzido.

– Primeiro. Você não me deixou pensar. Você me importunou a semana toda. – reclamei, vendo um sorriso surgir em seus lábios. – E segundo... Isso é sério? – perguntei diminuindo minha velocidade.

– Na verdade, sim. – Peeta parou, curvando seu corpo pra frente, ofegando. – Eu fiz as contas. – ele apoiou as mãos nos joelhos. – É a coisa mais estranha que eu já vi.

Parei ainda com os olhos nele, enquanto ele tentava se recuperar.

– Esse número tem me perseguido, desde que te conheci no quarto 193. – Peeta disse, tornando sua postura ereta para me olhar. – Até mesmo minha vaga no estacionamento do hospital foi alterada pra esse número.

Pisquei algumas vezes, um pouco atordoada com sua constatação, afinal, o número também me perseguia constantemente.

– Não era você que acreditava em destino? – Peeta perguntou, passando a mão direita em seus cabelos.

– Não acredito mais. – menti, enquanto ele erguia a camisa para secar seu rosto, deixando à mostra seu abdômen.

Desviei o olhar, cruzando os braços.

– Não minta que é feio, Katniss. – ele riu. – E pode olhar. Por mais que você esteja me enrolando, isso aqui é seu.

Fechei os olhos, respirando fundo, como se aquilo fosse me acalmar.

– Você é tão babaca. – falei abrindo-os em seguida. – Pra mim isso já deu. – falei dando as costas para ele.

Comecei a andar, já sabendo que Peeta me seguiria.

– Como assim, você vai embora? – ele perguntou. – Nem apostamos corrida ainda.

– Você não aguentaria. – retruquei secamente, ouvindo-o rir.

Peeta andou ao meu lado, completamente silencioso, e eu estava decidida a não dirigir mais a palavra a ele.

– Como vai a negociação? – ele voltou a falar, me fazendo rolar os olhos. – Acha que vai conseguir a parceria? – perguntou, e eu não estava surpresa.

Finnick vinha me entregando de bandeja para Peeta desde que eu voltei para Califórnia. Então não era de se espantar o fato de Peeta estar a par da minha vida, o que me lembrava que meu, talvez, ex melhor amigo, me pagaria por me colocar nessa situação tão confusa para minha cabeça.

– Na verdade, fechamos contrato ontem à tarde. – disse refazendo o rabo de cavalo em meus cabelos. – Meu irmão volta pra casa, e eu vou alugar um apartamento em Los Angeles. – expliquei, perguntando a mim mesma porque eu era tão idiota em responde-lo com tanta facilidade.

“Seria porque você o ama, sua imbecil?”, pensei comigo mesma distraidamente, enquanto ainda andava.

Senti a mão de Peeta segurar meu braço e me puxar com tudo pra trás.

Um carro passou correndo atravessando o sinal vermelho.

O encarei com os olhos arregalados, sentindo o ar escapar por minha boca. Peeta havia me amparado em seus braços, e me olhava parecendo assustado também.

– Você está bem? – perguntou analisando meu rosto com seus olhos agitados.

– Sim. – respondi baixo, enquanto tentava recuperar o folego.

– Como sobreviveu sem mim? – perguntou dando um sorrisinho.

– Em Midland não tem tanto trânsito como aqui. – falei inocentemente, atordoada demais para rebate-lo.

Afastei-me de seus braços que pareciam tentar me proteger ainda, completamente sem graça com nossa proximidade. Fiz menção de voltar a andar, mas Peeta me parou, segurando meu pulso. Virei o rosto para olha-lo, completamente confusa. Peeta deslizou a mão até alcançar a minha, e me puxou com ele, fazendo com que atravessássemos a rua de mãos dadas.

– Eu não sou criança. – falei irritada.

Tentei soltar-me dele, mas Peeta ignorou minha tentativa, e entrelaçou nossos dedos, apertando a minha mão em seguida.

– Eu sei que não. Isso é desculpa pra tocar você. – falou, mantendo meus dedos presos nos dele.

– Você é abusado demais. – murmurei, permanecendo com os dedos abertos, deixando com que apenas Peeta mantivesse nossas mãos unidas.

– Você disse que na sua cidade não tem trânsito. Como vai se virar sozinha aqui? Você mal sabe atravessar a rua. – zombou.

– Vai a merda. – torci o nariz. – Essas coisas acontecem só quando você está por perto.

– Então vai dizer que a culpa é minha? – senti sua mão apertar a minha novamente.

– Exatamente. – rebati.

Peeta deu uma risadinha, ainda caminhando devagar ao meu lado. Durante o percurso, sem que eu tivesse notado, meus dedos haviam se fechado em torno dos dele, e eu já não me sentia nem um pouco desconfortável.

Ao ver nosso reflexo em uma das vitrines, meu coração acelerou de maneira boba. Parecíamos um belo casal, e me arriscava a dizer que combinávamos muito. Isso não aparentava ser tão ruim quanto eu acharia que fosse.

Eu sabia que eu cederia facilmente se tivesse contato direto com Peeta, e era isso o que estava acontecendo. Eu não conseguia agir de outra forma, que não fosse apenas facilitar sua aproximação. Eu me sentia idiota, mas meu coração batia tão forte, que começava a conseguir calar a raiva que eu pensava ser grande, mas agora se mostrava simplesmente nada, comparada as borboletas em meu estomago por ainda estar sentindo o toque de Peeta em minha mão.

– Você devia jantar comigo hoje. – sugeriu ao pararmos em frente ao hotel.

Fiquei frente a frente com ele.

– Uma hora é muita coisa para nos encontrarmos no mesmo dia. – respondi, vendo-o desenlaçar nossos dedos, para segurar minhas duas mãos.

– Eu não me importo. Com tanto que eu possa estar com você. – disse buscando meus olhos com os dele.

– Não posso deixa-lo fazer isso. – suspirei. – Fique aqui. Podemos almoçar ao invés de jantar.

– Almoço não é válido como encontro. – Peeta deu um meio sorriso.

Analisei seu rosto por alguns segundos, antes de responde-lo.

– Eu não sei se podemos ter um encontro. – decidi tentar agir com a pouca razão que eu ainda tinha. – Eu... Eu gosto de você, Peeta. Mas não me sinto segura em relação a nós dois. Tudo o que aconteceu me magoou muito, e... Eu não sei se eu aguentaria se acontecesse de novo. – disse sinceramente, olhando em seus olhos.

– Não vai acontecer. Eu prometo. – suas mãos apertaram as minhas. Continuei a olha-lo, e eu sabia que meus olhos demonstravam o quanto eu estava hesitante em aceitar. – Eu já disse que eu te amo. – Peeta voltou a falar. – E que não vou desistir de você. Apenas facilite as coisas, Katniss. Por favor. – disse baixo com seu famoso olhar pidão. – Eu posso ser o cara que te fará feliz. Só me dê essa chance.

Mordi o lábio inferior, sentindo meu coração acelerar tanto, a ponto de parecer que pararia a qualquer momento.

Respirei fundo, notando o quanto Peeta estava apreensivo. Soltei o ar devagar, tentando organizar meus pensamentos.

Talvez valesse a pena arriscar, certo? Eu não poderia perder essa chance. O que de ruim poderia acontecer?

– Tudo bem. – respondi segundos depois de silêncio de ambas as partes. – Podemos ter um encontro.

Peeta deu um lindo sorriso mostrando seus dentes brancos e impecáveis.

– Prometo voltar arrumadinho e perfumado.

– Ok. – mordi o lábio inferior. – Apenas não faça a barba. – soltei uma de minhas mãos apenas para acariciar seu maxilar. – Você fica lindo assim. – falei baixo.

Sim, eu estava completamente entregando os pontos.

Peeta sorrio e beijou o dorso da minha mão que ele ainda segurava.

– Pode deixar, que a barba estará intacta até a noite. – Peeta soltou minha mão e deu um passo pra trás. – Eu faço as reservas. E te pego aqui as 8 da noite.

– Estarei esperando. – falei, enquanto eu o via se afastar.

 

~||~

 

Já era quase 9 da noite, e eu estava esperando no saguão do hotel.

Em minha cabeça algo dizia que eu não devia colocar tantas expectativas em Peeta. Na verdade, eu acusava primeiramente a mim mesma por estar feito uma idiota sentada em um dos sofás da recepção, depois de cansar de esperar em meu quarto.

Coloquei-me em pé, pronta para caminhar até o elevador xingando mentalmente a Peeta, e a mim mesma por ser tão boba. Andei boa parte do caminho, até que a porta de vidro fez barulho atrás de mim, anunciando que alguém estava entrando.

Virei-me para constatar que era Peeta quem entrava, com um buquê de flores e um sorriso torto nos lábios.

Seus cabelos tinham o famoso topete bagunçado com gel, o que dava mais charme a sua barba por fazer.

Ele caminhou até mim com passos cautelosos, enquanto seus olhos me analisavam da cabeça aos pés.

– O batom vermelho realça seus lábios. Eu gostei. – comentou estendendo as rosas vermelhas que ele carregava.

Peguei o buquê em silêncio, enquanto seu perfume invadia minhas narinas por culpa de sua proximidade, que aumentara no último segundo.

– Desculpe o atraso. – falou baixo, tocando os lábios em minha bochecha de maneira delicada, mas que me causou um certo arrepio em reação a sua barba em contato com minha pele. – Precisei resolver algumas coisas antes de vir. – Peeta sorrio ao se afastar. – A propósito, você está linda.

– Você também não está nada mal. – respondi.

– Podemos ir? – perguntou estendendo a mão em minha direção.

Analisei seu pedido mudo por poucos segundos, até ceder minha mão livre e segurar a dele. Seus dedos entrelaçaram-se com os meus como ele havia feito de manhã, enquanto caminhávamos pra fora do hotel.

O caminho começou silencioso, a não ser pela música baixa que tocava no rádio de seu carro.

– Você dirige? – perguntou, me olhando rapidamente, e voltando a atenção para a rua.

– Não. Eu evito carros. – respondi vagamente, desviando meus olhos para a janela.

– Devia ter me dito. Alugaria uma bicicleta. – comentou, me fazendo soltar uma risada curta.

– Não é necessário. Dá pra encarar. – virei a cabeça para olha-lo. – É que sabemos que meu relacionamento com carros é muito ruim.

– Concordo. – respondeu já estacionando. – Mas acho que você pode acabar com esse trauma. Posso te ajudar com isso. – ele me olhou enquanto tirava o cinto de segurança.

– Vou pensar. – abri um pequeno sorriso.

Deixei o buquê de rosas vermelhas no carro, e desci assim que Peeta abriu a porta pra mim.

Voltamos a entrelaçar nossos dedos enquanto caminhávamos para dentro do restaurante.

Fomos acompanhados até nossa mesa, e Peeta fez questão de puxar a cadeira para que eu sentasse.

– Obrigada. – disse baixo, observando-o sentar à minha frente.

Ele sorrio e olhou para o lado, assim que o garçom se aproximou de nossa mesa.

– Boa noite. Vão beber alguma coisa? – questionou educadamente.

– Talvez um vinho. – Peeta sugeriu me olhando em seguida.

– Pra mim apenas uma água, por favor. – pedi.

Ele franziu as sobrancelhas, mas segundos depois as relaxou, dando um pequeno sorriso.

– Pensando bem, duas águas, por enquanto. – o garçom anotou e se retirou. – Desculpa pelo vinho.

– Tudo bem. – dei um pequeno sorriso. – Eu não bebo desde aquele dia no bar. – expliquei.

– Fico feliz em saber disso. – seu sorriso era maior do que o último.

O jantar se passou dessa forma. Uma boa conversa, e Peeta que alcançava minha mão sobre a mesa algumas vezes, apenas para acaricia-la singelamente.

Enquanto comíamos a sobremesa, Peeta pareceu mudar completamente seu humor. Seu sorriso havia sumido, e ele parecia preocupado. Sua colher passava vez ou outra sobre o prato, deixando de lado seu bolo de chocolate.

– Você está bem? – perguntei notando que o silêncio entre nós dois estava começando a ficar pesado.

Peeta ergueu os olhos em minha direção.

– Eu estou enrolando a noite toda pra te contar isso. – começou, soltando a colher.

Meu coração deu um salto no peito, o que também me fez deixar de lado a metade do Crème Brûlée que eu comia.

– O que aconteceu? – perguntei percebendo que ele estava hesitando.

– Bom. Na verdade estou enrolando desde que fui atrás de você. – ele deu um sorriso fraco. – O hospital está me investigando. – Peeta se recostou na cadeira.

– Por quê? – franzi as sobrancelhas.

– Porque há boatos há algum tempo, de que eu tinha um caso com uma das minhas pacientes. – respondeu.

– Como assim?

– Você, Katniss. – seus olhos pararam em mim novamente. – O boato é que eu tinha um caso com você. – soltou as palavras rapidamente. – E como os boatos eram insistentes, decidiram me investigar. – comentou.

Meu coração estava dolorido. Eu não podia ser a causa de problemas para Peeta.

– Por que agora? – perguntei.

– Não é de agora. Faz quase um ano que iniciaram toda essa confusão. – respondeu

– Então não era uma desculpa? – indaguei confusa.

– Não. – Peeta deu outro sorriso fraco. – Eles levam a sério isso. Na verdade, o hospital tem medo que em uma dessas, o paciente envolvido abra um processo de modo interesseiro no futuro, acusando o médico envolvido, por assédio, e sujando o nome do hospital.

– Entendo. – desviei os olhos em direção a mesa. – Há algo que eu possa fazer? – questionei.

– Acho que torcer por mim é um bom começo. – Peeta riu.

– Mas nós nunca tivemos nada. – falei olhando para ele. – Essa investigação não chegará a lugar algum.

– Espero que não. – ele suspirou. – Se acharem algo que eles queiram usar contra mim, eu posso perder minha licença.

Ficamos em silêncio.

A sua noticia havia acabado completamente com a harmonia gostosa do jantar.

Peeta pediu a conta, e a pagou, sem me permitir discutir. Caminhamos silenciosamente até seu carro, e assim fomos o caminho todo até o hotel.

Minha cabeça estava a mil. Não sabia nem como devia agir diante as novas informações.

Peeta me acompanhou até a porta do meu quarto, parando ao lado dela, aproveitando a parede para se encostar.

– Peeta. – eu o chamei, agarrada ao buquê que ele havia me dado.

Seus olhos azuis pararam em mim.

Eu já havia alcançado a chave que eu mesma deixava embaixo do tapete, e já havia aberto a porta.

– Diga, anjo. – ele falou me observando cuidadosamente.

– O que significa essa investigação pra nós dois? – questionei baixo.

– Bom. Eu venho tentado ignorar isso, porque a coisa que eu mais quero é estar com você. – Peeta se aproximou, ficando frente a frente comigo. – Mas a minha carreira está em jogo, e isso me deixa completamente perturbado. – confessou.

Pisquei algumas vezes, sentindo as lágrimas se formarem em meus olhos.

Seria possível, depois de dois anos, Peeta vir atrás de mim, pra me abandonar novamente?

– Eu realmente não consigo entender. – neguei com a cabeça, estendendo os braços pra dentro, para colocar as flores sobre a pequena mesa ao lado da porta. – Você vem atrás de mim. Insiste em se aproximar. Me beija. Me leva pra jantar. – falei ainda de costas pra ele. – Mesmo sabendo sobre toda a situação? – questionei, virando-me, voltando a ficar de frente para Peeta.

Ele abriu a boca pra responder.

– Não precisa dizer nada. – falei antes dele, dando um sorriso fraco. – Obviamente eu não gostaria de ser um problema pra sua carreira. – disse sincera. – Você estudou demais para estar onde está. – o olhei nos olhos. – Mas eu gostaria que você não tivesse vindo atrás de mim, sabendo sobre a investigação. – cruzei os braços. – Porque caso você decida ir embora da minha vida de novo, eu não saberia lidar agora. Não depois de ter deixado você entrar nela.

– Eu não quero ir embora da sua vida, Katniss. – ele estendeu a mão alcançando minha bochecha. – Eu vim atrás de você, porque quero que nós dois resolvamos isso. – seus olhos passavam por meu rosto, talvez estudando minhas reações, enquanto acariciava a maçã do meu rosto com o polegar. – Eu te amo, e não vou mais desgrudar de você. – falou baixo. – A não ser que você me mande embora de novo. Mas você sabe que eu volto, e apareço coincidentemente em algum lugar que você esteja. – ele deu um pequeno sorriso, enquanto sua mão direita alcançava minha cintura.

– Então... – mordi o lábio inferior. – Não está usando isso como desculpa? – questionei, descruzando os braços.

– Não, anjo. Estou pedindo conselho de como agir em uma situação dessas. – sua mão direita subia e descia lentamente pela lateral do meu corpo. – Deve haver uma forma de eu ter você e minha carreira ao mesmo tempo. – Peeta deu um pequeno sorriso.

Fechei os olhos e acabei escondendo o rosto em seu peito. Ele subiu sua mão direita e passou os braços sobre meus ombros, abraçando-me apertado. Meus braços envolveram sua cintura, enquanto minha cabeça parecia confusa o suficiente para me causar um desmaio.

– Eu não suportaria ficar longe de você de novo, Katniss. – Peeta falou baixo, apoiando o queixo no alto da minha cabeça.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Na verdade, eu não fazia ideia do quanto. Eu apenas sentia uma mão de Peeta quase no alto da minha cabeça e um pouco abaixo de meus ombros, fazendo um carinho tranquilo em minhas costas, enquanto as minhas mãos estavam completamente paradas e levemente tremulas na base de sua coluna.

Em minha cabeça vinha tudo, menos uma solução para salvar sua carreira e me manter por perto, sem que trouxesse problemas para ele.

– Talvez se eu pedisse transferência... – Peeta finalmente falou algo.

Ergui a cabeça rapidamente.

– ... Pra Los Angeles. – conclui sua fala sem saber de onde eu tinha tirado aquilo.

Peeta sorrio.

– Eu ia dizer pra outro hospital, e não especificamente aqui. – comentou. – Mas me parece uma boa ideia.

– Você acha que conseguiria? – perguntei, mordendo o lábio inferior.

– Há chances. – respondeu. – A investigação é interna, e enquanto eles não tem nada para me acusar, não me afeta pra fora. Talvez se eu fizer um acordo com eles... E você concordar em testemunhar dizendo que não tivemos nada, enquanto estava internada.

– Tivemos sim. Você contrabandeou chocolate. – dei um pequeno sorriso, vendo-o rir. – Eu faria qualquer coisa pra te ajudar, Peeta. – apoiei as mãos em seus ombros.

– Eu sei, anjo. – ele sorrio. – Então você me quer em Los Angeles? – suas mãos deslizaram por meus braços, até segurar minha cintura.

– Não. Quero você comigo, não importa onde. – respondi prontamente. – Você não vai mais fugir de mim.

Peeta curvou seu tronco em minha direção.

– Eu não fugiria. Não mais.

– Eu te amo, doutor. – falei dando um sorriso, assim que meus olhos encontraram os dele.

– Eu também te amo, paciente do 193. – ele sorrio de volta, colando os lábios nos meus.


Notas Finais


Venho por meio deste anunciar que é o último capítulo.
AAAAAH. Bom... Pois é.
Como eu avisei assim que comecei a postar, essa seria uma fanfic composta por 5 capítulos + epílogo.
Então... Teremos sim um epílogo que será postado logo o/
E não fiquem tristes. Já tenho novos projetos pela frente.
Nos vemos nos comentários.
Beijos ♥


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